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5º Congresso Brasileiro de
                             Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar




Cirurgião Oncológico do Instituto Nacional de Câncer
Editor chefe da revista eletrônica de Cirurgia www.cirurgiaonline.com.br,
Doutor em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer ( INCA )
Membro Fundador e Presidente eleito para o biênio 2012-2013 do Capítulo Brasileiro
da International Hepato Pancreato Biliary Association ( CB-IHPBA )
Métodos complementares de Tratamento
                     QT sistêmica
                     QT intra-arterial
    Métodos          QT sis + intrarterial
    químicos         Quimioembolização
                     Etanolização

Apoptose e Necrose                           Combinados / Thermodox



                     Crioterapia
                     Radiofrequência

     Métodos         Microondas
                     Laser
      físicos        Radioisótopos
                     Eletrólise
Tratamentos Combinados




LiverMets Survey 2012 – Estratégias para aumento da ressecabilidade
Sobrevida Metástases Colorretais


           Tratamento              Sobrevida
Quimioterapia sistêmica    22 meses (0 – 5% / 5a)
Crioterapia                0 - 13% / 5 a
Radiofrequência            0 - 30% / 5 a
Cirurgia                   30 - 50% / 5 a
Todos os métodos são seguros... se bem indicados.

        Tratamento         Mortalidade (%)
   Ressecção                     < 5,0
   Quimioembolização              1,0
   QT – intrarterial           1,0 – 2,0
   Crioterapia                   0, 9
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   SIRT                           1,9
O QUE NÃO
                                     FOR CURADO
                                     PELA FACA
                                     SERÁ CURADO
                                     PELO FOGO...


(Hippocrates. Corpus. Kos. 400 BC)
Radioablação




Gerador
Radiofrequência

  Ondas eletromagnéticas “à direita” do espectro eletromagnético



 Raios     UV        Luz          Infra- Micro-
Gama e              visível     vermelho ondas            RF
   X


                              < Energia
                              > Comprimento    de
                              onda
                              < Freqüência
Radiofrequência

• 400.000 e 1.250.000 Hz


Grande onda (650m) de cargas elétricas que partem
do eletrodo ativo através do corpo para o eletrodo
dispersor perdendo energia e gerando calor.
Estágios da Radioablação
Aquecimento                  Condução
por fricção                  do Calor




Condução com o tempo . . .
Princípios da Radiofrequência (RF)
• Agitação iônica       aquecimento friccional




Tecido próximo ao eletrodo é fonte de calor

Produz temperaturas > 90°C ( > 45-50°C = necrose tumoral )
Aspecto ecográfico do guarda-chuva
              aberto
RFA assistida por
 Laparoscopia
     Agulha RFA
                   Diafragma


                               Antes da Ablação


                   Fígado
                  Cirrótico




                                   Após Ablação
Perda de Calor
Efeito dos Vasos Maiores
                    100 °C




                    50 °C

                    37 °C




Computer 3D-Model                          Bipolar
    Geometry


                            Cortesia do Dr. Dieter Haemmerich
Influência Negativa do Fluxo
         Sangüíneo
Tumor metastático        6 meses pós RF
    colorectal (aprox. 5 x    (aprox. 3 x 3 cm)
           4.5cm)




                              12 meses pós RF
                         TC   (aprox. 2 x 2 cm)

   1 Ano de Follow-Up
* Sem novas metástases
TCs de Follow-up


                       Pré-op CT       Ultrassom




1a semana Pós-op        3 mês Pós-op    6 mês Pós-op
Recidiva



                    Pré-op CT




1a semana Pós-op                3 mês Pós-op
Recidiva?



                    Pré-op CT




1a semana Pós-op    3 mês Pós-op   6 mês Pós-op
Pathfinder and RFA
Radiofrequency ablation vs hepatic resection for solitary
           colorectal liver metastasis: A meta-analysis.
    Yun-Zi Wu et al . World J Gastroenterol.2011 September 28; 17(36): 4143-148.


•    METODOS: Pesquisa bibliografica de estudos comparando RF e Ressecção para
     metástases colorretais únicas.

•    RESULTADOS: 7 estudos não randomizados. Total de 847 pacientes: 273 tratados com
     RFA e 574 tratados com ressecção.

•    Sobrevida em 5a melhor no grupo Ressecção X RF (OR: 0.41, 95% CI: 0.22-0.90, P = 0.008).

•    Recidiva local maior na RF X Ressecção (OR: 4.89, 95% CI: 1.73-13.87, P = 0.003).

•    Sem diferenças quanto a Morbi-Mortalidade.




                                 CONCLUSÃO

                   Ressecção Superior a RF
Outros Métodos Ablativos
•   Microondas
•   Laser
•   Eletroporação
•   Radioterapia Estereotaxica
•   Thermodox (doxorubicina)
•   HIFU – High Intensity Focused Ultrasound
•   Crioterapia
Ablação por Microondas
•   Microondas induz um campo magnético ultra rápido
    (2450 MHz), provocando a rotação das moléculas de
    água em torno da agulha localizada no tumor.
•   O diâmetro é menor que a RF (> 2 cm) – Mais
    sessões mas com tempo curto (60 seg). Não
    necessita de placa.

•   Matsukawa et al relataram 24 pac com CHC e
    metástases . 60% CHC e 57% das metástases
    completamente destruídos com resultados melhores
    que a RF em tumores pequenos.

•   Dong et al realizaram ablação por microondas em
    tumores até 8,7 cm de diâmetro. Seguimento de 23
    meses 3 pac com CHC morreram por outra causa e 3
    CHC e 5 metástases, desenvolveram novos nódulos.

•   As complicações são semelhantes a da RF.
Ablação por Laser
•   Realizado em equipamento de RM

•   Agulha não metálica colocada no tumor com liberação
    de energia luminosa.

•   Avaliado o gradiente de temperatura em tempo real.

•   Quando o tumor e adjacências atinem a temperatura
    desejadas identificada no monitor o laser é desligado.

•   Em tumores grandes varias agulhas podem ser
    inseridas simultaneamente.

•   Procedimento de 2 a 5 – min. Sob anestesia.
Eletroporação
•   The NanoKnife (AngioDynamics) – o principio da eletroporação irreversível as células são
    expostas a um campo elétrico potente com alta voltagem ( até 3000 V), o que cria múltiplos
    orifícios na membrana na célula e a morte celular.

•   Não é um método Térmico.

•   Não há estudos comparativos estudando este método.

•   A redução de tamanho da lesão tratada é mais rápida do que a RF (até 1 mês) pós tratamento.

•   Permite tratamento próximo a vasos com baixo risco de lesão destes.
Radioterapia Estereotaxica
    Long-term effect of stereotactic body radiation therapy for primary
    hepatocellular carcinoma ineligible for local ablation therapy or surgical
    resection. Stereotactic radiotherapy for liver Cancer.
Jung H Kwon et al . BMC Cancer 2010, 10:475 doi:10.1186/1471-2407-10-475

Métodos
•   42 CHC ≤ 100 cc e inelegíveis a ablação ou ressecção tratados com SBRT: 30-39 Gy .
•   Volume médio de 15.4 cc e seguimento mediano de 28.7 meses.

Resultados
•   Resposta completa em 59.6% e parcial em 26.2%.
•   Progressão fora do campo em 18 pac. (42.9%) e metástases a distância em 12 (28.6%) pac.
•   Resposta completa local em 59.6%.
•   Sobrevida 1a e 3a foram 92.9% e 58.6%, respectivamente.
•   Tumores pequenos tiveram melhor sobrevida.
•   Sem toxicicidade , somente um caso de falência hepática actínica.

Conclusão
•   SBRT é uma técnica promissora para pequenos CHC inelegíveis a RF ou Ressecção.
Thermodox




Está em Fase III
Pode ser usada com RFA ou MW externo
HIFU – High Intensity Focused
          Ultrasond
Crioterapia
  A crioterapia é um tratamento onde se
    objetiva a destruição tumoral pelo
              congelamento.

   Isto se da pois durante os ciclos de
   congelamento e descongelamento há
formação de cristais de gelo no citoplasma
    e que lesam a membrana da célula
Crioterapia
Equipamento de
Crioablação de
Argônio e Hélio. O
fluxo do argônio leva
a congelamento e em
seguida o fluxo de
hélio ao
descongelamento.
Crioterapia




Crioprobe com a bola de congelamento.
Crioterapia
Fase de
congelamento
onde
notamos, após o
posicionamento
no centro da
lesão, o probe e
o parênquima
hepático
congelados.
Crioterapia
O procedimento é
realizado sob controle
ultrasonográfico.
Observamos aqui a
imagem de sombra
acústica decorente da
formação da bola de
gelo.
Crioterapia
Durante a fase de
descongelamento a
lesão se torna
hipoecogenica e
parece desaparecer.
Crioterapia




Fase de descongelamento. Deve-se aguardar até
    que o probe se solte para poder retira-lo
Crioterapia




Após a retirada do probe os eventuais sangramentos
podem ser controlados por sutura, eletrocoagulação
      ou coagulação a argônio, como acima.
LiverMets Survey 2012
Recomendação B
Nível de Evidência 3

• Até 2cm – RFA

• 3-5 cm – Microwave

• > 5cm – Stereotactic radiation
Conclusão

Os métodos de ablação devem ser vistos
   como complementares à cirurgia e à
 quimioterapia e não como concorrentes.
www.cirurgiaonline.com.br
MUITO OBRIGADO !
carloseduardo@cirurgiaonline.com.br
 (21) 9132-7752 ou (21) 2103-1500

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Papel das terapias ablativas nas metástases hepáticas

  • 2. 5º Congresso Brasileiro de Cirurgia Hepato-Pancreato-Biliar Cirurgião Oncológico do Instituto Nacional de Câncer Editor chefe da revista eletrônica de Cirurgia www.cirurgiaonline.com.br, Doutor em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer ( INCA ) Membro Fundador e Presidente eleito para o biênio 2012-2013 do Capítulo Brasileiro da International Hepato Pancreato Biliary Association ( CB-IHPBA )
  • 3. Métodos complementares de Tratamento QT sistêmica QT intra-arterial Métodos QT sis + intrarterial químicos Quimioembolização Etanolização Apoptose e Necrose Combinados / Thermodox Crioterapia Radiofrequência Métodos Microondas Laser físicos Radioisótopos Eletrólise
  • 4. Tratamentos Combinados LiverMets Survey 2012 – Estratégias para aumento da ressecabilidade
  • 5. Sobrevida Metástases Colorretais Tratamento Sobrevida Quimioterapia sistêmica 22 meses (0 – 5% / 5a) Crioterapia 0 - 13% / 5 a Radiofrequência 0 - 30% / 5 a Cirurgia 30 - 50% / 5 a
  • 6. Todos os métodos são seguros... se bem indicados. Tratamento Mortalidade (%) Ressecção < 5,0 Quimioembolização 1,0 QT – intrarterial 1,0 – 2,0 Crioterapia 0, 9 Radiofrequência 2,7 SIRT 1,9
  • 7. O QUE NÃO FOR CURADO PELA FACA SERÁ CURADO PELO FOGO... (Hippocrates. Corpus. Kos. 400 BC)
  • 9. Radiofrequência Ondas eletromagnéticas “à direita” do espectro eletromagnético Raios UV Luz Infra- Micro- Gama e visível vermelho ondas RF X < Energia > Comprimento de onda < Freqüência
  • 10. Radiofrequência • 400.000 e 1.250.000 Hz Grande onda (650m) de cargas elétricas que partem do eletrodo ativo através do corpo para o eletrodo dispersor perdendo energia e gerando calor.
  • 11. Estágios da Radioablação Aquecimento Condução por fricção do Calor Condução com o tempo . . .
  • 12. Princípios da Radiofrequência (RF) • Agitação iônica aquecimento friccional Tecido próximo ao eletrodo é fonte de calor Produz temperaturas > 90°C ( > 45-50°C = necrose tumoral )
  • 13. Aspecto ecográfico do guarda-chuva aberto
  • 14.
  • 15. RFA assistida por Laparoscopia Agulha RFA Diafragma Antes da Ablação Fígado Cirrótico Após Ablação
  • 16.
  • 17. Perda de Calor Efeito dos Vasos Maiores 100 °C 50 °C 37 °C Computer 3D-Model Bipolar Geometry Cortesia do Dr. Dieter Haemmerich
  • 18. Influência Negativa do Fluxo Sangüíneo
  • 19. Tumor metastático 6 meses pós RF colorectal (aprox. 5 x (aprox. 3 x 3 cm) 4.5cm) 12 meses pós RF TC (aprox. 2 x 2 cm) 1 Ano de Follow-Up * Sem novas metástases
  • 20. TCs de Follow-up Pré-op CT Ultrassom 1a semana Pós-op 3 mês Pós-op 6 mês Pós-op
  • 21. Recidiva Pré-op CT 1a semana Pós-op 3 mês Pós-op
  • 22. Recidiva? Pré-op CT 1a semana Pós-op 3 mês Pós-op 6 mês Pós-op
  • 24. Radiofrequency ablation vs hepatic resection for solitary colorectal liver metastasis: A meta-analysis. Yun-Zi Wu et al . World J Gastroenterol.2011 September 28; 17(36): 4143-148. • METODOS: Pesquisa bibliografica de estudos comparando RF e Ressecção para metástases colorretais únicas. • RESULTADOS: 7 estudos não randomizados. Total de 847 pacientes: 273 tratados com RFA e 574 tratados com ressecção. • Sobrevida em 5a melhor no grupo Ressecção X RF (OR: 0.41, 95% CI: 0.22-0.90, P = 0.008). • Recidiva local maior na RF X Ressecção (OR: 4.89, 95% CI: 1.73-13.87, P = 0.003). • Sem diferenças quanto a Morbi-Mortalidade. CONCLUSÃO Ressecção Superior a RF
  • 25. Outros Métodos Ablativos • Microondas • Laser • Eletroporação • Radioterapia Estereotaxica • Thermodox (doxorubicina) • HIFU – High Intensity Focused Ultrasound • Crioterapia
  • 26. Ablação por Microondas • Microondas induz um campo magnético ultra rápido (2450 MHz), provocando a rotação das moléculas de água em torno da agulha localizada no tumor. • O diâmetro é menor que a RF (> 2 cm) – Mais sessões mas com tempo curto (60 seg). Não necessita de placa. • Matsukawa et al relataram 24 pac com CHC e metástases . 60% CHC e 57% das metástases completamente destruídos com resultados melhores que a RF em tumores pequenos. • Dong et al realizaram ablação por microondas em tumores até 8,7 cm de diâmetro. Seguimento de 23 meses 3 pac com CHC morreram por outra causa e 3 CHC e 5 metástases, desenvolveram novos nódulos. • As complicações são semelhantes a da RF.
  • 27. Ablação por Laser • Realizado em equipamento de RM • Agulha não metálica colocada no tumor com liberação de energia luminosa. • Avaliado o gradiente de temperatura em tempo real. • Quando o tumor e adjacências atinem a temperatura desejadas identificada no monitor o laser é desligado. • Em tumores grandes varias agulhas podem ser inseridas simultaneamente. • Procedimento de 2 a 5 – min. Sob anestesia.
  • 28. Eletroporação • The NanoKnife (AngioDynamics) – o principio da eletroporação irreversível as células são expostas a um campo elétrico potente com alta voltagem ( até 3000 V), o que cria múltiplos orifícios na membrana na célula e a morte celular. • Não é um método Térmico. • Não há estudos comparativos estudando este método. • A redução de tamanho da lesão tratada é mais rápida do que a RF (até 1 mês) pós tratamento. • Permite tratamento próximo a vasos com baixo risco de lesão destes.
  • 29. Radioterapia Estereotaxica Long-term effect of stereotactic body radiation therapy for primary hepatocellular carcinoma ineligible for local ablation therapy or surgical resection. Stereotactic radiotherapy for liver Cancer. Jung H Kwon et al . BMC Cancer 2010, 10:475 doi:10.1186/1471-2407-10-475 Métodos • 42 CHC ≤ 100 cc e inelegíveis a ablação ou ressecção tratados com SBRT: 30-39 Gy . • Volume médio de 15.4 cc e seguimento mediano de 28.7 meses. Resultados • Resposta completa em 59.6% e parcial em 26.2%. • Progressão fora do campo em 18 pac. (42.9%) e metástases a distância em 12 (28.6%) pac. • Resposta completa local em 59.6%. • Sobrevida 1a e 3a foram 92.9% e 58.6%, respectivamente. • Tumores pequenos tiveram melhor sobrevida. • Sem toxicicidade , somente um caso de falência hepática actínica. Conclusão • SBRT é uma técnica promissora para pequenos CHC inelegíveis a RF ou Ressecção.
  • 30. Thermodox Está em Fase III Pode ser usada com RFA ou MW externo
  • 31. HIFU – High Intensity Focused Ultrasond
  • 32. Crioterapia A crioterapia é um tratamento onde se objetiva a destruição tumoral pelo congelamento. Isto se da pois durante os ciclos de congelamento e descongelamento há formação de cristais de gelo no citoplasma e que lesam a membrana da célula
  • 33. Crioterapia Equipamento de Crioablação de Argônio e Hélio. O fluxo do argônio leva a congelamento e em seguida o fluxo de hélio ao descongelamento.
  • 34. Crioterapia Crioprobe com a bola de congelamento.
  • 35. Crioterapia Fase de congelamento onde notamos, após o posicionamento no centro da lesão, o probe e o parênquima hepático congelados.
  • 36. Crioterapia O procedimento é realizado sob controle ultrasonográfico. Observamos aqui a imagem de sombra acústica decorente da formação da bola de gelo.
  • 37. Crioterapia Durante a fase de descongelamento a lesão se torna hipoecogenica e parece desaparecer.
  • 38. Crioterapia Fase de descongelamento. Deve-se aguardar até que o probe se solte para poder retira-lo
  • 39. Crioterapia Após a retirada do probe os eventuais sangramentos podem ser controlados por sutura, eletrocoagulação ou coagulação a argônio, como acima.
  • 41. Recomendação B Nível de Evidência 3 • Até 2cm – RFA • 3-5 cm – Microwave • > 5cm – Stereotactic radiation
  • 42. Conclusão Os métodos de ablação devem ser vistos como complementares à cirurgia e à quimioterapia e não como concorrentes.
  • 43.
  • 45.
  • 46. MUITO OBRIGADO ! carloseduardo@cirurgiaonline.com.br (21) 9132-7752 ou (21) 2103-1500