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25 A 28 DE ABRIL DE 2010 HANGAR – BELÉM – PA TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS SARCOMAS PRIMÁRIOS DO RETROPERITÔNEO TCBC Carlos Eduardo Rodrigues Santos Presidente eleito do Capítulo Brasileiro da IHPBA 2011 - 2012 Editor chefe da revista eletrônica de Cirurgia www.cirurgiaonline.com.br,  Autor do “Manual de Cirurgia Oncológica”,  Mestre em Cirurgia Geral Abdominal HUCFF – UFRJ  Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO)
SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO INTRODUÇÃO Sarcomas de partes moles são tumores raros que representam 1-2% de todos os tumores malignos sólidos. Somente 10-20% destes tumores estão localizados no retroperitônio. INCA 66587 ult 10 anos  =>  aprox 1531 (2,29%) sarcomas e somente 8 a 10 sarcomas retroperitoniais ao ano são operados
Patologia Metástases para linfonodos são muito raras  Metástases à distância (pulmão e fígado), são infreqüentes ( alto grau ) - IV Invasão local Localização => Diagnóstico Tardio SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
Tipos Histológicos Lipossarcoma Leiomiossarcoma Fibrossarcoma Neurofibrossarcoma Histiocitoma fibroso maligno Rabdomiossarcoma Hemangiopericitoma Ganglioneuroblastoma Sarcoma sinovial GIST Outros sarcomas não classificados. SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
Sarcomas primários do retroperitônio Leiomiossarcoma
SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO Diagnóstico
SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO Diagnóstico Grandes massas TC, RM e USG  ( INCa med 20,5 cm / 6 a 55 cm ) Diferencial Tumor Visceral X Extra Visceral PET Scan Diag Malig ( Neurofibromatose ) Estadiamento Diag Histológico Operatório
TNM  T:  Tumor primário                                       T0:  Sem evidência de tumor primário                T1:  Tumor ≤ 5 cm                       T1a:  tumor superficial                       T1b:  tumor profundo*               T2:  Tumor > 5 cm                       T2a:  tumor superficial                       T2b:  tumor profundo*         N:  Linfonodos regionais               N0:  Ausência de linfonodos regionais comprometidos                 N1:  Metástase para linfonodos regionais         M:  Metástase à distância               M0:  Ausência de metástase à distância               M1:  Metástase  à distância SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO G: Grau G1 bem diferenciado G2 moderadamente diferenciado G3 pouco diferenciado G4 indiferenciado
 Estadiamento por grupo: Estadiamento  Ia                    T1a                      N0                     M0                   baixo grau T1b                       N0                     M0                   baixo grau              Estadiamento  Ib                   T2a                       N0                     M0                   baixo grau T2b                       N0                     M0                   baixo grau                                                             Estadiamento  IIa                  T1a                       N0                     M0                   alto grau T1b                       N0                     M0                   alto grau Estadiamento  IIb                  T2a                       N0                     M0                   alto grau Estadiamento  III                   T2b                       N0                     M0                   alto grau Estadiamento  IV                  qualquer T             N1                     M0                   qualquer grau                                              qualquer T            qualquer N         M1                   qualquer grau SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
Neurofibrossarcoma SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
Tratamento Quimioterapia Controversa ( Adriamicina ) Intraperitonial ( Sugarbaker ) baixa eficácia ( Rabdomiosarcoma ) GIST => Mesilato deImatinibe alta taxa de resposta Avaliar c-kit  - Leiomiossarcoma Impacto negativo na sobrevida  Risco de morte de 3 a 4,6 X Sarcomas primários do retroperitônio
Sarcomas primários do retroperitônio Radioterapia Braquiterapia Redução da toxicidade. Intra operatória única fração de alta dose (maior que 25 Gy). Pré operatória 1- A margem tumoral é melhor definida; 2- O tumor desloca as alças intestinais para fora do campo terapêutico; 3- O tumor é tratado “in situ” antes da possível contaminação neoplásica da cavidade abdominal, que pode ocorrer durante a cirurgia. Pós operatória Nenhum comprovou aumento na sobrevida Todos apresentam toxicidade
Sarcomas primários do retroperitônio Tratamento da Recorrência Reressecção nas recidivas; Ressecção das metástases pulmonares e hepáticas.
Sarcomas primários do retroperitônio Fatores Prognósticos Clássicos Ressecção completa com margens negativas Diâmetro da lesão Grau de diferenciação celular Reressecção possível e radical Ausência de Hemotransfusão
Análise retrospectiva de 91 pacientes com sarcoma primário de retroperitônio, operados na Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica do Instituto Nacional de Câncer, no período de junho 1992 a janeiro 2008, idade >=18 anos.  Sarcomas primários do retroperitônio
Objetivo: 	Validar a importância prognostica da cirurgia compartimental de princípio no tratamento cirúrgico dos sarcomas primários do retroperitônio e avaliar seu impacto em relação a morbimortalidade dos pacientes operados. Sarcomas primários do retroperitônio
Foram avaliados: 51 mulheres (56,1%), 40 homens (43,9%) 64 brancos (70,3%), 27 afrodescendentes (29,7%) Idade mediana: 52 anos História familiar de câncer: positiva em 32 casos (35,2%) Sarcomas primários do retroperitônio
As queixas mais comuns foram: Dor abdominal (57 pacientes) – 62,6% Massa abdominal (47 pacientes) – 51,7% Associação (massa+dor) em 21 pacientes – 20,1% Somente 6 pacientes assintomáticos – 6,6%  Sarcomas primários do retroperitônio
[object Object],				N                              % Leiomiossarcoma                  	29                            31,9% Lipossarcoma                           	28                            30,8% Sarcoma                                  	13                            14,3% Outros                                        	21                            20,1% Sarcomas primários do retroperitônio
Sarcomas primários do retroperitônio ,[object Object]
G3 em 38 pacientes (41,8%)
G1 em 20 pacientes (22,0%)
G2 em 16 pacientes (17,6%)
GX em 18 pacientes (19,8%)
O tempo médio de cirurgia foi de 4 horas e 03 min
38,5% (35/91) das ressecções houve hemotransfusão (mediana de 900 ml - 300 a 3000 ml),[object Object]
Sarcomas primários do retroperitônio Tratamento Cirurgia com ressecção completa com margens negativas 55/91 pacientes (60,4%) com ressecções associadas de órgãos adjacentes Total 124 órgãos ressecados em associação 	42/124 invadidos ( 33,9% ) Órgão associado ressecado mais comum: RIM (30 casos) Somente 3 / 30  Rins apresentavam doença ( 10%)
Sarcomas primários do retroperitônio ,[object Object]
 28 pacientes (30,8%)com 31 complicações pós-operatórias:
6 sangramentos
4 trombose venosa profunda
3 lesões vasculares
2 fistulas
 1 laceração duodenal
2 neutropenias
2 pneumonias
2 insuficiências respiratórias
2 Infecções do trato urinário
2 ISC
1 obstrução intestinal por brida, 1 suboclusão intestinal
1 evisceração
1 lesão esplênica
1 derrame pleural

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  • 1. 25 A 28 DE ABRIL DE 2010 HANGAR – BELÉM – PA TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS SARCOMAS PRIMÁRIOS DO RETROPERITÔNEO TCBC Carlos Eduardo Rodrigues Santos Presidente eleito do Capítulo Brasileiro da IHPBA 2011 - 2012 Editor chefe da revista eletrônica de Cirurgia www.cirurgiaonline.com.br, Autor do “Manual de Cirurgia Oncológica”, Mestre em Cirurgia Geral Abdominal HUCFF – UFRJ Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO)
  • 2. SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO INTRODUÇÃO Sarcomas de partes moles são tumores raros que representam 1-2% de todos os tumores malignos sólidos. Somente 10-20% destes tumores estão localizados no retroperitônio. INCA 66587 ult 10 anos => aprox 1531 (2,29%) sarcomas e somente 8 a 10 sarcomas retroperitoniais ao ano são operados
  • 3. Patologia Metástases para linfonodos são muito raras Metástases à distância (pulmão e fígado), são infreqüentes ( alto grau ) - IV Invasão local Localização => Diagnóstico Tardio SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
  • 4. Tipos Histológicos Lipossarcoma Leiomiossarcoma Fibrossarcoma Neurofibrossarcoma Histiocitoma fibroso maligno Rabdomiossarcoma Hemangiopericitoma Ganglioneuroblastoma Sarcoma sinovial GIST Outros sarcomas não classificados. SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
  • 5. Sarcomas primários do retroperitônio Leiomiossarcoma
  • 6. SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO Diagnóstico
  • 7. SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO Diagnóstico Grandes massas TC, RM e USG ( INCa med 20,5 cm / 6 a 55 cm ) Diferencial Tumor Visceral X Extra Visceral PET Scan Diag Malig ( Neurofibromatose ) Estadiamento Diag Histológico Operatório
  • 8. TNM T: Tumor primário T0: Sem evidência de tumor primário T1: Tumor ≤ 5 cm T1a: tumor superficial T1b: tumor profundo* T2: Tumor > 5 cm T2a: tumor superficial T2b: tumor profundo* N: Linfonodos regionais N0: Ausência de linfonodos regionais comprometidos N1: Metástase para linfonodos regionais M: Metástase à distância M0: Ausência de metástase à distância M1: Metástase à distância SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO G: Grau G1 bem diferenciado G2 moderadamente diferenciado G3 pouco diferenciado G4 indiferenciado
  • 9. Estadiamento por grupo: Estadiamento Ia T1a N0 M0 baixo grau T1b N0 M0 baixo grau Estadiamento Ib T2a N0 M0 baixo grau T2b N0 M0 baixo grau Estadiamento IIa T1a N0 M0 alto grau T1b N0 M0 alto grau Estadiamento IIb T2a N0 M0 alto grau Estadiamento III T2b N0 M0 alto grau Estadiamento IV qualquer T N1 M0 qualquer grau qualquer T qualquer N M1 qualquer grau SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
  • 10. Neurofibrossarcoma SARCOMAS DE PARTES MOLES DO RETROPERITÔNEO
  • 11. Tratamento Quimioterapia Controversa ( Adriamicina ) Intraperitonial ( Sugarbaker ) baixa eficácia ( Rabdomiosarcoma ) GIST => Mesilato deImatinibe alta taxa de resposta Avaliar c-kit - Leiomiossarcoma Impacto negativo na sobrevida Risco de morte de 3 a 4,6 X Sarcomas primários do retroperitônio
  • 12. Sarcomas primários do retroperitônio Radioterapia Braquiterapia Redução da toxicidade. Intra operatória única fração de alta dose (maior que 25 Gy). Pré operatória 1- A margem tumoral é melhor definida; 2- O tumor desloca as alças intestinais para fora do campo terapêutico; 3- O tumor é tratado “in situ” antes da possível contaminação neoplásica da cavidade abdominal, que pode ocorrer durante a cirurgia. Pós operatória Nenhum comprovou aumento na sobrevida Todos apresentam toxicidade
  • 13. Sarcomas primários do retroperitônio Tratamento da Recorrência Reressecção nas recidivas; Ressecção das metástases pulmonares e hepáticas.
  • 14. Sarcomas primários do retroperitônio Fatores Prognósticos Clássicos Ressecção completa com margens negativas Diâmetro da lesão Grau de diferenciação celular Reressecção possível e radical Ausência de Hemotransfusão
  • 15. Análise retrospectiva de 91 pacientes com sarcoma primário de retroperitônio, operados na Seção de Cirurgia Abdomino-Pélvica do Instituto Nacional de Câncer, no período de junho 1992 a janeiro 2008, idade >=18 anos. Sarcomas primários do retroperitônio
  • 16. Objetivo: Validar a importância prognostica da cirurgia compartimental de princípio no tratamento cirúrgico dos sarcomas primários do retroperitônio e avaliar seu impacto em relação a morbimortalidade dos pacientes operados. Sarcomas primários do retroperitônio
  • 17. Foram avaliados: 51 mulheres (56,1%), 40 homens (43,9%) 64 brancos (70,3%), 27 afrodescendentes (29,7%) Idade mediana: 52 anos História familiar de câncer: positiva em 32 casos (35,2%) Sarcomas primários do retroperitônio
  • 18. As queixas mais comuns foram: Dor abdominal (57 pacientes) – 62,6% Massa abdominal (47 pacientes) – 51,7% Associação (massa+dor) em 21 pacientes – 20,1% Somente 6 pacientes assintomáticos – 6,6% Sarcomas primários do retroperitônio
  • 19.
  • 20.
  • 21. G3 em 38 pacientes (41,8%)
  • 22. G1 em 20 pacientes (22,0%)
  • 23. G2 em 16 pacientes (17,6%)
  • 24. GX em 18 pacientes (19,8%)
  • 25. O tempo médio de cirurgia foi de 4 horas e 03 min
  • 26.
  • 27. Sarcomas primários do retroperitônio Tratamento Cirurgia com ressecção completa com margens negativas 55/91 pacientes (60,4%) com ressecções associadas de órgãos adjacentes Total 124 órgãos ressecados em associação 42/124 invadidos ( 33,9% ) Órgão associado ressecado mais comum: RIM (30 casos) Somente 3 / 30 Rins apresentavam doença ( 10%)
  • 28.
  • 29. 28 pacientes (30,8%)com 31 complicações pós-operatórias:
  • 31. 4 trombose venosa profunda
  • 34. 1 laceração duodenal
  • 38. 2 Infecções do trato urinário
  • 39. 2 ISC
  • 40. 1 obstrução intestinal por brida, 1 suboclusão intestinal
  • 44. 1 descência de anastomose
  • 46.
  • 47.
  • 48. 19/25 re-ressecções (76%) 9/19 operações R0 (47,4%)
  • 49.
  • 50. 49,2% 2 anos e 26,6% em 5 anos
  • 51. Sobrevida global mediana (Ressecados): 30,8 meses
  • 52. 55,8% 2 anos e 32,0% em 5 anos
  • 53. Mediana de SLD: 44,4 meses
  • 54. 63,5% 2 anos e 36,8% em 5 anos
  • 55. Mediana de sobrevida Cirg R0: 57,2 meses
  • 56. 73,0% 2 anos e 49,6% em 5 anosSarcomas primários do retroperitônio
  • 58. Análiseunivariada dos fatoresprognósticos Sem significância estatística: História familiar de câncer Sintomas de massa ou dor Idade < ou > mediana 52 anos Sexo Raça Tratamento adjuvante ( Qt ou Rxt ) Tipo histológico Ressecção de órgãos em associação
  • 59. Sarcomas primários do retroperitônio Análise multivariada de Cox dos fatores prognósticos
  • 60. À análise univariada foram significativos para sobrevida (p<0,05): Grau de diferenciação tumoral [G1 + G2] Ressecção radical (R0) Ausência de Hemotransfusão no ato operatório Re-ressecção, mesmo que paliativa, nos casos de recidiva ou persistência de doença Sarcomas primários do retroperitônio
  • 61. Sarcomas primários do retroperitônio
  • 62. Sarcomas primários do retroperitônio DISCUSSÃO Diâmetro tumoral 20,5 cm ( 1320 cm2) (4¶.R2) Dificuldade de análise completa da margem 60,4% ressecção multi-orgânica Total 124 órgãos ressecados em associação Aumento da morbidade Margem pequena junto a estruturas nobres Não há limites anatômicos precisos e estes tumores não respeitam limites anatômicos
  • 63. Sarcomas primários do retroperitônio Grandes Tumores (mediana 20,5 cm) 33.0% de sarcomas gigantes (≥ 25cm) Doglietto GB, Tortorelli AP, Papa V, Rosa F, Bossola M, Prete FP, Covino M, Pacelli F. Giant retroperitoneal sarcomas: a single institution experience. World J Surg.2007; 31 (5): 1047-54
  • 64. UICC TNM* – Sarcomas de Partes Moles Estagio IB - 20 pacientes Estagio III - 54 pacientes, Sobrevida p= <0,001 41.8% (38 pacientes) - G3 (alto grau) Comparando G1+G2 X G3+GX, p= 0,001 G1 X G2+G3+GX, p= <0,001, *Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. TNM: classificação de tumores malignos / traduzidopor Ana Lúcia Amaral Eisenberg. 6. ed. - Rio de Janeiro: INCA, 2004. 254p. Tradução de: TNM: classification of malignant tumours. (6th ed) Sarcomas primários do retroperitônio
  • 65.
  • 66. Cirurgia compartimental se realizou por princípio;
  • 67. Grupo “Compartimental Positivo” - compartimental e com invasão destes órgãos na análise histopatológica,
  • 68. Cirurgia compartimental se realizou por necessidade;
  • 69. Grupo “Não Compartimental” representando os pacientes sem cirurgia compartimental,
  • 70.
  • 71. Sarcomas primários do retroperitônio Significância estatística: Cirurgia Compartimental Maior Morbidade, p = 0.01; Hemotransfusão, p = 0.02. Cirurgia Não Compartimental Menor tempo cirúrgico, p = 0.004.
  • 72. Sobrevida pior no grupo Compartimental Positivo Características do Tumor - Órgãos adjacentes invadidos Aumento da sobrevida esperada nas Cirurgia Compartimentais Negativas Maior Radicalidade esperada Não ocorreu maior sobrevida Provavelmente pelo aumento da morbidade e hemotransfusão Melhor sobrevida na Cirurgia não compartimental Forte argumento para se evitar a ressecção desnecessária de órgão não invadidos Sarcomas primários do retroperitônio
  • 73. Sarcomas primários do retroperitônio Ressecção multiorganica (Cirurgia Compartimental Positiva e Negativa) X Cirurgia Não Compartimental Melhor sobrevida na Cirurgia Não Compartimental, p = 0.03.
  • 74. Sarcomas primários do retroperitônio Cirurgia compartimental não alterou prognóstico
  • 75. Sarcomas primários do retroperitônio CONCLUSÃO Fatores prognósticos clássicos como radicalidade, grau de diferenciação celular, hemotransfusão e re-ressecção foram validados. A cirurgia Compartimental, como ou sem invasão dos órgãos adjacentes não aumentou a sobrevida mas a morbidade. Não encontramos vantagem em ressecar órgãos em associação por principio devendo realizá-la por necessidade. Somente a ressecção completa de pequenos tumores, com baixo grau e evitando hemotransfusões desnecessárias pode garantir uma melhor sobrevida.
  • 76.
  • 77. Agora o Cirurgião tem uma casa na Internet
  • 78. MUITO OBRIGADO ! carloseduardo@cirurgiaonline.com.br (21) 9132-7752 ou (21) 2103-1500