2. • Com este trabalho o nosso grupo pretende definir e explicar em que consiste a prática do
doping, os vários métodos, técnicas e drogas usadas, explicando o que fazem, que
capacidades físicas é que melhoram e quais os problemas que podem provocar a saúde
dos desportistas. Pretendemos também falar sobre certos casos famosos de doping,
assim como reflectir um pouco sobre o que leva aos desportistas a tal prática, assim
como porque é que não é correcto utilizar técnicas dopantes.
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3. • O doping (ou dopagem) não é mais que um termo inglês que designa o uso de drogas ou
substâncias que aumentam as capacidades físicas de atletas desportivos. O doping
pode também ser considerado o uso de certas técnicas ou métodos que alteram o
estado físico do desportista para aumentar o seu rendimento desportivo (não devemos
no entanto confundir doping com treino físico rigoroso). Também é considerado doping o
uso de substâncias que disfarçam outras substâncias dopantes, como é o caso dos
diuréticos.
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4. • A prática de doping já é bastante antiga, tendo pelo menos mais de um século.
• Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona recorrendo a doses enormes de conhaque e
estricnina, para conseguir aguentar o desgaste físico da corrida. Como resultado,
desmaiou assim que ganhou a maratona, tendo sido necessário várias horas para que
ele fosse reanimado e recuperasse os sentidos. Pensa-se que esta prática começou-se
a desenvolver intensamente a partir do momento em que começaram a haver grandes
eventos desportivos, onde vários países competiam entre si. Por volta de 1936 pensa-se
que os atletas da Alemanha Nazi já usavam os primeiros esteróides à base de
testosterona. Em 1954 houve rumores que durante o campeonato do Mundo de
levantamento de pesos os desportistas soviéticos usavam injecções de testosterona (o
que é certo é que nesse ano vários recordes mundiais foram batidos pelos soviéticos).
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5. • Mas só foi por volta de 1960 é que se iniciou a era moderna do doping, quando o ciclista
dinamarquês Knud Jensen morreu durante o Giro de Itália, uma das mais importantes
provas de ciclismo do mundo. Depois deste acontecimento o Comité Olímpico
Internacional decidiu adoptar medidas antidoping em todas as provas oficiais e
principalmente nos Jogos Olímpicos. Desde então tanto as técnicas como os meios de
procura de doping têm evoluído, ainda que as técnicas dopantes estejam a evoluir mais
rapidamente que os testes antidoping. Infelizmente até testes surpresa não são assim
tão surpreendentes uma vez que os atletas conhecem bem os procedimentos antidoping.
• A prática de doping pode assumir muitas formas e existem inúmeras maneiras de
aumentar as várias capacidades físicas humanas, dependendo do desporto em causa.
Para quem não sabe, hoje em dia já existem práticas de dopagem para desportos como
o xadrez e outro desportos mentalmente muito exigentes.
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6. • De entre todas as drogas e substâncias dopantes que encontrámos podemos dividi-las
em vários grupos e classes, sendo estes:
• - Esteróides anabolizantes
• - Estimulantes
• - Analgésicos
• - Beta-bloqueantes
• - Hormonas peptídicas
• - Agentes mascarantes
• - Beta-agonistas
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8. • Os esteróides anabolizantes são as drogas mais utilizadas no desporto de alta
competição, especialmente nos desportos que necessitam grande força física e
consequentemente, grande força muscular.
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Como podem observar na imagem acima mostrada,
os esteróides anabolizantes desenvolvem a massa
muscular. Obviamente e como podem com certeza
perceber, esta imagem é um caso extremo de uso
de anabolizantes. De facto, se tal homem com tais
músculos existir, duvidamos que ele não tenha um
ataque cardíaco muito em breve.
9. • Estimulantes são substâncias que estimulam e aceleram a actividade cerebral, o que faz com
que a resposta nervosa seja mais rápida, aumento a actividade dos atletas e diminuindo o
seu cansaço.
• O uso de estimulantes é muito frequente entre os atletas (é o mais frequente a seguir ao
consumo de esteróides) que tomam drogas como anfetaminas, estricnina, cafeína ou até
mesmo cocaína, para reduzirem o cansaço e aumentarem a sua resposta cerebral. Os
estimulantes podem ser tomados por via oral, em pó, através da inspiração nasal, injecções e
podem mesmo ser fumados.
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10. • Analgésicos são droga calmantes muito frequentemente usadas em quase todos os desportos
fisicamente exigentes e que viam diminuir a dor. Podem ter como efeito, por exemplo, reduzir a dor
de certas lesões ou actividades, fazendo com que o atleta aguente mais tempo e que aguente mais
dor, aumentando a sua resistência natural, sendo por isso muito utilizados em desportos como a
maratona e o triatlo (fisicamente muito exigentes).
• Exemplos de analgésicos: morfina, metadona, petidina, entre outras.
• Os analgésicos apresentam alguns perigos para o organismo pois o seu uso, visto reduzir a dor
sentida, pode fazer com que um atleta agrave uma lesão, podem levar também à perda de
equilíbrio e coordenação, náuseas e vómitos, insónias e depressão, diminuição da frequência
cardíaca e ritmo respiratório e diminuição da capacidade de concentração.
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11. • Os beta-bloqueantes são utilizados no desporto de uma forma semelhante aos analgésico pois
também eles ajudam a combater o nervosismo, stress e ansiedade. Estas drogas actuam
nomeadamente no coração, diminuindo o ritmo cardíaco.
• Esta função é altamente proveitosa para certos desportos de alta precisão, sendo por isso
altamente proibida em desportos com o tiro ao alvo, tiro com arco, bilhar, xadrez, natação
sincronizada... Exemplos de beta-bloqueantes: acebutolol, alprenolol, atenolol, labetolol,
metipranolol, pindolol.
• O consumo de beta-bloqueantes é perigosos pois a diminuição do ritmo cardíaco pode provar
hipotensão (tensão arterial baixa) e pode mesmo provocar paragens cardíacas. Pode também
provocar asma, hipoglicémia (falta de glicose no sangue), insónias e impotência sexual.
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12. • As hormonas Peptídicas possuem diversas funções. Uma das suas principais funções é a fixação
Peptídica, isto é, estas hormonas ajudam os músculos nas suas reacções anabólicas, ajudando a
fixar os aminoácidos necessários para a construção destes. Existem vários tipos de hormonas
Peptídicas, e com diversas funções, de entre as quais se destacam:
• Eritropoietina, também denominada de EPO. Esta hormona, que existe no nosso organismo,
estimula a produção de glóbulos vermelhos, aumentando assim a resistência do atleta (pois os
músculos são fornecidos com uma maior quantidade de oxigénio). A Eritropoietina está assim
associada a um tipo de doping especifico, o incremento do transporte do oxigénio, que falaremos
mais à frente.
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13. • HCG, uma hormona produzida pelo feto durante a gravidez, é também usada pelos homens para
aumentar a produção de esteróides no organismo. Existem também mulheres que engravidam,
pois a HCG faz aumentar as concentrações de hormonas femininas e com tais concentrações ditas
“naturais” muitas outras drogas dopantes que podem existir em certas concentrações são
disfarçadas. Depois do teste de controlo, as atletas abortam.
• HC, hormona do crescimento, hormona essa que tal como o nome indica é produzida em grande
quantidade durante a puberdade e permite o crescimento dos indivíduos, é também usada na
construção e recuperação de tecidos musculares.
• LH, hormona que existe naturalmente no nosso organismo, é usada para estimular a produção de
testosterona nos testículos.
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14. • O uso destas drogas pode provocar deformações ósseas, distúrbios hormonais, miopia,
hipertensão, coágulos sanguíneos, diabetes, doenças articulares.
• A utilização de hormonas não Peptídicas está também proibido quando apresentam estrutura e
função semelhante as estas.
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15. • Os diuréticos, ou substâncias Mascarantes, são outro grande grupo de substâncias proibidas. Este
tipo de substâncias tem como função aumentar a quantidade de urina produzida, o que leva a
alterações no controlo desta visto a maior parte das substâncias ser ilegal quando detectada em
concentrações elevadas.
• Ao aumentar a quantidade de urina, as concentrações de substâncias dopantes vão diminuir, não
podendo por isso serem consideradas dopantes abaixo de certos níveis. Além desta função, os
diuréticos são também usados para perda de peso, nomeadamente em desportos divididos por
categorias de peso ou até mesmo de forma a que certas substâncias (nomeadamente dopantes)
sejam expulsas rapidamente do organismo. Os principais diuréticos usados são o Triantereno e a
Furosemida.
• Como efeitos secundários prejudiciais, os diuréticos podem causar desidratação, caibras, doenças
renais, perda de sais minerais, alterações no volume do sangue e no ritmo cardíaco. Se os
problemas cardíacos e renais tornarem-se muito graves, podem mesmo levar à morte do atleta.
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16. • Este é o último grande grupo de drogas dopantes. Os beta-agonistas são drogas que se destinam a
aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda. Uma droga beta-agonista muito conhecida é a
adrenalina, que existe naturalmente no nosso organismo e que é libertada quando estamos sujeitos a
situações de grande tensão (é por isso que, quando ameaçados ou em perigo, o homem consegue
faz certas proezas ou utilizar certa força que normalmente não conseguiria usar). Este grupo de
drogas é conhecido pela sua capacidade de controlar a distribuição de fibras musculares e de
aumentar o ritmo cardíaco, aumentando o fluxo de sangue para músculos e cérebro.
• Como efeitos secundários prejudiciais temos o aparecimento de insónias, agressividade, tremores e
náuseas, falta de concentração, distúrbios psíquicos, aumento da pressão arterial, problemas
cardiovasculares...
• Como substâncias proibidas nas competições internacionais temos ainda o álcool, todo o tipo de
narcóticos estupefacientes e ainda drogas anti-estrogénicas, drogas que se destinam a inibir a
produção destas hormonas. Este tipo de drogas é proibido pois está geralmente associado ao
consumo de esteróides anabolizantes (são utilizadas devido ao efeito aromatizante dos esteróides).
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17. • Por fim, e a apesar de não serem propriamente drogas dopantes, existem também técnicas e
métodos proibidos no desporto.
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•
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São eles:
- aumento do transporte de oxigénio: esta técnica consiste no uso de substâncias (como o EPO)
para aumentarem o número de glóbulos vermelhos ou a transfusão de sangue previamente
retirado e enriquecido com glóbulos vermelhos. Este método é perigoso pois maior número de
glóbulos vermelhos significa sangue mais viscoso, e como tal há um maior risco de ataque
cardíaco.
- manipulação química e física: conjunto de técnicas que visa alterar a validade e a integridade das
amostras de urina e sangue usadas nos controlos antidoping. Entre elas destacamos a alteração
das amostras de urina, a inibição da excreção renal, cateterização e o uso de substâncias
mascarantes.
- doping genético: a dopagem genética é definida como o uso não terapêutico de genes, elementos
genéticos ou células que tenham a capacidade de aumentar o rendimento desportivo. Este tipo de
doping está ainda em desenvolvimento e ainda não é muito viável, mas poderá ser uma realidade
num futuro bem próximo. Esse tipo de doping é usado com recurso a vírus ou bactérias que
alteram certos genes em certos músculo do organismo, tornando-o mais adaptado à actividade que
pratica.
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18. • Será que utilizar o doping como meio de obtenção de resultados é correcto? Esta é a questão, e a
resposta é pura e simplesmente NÃO. O nosso grupo é unânime em considerar que a prática do
doping não deve ser utilizada, e isto deve-se essencialmente devido a dois problemas que levanta:
•
•
O doping vai contra a máxima do desporto que é “o mais importante é participar, não é ganhar”. O
doping visa apenas o resultado, ignorando completamente a ética do desporto. Além disso, todos
os atletas devem partir em iguais condições para todos as competições. O uso de doping dá uma
vantagem injusta a quem o utiliza, até porque o que se quer avaliar numa competição desportiva
não é qual o atleta com mais dopantes, mas sim o melhor atleta numa determinada disciplina...
O doping é uma prática altamente perigosa. Infelizmente (ou não) quase todas as técnicas
dopantes apresentam perigos para saúde humana, o que só por si devia ser suficiente para
dissuadir os desportistas de a usar.
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19. • Outro problema que se levanta muitas vezes é o facto de os desportistas serem quase “obrigados” a
usar doping. Muitas vezes um atleta, mesmo sabendo que é o melhor no desporto que pratica, tem
demasiadas pressões sobre ele: pode ser um atleta novo que precisa de ganhar uma determinada
competição para obter um contracto, um atleta em fim de carreira que já não consegue as proezas
físicas de quando era mais jovem, um atleta que vem duma lesão grave... Enfim, muitas vezes
acontece que é a necessidade e a pressão que levam certos atletas a usar técnicas dopantes, e a
necessidade é algo muito difícil de combater.
• De qualquer forma, nos deixamos aqui o nosso apelo antidoping, devido às razões acima
mencionadas. Gostávamos também de salientar que o doping e os métodos antidopantes estão em
constante progressão. Hoje em dia já existem técnicas de detecção de dopantes avançadas, mas
visto estas técnicas serem sempre em resposta ao aparecimento de certas substâncias, quando tais
procedimentos são adoptados, já a substância dopante foi largamente utilizada. Destacamos por
exemplo o DMT, um esteróide sintético que o corredor dos 100 e 200 metros Kelli White admitiu
utilizar e sobre o qual não existem medidas antidoping.
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20. • Este trabalho foi realizado com empenho e pensamos que cumprimos os objectivos propostos à
partida.
• Com este trabalho, nós pretendemos informar e alertar todos sobre o prática do doping e dos seus
verdadeiros perigos, e pensamos que depois de lerem o nosso trabalho compreenderam melhor o
que é o doping, como é utilizado e principalmente quais os perigos que acarreta para a saúde
humana.
• Como comentários finais, gostaríamos de acrescentar que gostámos de realizar este relatório pois
adquirimos muita informação nova sobre o doping um dos temas mais importantes e actuais da
realidade desportiva.
• Esperamos que gostem.
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