O documento descreve as principais doenças que afetam o sistema cardiovascular e respiratório. No sistema cardiovascular, destaca-se a cardiopatia reumática, aterosclerose, aneurismas, arteriosclerose, varizes, AVC, hipertensão arterial e embolia pulmonar. No sistema respiratório, as viroses, asma, bronquite crônica, DPOC e câncer de pulmão são algumas das doenças mais comuns descritas.
2. INTRODUÇÃO
“Doenças cardiovasculares” é um termo
genérico que designa todas as alterações
patológicas que afetam o coração e/ou os vasos
sanguíneos.
A SEGUIR EXPLICAREMOS ALGUMAS DAS AFECÇÕES
MAIS COMUNS A ESSE SISTEMA
3. Cardiopatia Reumática
É a complicação tardia mais grave da febre reumática, isso é
devido, as lesões nas válvulas do coração, como a mitral e a
aórtica, associada à infecção por estreptococos geralmente
na faringe. . Esse tipo de infecção é muito comum , mas a
doença apenas se dá em indivíduos predispostos para tal
complicação. Em geral acomete crianças a partir dos 3 anos
de idade, sendo mais frequente na faixa etária de 7 a 14 anos
A cardiopatia reumática pode lesar qualquer parte do
coração, no entanto, os envolvimentos mais sérios ocorrem
nas valvas, principalmente na mitral e aórtica e no
pericárdio.
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5. Aterosclerose
Doença decorrente do aparecimento, nas paredes das artérias, de
depósitos de gordura contendo principalmente LDL colesterol (“mau
colesterol”), mas também pequenas quantidades de fosfolipídios e
gorduras neutras (placas de ateroma). LDL se acumula no interior das
paredes dos vasos, onde seus componentes se oxidam e sofrem outras
alterações. Os componentes alterados dão origem a uma resposta
inflamatória que altera progressiva e perigosamente os vasos.
Gradualmente desenvolve-se fibrose dos tecidos situados ao redor ou no
interior dos depósitos gordurosos e, frequentemente, a combinação do
cálcio dos líquidos orgânicos com gordura forma compostos sólidos de
cálcio que, eventualmente, se desenvolve em placas duras, semelhantes
aos ossos. Dessa forma, no estágio inicial da aterosclerose aparecem
apenas depósitos gordurosos nas paredes dos vasos, mas nos estágios
terminais os vasos podem tornar-se extremamente fibróticos e
contraídos, ou mesmo de consistência óssea dura, caracterizando uma
condição chamada arteriosclerose ou endurecimento das artérias.
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7. Aneurismas
O aneurisma é a dilatação de um determinado segmento
do sistema circulatório. Existem vários tipos diferentes
de aneurismas. Um aneurisma pode estar presente desde
o nascimento (congênito) ou pode se desenvolver mais
tarde, como depois que um vaso sanguíneo é lesionado.
Aneurismas arteriais são dilatações localizadas de
artérias. Essas dilatações podem ocorrer em qualquer
artéria do corpo, mas são mais comuns em algumas,
pode afetar as artérias, o coração e, mais raramente
veias, e pode ser provocado pela aterosclerose. Alguns
são provavelmente congênitos, como as cerebrais.
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9. Arteriosclerose e varizes
Arteriosclerose :Processo de espessamento e endurecimento da
parede das artérias, tirando-lhes a elasticidade. Decorre de
proliferação conjuntiva em substituição às fibras elásticas. Pode
surgir como consequência da aterosclerose (estágios terminais).
Varizes - As varizes são dilatações e alongamentos de veias. Podem
ocorrer nos membros inferiores, na região anorretal (hemorróidas),
esôfago (em caso de cirrose hepática e esquistossomose).
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11. AVC – Acidente Vascular Cerebral
(AVC)- Também é chamado de Acidente Vascular Encefálico
(AVE), resulta da restrição de irrigação sanguínea ao
cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas. Os
AVC podem ser de dois tipos:
Hemorrágico
Causados por ruptura de aneurismas ou
artérias (em caso de hipertensão
arterial, por exemplo) causando
sangramento local, com outros fatores
complicadores tais como aumento da
pressão intracraniana, edema (inchaço)
cerebral, entre outros, levando a sinais
nem sempre focais. Em torno de 20%
dos acidentes vasculares cerebrais são
hemorrágicos.
Isquêmico
Provocados por entupimento de
artérias (por trombos ou êmbolos)
interferindo com as funções
neurológicas dependentes daquela
região afetada, produzindo uma
sintomatologia ou deficits
característicos. Em torno de 80% dos
acidentes vasculares cerebrais são
isquêmicos.
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13. Hipertensão Arterial
O termo hipertensão significa pressão arterial alta. A hipertensão
pode romper os vasos sanguíneos cerebrais (causando acidente
vascular cerebral ou derrame), renais (causando insuficiência renal)
ou de outros órgãos vitais, causando cegueira, surdez etc. Pode
também determinar uma sobrecarga excessiva sobre o
coração, causando sua falência. O aumento da pressão arterial lesa as
artérias por induzir a alterações conhecidas como arteriosclerose, que
corresponde ao estreitamento das arteríolas e pequenas artérias.
Contribui também para agravar a aterosclerose. Por outro lado
sobrecarrega o ventrículo esquerdo o qual tem que fazer mais força
para bombear o sangue. O conceito mais moderno e aceito de
hipertensão defende que a doença não tem uma origem única, mas é
fruto da associação de vários fatores, alguns deles incontroláveis:
hereditariedade, raça, sexo e idade. As causas se
combinam, exercendo ação recíproca e sinérgica.
14. Veja na tabela a seguir o “peso” de cada um desses
ingredientes:
Genética: fatores genéticos podem
predispor à hipertensão.
Etnia ou "raça": incide mais e de forma
mais severa sobre negros.
Idade: a maioria dos estudos mostra que a
Sexo: os homens têm mais propensão hipertensão afeta 50% da população com
idade acima de 60 anos. Isso depende do
à pressão alta do que as mulheres
grupo étnico e do sexo. O mais comum
antes da menopausa. Depois
nesses casos é a elevação da pressão
empatam ou pode haver até ligeira máxima, sem que ocorra o aumento da
predominância feminina.
mínima, que é decorrente do
enrijecimento das artérias
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16. Embolia Pulmonar
Uma embolia pulmonar é um bloqueio de uma artéria nos pulmões
por gordura, ar, coágulo de sangue ou células cancerosas
(êmbolos), em vasos pulmonares. Os êmbolos nesses casos
correspondem em geral a fragmentos de trombos (coágulos) que se
formaram nos membros inferiores. Pode produzir infarto hemorrágico
pulmonar levando à morte.
Uma embolia pulmonar é mais frequentemente causada por um
coágulo de sangue em uma veia, especialmente veia da perna ou
pélvis (área dos quadris). A causa mais comum é um coágulo de
sangue em uma das veias profundas da coxa. Esse tipo de coágulo se
solta e se desloca para os pulmões. Causas menos comuns incluem
bolhas de ar, gotículas de gordura, líquido amniótico ou grupos de
parasitas ou células cancerosas, todos os quais podem levar a uma
embolia pulmonar.
19. INTRODUÇÃO
Por ser tratar de um sistema importante e ao mesmo
tempo delicado, existem doenças que atacam o
sistema respiratório, sejam elas infecciosas ou
alérgicas. Pessoas com problemas respiratórios
acabam tendo um déficit de oxigenação nas
células, aumentando a quantidade de radicais
livres, uma das grandes causas do envelhecimento
celular.
No mundo todo, as doenças que acometem o
sistema respiratório ocupam o posto de terceira
causa de morte.
20. Dentre as doenças mais comuns que acometem o aparelho
respiratório estão:
• Broncopatias;
• Pneumopatias;
• Transtornos respiratórios;
• Fístula do trato respiratório;
• Doenças torácicas;
• Transtorno da motilidade ciliar;
• Doenças nasais;
• Hipersensibilidade respiratória;
• Infecções respiratórias;
• Doenças da traqueia, Laringopatias;
• Doenças pleurais;
• Anormalidades do sistema respiratório;
• Neoplasias do trato respiratório.
Dentre elas falaremos de algumas
21. Viroses
São infecções causadas por agentes submicroscópicos, que invadem as
células e são responsáveis por várias doenças do aparelho respiratório.
Algumas vezes, atacam o nariz e a garganta, causando o resfriado
comum, mas, muito freqüentemente, o vírus pode se espalhar e atingir
outras partes do aparelho respiratório, provocando complicações como:
gripe
otite média
bronquite
pneumonia
Contaminação
A contaminação se dá pela proximidade da pessoa doente, apertos de
mãos, etc. Espirros e tosse permitem que os micróbios levados pelo ar
entrem em contato com as membranas respiratórias da pessoa sadia.
24. Bronquite crônica
A bronquite crônica é definida como uma inflamação dos brônquios.
Geralmente, surge depois de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a
fatores irritantes, como o tabaco, poluição do ar, entre outras fontes. Sua
ocorrência é mais comum em mulheres do que em homens.
Esta afecção pode preceder ou acompanhar o enfisema pulmonar.
25. *DPOC
* A Doença Pulmonar obstrutiva crônica* é uma doença crônica, progressiva
e irreversível que afeta os pulmões, apresentando como principal
característica a destruição de muitos alvéolos pulmonares e o
comprometimento dos restantes. É mais comum em indivíduos do sexo
masculino com idade avançada, sendo que também é frequente sua
observação em indivíduos que já tiveram tuberculose.
* Os principais fatores que levam ao aparecimento da DPOC relacionam-se
ao tabagismo, vindo em seguida o fumo passivo, exposição à poeira por
longos anos, poluição do ambiente e, em certos casos, fatores genéticos.
* De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS),
aproximadamente 80 milhões de pessoas apresentam DPOC moderada a
severa, No Brasil, esta afecção acomete em torno de 5,5 milhões de
pessoas por ano, segundo o Conselho Brasileiro de DPOC.
* Normalmente os pacientes com DPOC apresentam sintomatologia tanto da
bronquite crônica quanto do enfisema pulmonar. Deste modo, atualmente
utiliza-se mais o termo DPOC quando se faz referência a bronquite
crônica e enfisema pulmonar, uma vez que, normalmente, as mesmas
coexistem no mesmo paciente apresentando obstrução do fluxo de ar.
26. Câncer do Pulmão
O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns, sendo
que sua incidência no mundo todo vem aumentando 2% a cada ano. A
mortalidade por esse tipo de neoplasia é muito elevada e o prognóstico
está relacionado à fase em que é diagnosticado.
O principal fator de risco para o aparecimento dessa neoplasia é o
tabagismo. Atualmente, este último corresponde a 90% dos casos desse
tumor. É mais comumente observado em homens do que em mulheres;
todavia, o número de casos em mulheres está aumentando, enquanto
que o número de casos em homens está diminuindo.
Esta neoplasia também pode ser causada por certos produtos
químicos, como:
arsênico, berílio, asbesto, radônio, níquel, cromo, cádmio e cloreto de
vinila, especialmente observados em ambiente ocupacional. Outros
fatores relacionados ao surgimento desse tumor são os
dietéticos, genéticos, histórico da DPOC e histórico de câncer de pulmão
na família.