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Tarefas preliminares para a Aula 15
I. Determinar uma equação vetorial do plano P definido pela equação cartesiana 3x − 4y + z = 0.
II. Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) de R3.
III. Recordar o Teorema seguinte apresentado no final do Capı́tulo 1.
Teorema [Critérios de invertibilidade de uma matriz]
Dada A ∈ Mn, são equivalentes as afirmações:
1. A é invertı́vel
2. A ∼ In
3. car A = n
4. nul A = 0
5. o sistema homógeneo associado a A possui apenas a solução trivial
6. N(A) = {0Rn}
7. C (A) = Rn
8. L (A) = Rn
9. o sistema AX = B admite uma única solução para cada B ∈ Rn
10. det A 6= 0. [critério 10. adicionado no Capı́tulo 2]
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
Universidade de Aveiro Departamento de Matemática
2020-2021 1.o
semestre
Aula 15 - Conjunto gerador
e linearmente independente,
base e dimensão
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
Base e dimensão de um subespaço vetorial
Seja V um espaço vetorial. Uma base de um subespaço vetorial S 6= {0V } de V é
um subconjunto de S que é linearmente independente e gerador de S .
• {v1, . . . , vk} é um conjunto linearmente independente em S se
α1v1 + · · · + αkvk = 0V ⇒ α1 = · · · = αk = 0
ou seja, 0V escreve-se de forma única como combinação linear de v1, . . . , vk.
• {v1, . . . , vk} gera ou é conjunto gerador de um subespaço vetorial S de V se
S = h v1, . . . , vk i
ou seja, todo o v ∈ S escreve-se como combinação linear de v1, . . . , vk.
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
Base e dimensão de um subespaço vetorial
Seja V um espaço vetorial. Uma base de um subespaço vetorial S 6= {0V } de V é
um subconjunto de S que é linearmente independente e gerador de S .
• {v1, . . . , vk} é um conjunto linearmente independente em S se
α1v1 + · · · + αkvk = 0V ⇒ α1 = · · · = αk = 0
ou seja, 0V escreve-se de forma única como combinação linear de v1, . . . , vk.
• {v1, . . . , vk} gera ou é conjunto gerador de um subespaço vetorial S de V se
S = h v1, . . . , vk i
ou seja, todo o v ∈ S escreve-se como combinação linear de v1, . . . , vk.
Uma base do subespaço trivial {0V } é o conjunto vazio.
A dimensão de S é o número de elementos de uma base de S e denota-se por dim S.
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
Teorema B é uma base de um subespaço vetorial S
m
todo o v ∈S escreve-se de forma única como combinação linear dos elementos de B ⊂S
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
Teorema B é uma base de um subespaço vetorial S
m
todo o v ∈S escreve-se de forma única como combinação linear dos elementos de B ⊂S
Exemplos de bases de Rn
1. Todo (a, b) ∈ R2
escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 0), (0, 1):
(a, b) = α1(1, 0) + α2(0, 1) ⇒ α1 = a e α2 = b.
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
Teorema B é uma base de um subespaço vetorial S
m
todo o v ∈S escreve-se de forma única como combinação linear dos elementos de B ⊂S
Exemplos de bases de Rn
1. Todo (a, b) ∈ R2
escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 0), (0, 1):
(a, b) = α1(1, 0) + α2(0, 1) ⇒ α1 = a e α2 = b.
Logo Bc = ((1, 0), (0, 1)) é uma base de R2
, chamada a base canónica de R2
.
2. Seja ei o vetor de Rn
com i-ésima componente 1 e as restantes nulas.
Bc = (e1, e2, . . . , en) é a base canónica de Rn
dim Rn
= n
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
3. ((1, 1), (−1, 1)) é outra base de R2
.
Todo (a, b) ∈ R2
escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 1), (−1, 1):
(a, b) = α1(1, 1) + α2(−1, 1) ⇔


1 −1
1 1




α1
α2

 =


a
b


Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
3. ((1, 1), (−1, 1)) é outra base de R2
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Todo (a, b) ∈ R2
escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 1), (−1, 1):
(a, b) = α1(1, 1) + α2(−1, 1) ⇔
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
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α2

 =
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b


representa um sistema possı́vel e determinado para cada (a, b) ∈ R2
.
Determine-se ainda a sua única solução. Por exemplo, pela Regra de Cramer,
Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
3. ((1, 1), (−1, 1)) é outra base de R2
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Todo (a, b) ∈ R2
escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 1), (−1, 1):
(a, b) = α1(1, 1) + α2(−1, 1) ⇔

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1 −1
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
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α1
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
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

a
b


representa um sistema possı́vel e determinado para cada (a, b) ∈ R2
.
Determine-se ainda a sua única solução. Por exemplo, pela Regra de Cramer,
α1 =
a −1
b 1
1 −1
1 1
= ? e α2 =
1 a
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Aula 15 2020

  • 1. Tarefas preliminares para a Aula 15 I. Determinar uma equação vetorial do plano P definido pela equação cartesiana 3x − 4y + z = 0. II. Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) de R3. III. Recordar o Teorema seguinte apresentado no final do Capı́tulo 1. Teorema [Critérios de invertibilidade de uma matriz] Dada A ∈ Mn, são equivalentes as afirmações: 1. A é invertı́vel 2. A ∼ In 3. car A = n 4. nul A = 0 5. o sistema homógeneo associado a A possui apenas a solução trivial 6. N(A) = {0Rn} 7. C (A) = Rn 8. L (A) = Rn 9. o sistema AX = B admite uma única solução para cada B ∈ Rn 10. det A 6= 0. [critério 10. adicionado no Capı́tulo 2] Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 2. Universidade de Aveiro Departamento de Matemática 2020-2021 1.o semestre Aula 15 - Conjunto gerador e linearmente independente, base e dimensão Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 3. Base e dimensão de um subespaço vetorial Seja V um espaço vetorial. Uma base de um subespaço vetorial S 6= {0V } de V é um subconjunto de S que é linearmente independente e gerador de S . • {v1, . . . , vk} é um conjunto linearmente independente em S se α1v1 + · · · + αkvk = 0V ⇒ α1 = · · · = αk = 0 ou seja, 0V escreve-se de forma única como combinação linear de v1, . . . , vk. • {v1, . . . , vk} gera ou é conjunto gerador de um subespaço vetorial S de V se S = h v1, . . . , vk i ou seja, todo o v ∈ S escreve-se como combinação linear de v1, . . . , vk. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 4. Base e dimensão de um subespaço vetorial Seja V um espaço vetorial. Uma base de um subespaço vetorial S 6= {0V } de V é um subconjunto de S que é linearmente independente e gerador de S . • {v1, . . . , vk} é um conjunto linearmente independente em S se α1v1 + · · · + αkvk = 0V ⇒ α1 = · · · = αk = 0 ou seja, 0V escreve-se de forma única como combinação linear de v1, . . . , vk. • {v1, . . . , vk} gera ou é conjunto gerador de um subespaço vetorial S de V se S = h v1, . . . , vk i ou seja, todo o v ∈ S escreve-se como combinação linear de v1, . . . , vk. Uma base do subespaço trivial {0V } é o conjunto vazio. A dimensão de S é o número de elementos de uma base de S e denota-se por dim S. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 5. Teorema B é uma base de um subespaço vetorial S m todo o v ∈S escreve-se de forma única como combinação linear dos elementos de B ⊂S Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 6. Teorema B é uma base de um subespaço vetorial S m todo o v ∈S escreve-se de forma única como combinação linear dos elementos de B ⊂S Exemplos de bases de Rn 1. Todo (a, b) ∈ R2 escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 0), (0, 1): (a, b) = α1(1, 0) + α2(0, 1) ⇒ α1 = a e α2 = b. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 7. Teorema B é uma base de um subespaço vetorial S m todo o v ∈S escreve-se de forma única como combinação linear dos elementos de B ⊂S Exemplos de bases de Rn 1. Todo (a, b) ∈ R2 escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 0), (0, 1): (a, b) = α1(1, 0) + α2(0, 1) ⇒ α1 = a e α2 = b. Logo Bc = ((1, 0), (0, 1)) é uma base de R2 , chamada a base canónica de R2 . 2. Seja ei o vetor de Rn com i-ésima componente 1 e as restantes nulas. Bc = (e1, e2, . . . , en) é a base canónica de Rn dim Rn = n Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 8. 3. ((1, 1), (−1, 1)) é outra base de R2 . Todo (a, b) ∈ R2 escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 1), (−1, 1): (a, b) = α1(1, 1) + α2(−1, 1) ⇔   1 −1 1 1     α1 α2   =   a b   Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 9. 3. ((1, 1), (−1, 1)) é outra base de R2 . Todo (a, b) ∈ R2 escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 1), (−1, 1): (a, b) = α1(1, 1) + α2(−1, 1) ⇔   1 −1 1 1     α1 α2   =   a b   representa um sistema possı́vel e determinado para cada (a, b) ∈ R2 . Determine-se ainda a sua única solução. Por exemplo, pela Regra de Cramer, Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 10. 3. ((1, 1), (−1, 1)) é outra base de R2 . Todo (a, b) ∈ R2 escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 1), (−1, 1): (a, b) = α1(1, 1) + α2(−1, 1) ⇔   1 −1 1 1     α1 α2   =   a b   representa um sistema possı́vel e determinado para cada (a, b) ∈ R2 . Determine-se ainda a sua única solução. Por exemplo, pela Regra de Cramer, α1 =
  • 11.
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  • 58. = ? Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 59. 3. ((1, 1), (−1, 1)) é outra base de R2 . Todo (a, b) ∈ R2 escreve-se de forma única como combinação linear de (1, 1), (−1, 1): (a, b) = α1(1, 1) + α2(−1, 1) ⇔   1 −1 1 1     α1 α2   =   a b   representa um sistema possı́vel e determinado para cada (a, b) ∈ R2 . Determine-se ainda a sua única solução. Por exemplo, pela Regra de Cramer, α1 =
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  • 107. = b − a 2 . Logo (a, b) = a + b 2 (1, 1) + b − a 2 (−1, 1). Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 108. Base canónica e dimensão de Pn e de Mm×n 4. Seja Pn o espaço dos polinómios na variável x de grau menor ou igual a n. A base canónica de P2 é {x2 , x, 1} e dim P2 = 3. A base canónica de Pn é {xn , xn−1 , . . . , x, 1} e dim Pn = n+1. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 109. Base canónica e dimensão de Pn e de Mm×n 4. Seja Pn o espaço dos polinómios na variável x de grau menor ou igual a n. A base canónica de P2 é {x2 , x, 1} e dim P2 = 3. A base canónica de Pn é {xn , xn−1 , . . . , x, 1} e dim Pn = n+1. 5. A base canónica de M2 é ( " 1 0 0 0 # , " 0 1 0 0 # , " 0 0 1 0 # , " 0 0 0 1 # ) e dim M2 = 4. Seja Eij a matriz m × n com entradas nulas excepto a (i, j) igual a 1. A base canónica de Mm×n é { E11, . . . , E1n, . . . , Em1, . . . , Emn } e dim Mm×n = mn. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 110. Tarefa I Determinar uma equação vetorial do plano P definido pela equação cartesiana 3x − 4y + z = 0. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 111. Tarefa I Determinar uma equação vetorial do plano P definido pela equação cartesiana 3x − 4y + z = 0. 3x − 4y + z = 0 ⇔        x = α y = β z = −3α + 4β , α, β ∈ R Uma equação vetorial de P é (x, y, z) = (0, 0, 0) + α (1, 0, −3) + β (0, 1, 4), α, β ∈ R. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 112. Tarefa I Determinar uma equação vetorial do plano P definido pela equação cartesiana 3x − 4y + z = 0. 3x − 4y + z = 0 ⇔        x = α y = β z = −3α + 4β , α, β ∈ R Uma equação vetorial de P é (x, y, z) = α (1, 0, −3) + β (0, 1, 4), α, β ∈ R e todo o (x, y, z) ∈ P escreve-se como combinação linear de (1, 0, −3) e (0, 1, 4). Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 113. Espaço gerado Seja V um espaço vetorial real e v1, . . . , vk ∈ V . O espaço gerado por v1, . . . , vk é o conjunto h v1, . . . , vk i = {α1v1 + · · · + αkvk : α1, . . . , αk ∈ R} de todas as combinações lineares de v1, . . . , vk que é um subespaço vetorial de V . Dado o plano P anterior, P = {α (1, 0, −3) + β (0, 1, 4) : α, β ∈ R} = h (1, 0, −3), (0, 1, 4) i que é um subespaço vetorial de R3 . [FP 4 / 2 (b) iv.] Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 114. Espaço gerado Seja V um espaço vetorial real e v1, . . . , vk ∈ V . O espaço gerado por v1, . . . , vk é o conjunto h v1, . . . , vk i = {α1v1 + · · · + αkvk : α1, . . . , αk ∈ R} de todas as combinações lineares de v1, . . . , vk que é um subespaço vetorial de V . Dados X, Y, Z ∈ R3 não nulos, • h 0R3 i = ? • h X i = ? • h X, Y i = ? • h X, Y, Z i = ? Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 115. Espaço gerado Seja V um espaço vetorial real e v1, . . . , vk ∈ V . O espaço gerado por v1, . . . , vk é o conjunto h v1, . . . , vk i = {α1v1 + · · · + αkvk : α1, . . . , αk ∈ R} de todas as combinações lineares de v1, . . . , vk que é um subespaço vetorial de V . Dados X, Y, Z ∈ R3 não nulos, • h 0R3 i = {0R3 } • h X i = {αX : α ∈ R} é a reta que passa pela origem e tem vetor diretor X • h X, Y i = {αX+ βY : α, β ∈ R} é o plano que contém a origem e os vetores X, Y quando X, Y são não colineares • h X, Y, Z i = R3 quando X, Y, Z são não complanares. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 116. Conjunto gerador Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . . , vk} gera ou é conjunto gerador de um subespaço vetorial S de V se S = h v1, . . . , vk i ou seja, todo o v ∈ S escreve-se como combinação linear de v1, . . . , vk. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 117. Conjunto gerador Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . . , vk} gera ou é conjunto gerador de um subespaço vetorial S de V se S = h v1, . . . , vk i ou seja, todo o v ∈ S escreve-se como combinação linear de v1, . . . , vk. Recordando que os vetores (1, 0, −3), (0, 1, 4) geram o plano P anterior, então {(1, 0, −3), (0, 1, 4)} é um conjunto gerador desse subespaço vetorial de R3 . Nota: {(1, 0, −3), (0, 1, 4)} é um conjunto com apenas dois vetores h(1, 0, −3), (0, 1, 4)i é um conjunto com uma infinidade de vetores (todos os do plano P) Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 118. Tarefa II Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1).     1 2 3 x 0 1 1 y 1 0 1 z     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 −2 −2 z − x     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 0 0 z − x + 2y     h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x − 2y} Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 119. Tarefa II Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1).     1 2 3 x 0 1 1 y 1 0 1 z     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 −2 −2 z − x     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 0 0 z − x + 2y     h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x − 2y} Exercı́cio 15 (a) da FP3 Averiguar se {(1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1)} é base de R3 . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 120. Tarefa II Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1).     1 2 3 x 0 1 1 y 1 0 1 z     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 −2 −2 z − x     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 0 0 z − x + 2y     h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x − 2y} Exercı́cio 15 (a) da FP3 {(1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1)} não gera R3 , logo não é base de R3 . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 121. Tarefa II Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1).     1 2 3 x 0 1 1 y 1 0 1 z     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 −2 −2 z − x     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 0 0 z − x + 2y     h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x − 2y} Notar que h (1, 0, 1), (2, 1, 0) i = h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = h (1, 0, 1), (3, 1, 1) i Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 122. Tarefa II Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1).     1 2 3 x 0 1 1 y 1 0 1 z     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 −2 −2 z − x     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 0 0 z − x + 2y     h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x − 2y} Notar que h (1, 0, 1), (2, 1, 0) i = h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = h (1, 0, 1), (3, 1, 1) i ↑ (3, 1, 1) = 1(1, 0, 1) + 1(2, 1, 0) Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 123. Tarefa II Determinar o espaço gerado pelos vetores (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1).     1 2 3 x 0 1 1 y 1 0 1 z     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 −2 −2 z − x     ∼     1 2 3 x 0 1 1 y 0 0 0 z − x + 2y     h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x − 2y} Notar que h (1, 0, 1), (2, 1, 0) i = h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = h (1, 0, 1), (3, 1, 1) i ↑ (2, 1, 0) = −1(1, 0, 1) + 1(3, 1, 1) Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 124. Notar ainda que o sistema homogéneo nas incógnitas α1, α2, α3:     1 2 3 0 0 1 1 0 1 0 1 0     ∼     1 2 3 0 0 1 1 0 0 −2 −2 0     ∼     1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0     é possı́vel indeterminado. ( α1 + α3 = 0 α2 + α3 = 0 ⇔        α1 = −t α2 = −t α3 = t , t ∈ R (0, 0, 0) escreve-se de mais do que uma forma como combinação linear de (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1): (0, 0, 0) = −t(1, 0, 1)−t(2, 1, 0) + t(3, 1, 1), ∀ t ∈ R Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 125. Notar ainda que o sistema homogéneo nas incógnitas α1, α2, α3:     1 2 3 0 0 1 1 0 1 0 1 0     ∼     1 2 3 0 0 1 1 0 0 −2 −2 0     ∼     1 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0     é possı́vel indeterminado. ( α1 + α3 = 0 α2 + α3 = 0 ⇔        α1 = −t α2 = −t α3 = t , t ∈ R Por exemplo, quando t = 1, −1(1, 0, 1) −1(2, 1, 0) + 1(3, 1, 1) = (0, 0, 0) ⇓ (3, 1, 1) = 1(1, 0, 1) + 1(2, 1, 0) Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 126. Conjunto linearmente dependente Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . ., vk} é linearmente dependente se existem escalares α1, . . . , αk não todos nulos: α1v1 + · · · + αkvk = 0V ou seja, 0V escreve-se de mais do que uma forma como combinação linear de v1, . . . , vk. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 127. Conjunto linearmente dependente Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . ., vk} é linearmente dependente se existem escalares α1, . . . , αk não todos nulos: α1v1 + · · · + αkvk = 0V ou seja, 0V escreve-se de mais do que uma forma como combinação linear de v1, . . . , vk. O conjunto anterior {(1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1)} é linearmente dependente, logo não é base de R3 . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 128. Conjunto linearmente dependente Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . ., vk} é linearmente dependente se existem escalares α1, . . . , αk não todos nulos: α1v1 + · · · + αkvk = 0V ou seja, 0V escreve-se de mais do que uma forma como combinação linear de v1, . . . , vk. Em particular, dados X, Y, Z ∈ R3 , • X, Y é linearmente dependente ⇔ X, Y são colineares • X, Y, Z é linearmente dependente ⇔ X, Y, Z são complanares. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 129. Conjunto linearmente dependente Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . ., vk} é linearmente dependente se existem escalares α1, . . . , αk não todos nulos: α1v1 + · · · + αkvk = 0V ou seja, 0V escreve-se de mais do que uma forma como combinação linear de v1, . . . , vk. Em particular, dados u, v ∈ V, {u, v} é linearmente dependente ⇔ ∃ α ∈ K : v = αu ou u = 0V . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 130. Dependência linear, combinação linear e espaço gerado Teorema Dados v, v1, . . . , vk ∈V, são equivalentes as afirmações: (a) {v1, . . . , vk, v} é linearmente dependente (b) existe um v que é combinação linear de v1, . . . , vk (c) h v1, . . . , vk, v i = h v1, . . . , vk i. Em particular, {v1, . . . , vk, 0V} é linearmente dependente. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 131. Conjunto linearmente independente Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . . , vk} é linearmente independente se α1v1 + · · · + αkvk = 0V ⇒ α1 = · · · = αk = 0, ou seja, 0V escreve-se de forma única como combinação linear de v1, . . . , vk. Todo o subconjunto de um conjunto linearmente independente é ainda linearmente independente. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 132. Conjunto linearmente independente Dados v1, . . . , vk ∈ V, • {v1, . . . , vk} é linearmente independente se α1v1 + · · · + αkvk = 0V ⇒ α1 = · · · = αk = 0, ou seja, 0V escreve-se de forma única como combinação linear de v1, . . . , vk. Todo o subconjunto de um conjunto linearmente independente é ainda linearmente independente. Nota: Dado v ∈ V, {v} é linearmente independente ⇔ v 6= 0V . Dados X, Y ∈ Rn não nulos, {X, Y } é linearmente independente ⇔ X, Y são não colineares. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 133. Claro que os sistemas homogéneos nas incógnitas α1, α2:     1 2 0 0 1 0 1 0 0     ∼     1 2 0 0 1 0 0 −2 0     ∼     1 0 0 0 1 0 0 0 0         1 3 0 0 1 0 1 1 0     ∼     1 3 0 0 1 0 0 −2 0     ∼     1 0 0 0 1 0 0 0 0     são ambos possı́veis determinados com única solução a trivial: α1 = α2 = 0. Então são linearmente independentes os conjuntos {(1, 0, 1), (2, 1, 0)} e {(1, 0, 1), (3, 1, 1)}. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 134. Mais simplesmente, como (1, 0, 1), (2, 1, 0) são vetores não colineares e (1, 0, 1), (3, 1, 1) também são vetores não colineares, então são linearmente independentes os conjuntos {(1, 0, 1), (2, 1, 0)} e {(1, 0, 1), (3, 1, 1)}. Já vimos que estes são conjuntos geradores de S = h (1, 0, 1), (2, 1, 0), (3, 1, 1) i = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x − 2y}. Assim, {(1, 0, 1), (2, 1, 0)} e {(1, 0, 1), (3, 1, 1)} são duas bases deste subespaço vetorial S . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 135. Independência linear de k vetores de Rm Teorema Dada A∈Mm×k, são equivalentes as afirmações: i. as k colunas de A formam um conjunto linearmente independente ii. AX = 0Rm tem apenas a solução trivial iii. N (A) = {0Rk} iv. nul A = 0 v. car A = k. A tem k colunas linearmente independentes e m linhas ⇒ k ≤ m Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 136. Exercı́cio 10 (a) da FP4 Averigue se o conjunto {(1, 1, 0), (0, 2, 3), (1, 2, 3), (1, −1, 1)} é linearmente independente em R3 . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 137. Exercı́cio 10 (a) da FP4 Averigue se o conjunto {(1, 1, 0), (0, 2, 3), (1, 2, 3), (1, −1, 1)} é linearmente independente em R3 . A =     1 0 1 1 1 2 2 −1 0 3 3 1     A matriz A tem no máximo caracterı́stica 3, logo o conjunto das 4 colunas de A não é linearmente independente. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 138. Independência linear de n vetores de Rn Quando k = m = n, as afirmações i. - v. do Teorema 2 são ainda equivalentes a vi. det(A) 6= 0 vii. o sistema AX = B tem uma única solução para cada B ∈ Rn viii. C (A) = Rn ix. L (A) = Rn x. as n colunas, ou n linhas, de A determinam um conjunto gerador de Rn xi. as n colunas, ou n linhas, de A determinam um conjunto linearmente independente xii. as n colunas, ou n linhas, de A determinam uma base de Rn sempre que A∈Mn. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 139. Exercı́cio 15 (a) Averigue se o conjunto {(1, 0, 1), (1, 1, 0), (0, 1, 1)} é base de R3 . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 140. Exercı́cio 15 (a) A =     1 1 0 0 1 1 1 0 1     ∼     1 1 0 0 1 1 0 −1 1     ∼     1 1 0 0 1 1 0 0 2     car A = 3 ou det A =
  • 141.
  • 142.
  • 143.
  • 144.
  • 145.
  • 146.
  • 147.
  • 148. 1 1 0 0 1 1 1 0 1
  • 149.
  • 150.
  • 151.
  • 152.
  • 153.
  • 154.
  • 155.
  • 156. = 2 6= 0. Então o conjunto {(1, 0, 1), (1, 1, 0), (0, 1, 1)} é base de R3 . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 157. Teorema Se uma base de um subespaço vetorial S possui m elementos e i. {v1, . . . , vk} é linearmente independente em S ⇒ k ≤ m ii. {v1, . . . , vk} é um conjunto gerador de S ⇒ k ≥ m iii. {v1, . . . , vk} é uma base de S ⇒ k = m. Assim, todas as bases de um subespaço vetorial S têm o mesmo número de elementos. A dimensão de um subespaço vetorial S encontra-se bem definida. Em particular, dim {0V } = 0. Um espaço vetorial diz-se de dimensão infinita se não possui um número finito de geradores. Exemplos F(R) e P são espaços vetoriais de dimensão infinita. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 158. Corolário Sejam v1, . . . , vk ∈ V e dim V = n. i. k n ⇒ {v1, . . . , vk} é linearmente dependente em V. ii. k n ⇒ {v1, . . . , vk} não gera V. Quando dim V = n, • um conjunto linearmente independente em V com n elementos é uma base de V; • um conjunto gerador de V com n elementos é uma base de V. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 159. Exercı́cio 23 (a) da FP4 Justifique que S = {(x, y, z, t) ∈ R4 : 2x − y + t = 0} é um subespaço vetorial de R4 , apresentando-o como o espaço gerado por um conjunto de vetores. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 160. Exercı́cio 23 (a) da FP4 Justifique que S = {(x, y, z, t) ∈ R4 : 2x − y + t = 0} é um subespaço vetorial de R4 , apresentando-o como o espaço gerado por um conjunto de vetores. S = {(x, y, z, t) ∈ R4 : 2x − y + t = 0} = {(x, y, z, t) ∈ R4 : y = 2x + t} = { (x, 2x + t, z, t) : x, z, t ∈ R } = { x(1, 2, 0, 0) + z(0, 0, 1, 0) + t(0, 1, 0, 1) : x, z, t ∈ R } = h (1, 2, 0, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 1, 0, 1) i é um subespaço vetorial de R4 , pois é o espaço gerado por 3 vetores de R4 . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 161. Exercı́cio 23 (b) da FP4 Determine uma base e a dimensão de S = {(x, y, z, t) ∈ R4 : 2x − y + t = 0}. Como {(1, 2, 0, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 1, 0, 1)} é um conjunto gerador de S e é linearmente independente [Justifique!], então é uma base de S . Portanto, dim S = 3. Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 162. De outro modo, S = {(x, y, z, t) ∈ R4 : 2x − y + t = 0} = {(x, y, z, t) ∈ R4 : t = −2x + y} = { (x, y, z, −2x + y) : x, y, z ∈ R } = { x(1, 0, 0, −2) + y(0, 1, 0, 1) + z(0, 0, 1, 0) : x, y, z ∈ R } = h (1, 0, 0, −2), (0, 1, 0, 1), (0, 0, 1, 0) i. Logo {(1, 0, 0, −2), (0, 1, 0, 1), (0, 0, 1, 0)} é outro conjunto gerador de S e linearmente independente [Justifique!], isto é, outra base de S . Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15
  • 163. Coordenadas numa base Teorema B é uma base de um subespaço vetorial S m todo o v ∈S escreve-se de forma única como combinação linear dos elementos de B ⊂S. Doravante, distingue-se {v1, . . . , vk} do conjunto ordenado (v1, . . . , vk). As coordenadas de v ∈ S na base B = (v1, . . . , vk) de um subespaço vetorial S são os escalares α1, . . . , αk: v = α1v1 + · · · + αkvk obtidos como a única solução de um sistema possı́vel e determinado. Esta única solução constitui o vetor das coordenadas de v na base B denotado por [v]B = (α1, . . . , αk). Capı́tulo 4 ALGA - agrupamento I Aula 15