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LEE, Wesley Duke (1931). Nascido em São Paulo. Iniciou seus estudos de arte nos cursos do
Museu de Arte de São Paulo, em 1951, e no ano seguinte viajou para Nova York, onde
freqüentou a Parson’s School of Design, estudou tipografia no American Institute of Grafic Arts,
conheceu Marcel Duchamp e presenciou o nascimento dos trabalhos de Jasper Johns e Robert
Raunschenberg e dos happenings de John Cage. De volta a São Paulo em 1955 passou a
trabalhar em publicidade, recebendo duas menções honrosas no I Salão da Propagadanda,
efetuado nesse mesmo ano. Em 1957 teve aulas de pintura e desenho com Karl Plattner,
embarcando em 1958 rumo a Paris. Na capital francesa estudou desenho na Academia da
Grande Chaumière e gravura com Johnny Friedlaender, além de participar em 1959 da
campanha publicitária da Régie Renault, o que lhe valeu uma citação no Oscar de la Publicité
Française. Ainda em 1959 realizou juntamente com Plattner um grande mural a têmpera no
camarote presidencial do Teatro do Festival de Salzburgo, na Áustria. Retornando ao Brasil em
1960, passou desde então a alternar as técnicas tradicionais de pintura e desenho a
procedimentos não-convencionais, que incluem o movimento e o espaço reais, e os mais
avançados recursos da comunicação.

Inquieto e paradoxal, em 1963, em São Paulo, foi o principal representante do movimento do
Realismo Mágico, passando a defender a Figuração e centrando seu fazer estético numa
realidade poética e subjetiva não sem pontos de contacto com o Surrealismo. No mesmo ano
organizou, no João Sebastião Bar, aquele que historicamente pode ser considerado o primeiro
happening brasileiro - Wesley Realista Mágico Apresenta a Exposição. Em 1964 ingressou no
movimento internacional Phases, de cujas mostras, no Brasil e no estrangeiro, participou desde
então. Também em 1964 lecionou Desenho na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Estendendo sua influência a um grupo de jovens alunos, em 1966 torna-se o elemento
aglutinador do Grupo Rex, integrado por Geraldo de Barros, Nelson Leirner, Baravelli, José
Resende, Nasser e Fajardo. Já desde 1965 começara a elaborar grandes estruturas
tridimensionais que transbordavam pelos suportes bidimendsionais de telas, madeiras ou
muros, e que incluem O Trapézio (1965), A Zona: considerações - Retrato de Chateaubriand
(1968), Helicóptero (Tóquio, 1970), entre outros ambientes, todos patenteando sua criatividade
e a constante predileção pela ambigüidade, intermesclando presente e passado, real e
imaginário, sentido e pressentido, objetividade e subjetividade, numa incessante glosa
autobiográfica dos seres e dos objetos, ele que um dia afirmou: "Arte, para mim, é na verdade
soma".

Em 1976 Wesley retorna à pintura bidimensional e realiza em São Paulo a mostra As Sombra
Ações, na qual cada pintura apresentava sombras de instrumentos de trabalho projetadas
sobre a tela, criando mais
uma vez uma atmosfera ambígua. Porque, se nos ambientes a linguagem metafórica se
espraiava pelo espaço real, nas pinturas da série
As Sombra Ações é a realidade do ateliê, através de suas sombras projetadas, que age sobre
o espaço idealizado. Como a seu respeito escreveu um de seus mais chegados críticos, Pedro
Manuel, Wesley
é um "inventor convicto de formas novas e ambíguas", que se entrega de corpo e alma "à
narração de uma série de histórias que, no fundo, são como a Comédia Humana, de Balzac, ou
como um seriado de televisão, com o mocinho mascarado de Zorro, ou disfarçado em piloto do
helicóptero de Leonardo da Vinci".

Wesley Duke Lee realizou sua primeira individual em 1961 na Galeria Sistina, de São Paulo, e
desde então tem mostrado seus trabalhos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto
Alegre, Milão, Viena e Tóquio, com destaque para a importante retrospectiva que fez em
1992/93 no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e no Centro Cultural Banco do
Brasil, do Rio de Janeiro. Tem também participado de importantes coletivas nacionais e
internacionais, como a IV Bienal de Paris (1965), Opinião 65 (1965, Rio de Janeiro), a Bienal de
Córdoba (1966), as XXXIII e XLIV Bienal de Veneza (1966, 1991), a VII Bienal de Tóquio
(1966), Arte da América Latina desde a Independência (1965, Austin), Mostra Internacional de
Arte e Tecnologia de Los Angeles (1970), Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades
(1985, São Paulo), Imaginários Singulares (1987, São Paulo), Figura & Objeto 63/66 (1988,
São Paulo), Armadilhas Indígenas (1990, São Paulo), O que faz você, Geração 60 (1992, São
Paulo), Bienal Brasil Século XX (1994, São Paulo) e Opinião 65 - 30 Anos (1995, Rio de
Janeiro), entre muitas outras. Coube a Walter Zanini assim sintetizar a trajetória de Wesley,
sem dúvida um dos artistas mais representativos do panorama brasileiro atual:

- Vindo da prática publicitária e do aprendizado junto a Karl Plattner, motivado por viagens e
estágios no estrangeiro, ele fermentou uma linguagem narrativa de impaciente indagação da
realidade, porém projetada em fértil espaço psicológico. Seu permanente compromisso
autobiográfico aureola-se de humor refinado e irreverente. Configurada inicialmente em
desenho e pintura, e depois também em criações ambientais, de complexos agenciamentos
técnicos e materiais, a obra de Wesley percebe o nexo cotidiano dos fatos e das coisas quando
liberado nos contatos com o pensamento visionário. Percebia a importância da integração das
artes, como ocorreu com O Trapézio e o Helicóptero. O trabalho que desenvolveu, evoluindo
por fases ou ciclos de sábias e surpreendentes prospecções da vivência, estendeu-se à ação
pessoal. Wesley Duke Lee gerou influências no meio.

                    Arkadin d'y Saint Amèr, têmpera e pastel s/ papel, 1964;
                     1,57 X 1,57, Museu de Arte Contemporânea da USP.

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Lee, wesley duke

  • 1. LEE, Wesley Duke (1931). Nascido em São Paulo. Iniciou seus estudos de arte nos cursos do Museu de Arte de São Paulo, em 1951, e no ano seguinte viajou para Nova York, onde freqüentou a Parson’s School of Design, estudou tipografia no American Institute of Grafic Arts, conheceu Marcel Duchamp e presenciou o nascimento dos trabalhos de Jasper Johns e Robert Raunschenberg e dos happenings de John Cage. De volta a São Paulo em 1955 passou a trabalhar em publicidade, recebendo duas menções honrosas no I Salão da Propagadanda, efetuado nesse mesmo ano. Em 1957 teve aulas de pintura e desenho com Karl Plattner, embarcando em 1958 rumo a Paris. Na capital francesa estudou desenho na Academia da Grande Chaumière e gravura com Johnny Friedlaender, além de participar em 1959 da campanha publicitária da Régie Renault, o que lhe valeu uma citação no Oscar de la Publicité Française. Ainda em 1959 realizou juntamente com Plattner um grande mural a têmpera no camarote presidencial do Teatro do Festival de Salzburgo, na Áustria. Retornando ao Brasil em 1960, passou desde então a alternar as técnicas tradicionais de pintura e desenho a procedimentos não-convencionais, que incluem o movimento e o espaço reais, e os mais avançados recursos da comunicação. Inquieto e paradoxal, em 1963, em São Paulo, foi o principal representante do movimento do Realismo Mágico, passando a defender a Figuração e centrando seu fazer estético numa realidade poética e subjetiva não sem pontos de contacto com o Surrealismo. No mesmo ano organizou, no João Sebastião Bar, aquele que historicamente pode ser considerado o primeiro happening brasileiro - Wesley Realista Mágico Apresenta a Exposição. Em 1964 ingressou no movimento internacional Phases, de cujas mostras, no Brasil e no estrangeiro, participou desde então. Também em 1964 lecionou Desenho na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Estendendo sua influência a um grupo de jovens alunos, em 1966 torna-se o elemento aglutinador do Grupo Rex, integrado por Geraldo de Barros, Nelson Leirner, Baravelli, José Resende, Nasser e Fajardo. Já desde 1965 começara a elaborar grandes estruturas tridimensionais que transbordavam pelos suportes bidimendsionais de telas, madeiras ou muros, e que incluem O Trapézio (1965), A Zona: considerações - Retrato de Chateaubriand (1968), Helicóptero (Tóquio, 1970), entre outros ambientes, todos patenteando sua criatividade e a constante predileção pela ambigüidade, intermesclando presente e passado, real e imaginário, sentido e pressentido, objetividade e subjetividade, numa incessante glosa autobiográfica dos seres e dos objetos, ele que um dia afirmou: "Arte, para mim, é na verdade soma". Em 1976 Wesley retorna à pintura bidimensional e realiza em São Paulo a mostra As Sombra Ações, na qual cada pintura apresentava sombras de instrumentos de trabalho projetadas sobre a tela, criando mais uma vez uma atmosfera ambígua. Porque, se nos ambientes a linguagem metafórica se espraiava pelo espaço real, nas pinturas da série As Sombra Ações é a realidade do ateliê, através de suas sombras projetadas, que age sobre o espaço idealizado. Como a seu respeito escreveu um de seus mais chegados críticos, Pedro Manuel, Wesley é um "inventor convicto de formas novas e ambíguas", que se entrega de corpo e alma "à narração de uma série de histórias que, no fundo, são como a Comédia Humana, de Balzac, ou como um seriado de televisão, com o mocinho mascarado de Zorro, ou disfarçado em piloto do helicóptero de Leonardo da Vinci". Wesley Duke Lee realizou sua primeira individual em 1961 na Galeria Sistina, de São Paulo, e desde então tem mostrado seus trabalhos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Milão, Viena e Tóquio, com destaque para a importante retrospectiva que fez em 1992/93 no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand e no Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro. Tem também participado de importantes coletivas nacionais e internacionais, como a IV Bienal de Paris (1965), Opinião 65 (1965, Rio de Janeiro), a Bienal de Córdoba (1966), as XXXIII e XLIV Bienal de Veneza (1966, 1991), a VII Bienal de Tóquio (1966), Arte da América Latina desde a Independência (1965, Austin), Mostra Internacional de Arte e Tecnologia de Los Angeles (1970), Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades (1985, São Paulo), Imaginários Singulares (1987, São Paulo), Figura & Objeto 63/66 (1988, São Paulo), Armadilhas Indígenas (1990, São Paulo), O que faz você, Geração 60 (1992, São Paulo), Bienal Brasil Século XX (1994, São Paulo) e Opinião 65 - 30 Anos (1995, Rio de
  • 2. Janeiro), entre muitas outras. Coube a Walter Zanini assim sintetizar a trajetória de Wesley, sem dúvida um dos artistas mais representativos do panorama brasileiro atual: - Vindo da prática publicitária e do aprendizado junto a Karl Plattner, motivado por viagens e estágios no estrangeiro, ele fermentou uma linguagem narrativa de impaciente indagação da realidade, porém projetada em fértil espaço psicológico. Seu permanente compromisso autobiográfico aureola-se de humor refinado e irreverente. Configurada inicialmente em desenho e pintura, e depois também em criações ambientais, de complexos agenciamentos técnicos e materiais, a obra de Wesley percebe o nexo cotidiano dos fatos e das coisas quando liberado nos contatos com o pensamento visionário. Percebia a importância da integração das artes, como ocorreu com O Trapézio e o Helicóptero. O trabalho que desenvolveu, evoluindo por fases ou ciclos de sábias e surpreendentes prospecções da vivência, estendeu-se à ação pessoal. Wesley Duke Lee gerou influências no meio. Arkadin d'y Saint Amèr, têmpera e pastel s/ papel, 1964; 1,57 X 1,57, Museu de Arte Contemporânea da USP.