O documento descreve o movimento artístico Novo Realismo que surgiu na década de 1960 na França e Suíça. O movimento procurava uma nova abordagem perceptiva do real através da utilização de objetos encontrados no ambiente urbano. Artistas como Arman, Hains e Villeglé criavam obras que criticavam a sociedade de consumo através de técnicas como assemblage e colagem.
2. • O novo realismo, foi um movimento artístico fundado em 1960 pelo
artista Yves Klein e pelo crítico de arte Pierre Restany por ocasião da
primeira exposição colectiva dum grupo de artistas franceses e suíços na
galeria Apollinaire de Milão.
Anthropométries de l'époque bleue, Galerie internationale d'art contemporain, Paris, March 9th 1960
3. Antes desta exposição, foi assinada, em casa de Klein, uma declaração que deu
início ao movimento artístico, na qual se afirmou:
"Os novos realistas conscientizaram-se de sua singularidade coletiva. Novo Realismo
= novas abordagens perceptivas do real. Assinado: Arman, Dufrêne, Hains, Klein,
Raysse, Restany, Spoerri, Tinguely e Villeglé".
Jacques de la Villeglé Boulevard de la Chapelle, 1965
4. O novo realismo trouxe uma nova metodologia de percepção, um novo
modo de ver baseado na constatação de uma natureza moderna e na
rejeição da abstracção livre da época, tirando partido da utilização dos
objectos existentes, maioritariamente do material proveniente do
ambiente urbano.
Arman - Accumulation de brocs, 1961, 83*142*42 cm, Museum Ludwig, Koeln, Germany
5. Os Novos realistas, recusam a abstracção da Escola de Paris. Reclamam a
criação de uma nova expressividade, à altura de uma outra realidade
sociocultural, caracterizada pela hegemonia
norte-americana no pós-guerra, pela máquina, pelas culturas de massa e
informação, pela publicidade e pelos avanços tecnológicos deste momento
específico da sociedade de consumo.
Raymond Hains, Tôle, 1970, lamiera, 98 x 100 cm
6. Instalações ou décors; Happenings;
Compressões de Cesar; Assemblage como um
dos meios mais utilizados
César Baldaccini
Arman, Under the Volcano (1992) |
7. Quadros-armadilhas de Spoerri; Registros industriais de Tinguely;
Aplicações de resíduos de cartazes de
rua por Hains, Villeglé e Dufrère;
1972 | Daniel Spoerri
Jean Tinguely - Le Cyclop, 1970
8. Yves Klein foi um artista francês e é considerado uma figura importante da
arte europeia após a Segunda Guerra Mundial. Críticos da época classificavam-
no como neodadaísta, embora outros críticos importantes discordassem, tal
como Thomas McEvilley, num ensaio publicado pela revista Artforum em 1982,
onde o classifica como um precursor da arte contemporânea, embora
“enigmático”.
Yves Klein/People Begin to Fly, 1961
9.
10. Armand Pierre - foi um artista franco-americano, nascido em 1928, que
desde pequeno que demonstrava talento para as artes. Era escultor e
pintor , era principalmente conhecido pelas suas ‘acmulações’.
ARMAN (1928-2005)
12. • Hiperrealismo é um género de pintura e escultura que tem um efeito
semelhante ao da fotografia de alta resolução. O hiperrealismo é uma
evolução do fotorrealismo, e o termo foi usado para designar um movimento
artístico que nasceu nos Estados Unidos e na Europa por volta de 2000.
Ron Mueck (2010)
13. A arte moderna, embora muitas
vezes repleta de ideais
revolucionários e vanguardistas
dos movimentos abstraccionistas
nunca recusou inteiramente a
vontade de representar ou
copiar a realidade. As ligações
a linguagens realistas e figurativas,
de carácter imitativo ou
narrativo, ligado à tradição
artesanal da pintura ou da
escultura, foram surgindo
ciclicamente, através de várias
correntes pictóricas, ao longo do
século XX.
Roberto Bernardi
14. O hiperrealismo assume-se como uma corrente autónoma que procurava desenvolver
uma linguagem de cariz fotográfico, de dimensão mítica e monumental, possível pela
idealização e extremo virtuosismo da própria técnica. Para conseguir reproduzir todos
os detalhes e vibrações cromáticas e texturais, estes artistas utilizavam
frequentemente o aerógrafo, recorriam á projecção sobre as telas de diapositivos que
continham as imagens a reproduzir.
Dru blair
15. Apesar das obras aproximarem-se da realidade a ponto de serem quase idênticos,
não são a realidade. Esse simulação de realidade cria a ilusão de uma nova realidade,
mais complexa e, principalmente, mais subjectiva.
Henrik Aarrestad Uldalen
16. Roberto Bernardi - é um artista italiano, a sua arte é tão real que podemos quase
sentir a temperatura dos objetos que retrata. O artista, que começou a pintar telas
com menos de 10 anos de idade, hoje domina o hiperrealismo. As suas obras
mostram cenas da vida quotidiana de forma crítica, exibindo com impessoalidade
e frieza a forma automatizada como vivemos.
17.
18. Juan Francisco Casas – um artista espanhol, de 34 anos, cria desenhos tão realistas
usando apenas as famosas canetas bic.
Tudo começou há seis anos, quando Juan começou a desenhar os seus amigos por
diversão. Um ano depois, o artista decidiu enviar um dos seus desenhos a uma
competição nacional de arte – apesar de achar que os jurados, provavelmente,
achariam que aquilo era piada. Ficou em segundo lugar.
Para os seus trabalhos, alguns com vários metros de altura, são precisas 14 canetas
esferográficas para cada, e podem levar até duas semanas para ficar prontos.
19.
20. • Foi um movimento cultural que se desenvolveu nas décadas de 50 e 60
do século XX, principalmente em Inglaterra e nos Estados Unidos. O
termo pop é uma abreviatura de "popular" e indica a raiz cultural e
estética desta corrente inspirada no imaginário da sociedade de
consumo e na cultura de massas.
21. Começou por ser uma
reação contra o expressionismo
abstrato das décadas anteriores,
considerado agora muito
intelectualizado e desligado
da realidade. Os artistas pop
tentam produzir algo que
exprima o verdadeiro espírito
do mundo atual, usando
alguns objetos de uso corrente,
envolvendo a arte no contexto
quotidiano. Desta forma, o
contacto da obra com o espectador
é imediato e o seu objetivo é
mais formal que conceptual. Em
algumas das imagens que exprimem
o materialismo da sociedade
pode-se facilmente perceber intenções
de crítica e sátira social.
22. Embora baseadas em fundamentos estéticos idênticos, as manifestações artísticas da
Pop Art são extremamente variadas, podendo distinguir-se
personalidades muito diferentes e criações artísticas que envolvem um leque alargad
o de expressões: pintura, escultura, desenho, happening, fotomontagem e colagem.
23. Andy Warhol- foi um grande artista plástico e cineasta norte-americano. Nasceu em
6 de agosto de 1928 na cidade de Pittsburgh (Estados Unidos). É um dos maiores
representantes da pop art, além de ter ganho grande destaque no cinema de
vanguarda e na literatura.
24. Utilizava bastante conceitos de publicidade nas suas obras , bem como objetos de
consumo e temas do quotidiano, e a reprodução de rostos em série de
personalidades da época (Marilyn Monroe, Che Guevara, Elvis Presley, entre
outros);
Utilizava bastante tintas acrílicas, representadas em cores fortes e brilhantes e a
técnica da serigrafia.
Marilyn Monroe
25. Roy Lichtenstein-Foi um pintor norte-americano nascido em 1923, em Nova
Iorque, e é reconhecido como um dos expoentes da pop Art. Utilizava cenas da
publicidade e da sociedade de consumo, fazendo uma crítica irónica ao capitalismo.
Um dos seus temas preferidos foi a guerra, banalizada nas suas obras. Lichtenstein
usou a história em quadrinhos, e o texto, simplificou os contornos e escolheu para
superfícies, o azul, o vermelho e o amarelo.
26.
27. A arte cénica é toda a forma de arte que é feita num palco
ou em público. Pode acontecer em praças e ruas, assim
como em palcos improvisados. As artes cênicas também se
podem denominar artes performativas.
28. • Op art é um termo usado para descrever a arte que explora a falibilidade do
olho e pelo uso de ilusões ópticas. A expressão "op-art" vem do inglês
(optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para a arte "menos
expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída,
simboliza um mundo mutável e instável, que está em constante mudança.
29. Victor Vasarely foi um pintor de origem húngara considerado por
muitos como um dos mais importantes artistas da chamada Op-art, sendo
um dos fundadores desta arte cinética, através de desenvolvimentos de
pinturas de abstracções geométricas.
30. Principais características:
Uso de linhas paralelas sinuosas ou retas;
Uso de poucas cores, sendo o preto e o branco as mais usadas;
Imagens ocultas que podem ser vistas somente de determinados ângulos
ou através da focalização de determinadas áreas da obra;
Contraste de cores;
31. Bridget Riley- Nasceu em Londres, em 1931. Abandonou a pintura
figurativa, semi-impressionista, e desenvolveu o seu estilo autoral de Op Art
no início dos anos 60, explorando os potenciais dinâmicos dos fenómenos
ópticos, através de telas a preto e branco com padrões geométricos muito
simples – quadrados, linhas e ovais.
Tirada por David Newell Smith a Bridget Riley, a posar em frente a uma das suas obras-1964
32.
33. • Philippine Bausch, mais conhecida como Pina Bausch, foi
uma coreógrafa, dançarina, pedagoga de dança e diretora de ballet alemã.
Conhecida principalmente por contar histórias enquanto dança, as
suas coreografias eram baseadas nas experiências de vida dos bailarinos e
feitas conjuntamente. Várias delas são relacionadas a cidades de todo o
mundo, já que a coreógrafa retirava de suas turnês ideias para os seus
trabalho.
Pina Bausch
34. Café Müller é a obra mais
íntima de Pina Bausch. De
certa forma espelha as
experiências que a coreógrafa
vivenciou durante a sua
infância no restaurante do seu pai.
Carregado de uma carga
emocional profunda e apresentada
de forma minimalista, esta
obra vive suspensa num
movimento entre as diferentes
personagens que deambulam
num café deserto. Recordações,
solidão, a ausência de
profundidade no contacto, as
relações, os encontros,
os desencontros. Este é o retrato que
Pina Bausch apresenta de uma Alemanha
pós-guerra. As paredes cinzentas, escuras, cadeiras e mesas dispersas
enquanto seis corpos gastos vagabundeiam um a um e contagiam no espaço
o desamparo, a angustia, a raiva, derrubando e destruindo a ordem. Um
movimento claustrofóbico e circular entre a violência e a apatia.
É uma obra melancólica, sem esperança. Um lamento profundo.
Arrebatadoramente triste. Mas de uma beleza única..
35. Cafe Müller - Pina Bausch
"Tudo se tornou rotina e já ninguém sabe porque está a usar certos
movimentos. Tudo o que sobra é uma estranha espécie de vaidade que se
afasta cada vez mais das pessoas. E eu acho que deveríamos estar cada
vez mais perto do outro." Pina Bausch