O documento discute o triângulo da ética formado pelos vértices da coerência, transcendência e sobrevivência. A coerência é o equilíbrio entre princípios e resultados, a transcendência é ampliar o significado da vida dentro dos próprios valores, e a sobrevivência é ser coerente e transcendente sem morrer de fome. O autor argumenta que a ética de um indivíduo depende do equilíbrio entre esses três vértices em um determinado contexto histórico e tecnológico.
3. Ética aqui na rua (e deixo claro isso é a minha
visão sobre o assunto) é a forma que você
conseguiu equilibrar sua existência triangular
no mundo, a partir de três vértices.
4. O triângulo da ética tem três vértices.
Sobrevivência
Coerência
Transcedência
PRINCÍPIOS RESULTADOS
5. A Coerência é o aumento da taxa entre o
que se faz e o que se diz, num jogo entre
princípio e resultados.
6. A Transcendência é o aumento da taxa da
relevância em tomar atitudes que vão
além da sobrevivência, ampliando o
significado da sua vida dentro de seus
valores.
7. A Sobrevivência é conseguir ser coerente
e transcendente e não morrer de fome.
8. Não adianta ser coerente e querer a
transcendência se não se consegue
sobreviver e vice-versa.
Se bem que já tivemos exemplos no
mundo, como Sócrates, que preferiu
morrer ao invés de abrir mão da
coerência.
Ele optou, por uma questão de valores,
pela coerência e a transcendência.
9. O triângulo de Sócrates.
Sobrevivência
Coerência
Transcedência
10. Há, na verdade, uma tensão entres os
vértices que vai influenciar no desenho do
triângulo no momento em que se opta
por um tipo de vida, escolhendo um dos
vértices em detrimento dos demais.
11. De maneira geral, o que é mais fácil, é garantir
a Ética da Sobrevivência e nisso se é coerente,
abrindo mão da transcendência.
É uma vida coerentemente medíocre,
geralmente, desmotivadora, mas é coerente.
É o que dá para fazer. O mundo fica pouco
transcendente, focado mais no curto prazo,
com baixa inovação.
12. Quando temos um projeto que valoriza a
Ética da Transcendência que não permite
a sobrevivência, esbarramos em uma
parede que vai começar a pressionar a
coerência.
13. Vamos esgarçando a coerência, pois não
conseguimos viabilizar o que pensamos e
começamos a agir diferente do que
pensamos.
14. A coerência exige um amadurecimento
cognitivo do nosso lado afetivo para haver
mais coerência entre eles.
15. Problemas afetivos não trabalhados nos
levará para incoerências. Se fará algo, mas
se falará outra coisa, ou se esconderá o
que se fez para evitar que se discuta o
assunto ou se modifique o padrão de
comportamento.
16. A incoerência é um sintoma de que há
uma dicotomia entre o cognitivo e o
afetivo.
Ou entre o projeto pessoal (mesmo que
coerente) e a capacidade da sociedade em
aceitá-lo.
17. Os comportamentos podem ser aceitos e
combinados em acordos de mútuo
entendimento e se será coerente ao
respeitá-lo ou querer revê-lo, de forma
aberta, procurando um novo acordo.
18. Rejeição pela moralidade - por causa da
moral vigente, já que não prejudica
ninguém . E isso pode levar para uma luta
pela transcendência.
Rejeição pela imoralidade - por causa de
uma lei, de norma ou de ética evidente já
que prejudica alguém.
A dificuldade de aceitação da sociedade de um
dado projeto pessoal passa por não se conseguir
acordo:
19. A ética é um jogo individual de cada um com
seu próprio triângulo e deste como o triângulo
moral de toda a sociedade.
Da ética individual que é possível ser praticada
num determinado momento da história.
E da subjetividade de cada um em estabelecer
o formato do seu triângulo, a partir de seus
contextos objetivos e subjetivos.
20. A ética é, assim, conseguir ter os melhores
princípios com os melhores resultados, de
uma forma a se manter com uma alta taxa
de coerência, garantindo alguma
transcendência, sem perder de vista a
sobrevivência em um dado contexto
histórico.
21. A conjuntura tecno-macro histórica
influencia as decisões éticas dos
indivíduos, no triângulo da moral, que é
colocado da seguinte maneira.
22. As variações éticas, a partir do momento tecno-
cognitivo macro histórico, na variação das
seguintes taxas.
Transparência
Liquidez Independência
23. A Transparência é dada pela capacidade
das trocas horizontais entre os indivíduos
praticada.
24. A Independência é dada pela taxa da
percepção da percepção praticada.
25. A liquidez é dada pela taxa de inovação
praticada.
26. Em picos demográficos, cairão as taxas de
transparência, de liquidez e de
independência.
27. Em movimentos centralizadores da macro
história, teremos um aumento da taxa de
ética da Sobrevivência, uma maior
impossibilidade de uma taxa de
transcendência e, por sua vez, maior
incoerência.
28. Em movimentos descentralizadores da
macro história, teremos um aumento da
taxa de ética da Transcendência, uma
redução da demanda pela ética da
sobrevivência e, por sua vez, uma maior
procura pela coerência.
29. A ética na fase de Centralização na Macro
História.
Sobrevivência
Coerência
Transcedência
30. Em Revoluções Cognitivas, etapa da
macro histórica descentralizadora, a
transcendência será mais viável, pois se
abrirão novas janelas de inovação, bem
como haverá aumento da taxa de
coerência em função da maior
transparência informacional.
31. A ética na fase de Descentralização na Macro
História.
Sobrevivência
Coerência
Transcedência
33. O livro de Carlos Nepomuceno
propõe interessante análise
para os líderes
contemporâneos. Quem quer
compreender
a internet para reinventar
o processo de tomada de
decisão encontrará aqui as
respostas. Pierre Levy.
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