O documento discute os desafios para a educação, formação e desenvolvimento profissional docente no que diz respeito ao conhecimento técnico-pedagógico de conteúdo. Apresenta os diferentes tipos de conhecimento necessários para a formação docente e discute a importância do conhecimento pedagógico de conteúdo. Também aborda os desafios colocados pelas novas tecnologias e propõe novas abordagens para o ensino como a flexibilidade, personalização, conectivismo e aprendizagem base

1. O conhecimento tecnico-
pedagógico de conteúdo: desafios
para a educação, formação e
desenvolvimento profissional
docente
Carlos Marcelo
Universidad de Sevilla

2. O CONHECIMENTO PROFISSIONAL
DOCENTE

3. Há um conhecimento específico para o
desenvolvimento da função de ensino?

4. TIPOS DE CONHECIMENTO PARAA FORMAÇÃO DOCENTE
Generalizável
Codificável
Racional
Público
Escrita
Explícito
Teórico
Guiado por perguntas
Forma proposicional
Propriedade de peritos
Status elevado
Contexto específico
Difícil codificar
Também moral e
emocional
Privada ou interpessoal
Oral
Tácito
Prático
Orientada para soluções
Como metafóricas,
narrativas, histórias
Propriedade dos
professores
Baixo estatuto
RACIONALIDADE
TECNICA
EPISTEMOLOGIA
DA PRÁTICA

5. O CONHECIMENTO PROFISSIONAL DO ENSINO:
COMPONENTES
CONHECIMENTO
SOBRE SI MESMO
(Identidade)

6. Sabemos como ensinar antes de aprender a ensinar?
• 10.000 horas observando a
professores de ensino
•Identificação afetiva
com modelos:
desenvolvimento
de crenças
•Imagem parcial da realidade
escolar: visão focalizada sobre o
professor, a disciplina, a autoridade

7. A pesquisa sobre crenças
• Crenças são formadas em idade precoce e
tendem a perpetuar
•Quanto mais antiga é uma crença mais
difícil será mudá-la
•Os indivíduos desenvolvem um sistema de
crenças que definem o mundo e a si
próprios
•Conhecimento e crenças estão inter-
relacionadas, mas as crenças têm um
caráter afetivo, avaliativo (Pajares, 1992)

8. O
CONHECIMENTO
SOBRE SI MESMO
O
CONHECIMENTO
DO CONTEÚDO
O CONHECIMENTO PROFISSIONAL DO ENSINO:
COMPONENTES

9. O
CONHECIMENTO
PEDAGÓGICO
O
CONHECIMENTO
SOBRE SI MESMO
O
CONHECIMENTO
DO CONTEÚDO
O CONHECIMENTO PROFISSIONAL DO ENSINO:
COMPONENTES

10. Si mesmo
Conteúdo
PedagógicoContextos da escola,
sociais, culturais,
políticos
Alunos
CONHECIMENTO PEDAGÓGICO DE CONTEÚDO
O CONHECIMENTO PROFISSIONAL DO ENSINO:
COMPONENTES

11. “uma amálgama de
conteúdo e pedagogia
que é exclusiva em
professores” (Lee
Shulman, 1986)
Conhecimento Pedagógico de
Conteúdo (PCK)

12. Conhecimento Pedagógico de Conteúdo
• Um conceito geral sobre o ensino do
conteúdo: a natureza do conteúdo, a
importância da aprendzagem dos alunos.
• Conhecimento das estratégias e
representações mais apropriadas para
entender o conteúdo: analogias,
metáforas, exemplos, demonstrações,
simulações, práticas.
• Conhecimento sobre interpretações e
erros dos alunos no conteúdo: ideias
anteriores dos alunos, concepções
errôneas e alternativas.
• Conhecimento do currículo e materiais
curriculares para o conteúdo

13. Si mesmo
Conteúdo
PedagógicoContextos da escola,
sociais, culturais,
políticos
Alunos
TIC
CONHECIMIENTO PROFESIONAL DOCENTE
Conhecimento Técnico-pedagógico de Conteúdo

14. Mishra & Koehler (2006).

15. TPCKTPCK
”permite que pesquisadores e
professores vão além de
abordagens excessivamente
simplificadas que tratam a
tecnologia como 'complemento'
e por outro lado permite
concentrar-se novamente, e de
forma mais genuína, sobre as
conexões entre tecnologia,
conteúdo e pedagogia e sua
interação em configurações de
sala de aula" (Koehler and
Mishra; 2009, p. 67)

16. TPCK
• Conhecimento de como essas
tecnologias facilitam a
aprendizagem de um conteúdo
• Conhecimento de estratégias
de ensino com tecnologia
• Conhecimento dos erros,
problemas de compreensão de
tecnologias de conteúdo
• Conhecimento do currículo
com a tecnologia

17. A investigação sobre TPCK
• A tecnologia é sub-utilizada em programas
de formação de professores
• Há um "gap" entre o que se ensina na
formação e o uso da tecnologia na sala de
aula
• Os professores ainda se encontram pouco
formados para o uso da tecnologia nas salas
de aula
• Fatores que afetam a integração das
tecnologias pelos professores:
• Falta de acesso à tecnologias
• Falta de tempo
• Falta de competências tecnológicas

18. Desafios para o
ensino

19. Cultura
profissional de
ensino

20. VOCÊ APRENDE A ENSINAR
ENSINANDO: O VALOR DO
CONHECIMENTO PRÁTICO

21. O isolamento:
cada
professor em
sua própria
sala de aula

22. Não reconhecida
competência e
incompetência
ignorado

23. Tudo depende
do professor:
os professores
como artesãos

24. Artesãos independentes:
“Disse claramente, professores trabalham
sozinha, aprendem sozinha e desenvolvem a
maior parte de sua satisfação de carreira
sozinha ou por suas interações com os alunos,
em vez de com os seus pares” (Huberman,
1993, pp. 22-23)

25. O professor tem tradicionalmente
usado tecnologias para ensino
Tecnologias caracteriza-se por sua
• Estabilidade (não mudou, ou
mudou pouco ao longo dos anos),
• Transparência (o professor sabia
como funcionava)
• Especificidade (cada um serviu
para um alvo específico)

26. Hoje as tecnologias são mais complexas:
• versatilidade, podem ser usadas de
diferentes maneiras e com diferentes
objetivos.
• instabilidade, mudam com grande
velocidade;
• opacidade nos seus componentes
internos
Mishra & Koehler, 2006

27. 65% dos estudantes que
hoje têm acesso à escola
primária irá trabalhar
em profissões que
atualmente não existem

28. A ENCRUZILHADA

30. FLEXIBILIDADE

31. O desenho do espaço pode
alterar o modo de pensar,
trabalhar e reagir (Rosan
Bosch).
Criação de espaços abertos
orientados para as metodologias
mais atuais, no qual os alunos
decide onde quer aprender.
Estruturas flexíveis para criar
uma nova realidade.
O espaço de educação pode
facilitar a aprendizagem.

32. FLEXIBILIDADE
• Agenda
• Espaços
• De conteúdo
• De processos

33. PERSONALIZAÇAO

34. PERSONALIZAÇÃO
Adaptação dos
ritmos de
aprendizagem,
motivações e
necessidades
pessoais
Diferentes tipos de
inteligências

35. Maior autonomia dos
alunos para projetos
em itinerários e
caminhos de
aprendizagem pessoal
Aprendendo no tempo
e no âmbito da sua
vida
As tecnologias como
elemento presente em
qualquer ambiente de
aprendizagem
PERSONALIZAÇÃO

36. CONECTIVISMO

37. "Aprendizagem na era digital e
conectada não depende da
aquisição, armazenamento e
recuperação individual de
conhecimento, mas uma
aprendizagem conectada que
ocorre através de interações
com várias fontes de
conhecimento (incluindo
internet e LMS) e participação
em comunidades de interesse
comum, redes sociais e tarefas
de grupo" (Siemens, 2004)

38. INTER-
DISCIPLINARI-
DADE

39. INTER-
DISCIPLINARI-
DADE
Diálogo e
integração
entre as
disciplinas
através das
atividades de
aprendizagem

40. COLABORAÇÃO

41. COLABORAÇÃO

42. COLABORAÇÃO
Em grupos, face a face e
não face a face
Usando ferramentas de
colaboração
Apresentação dos
resultados da
colaboração
Colaborando com outros
fora da escola, redes de
escolas

43. DIGITALIZAÇÃO
E RECURSOS
ENRIQUECIDOS

45. CRIAÇÃO
E RESOLUÇÃO
DE
PROBLEMAS

46. CRIAÇÃO
E RESOLUÇÃO
DE
PROBLEMAS
• Aprendizagem
baseada em
projetos
• Inquérito
• Aprendizagem
baseada na
atividade

47. AUTENTICIDADE

48. AUTENTICIDADE
Atividades de
aprendizagem realistas,
baseadas na sua vida real e
profissional
Avaliação baseada em
atividades autênticas, não
em evidências de
memorização

49. APRENDIZAGEM
AUTÓNOMA E
AUTO-REGULADA

50. Auto-regulação ou aprendizagem auto-regulada
refere-se ao processo através do qual
as pessoas dirigen os seus
pensamentos, sentimentos e ações
para a concretização dos seus objetivos
(Schunk & Zimmerman, 1994).

51. Uma nova visão para o
ensino
Distribuição de conhecimento
Designer de experiências de
aprendizagem

52. Learning DesignLEARNING DESIGN
• Como conceito: o que é?
• Como um processo: como se leva a
cabo?
• Como un produto: resultado para
partilhar

53. Learning Design
"Princípio chave do projeto de
aprendizagem é que representa as
atividades de aprendizagem e as
atividades de apoio que é
transportar para fora por
diferentes pessoas (alunos,
professores) no contexto de uma
unidade de análise"(Koper, 2006)

54. Sobre Learning Design
• Representa a prática docente para permitir
que os professores possam compartilhar
ideias e pensar sobre o processo de design.
• Se a educação pode ser representada de uma
forma sistemática, você pode re-
utilizar.(Agostinho et al. (2011)

55. Funções dos professores no Learning
Design
• Professor como aplicador: aplicação
de design e materiais já projetados
• Professor como re-disenhador: parte
de materiais, projetos e
reformulações
• Professor como co-designer:
participação ativa e criação de novos
recursos, muitas vezes com outros
professores

56. DESAFIOS para a formação
e o desenvolvimento
profissional dos
professores

57. Darling-Hammond et al. (2006)
”No passado, os programas de
formação de professores têm sido
criticados por ser
- muito teórica
- com pouca conexão com a
prática,
- oferecendo cursos fragmentados
e incoerentes
- sem uma clara concepção de
ensino entre os formadores de
professores”

58. NECESIDADES DE FORMAÇAO DOCENTE
Relatório TALIS, 2013

59. O que diz a pesquisa sobre programas eficazes de
desenvolvimento profissional
• Borko, H. (2004). Professional development
and teacher learning: Mapping the terrain
• Ingvarson, L., Meiers, M. and Beavis (2005).
Factors affecting the impact of professional
development programs on teacher
knowledge, practice and student outcomes an
efficacy.
• Desimore, L. (2009). Improving impact studies
of teacher’s professional development

60. Promove um
conhecimento
profundo do conteúdo
de ensino, uma
melhor compreensão
da aprendizagem dos
alunos e uma maior
valorização das
necessidades dos
estudantes
1 ênfase no conteúdo que é ensinado

61. Conteúdo e impacto positivo das actividades de formação docente
Relatório TALIS, 2013

62. 2. APENDIZAGEM ATIVO
• Participação activa dos
professores em diferentes fases
do processo: o que como, com
quem, onde, para quê
• Os professores analisaram sua
prática em relação a isso dos
outros e em relação às normas.
• A análise está aberta, com a
observação direta de sala de
aula e análise
• Promove a reflexão e o inquérito
“Qualquer estratégia
específica de formação irá
funcionar da mesma forma
em todas as escolas ou em
todos os professores. A
adaptação local é
necessária para o sucesso
dos programas de ensino de
formação” (Fishman, 2003)

63. • O feedback tem provado para ser um
elemento fundamental para apoiar a
aquisição de novas competências
• O feedback ocorre por outros professores,
especialistas, consultores, formadores,
estudantes
• O feedback requer modelagem de
formadores
3

64. São promove a colaboração,
compartilhamento de conhecimento entre a
faculdade de forma presencial e em rede.
4. COLABORAÇAO

65. • fornecer a todos o acesso aos recursos
disponíveis em qualquer momento das
suas vidas;
• dar a quem quer partilhar o que sabe o
poder de encontrar aqueles que
querem aprender;
• "dá para tudo que quer apresentar ao
público um tema de debate a
oportunidade de dar a conhecer o seu
argumento" (Ivan Illich, 1971).
"Uma bom sistema educação deve ter três
objetivos:"

66. PRESENCIAL NÃO
PRESENCIAL

67. REAL
VIRTUAL

68. FORMAL
INFORMAL

69. LOCAL
UBÍQUO

70. http://farm1.static.flickr.com/106/294267127_0c92491728_o.jpgBy Sidereal
Muito obrigado
http://es.slideshare.net/cmarcelo67/
@carmargar
marcelo@us.es
https://www.researchgate.net/profile/Carlos_Marcelo