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GDF SE
CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
Parecer n° 127/2009-CEDF
Processo n° 460.000281/2009
Interessado: Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal -
SEDF
- Aprova a matriz curricular da Educação Especial – Currículo Funcional em
substituição à aprovada pelo Parecer n° 325/2008 – CEDF, que constitui anexo
deste parecer.
HISTÓRICO – A Diretoria de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação do Distrito
Federal protocolou o memorando número 043/2009 – DEE, de 5 de março de 2009, solicitando
“alteração da matriz curricular – Currículo Funcional para a Educação Especial (Anexo XV) no item de
carga horária semanal e anual, esclarecendo que:
• “ocorreu um equívoco no documento encaminhado ao Conselho, onde constava
que a carga horária semanal é de 25 horas e total anual 1000 horas;
• ... a carga horária semanal e consequentemente, a anual será definida no Plano
de Trabalho Individual de acordo com as possibilidades e necessidades específicas de cada
aluno, não sendo possível prever ou especificar uma carga horária padrão”.
A matriz curricular objeto da presente solicitação foi aprovada pelo Parecer n° 325/2008 –
CEDF, que trata das Diretrizes Pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal –
SEDF, documento norteador para a construção da Proposta Pedagógica das instituições educacionais da
rede pública de ensino.
ANÁLISE - O presente processo, autuado em 13/3/2009, foi analisado pela assessoria deste CEDF, que
sugeriu “... em atendimento ao art. 87, inciso VI, da Resolução n° 1/2005-CEDF, o encaminhamento
dos autos à Coordenação de Supervisão Institucional e Normas de Ensino, para a competente análise e
instrução” – fl. 8.
Em 5/5/2009, a Coordenação supramencionada, ao analisar a matriz curricular da Educação
Especial para o Currículo Funcional, conclui, em relatório técnico às fls. 10-12, que: “não há
necessidade de definição do módulo-aula; ... as cargas horárias semanal e a anual passam a ser
indefinidas e que o campo observações foi preservado...” – fl. 11, encontrando-se a matriz curricular
em condições de ser aprovada – fl. 12.
O artigo 59, inciso I, da LDBEN 9394/96 determina que os sistemas de ensino devem
assegurar aos educandos com necessidades especiais “currículos, métodos, técnicas, recursos
educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades”.
A forma pela qual cada aluno terá acesso ao currículo distingue-se pela singularidade. “Em
casos muito singulares, em que o educando com graves comprometimentos mentais e ou múltiplos não
possa beneficiar-se do currículo da base nacional comum, deverá ser proporcionado um currículo
funcional para atender às necessidades práticas da vida – Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica – item 7 Currículo. Tanto o currículo como a avaliação devem ser
funcionais, buscando meios úteis e práticos para favorecer: o desenvolvimento das competências
sociais; o acesso ao conhecimento, à cultura e às formas de trabalho valorizadas pela comunidade; e a
inclusão do aluno na sociedade”.
As flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e
instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados devem
GDF SE
CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
2
ser previstos na proposta pedagógica da escola, conforme dispõe a Resolução CNE/CEB n° 2, de
11/9/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
As Diretrizes Pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal
2009/2013, aprovadas pelo Parecer n° 325/2008 – CEDF, no item 5.5 – Organização Curricular e
Respectivas Matrizes – Educação Especial – fls. 53-66 – em consonância com as Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica (2001) propõem, nos Centros de Educação Especial, um
currículo funcional que “atenda às necessidades e especificidades dos alunos que não apresentam
condições de inclusão na instituição educacional comum e lhes possibilite o desenvolvimento de
competências e habilidades que favoreçam a sua autonomia e maior participação na vida, em
sociedade” (processo n° 410.003833/08, fl. 59), organização curricular que deve ser explicitada na
Proposta Pedagógica desses Centros.
O Currículo Funcional constitui, portanto, uma adequação curricular que possibilita à
instituição educacional atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos para tornar o “currículo
apropriado às peculiaridades dos ANEE, tornando-o dinâmico,alterável, passível de ampliação,a fim
de que atenda realmente a todos os alunos” – Processo n° 410.003833/08, fl. 63.
A matriz curricular da educação especial para o currículo funcional – anexo XV do parecer
n° 325/2008 – CEDF foi aprovada com o registro de 25 horas de carga horária semanal e 1000 horas de
total anual, apesar da observação n° 3: “A carga horária semanal para o desenvolvimento das
atividades funcionais, baseadas na Dimensão de Apoio, será definida no planejamento individual de
cada aluno” (grifo nosso), fl. 25.
Dessa forma, esta relatora conclui que a matriz curricular encaminhada ao CEDF para
aprovação, à época, continha incorreções quanto ao registro da carga horária semanal e total anual,
devendo ser retificada a fim de que se preserve a coerência entre a concepção de currículo funcional e a
organização do trabalho pedagógico de acordo com as necessidades individuais dos alunos, o que
pressupõe uma impossibilidade de definição de carga horária/organização do tempo pedagógico para
atendimento desses educandos.
CONCLUSÃO – Em face do exposto e dos elementos de instrução do processo, o parecer é por aprovar
a matriz curricular da Educação Especial – Currículo Funcional em substituição à aprovada pelo Parecer
n° 325/2008 – CEDF, que constitui anexo deste parecer.
Sala “Helena Reis”, Brasília, 23 junho de 2009.
DALVA GUIMARÃES DOS REIS
Conselheira-Relatora
Aprovado na CEB
e em Plenário
em 23/6/2009
LUIZ OTÁVIO DA JUSTA NEVES
Presidente do Conselho de Educação
do Distrito Federal
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CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
3
Anexo do Parecer nº 127/2009-CEDF
MATRIZ CURRICULAR
Instituição: SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
Etapa: Currículo Funcional da Educação Especial
Modalidade: Educação Especial
Regime: Anual
Módulo: 40 semanas
Turno: Diurno
CONTEXTO DIMENSÃO DO APOIO ÁREAS DO CONHECIMENTO INDICADORES DE AVALIAÇÃO
FAMILIAR–ESCOLAR–COMUNITÁRIO–
OCUPACIONAL
Funções Intelectuais
• Percepção • Capacidade para compreender o ambiente e reagir a
ele adequadamente com base nos conhecimentos
construídos.
• Capacidade de planejar e solucionar problemas e
aplicação na atividade prática.
• Raciocínio lógico matemático
• Organização do pensamento
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• Compreensão de idéias
• Conhecimento do mundo e
aprendizagem formal
• Generalização de
conhecimentos
Comportamento adaptativo
• Habilidades conceituais • Relacionadas aos aspectos acadêmicos, cognitivos e de
comunicação. Ex: linguagem, leitura e escrita, conceitos
matemáticos.
• Habilidades sociais • Relacionadas à competência social. Ex: habilidades
interpessoais, responsabilidade, auto-estima, observância
de normas de conduta, regras e leis, evitar a vitimização.
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autônoma e independente
• Relacionadas à vida autônoma e independente: Ex:
atividades de cuidado pessoal na vida diária, atividades
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segurança no ambiente.
Formação da identidade
pessoal, social e cultural
• Comunicação • Considera os contextos típicos de seu grupo etário
consistentes com a diversidade cultural e lingüística da
pessoa, constituindo espaços que possibilitam sua
participação, interações sociais e vivência de papéis
sociais que refletem a quantidade e a qualidade de seu
engajamento em seu ambiente e o exercício de sua
cidadania.
• Participação
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• Vivência de papéis sociais
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Funções Psicomotoras
• Esquema corporal • Considera o desenvolvimento integral do ser, articulando
corpo, movimento e mente, de forma a favorecer a
comunicação e expressão de seus pensamentos, desejos e
necessidades.
• Equilíbrio
• Coordenação dinâmica geral
• Coordenação motora
• Orientação espaço-temporal
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TOTAL DE CARGA HORÁRIA SEMANAL X
TOTAL ANUAL X
OBSERVAÇÕES:
1. Aspectos a serem observados:
• Programação individual.
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• Adequação à idade cronológica.
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• Participação efetiva, no processo educacional, dos pais e dos profissionais que atendem ao aluno, visto que são eles quem melhor o
conhecem e poderão identificar, com maior precisão, quais as habilidades que necessariamente deverão ser adquiridas.
• Interação com outros alunos não-deficientes, uma vez que são os colegas que proporcionam a entrada das crianças e dos jovens nas
experiências normais de vida em seu grupo de idade.
2. Os conteúdos são definidos de acordo com:
• Domínio – definição dos interesses, das necessidades e das potencialidades do aluno;
• Atividade – ação pedagógica para o desenvolvimento da habilidade.
3. A carga horária semanal para o desenvolvimento das atividades funcionais, baseadas na Dimensão do Apoio, será definida no planejamento
individual de cada aluno.

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Temporalidade adequação curricular carga horária

  • 1. GDF SE CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL Parecer n° 127/2009-CEDF Processo n° 460.000281/2009 Interessado: Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal - SEDF - Aprova a matriz curricular da Educação Especial – Currículo Funcional em substituição à aprovada pelo Parecer n° 325/2008 – CEDF, que constitui anexo deste parecer. HISTÓRICO – A Diretoria de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal protocolou o memorando número 043/2009 – DEE, de 5 de março de 2009, solicitando “alteração da matriz curricular – Currículo Funcional para a Educação Especial (Anexo XV) no item de carga horária semanal e anual, esclarecendo que: • “ocorreu um equívoco no documento encaminhado ao Conselho, onde constava que a carga horária semanal é de 25 horas e total anual 1000 horas; • ... a carga horária semanal e consequentemente, a anual será definida no Plano de Trabalho Individual de acordo com as possibilidades e necessidades específicas de cada aluno, não sendo possível prever ou especificar uma carga horária padrão”. A matriz curricular objeto da presente solicitação foi aprovada pelo Parecer n° 325/2008 – CEDF, que trata das Diretrizes Pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEDF, documento norteador para a construção da Proposta Pedagógica das instituições educacionais da rede pública de ensino. ANÁLISE - O presente processo, autuado em 13/3/2009, foi analisado pela assessoria deste CEDF, que sugeriu “... em atendimento ao art. 87, inciso VI, da Resolução n° 1/2005-CEDF, o encaminhamento dos autos à Coordenação de Supervisão Institucional e Normas de Ensino, para a competente análise e instrução” – fl. 8. Em 5/5/2009, a Coordenação supramencionada, ao analisar a matriz curricular da Educação Especial para o Currículo Funcional, conclui, em relatório técnico às fls. 10-12, que: “não há necessidade de definição do módulo-aula; ... as cargas horárias semanal e a anual passam a ser indefinidas e que o campo observações foi preservado...” – fl. 11, encontrando-se a matriz curricular em condições de ser aprovada – fl. 12. O artigo 59, inciso I, da LDBEN 9394/96 determina que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com necessidades especiais “currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades”. A forma pela qual cada aluno terá acesso ao currículo distingue-se pela singularidade. “Em casos muito singulares, em que o educando com graves comprometimentos mentais e ou múltiplos não possa beneficiar-se do currículo da base nacional comum, deverá ser proporcionado um currículo funcional para atender às necessidades práticas da vida – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – item 7 Currículo. Tanto o currículo como a avaliação devem ser funcionais, buscando meios úteis e práticos para favorecer: o desenvolvimento das competências sociais; o acesso ao conhecimento, à cultura e às formas de trabalho valorizadas pela comunidade; e a inclusão do aluno na sociedade”. As flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados devem
  • 2. GDF SE CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 2 ser previstos na proposta pedagógica da escola, conforme dispõe a Resolução CNE/CEB n° 2, de 11/9/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. As Diretrizes Pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal 2009/2013, aprovadas pelo Parecer n° 325/2008 – CEDF, no item 5.5 – Organização Curricular e Respectivas Matrizes – Educação Especial – fls. 53-66 – em consonância com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001) propõem, nos Centros de Educação Especial, um currículo funcional que “atenda às necessidades e especificidades dos alunos que não apresentam condições de inclusão na instituição educacional comum e lhes possibilite o desenvolvimento de competências e habilidades que favoreçam a sua autonomia e maior participação na vida, em sociedade” (processo n° 410.003833/08, fl. 59), organização curricular que deve ser explicitada na Proposta Pedagógica desses Centros. O Currículo Funcional constitui, portanto, uma adequação curricular que possibilita à instituição educacional atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos para tornar o “currículo apropriado às peculiaridades dos ANEE, tornando-o dinâmico,alterável, passível de ampliação,a fim de que atenda realmente a todos os alunos” – Processo n° 410.003833/08, fl. 63. A matriz curricular da educação especial para o currículo funcional – anexo XV do parecer n° 325/2008 – CEDF foi aprovada com o registro de 25 horas de carga horária semanal e 1000 horas de total anual, apesar da observação n° 3: “A carga horária semanal para o desenvolvimento das atividades funcionais, baseadas na Dimensão de Apoio, será definida no planejamento individual de cada aluno” (grifo nosso), fl. 25. Dessa forma, esta relatora conclui que a matriz curricular encaminhada ao CEDF para aprovação, à época, continha incorreções quanto ao registro da carga horária semanal e total anual, devendo ser retificada a fim de que se preserve a coerência entre a concepção de currículo funcional e a organização do trabalho pedagógico de acordo com as necessidades individuais dos alunos, o que pressupõe uma impossibilidade de definição de carga horária/organização do tempo pedagógico para atendimento desses educandos. CONCLUSÃO – Em face do exposto e dos elementos de instrução do processo, o parecer é por aprovar a matriz curricular da Educação Especial – Currículo Funcional em substituição à aprovada pelo Parecer n° 325/2008 – CEDF, que constitui anexo deste parecer. Sala “Helena Reis”, Brasília, 23 junho de 2009. DALVA GUIMARÃES DOS REIS Conselheira-Relatora Aprovado na CEB e em Plenário em 23/6/2009 LUIZ OTÁVIO DA JUSTA NEVES Presidente do Conselho de Educação do Distrito Federal
  • 3. GDF SE CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 3 Anexo do Parecer nº 127/2009-CEDF MATRIZ CURRICULAR Instituição: SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL Etapa: Currículo Funcional da Educação Especial Modalidade: Educação Especial Regime: Anual Módulo: 40 semanas Turno: Diurno CONTEXTO DIMENSÃO DO APOIO ÁREAS DO CONHECIMENTO INDICADORES DE AVALIAÇÃO FAMILIAR–ESCOLAR–COMUNITÁRIO– OCUPACIONAL Funções Intelectuais • Percepção • Capacidade para compreender o ambiente e reagir a ele adequadamente com base nos conhecimentos construídos. • Capacidade de planejar e solucionar problemas e aplicação na atividade prática. • Raciocínio lógico matemático • Organização do pensamento • Análise e síntese • Compreensão de idéias • Conhecimento do mundo e aprendizagem formal • Generalização de conhecimentos Comportamento adaptativo • Habilidades conceituais • Relacionadas aos aspectos acadêmicos, cognitivos e de comunicação. Ex: linguagem, leitura e escrita, conceitos matemáticos. • Habilidades sociais • Relacionadas à competência social. Ex: habilidades interpessoais, responsabilidade, auto-estima, observância de normas de conduta, regras e leis, evitar a vitimização. • Habilidades práticas de vida autônoma e independente • Relacionadas à vida autônoma e independente: Ex: atividades de cuidado pessoal na vida diária, atividades instrumentais de vida, habilidades ocupacionais e segurança no ambiente. Formação da identidade pessoal, social e cultural • Comunicação • Considera os contextos típicos de seu grupo etário consistentes com a diversidade cultural e lingüística da pessoa, constituindo espaços que possibilitam sua participação, interações sociais e vivência de papéis sociais que refletem a quantidade e a qualidade de seu engajamento em seu ambiente e o exercício de sua cidadania. • Participação • Interação • Vivência de papéis sociais • Expressão artística • Capacidade criadora • Exercício da cidadania Funções Psicomotoras • Esquema corporal • Considera o desenvolvimento integral do ser, articulando corpo, movimento e mente, de forma a favorecer a comunicação e expressão de seus pensamentos, desejos e necessidades. • Equilíbrio • Coordenação dinâmica geral • Coordenação motora • Orientação espaço-temporal • Lateralidade TOTAL DE CARGA HORÁRIA SEMANAL X TOTAL ANUAL X OBSERVAÇÕES: 1. Aspectos a serem observados: • Programação individual. • Desenvolvimento de habilidades funcionais que estejam vinculadas à qualidade de vida. • Adequação à idade cronológica. • Prioridade ao ambiente natural do aluno para realização das atividades. • Participação efetiva, no processo educacional, dos pais e dos profissionais que atendem ao aluno, visto que são eles quem melhor o conhecem e poderão identificar, com maior precisão, quais as habilidades que necessariamente deverão ser adquiridas. • Interação com outros alunos não-deficientes, uma vez que são os colegas que proporcionam a entrada das crianças e dos jovens nas experiências normais de vida em seu grupo de idade. 2. Os conteúdos são definidos de acordo com: • Domínio – definição dos interesses, das necessidades e das potencialidades do aluno; • Atividade – ação pedagógica para o desenvolvimento da habilidade. 3. A carga horária semanal para o desenvolvimento das atividades funcionais, baseadas na Dimensão do Apoio, será definida no planejamento individual de cada aluno.