2. Valor
Quando decidimos fazer algo, estamos realizando uma
escolha. Manifestamos certas preferências por umas
coisas em vez de outras. Evocamos então certos motivos
para justificar as nossas decisões. Essas justificativas
para nossas decisões são nossos valores.
Os valores são as razões que justificam ou motivam as
nossas ações, tornando-as preferíveis a outras.
3. Valor
Fatos e valores
Fato
Um fato é algo que algo que pode ser comprovado, sobre o qual podemos
dizer que a afirmação é verdadeira ou falsa. Os fatos são igualmente
susceptíveis de gerarem consensos universais.
Valor
Podemos definir os valores partindo das várias dimensões em que usamos:
a) os valores são critérios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as
coisas;
b) Os valores são as razões que justificam ou motivam as nossas ações,
tornando-as preferíveis a outras.
4. Valor
Tipos de valores
Valores éticos: os que se referem às normas ou critérios de conduta que
afetam todas as áreas da nossa atividade. Ex.: Solidariedade, Honestidade,
Verdade, etc
Valores estéticos: os valores de expressão. Ex.: Harmonia, Belo, Feio.
Valores religiosos: os que dizem respeito à relação do homem com a
transcendência. Exemplos: Sagrado, Pureza, Santidade, Perfeição.
Valores políticos: Justiça, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania, Liberdade.
Valores vitais: Saúde, Força.
5. Defesa de Sócrates
No diálogo platônico Críton(ou do dever), que é um dialogo entre
Sócrates e seu amigo rico Críton em matéria de justiça, injustiça, e a
resposta apropriada a injustiça, Sócrates recebe de seu amigo Críton
a notícia de que se ele quiser fugir, sua fuga será facilitada.
Valor
6. Valor
O argumento de Críton a Sócrates
O diálogo começa com Sócrates acordando com a presença de Críton em na sua cela
da prisão. Críton informa Sócrates que é realmente cedo. Sócrates expressa surpresa
que o guarda deixou Críton entrar em uma hora tão cedo ao que ele lhe informa que está
bem familiarizado com a guarda porque lhe deu um benefício. Sócrates pergunta porque
ele optou por deixá-lo dormir em paz em vez de acordá-lo e este explica que preferiu não
fazê-lo tendo em conta a atual circunstância angustiante de Sócrates a espera de sua
própria execução. Críton explica que admira a forma pacífica em que Sócrates viveu até
agora e o nível de calma que exibe em face da morte. Sócrates responde que é justo ele
reagir dessa forma dada a sua idade e indaga porque ele veio tão cedo.
7. Valor
Valor Absoluto
Sócrates através do seu método faz com que Críton perceba que fugir seria
cometer injustiça com a cidade, e ser injusto não é ser bom.
Sócrates ao se submeter às leis da cidade, colocando a sua vida em risco,
prova a verdade de sua atitude filosófica e o VALOR ABSOLUTO da intenção
moral e de tudo o que ele pensava.
8. Axiologia
A palavra "axiologia" é formada pelos termos
gregos "axios" (valor, preço, dignidade) +
"logos" (estudo, teoria).
Termo geralmente definido como "ciência dos
valores" ou "teoria do valor".
9. Axiologia
É a abordagem filosófica do valor em sentido
amplo, se propõe a refletir sobre o fundamento
valorativo de questões econômicas, éticas,
estéticas e lógica.
Originalmente, o termo valor referia-se
principalmente ao valor de troca.
10. Axiologia
De acordo com o filósofo alemão Max Scheler,
os valores morais obedecem a uma hierarquia,
surgindo em primeiro plano os valores positivos
relacionados com o que é bom, depois ao que
é nobre, depois ao que é belo, e assim por
diante.
13. Ética e Moral
➢ O que é ética?
➢ O que é moral?
➢ Ética e Moral são as mesmas coisas?
14. Ética e Moral
➢ A palavra “ética” vem do Grego “ethos” , e
significa “modo de ser” ou “conduta”,
➢ A palavra “moral” vem do Latim “morales” e
significa “relativo a costumes”.
15. Ética
➢ Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, é “o estudo dos juízos
de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à
determinada sociedade, seja de modo absoluto”.
➢ O Dicionário Básico de Filosofia de Hilton Japiassú, define como “Parte
da filosofia prática que tem por objetivo elaborar uma reflexão sobre os
problemas fundamentais da moral (finalidade e sentido da vida humana,
os fundamentos da obrigação e do dever, natureza do bem e do mal, etc.),
mas fundada num estudo metafísico do conjunto das regras de conduta
consideradas como universalmente válidas.
16. Moral
➢ Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, é “conjunto de
regras e princípios que regem um determinado grupo. Que
procede com justiça.”
➢ No Dicionário Básico de Filosofia de Hilton Japiassú: “Em um
sentido mais estrito, a moral diz respeito aos costumes, valores e
normas de conduta específicos de uma sociedade ou cultura.”
17. Ética x Moral
➢ Durkeim explica Moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior
a própria sociedade. A moral tem caráter obrigatório;
➢ Nair Motta define Ética como um “conjunto de valores que orientam o
comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade
em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, ética é a
forma que o homem deve se comportar no meio social;
➢ “... este estudo não é teórico como os outros, pois estudamos não para
saber o que é a virtude, mas para sermos bons, que de outra maneira não
tiraríamos nenhum benefício dela”, fala Aristóteles sobre a Ética, no Livro
II da Ética a Nicômaco;
18. Ética x Moral
➢ Para Fernando Savater, “Moral é o conjunto de comportamentos e normas
que você, eu e algumas das pessoas que nos cercam costumamos aceitar
como válidos; Ética é a reflexão sobre por que os consideramos válidos e
a comparação com outras ‘morais’ de pessoas diferentes.”
➢ Segundo Mário Sérgio Cortella, “ética é o conjunto de valores e princípios
que usamos para responder as três grandes questões da vida:(1) quero?;
(2) devo?; (3) posso?. Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu
posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de
espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode
e o que você deve.
Moral é a prática de uma ética.
Concepção ética é o princípio, moral é a prática...”
19. Ética x Moral
➢ Ética é o principio, Moral são aspectos de condutas
específicas;
➢ Ética é permanente, Moral é temporal;
➢ Ética é universal, Moral é cultural;
➢ Ética é regra, Moral é a conduta da regra;
➢ Ética é a teoria, Moral é a prática.
21. Ética Empresarial
Se refere a conduta Ética das
empresas, ou seja, a forma,
moralmente correta com que as
empresas interagem com seu meio
envolvente.
22. Ética Empresarial
➢ É aplicada a empresas públicas e
privadas
➢ Benefícios de sua aplicação
25. Inversão de Valores
Onde o certo e o errado se confundem, onde
as pessoas desenvolvem a capacidade de
aceitar o errado como certo ou simplesmente
se omitir a perceber isso e a reagir diante de
tais fatos.
26. Inversão de Valores
Ao longo dos anos, a sociedade vem se
mostrando mais receptiva às mudanças e
conceitos propagados pela mídia de um modo
geral. Esta é uma geração consumidora de
informações, mas que não aprendeu reter o
que é bom e lançar fora o que não se
aproveita.
27. Inversão de Valores
Hoje nada mais é surpresa, pois com quebra
de paradigmas e falta de discernimento tudo
parece normal. Normal a política que vivemos,
normal a falta de amor e credibilidade com o
próximo, normal as mentiras, normal a
desonestidade, enfim tudo parece dentro da
normalidade. Incrível a aceitação de inversão
de valores.
28. Inversão de Valores
Somos todos culpados por essa crise de
valores, vez que permitimos e contribuímos
para isso. Precisamos ser o exemplo, fazer a
diferença para então cobrarmos os valores a
serem resgatados do próximo.
29. Exemplo
Um aluno, representado por sua progenitora, acionou
judicialmente o professor Odilon Alves Oliveira Neto,
requerendo reparação por danos morais porque, este
houve por bem retirar um aparelho de telefone celular das
mãos daquele, que ouvia música com fones de ouvido
durante a aula. Segundo os autos do processo, a ação
proposta visava a reparar o “sentimento de impotência,
revolta, além de um enorme desgaste físico e emocional”
do autor.
30. Exemplo
Felizmente, nesse caso, o processo foi parar
nas mãos de um juiz sensato, o doutor Eliezer
Siqueira de Sousa Junior, que não apenas
julgou improcedente a ação, como deu uma
bela espinafrada no autor e em sua mãe.
Seguem alguns trechos da sentença:
31. Exemplo
“Mas fico a pensar, também, naquele que nasce
vocacionado para ensinar, que se prepara anos a fio para
isso, e, quando chega o grande momento, depara-se com
uma plateia desinteressada, ávida pelos últimos capítulos
da novela ou pela fofoca da semana, menos com a
regência verbal ou a equação de segundo grau (…).
32. Exemplo
“(…) porque julgar procedente esta demanda é desferir
uma bofetada na reserva moral e educacional deste país,
privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas,
os “realitys shows”, a ostentação, o “bullying” intelectivo, o
ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente
improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo
às vezes de educadores, ensinando falsos valores e
implodindo a educação brasileira.
33. Exemplo
“No país que virou as costas para a Educação e que faz
apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos
expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro herói
nacional, que enfrenta todas as intempéries para exercer
seu “múnus” com altivez de caráter e senso sacerdotal: o
Professor.”
34. Inversão de Valores
A transformação da sociedade se dará a partir
da mudança de cada indivíduo.
A RESPONSABILIDADE É DE TODOS!!!
Devemos cumprir a Lei, bem como espelhar os
dias nas Salvaguardas Poéticas de Paulo
César Gutierres Guggiana:
35. Inversão de Valores
“Art. 1º - Obrigatório passear aos domingos de mãos dadas e,
displicentemente, pisar na grama, ter olhos para flores, semear esperanças e
colher sonhos silvestres.
Parágrafo único – Assegurar aos seres humanos a visão azul dos céus e o
infinito das revoadas.
Art. 2º - Fica proibido pensar em guerras, pena agravada quando se afaga os
cabelos da (o) amada (o).
Art. 3º - Pena de banimento ao desejo sem amor.
Parágrafo único – Vedado cativar a esmo e quebrar encantos.
36. Inversão de Valores
Art.4º - É delito imperdoável sentir-se só e espalhar a solidão.
Art. 5º - Obrigatório lavrar autos de soltura e declarar absurdas as gaiolas.
Art. 6º - Pena de eterna sedução a quem seduz.
Art. 7º - Fica desativado o império do medo e proclamada a república do amor
maior.
Parágrafo único – Revogam-se as inúteis disposições em contrário.”