1. A Criança e o Prazer de Ouvir, Recontar e Dramatizar Histórias
EDNILSA TEIXEIRA DE SOUZA
ENICE LAZARETTI MIRANDA
MARCIA FABIANA DE OLIVEIRA
SANDRA APARECIDA LORENZON
RESUMO
“A escolha desse artigo, a criança e a arte de ouvir, recontar e dramatizar
histórias” é uma tentativa, que provavelmente ira enriquecer a problemática,
mas, sem dúvidas implantará um embrião que poderá iniciar uma nova era no
processo de ensino e aprendizagem.
Pensar nas crianças e na sua relação com os livros é mais do que pensar no
futuro. É a possibilidade de construir um mundo livre, onde a expressão do
imaginário e dos ideais se torna fonte de prazer. Prazer este, que instiga a
busca constante por um mundo mágico, de surpresas imbuídas na leitura de
uma boa história. E nesse encontro com a fantasia, a criança entra em contato
com seu mundo interior, dialoga com seus sentimentos mais secretos,
confronta seus medos e desejos escondidos, supera seus conflitos e alcança o
equilíbrio necessário para seu crescimento.
PALAVRAS-CHAVE: história, livro,criança, fantasia
2. RESUME
"The choice of this article, the child and the art of listening, retelling and dramatize stories" is
an attempt, which probably will enrich the problem, but no doubt will implant an embryo that
can start a new era in the teaching and learning.
Think of the children and their relationship with books is more than think about the future. It is
the possibility of building a free world where the imaginary expression and ideals becomes a
source of pleasure. This pleasure, that instigates the constant search for a magic world imbued
surprises in reading a good story. And in that meeting with the fantasy, the child comes in
contact with your inner world, speaks to her most secret feelings, their faces hidden fears and
desires, overcome their conflicts and achieves the balance needed for their growth.
KEYWORDS: history, book, child, fantasy
INTRODUÇÃO
Frente ao exposto, o artigo em questão visa proporcionar situações em que a
criança desenvolva a capacidade de ouvir, recontar e dramatizar histórias,
estimulando o exercício da mente; da percepção do real; da consciência do eu
em relação ao outro; da leitura do mundo e principalmente o conhecimento da
língua e da expressão verbal.
A leitura é fundamental para construção de conhecimentos e para o
desenvolvimento da criança, e a escola, neste contexto, tem como uma de
suas funções principais a formação do indivíduo leitor, pois ela ocupa o espaço
privilegiado de acesso à leitura. Portanto é imprescindível que esta crie
possibilidades que oportunizem o desenvolvimento do gosto pela literatura.
3. Sob este enfoque, constou-se que leitura não é uma prática corriqueira na
Escola Municipal de Educação Infantil. E, ainda, verificou-se também que a
maioria dos pais não possui o hábito de lerem para seus filhos. E graças a este
fato percebe-se que o repertório das crianças em relação à leitura é restrito,
pois quando indagadas pouco sabem com clareza sobre Chapeuzinho
Vermelho, João e o Pé de Feijão, Os três Porquinhos, A Bela Adormecida etc.
O olhar adulto sobre as crianças muitas vezes traz a marca de suas
incapacidades, crianças não sabem muitas coisas. Alguns acreditam que estes
usam livros somente para brincar. Contudo, invertendo o prisma, o cotidiano
tem nos mostrado que as crianças são curiosos, inventivos, poéticos,
brincantes, cantantes, dançantes, imaginativos. Gostam de história, pedem,
escolhem. Apreciam uma boa leitura e contação. Mais que contar histórias, a
proposta é fazer as crianças mergulhar nelas, seja em rodas, com fantoches,
com projeção. Esta é desdobrada em outras ações. O livro para as crianças é
um objeto, literalmente, de disputa. Todos gostam de ler histórias, vê-las e
ouvi-las. Dar vez esses, e considerá-los co autores do projeto significa sobre
tudo, afinar a sensibilidade , para que no cotidiano educativo haja escolha
acertada de bons livros e encantadoras histórias, a partir de seus interesses,
da problematização de suas linguagens , no diálogo cotidiano, na construção
efetiva de uma pedagogia .
REFERENCIAL TEORICO
A linguagem é um bem cultural e é através dela que o pensamento humano se
organiza. Na Educação Infantil é preciso garantir a constituição de sujeitos
falantes por meio das brincadeiras, das cantigas de roda, dos jogos e na
interação com os outros. No dia-a-dia da creche é preciso trabalhar a
expressividade das crianças intencionalmente. Como explica Amaral e Miller
(2008): “(...) O contador tem o aval de para contar a história a seu modo, com
formulações próprias, muitas vezes introduzindo expressões próprias da
linguagem oral no decorrer do processo. Isso não é melhor nem pior do que ler
história: cada ação tem sua contribuição a dar. O importante é que sejam
4. desenvolvidas em sala de aula com as crianças.” Entretanto, a seleção de
livros deve ocorrer a partir do que conhecemos do grupo de bebês, seus
interesses e gostos. Nos primeiros meses de trabalho é possível descobrir
quais os temas encantam a turma e a partir dessa escuta elegem os novos
livros para leitura e contação.
Como afirma Abramovich (2003): sempre devemos ler histórias para as
crianças, assim instigar o imaginário, é ter a necessidade da resposta
respondida em relação a tantas perguntas, e encontrar muitas idéias para
tantas questões. Como a magia dos personagens existe o incentivo para
desenhar, para musicar, para teatralizar, para brincar. Afinal, tudo pode nascer
da leitura de uma história, de uma boa contação. Valorizando cada gesto, cada
expressão de cada bebê diante da história, sonoridade das rimas e
personagens, proporcionamos aos pequenos, momentos de desconcentração,
de surpresas, de alegria, de atenção. Como cita CARUSO, 2003: “A literatura é
importante para o desenvolvimento da criatividade e do emocional infantil”.
Quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara
os sentimentos que tem em reação ao mundo. As histórias trabalham
problemas existenciais típicos da infância como medos, sentimentos de inveja,
de carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinar infinitos assuntos.
CONCLUSÃO
Essa arte do contar e recontar história amplia o universo literário, desperta o
interesse pela leitura e estimula a imaginação através da construção de
imagens interiores.
Esse artigo foi muito importante para mim como educadora de educação infantil
me trouxe várias maneiras de aprofundar meus conhecimentos percebendo a
importância de ouvir, recontar e dramatizar histórias na educação ‘‘infantil”.
Como profissionais que trabalhamos junto aos pequenos, devemos estimulá-
los buscando histórias que deixa os mesmos imaginando, e muito
entusiasmados desenvolvendo seu intelecto e tornando clara sua emoção.
5. Os pais e educadores podem estimular as crianças a desenvolverem o gosto
pelas histórias e ajudar a estabelecer um equilíbrio entre a realidade e a
fantasia. a criança deve aprender a vivenciar as coisas ao vivo e tomar gosto
por transmiti-las através das histórias. Criando esse habito, ela vai ter uma
válvula de escape no futuro, para aliviar as tensões do dia-a-dia. Além disso,
quando é estimulada desde cedo, faz com que seja desenvolvido o lado
intuitivo, a percepção visual, a coordenação motora, o pensamento cognitivo, a
compreensão espacial. Essas coisas são elementares para um adulto, mas,
para os pequenos, são descobertas, que tem de ser estimuladas na escola e
em casa.
Por tudo isso, pode-se dizer: as crianças que têm contato com as histórias
desenvolvem mais a imaginação, a criatividade e a capacidade de
discernimento e crítica, na medida em que se tornam ouvintes e leitores
críticos, as crianças assumem o protagonismo de suas próprias vidas.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
MILLER, Stela e AMARAL, Suely Amaral. O desenvolvimento da linguagem
oral e escrita em crianças de 0 a 5 anos. Curitiba: Pró-Infanti editora, 2008.
RAMOS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo:
Scipione, 1993. _____. Por uma arte de contar histórias. Disponível em: <
http://www.docedeletra.com.br/semparar/hspfanny.html>. Acessado em: 6 jan.
2003.