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Capítulo de Anestésicos Locais 
Manejo de Problemas Orientados 
 
​Paciente feminina, 74 anos, ASA 3 PS , 49 kg ,agendada para correção de fratura da                                   
extremidade distal do rádio sob bloqueio do plexo braquial.Portadora de hipertensão                     
arterial sistêmica e insuficiência renal crônica ​compensada.Foi pré­medicada com                 
midazolam 7.5 mg por via oral 30 min antes da anestesia. Após monitorização e acesso                             
venoso periférico, realizado bloqueio do plexo braquial via interescalênica usando                   
estimulador de nervo periférico. Equivocadamente, o anestesiologista administrou 20 ml de                     
lidocaína 2% com adrenalina 1:200.000 associado á 20 ml de bupivacaina 0.75 % após                           
testes de aspiração negativos. Passados 15 min, a paciente queixou­se de tontura e                         
sonolência, perdeu a consciência e evoluiu para uma crise convulsiva tônico­clônica                     
generalizada. A frequência cardíaca aumentou para 130 bpm, mantendo a pressão arterial                       
inalterada. Imediatamente foi administrado midazolam 10 mg e instituida ventilação sob                     
máscara facial com oxigênio á 100%.Cerca de 5min após, a paciente desenvolveu                       
extra­sístoles ventriculares, seguidas por bradicardia e assistolia. Foi iniciada                 
ressuscitação cardiopulmonar . A paciente recebeu 3 mg de epinefrina em doses                       
fracionadas.Após 10 min de ressuscitação cardiopulmonar, 100 ml de Intralipid 20% foi                       
injetado em bolus seguido por uma infusão contínua de 10 mL.min. Após a dose total de 200                                 
ml (4 ml.kg) ser administrada, a atividade elétrica sob a forma de um taquiarritmia foi                             
observada.Compressões torácicas foram interrompidas. Os pulsos eram palpáveis. A                 
paciente foi transferida para a UTI e extubada após 4 h, recuperando­se completamente e                           
recebendo alta após 4 dias” 
 
 
 
 
A.1.1.Quais são as características​ ​gerais da toxicidade sistêmica por 
anestésicos locais ? 
 
 
A toxicidade sistêmica por anestésicos locais (​LAST​), pode ocorrer após a                     
administração de uma dose excessiva, rápida absorção, ou por injeção intravenosa acidental.                       
O manejo da toxicidade por anestésico local pode ser um desafio,e em caso de toxicidade                             
cardíaca, podem ser necessários esforços de ressuscitação prolongados. A toxicidade                   
sistêmica geralmente se manifesta por sintomas de neurotoxicidade (gosto metálico, tontura,                     
zumbido, desorientação e convulsões) ou cardiotoxicidade (hipotensão, arritmias e parada                   
cardíaca).Usualmente, os anestésicos locais só induzem toxicidade cardiovascular em doses                   
superiores àquelas que determinam toxicidade ao sistema nervoso central(SNC). No entanto,                     
a toxicidade da bupivacaína pode não aderir a esta sequência, e a cardiotoxicidade pode                           
preceder os sintomas neurológicos. Apesar de menos comum, a toxicidade cardiovascular é                       
mais grave e de mais difícil manejo.  
 
Weinberg GL. Current concepts in resuscitation of patients with local anesthetic cardiac 
toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2002;27:568–575. 
 
 
 
 
 
A.1.2.­Fatores que influenciam a toxicidade? 
 
​A concentração plasmática do anestésico local e o desenvolvimento de ​LAST ​depende                           
de inúmeros fatores; dose, potência e lipossolubilidade do anestésico local, velocidade de                       
injeção, vascularização da área envolvida, presença de vasoconstrictor na solução de                     
anestésico local, injeção arterial ou intravenosa, PaCO2 e pH (a acidose diminui o limiar de                             
convulsões), interações com outros fármacos, gravidez, fatores genéticos, idade e doença                     
cardíaca. 
A taxa de ​absorção sofre grande influencia do local de administração do                       
anestésico­(da absorção mais rápida para a mais lenta)­ intravenosa> traqueal> intercostal>                     
caudal> epidural> plexo braquial> ciático ou femoral> subaracnóide.Embora a taxa de                     
absorção e por conseguinte o risco de ​LAST seja maior em anestesia epidural, a maioria dos                               
casos descritos na literatura de cárdio e neurotoxicidade correspondem aos bloqueios                     
periféricos, pois não raramente as doses tóxicas são negligenciadas, tal como em nosso caso                           
clínico.  
 
 
Sarah Ciechanowicz and Vinod Patil, “Lipid Emulsion for Local Anesthetic Systemic 
Toxicity,” Anesthesiology Research and Practice, vol. 2012, Article ID 131784, 11 pages, 
2012. doi:10.1155/2012/131784 
 
A.1.3­ ​Quais são os efeitos Cardiovasculares? 
 
  Os anestésicos locais em baixas concentrações e pequenas doses pouco interfere nas                       
propriedades elétricas e inotrópicas cardíacas. Porém, em concentrações mais elevadas,                   
assumem importância, deprimindo a condução do estímulo (retardando a despolarização,                   
reduzindo a velocidade de condução e elevando o limiar de excitabilidade) e reduzindo a ação                             
de bomba do coração (inotropismo). A atuação sobre a excitabilidade é, às vezes, até                           
desejada (ação antiarrítmica), entretanto, a inibição do inotropismo é danosa e, por vezes,                         
fatal.  
​Os anestésicos locais mais potentes, possuem maior efeito na eletrofisiologia cardíaca.                       
Prévios estudos examinaram lidocaína, bupivacaína e ropivacaína em ratos, e tem                     
demonstrado efeitos depressores equivalentes na contratilidade miocárdica, no entanto os                   
efeitos sobre a eletrofisiologia (prolongamento do QRS) com a bupivacaína e ropivacaína são                         
mais pronunciados, quando comparado a lidocaína. Embora todos os anestésicos locais                     
bloqueiem o sistema de condução cardíaco através do bloqueio dose dependente dos canais                         
de sódio, algumas particularidades do canal de sódio e da bupivacaína podem aumentar a sua                             
cardiotoxicidade: a bupivacaína apresenta uma afinidade de ligação mais forte em canais de                         
sódio abertos e inativados, efeitos depressores maiores em concentrações mais baixas e mais                         
arritmogênica quando comparado ​a lidocaína.Além disso, a bupivacaína bloqueia o nó                     
sinoatrial (SA); prolonga o intervalo PR e induz mais fenômenos de reentrada. Isto é devido                             
ao fato de que a bupivacaína está ligada mais fortemente ao sítio do receptor dentro dos                               
canais de sódio (fast in, slow out) do que a lidocaína (fast in, fast out); especialmente quando                                 
observamos o músculo cardíaco. 
 
 
Blair MR (1975) Cardiovascular pharmacology of local anaesthetics. Br J Anaesth 
47:247–252 
 
Covino B ­ Anestésicos Locais, Mecanismos de Ação e Uso Clínico. São Paulo, Colina 
Editora, 1985;19. 
 
A.1.4­ ​Quais são os efeitos Neurofisiológicos​? 
 
Os anestésicos locais bloqueiam seletivamente vias inibitórias no córtex cerebral,                   
resultando na fase excitatória da toxicidade ao SNC. Como resultado, os sintomas iniciais de                           
toxicidade incluem sinais de excitação, como tontura, vertigem, zumbido, confusão mental e                       
dormência perioral.O aumento do nível sérico do anestésico local, pode levar a convulsões                         
tônico­clônicas e os sintomas de excitação do SNC normalmente são seguidas por sinais de                           
depressão levando a bradipnéia e parada cardiorespiratória.  
A neurotoxicidade está diretamente relacionada com potência do anestésico local.Existe uma                     
relação inversa entre a toxicidade por anestésicos locais e a velocidade a que os agentes são                               
injetados: aumentar a velocidade de injeção, irá diminuir o limiar na corrente sanguínea para                           
que os sintomas apareçam. 
 
Scott DB, Lee A, Fagan D, Bowler GM, Bloomfield P, Lundh R. Acute toxicity of 
ropivacaine compared with that of bupivacaine. Anesth Analg 1989;78:1125­30 
 
 
Rutten AJ, Nancarrow C, Mather LE, Ilsley AH, Runciman WB, Upton RN. Hemodynamic 
and central nervous system effects of intravenous bolus doses of lidocaine, bupivacaine, and 
ropivacaine. Anesth Analg 1989;69:291­9. 
 
 
 
 
 
A.2­ Como prevenir a Intoxicação? 
   
O melhor método para tratar toxicidade dos anestésicos locais é a prevenção baseada                         
na estratégia anestésica segura. Esta, tem seu inicio no ambiente de trabalho otimizado para a                             
realização da anestesia regional. Devem estar prontamente disponíveis e em funcionamento,                     
os equipamentos para o manejo das vias aéreas, bem como, o material para reanimação                           
cardiopulmonar. A seleção do anestésico local, dose, concentração, volume e estado físico                       
do paciente deve ser judiciosa. Os efeitos do pré­tratamento com benzodiazepinicos é                       
frequentemente debatido, mas quase rotineiramente utilizado em nossa prática devido a                     
capacidade de diminuir a probabilidade de convulsões, entretanto, este pode, com frequência,                       
mascarar os primeiros sinais de toxicidade.O propofol pode ser usado para controlar as crises,                           
mas pode potenciaçozar a toxicidade cardiovascular. Crises refratárias podem exigir                   
bloqueio neuromuscular (por exemplo, com succinilcolina). 
Independentemente da adição de epinefrina, que é utilizada como um marcador de injeção                         
intravenosa, é de extrema importância que a administracao do anestésico local seja feita                         
lentamente, bem como aspirações frequentes (a cada 3­5 ml) entre injeções, monitorizando                       
atentamente os sinais de toxicidade. Se a injeção for rápida as convulsões podem ocorrer pelo                             
aumento rápido da concentração sérica, pois não haverá tempo para distribuição da droga. 
É prudente reduzir a dose de ​anestésico local em pacientes idosos ou debilitados. ​No entanto, não                               
há recomendações concretas sobre essa prática. 
 
Neal JM, Bernards CM, Butterworth JF, et al.. ASRA practice advisory on local anesthetic 
systemic toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2010; 35: 152–161. 
 
De Jong RH, Bonin JD. Benzodiazepines protect mice from local anesthetic convulsions and 
death. Anesth Analg. 1981;60:385–389 
 
A.2.1­ Qual o objetivo de se adicionar vasoconstrictor aos sais de anestésicos 
locais? 
 
O uso da adrenalina, tem o intuito de promover vasoconstricção tecidual local, limitando                           
a recaptação do anestésico para a grande vascularização, prolongando seu efeito e reduzindo                         
dramaticamente seu potencial de toxicidade.A adição de epinefrina pode ajudar na                     
identificação de injeção intravascular acidental, quando ocorre taquicardia durante sua                   
administração. A adição de vasoconstritores é desaconselhável em pacientes coronariopatas,                   
arritmia sintomática e lesões de extremidades (dedos dos pés, mãos e pênis) bem como em                             
áreas com fluxo sanguíneo colateral precário. A dose máxima de adrenalina não deve                         
ultrapassar 10 mcg/kg em crianças e 250 mcg em adultos. 
 
 
A.2.2­ Os anestésicos locais diferem na toxicidade? 
 
O uso de anestésicos locais aminoamidas L­enantiómeros, parecem ser menos tóxicos                     
do que as misturas racêmicas, e a utilização de ropivacaína ou levobupivacaína pode                         
transmitir uma adicional margem de segurança em comparação com a bupivacaína racêmica                       
quando grandes quantidades de anestésico local são usados. 
 
Feldman H, Toxicity of local anesthetic agents. In, Rice RA and Fish KJ, eds, ​Anesthetic 
Toxicity. ​Raven Press, New York, 1994, pp 107­33. 
 
A.2.3­Quais são as doses máximas recomendadas dos anestésicos locais? 
 
As recomendações atuais sobre as doses máximas de anestésicos locais descritas em                       
livro texto ou recomendadas pela ​indústria ​farmacêutica, não possuem evidências científicas                     
determinadas por estudos randomizados e controlados. Pelo contrário, tais recomendações                   
foram feitas em parte por extrapolações a partir de experiências com animais ou mesmo por                             
experiências clínicas utilizando diversas doses correlacionando­as com a concentração                 
plasmática. A ocorrência comum de toxicidade ao sistema nervoso central por altas doses de                           
lidocaína utilizada em anestesia infiltrativa levou à recomendação de apenas 200 mg como                         
dose máxima durante mais de 50 anos. Na maioria dos casos, não há nenhuma justificativa                             
científica para a apresentação de doses em mg / kg. A epinefrina em concentrações de 2,5 a 5                                   
microg / mL deve ser adicionada à solução anestésica local quando grandes doses são                           
administradas, desde que não exista contra­indicações para o uso desta substância. 
De forma geral, é fundamental respeitar a reserva de cada paciente, pois gravidez,idade                         
avancada , pacientes urêmicos, entre outros podem levar a um aumento na taxa de absorção                             
inicial do anestésico local em comparação com pacientes jovens saudáveis, devendo assim                       
sempre adequar a dose.  
A tabela a seguir nos informa as doses em mg/kg comumente recomendadas. 
 
 
 
  Sem adrenalina  Com adrenalina 
Lidocaína  5​mg​/​kg  7​mg​/​kg 
Bupivacaína   2​mg​/​kg  3​mg​/​kg 
Levobupivacaína  3​mg​/​kg  3​mg​/​kg 
Ropivacaína   3​mg​/​kg  ­ 
 
 
 
Rosenberg PH, Veering BT, Urmey WF. Maximum recommended doses of local anesthetics: 
a multifactorial concept. Reg Anesth Pain Med. 2004;29 
 
 
 
A.2.4­ O uso rotineiro de ultrassonografia pode reduzir a incidência de 
intoxicacao por anestésicos locais? 
 
 
Na prática atual da anestesia regional, as reduções do volume e da dose do anestésico                             
local tornaram­se estratégias importantes para prevenir a ​LAST​. Para isso, o uso do ultrassom                           
para guiar com precisão o local de injeção do anestésico local em bloqueios de nervos                             
periféricos tem se tornado cada vez mais frequente.O avanço nos equipamentos e métodos de                           
ultrassom possibilitou identificar com alta precisão estruturas vasculares e neurais, com                     
benefícios em relação às técnicas clássicas com menor incidência de falhas e diminuição da                           
dose do anestésico local 
Em 2009, Abrahams e colaboradores publicaram uma meta­análise, descrevendo que                   
o uso da ultra­sonografia em anestesia regional foi claramente associada a uma redução de                           
punções vasculares não intencionais durante realização de bloqueios periféricos,mas não                   
conseguiram provar diferença significativa de ​LAST. ​Mais recentemente, um estudo da                     
Austrália e Nova Zelândia sobre Anestesia Regional demonstrou que os bloqueios de nervos                         
periféricos guiados por ultra­som foi associado a um risco reduzido de ​LAST comparação                         
com as técnicas não utilizando a tecnologia de ultra­som. 
 
M. S. Abrahams, M. F. Aziz, R. F. Fu,  and J.­L. Horn 
Ultrasound guidance compared with electrical neurostimulation for peripheral nerve block: a 
systematic review and meta­analysis of randomized controlled trials 
Br. J. Anaesth. (2009) 102 (3): 408­417 first published online January 26, 2009 
 
 
Barrington MJ, Kluger R. Ultrasound guidance reduces the risk of local anesthetic systemic toxicity 
following peripheral nerve blockade. Reg Anesth Pain Med. 2013;38:289–297  
 
 
 
 
A­3.1 Qual o manejo da LAST ? 
 
O reconhecimento precoce da toxicidade e interrupção da administração é de importância                         
crucial. O paciente deve ser devidamente monitorado, permeabilidade das vias aéreas deve                       
ser assegurada fornecendo oxigênio suplementar. Parâmetros neurológicos e cardiovascular                 
devem ser acompanhados até que o paciente esteja completamente assintomático e estável.  
A administração de benzodiazepinicos pode atenuar sintomas neurológicos excitatórios e                     
prevenir uma potencial crise convulsiva. A recuperação da parada cardíaca induzida por                       
anestésico local pode necessitar de esforços de ressuscitação maiores do que o habitual, no                           
mínimo 60 minutos​. Até recentemente um by­pass cardiopulmonar(ECMO­membrana de                 
oxigenção extracorporea) era o único método reconhecidamente efetivo no tratamento das                     
paradas cardíacas refratárias pela intoxicação por anestésicos locais; procedimento                 
considerado heróico. 
 
A.3.2­Quais são as justificativas para usar a solução lipídica? 
 
  Felizmente, hoje a eficácia da terapia lipídica nas intoxicações por anestésicos locais                       
já está bem documentada. Seu emprego e interesse, mesmo nas intoxicações por inúmeras                         
outras drogas, têm sido demonstrados tanto em animais como em humanos. Os anestésicos                         
locais são moléculas hidrofóbicas e sua lipossolubilidade tem relação com a potência e                         
toxicidade; quanto mais lipossolúvel for o agente mais facilmente transporá a membrana                       
celular atingindo seu sítio de ação.  
A hipótese mais aceita do mecanismo de ação das emulsões lipídicas é da expansão de uma                               
fase lipídica plasmática que através de mecanismo de quelação das moléculas lipossolúveis                       
dos anestésicos locais as fixaria reduzindo a concentração da porção livre, tornando­as assim                         
indisponíveis para os tecidos e, consequentemente, diminuindo a toxicidade. Essa teoria é                       
denominada “lipid sink”! Este esquema simplista se baseia em três constatações: a rapidez da                           
recuperação funcional do tecido cardíaco após o uso de emulsões lipídicas é importante e                           
condiz com um fenômeno físico; os anestésicos locais são fixados in­vitro pelos lipídeos e                           
isso tanto mais quanto maior for sua lipossolubilidade, e por fim, em preparação de coração                             
isolado submetido a concentrações tóxicas de anestésicos locais, os lipídeos aceleram a                       
eliminação desses agentes .   
   
 
Guidelines for the Management of Severe Local Anaesthetic Toxicity​. London: AAGBI, 2007.
 
Feldman HS, Arthur GR, Pitkanen M, Hurley R, Doucette AM, Covino BG. Treatment of 
acute systemic toxicity after the rapid intravenous injection of ropivacaine and bupivacaine in 
the unconscious dog. ​Anesthesia and Analgesia ​1991; 73: 373­384.  
 
 
 
 
 
 
 
 
A.3.3­Como utilizar a solução lipídica? 
 
O guideline apresentado nas tabelas, foi idealizado pela Associação dos anestesistas da Grã 
Bretanha e Irlanda​ .​Segundo os autores​ “ esse guideline não é um padrão de cuidados 
médicos.O julgamento final no que se refere aos procedimentos ou tratamento clínico 
particular deve ser feita pelo médico à luz dos dados clínicos apresentados e as opções de 
diagnóstico e tratamento disponíveis”
 
 
Referencias: 
 
1­Weinberg GL. Current concepts in resuscitation of patients with local anesthetic cardiac 
toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2002;27:568–575. 
2­Sarah Ciechanowicz and Vinod Patil, “Lipid Emulsion for Local Anesthetic Systemic 
Toxicity,” Anesthesiology Research and Practice, vol. 2012, Article ID 131784, 11 pages, 
2012. doi:10.1155/2012/131784 
3­​Blair MR (1975) Cardiovascular pharmacology of local anaesthetics. Br J Anaesth 
47:247–252 
4­​Covino B ­ Anestésicos Locais, Mecanismos de Ação e Uso Clínico. São Paulo, Colina 
Editora, 1985;19. 
5­Scott DB, Lee A, Fagan D, Bowler GM, Bloomfield P, Lundh R. Acute toxicity of 
ropivacaine compared with that of bupivacaine. Anesth Analg 1989;78:1125­30 
6­Rutten AJ, Nancarrow C, Mather LE, Ilsley AH, Runciman WB, Upton RN. Hemodynamic 
and central nervous system effects of intravenous bolus doses of lidocaine, bupivacaine, and 
ropivacaine. Anesth Analg 1989;69:291­9. 
7­Neal JM, Bernards CM, Butterworth JF, et al.. ASRA practice advisory on local anesthetic 
systemic toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2010; 35: 152–161. 
8­De Jong RH, Bonin JD. Benzodiazepines protect mice from local anesthetic convulsions 
and death. Anesth Analg. 1981;60:385–389 
9­Feldman H, Toxicity of local anesthetic agents. In, Rice RA and Fish KJ, eds, ​Anesthetic 
Toxicity. ​Raven Press, New York, 1994, pp 107­33. 
10­Rosenberg PH, Veering BT, Urmey WF. Maximum recommended doses of local 
anesthetics: a multifactorial concept. Reg Anesth Pain Med. 2004;29 
11­M. S. Abrahams, M. F. Aziz, R. F. Fu,  and J.­L. Horn 
Ultrasound guidance compared with electrical neurostimulation for peripheral nerve block: a 
systematic review and meta­analysis of randomized controlled trials 
Br. J. Anaesth. (2009) 102 (3): 408­417 first published online January 26, 2009 
12­Barrington MJ, Kluger R. Ultrasound guidance reduces the risk of local anesthetic 
systemic toxicity following peripheral nerve blockade. Reg Anesth Pain Med. 
2013;38:289–297  
13­​Guidelines for the Management of Severe Local Anaesthetic Toxicity​. London: AAGBI, 
2007.  
14­Feldman HS, Arthur GR, Pitkanen M, Hurley R, Doucette AM, Covino BG. Treatment of 
acute systemic toxicity after the rapid intravenous injection of ropivacaine and bupivacaine in 
the unconscious dog. ​Anesthesia and Analgesia ​1991; 73: 373­384.  
 
 
 
 
 
 
 

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Bloqueio plexo braquial e intoxicação por anestésico local

  • 1. Capítulo de Anestésicos Locais  Manejo de Problemas Orientados    ​Paciente feminina, 74 anos, ASA 3 PS , 49 kg ,agendada para correção de fratura da                                    extremidade distal do rádio sob bloqueio do plexo braquial.Portadora de hipertensão                      arterial sistêmica e insuficiência renal crônica ​compensada.Foi pré­medicada com                  midazolam 7.5 mg por via oral 30 min antes da anestesia. Após monitorização e acesso                              venoso periférico, realizado bloqueio do plexo braquial via interescalênica usando                    estimulador de nervo periférico. Equivocadamente, o anestesiologista administrou 20 ml de                      lidocaína 2% com adrenalina 1:200.000 associado á 20 ml de bupivacaina 0.75 % após                            testes de aspiração negativos. Passados 15 min, a paciente queixou­se de tontura e                          sonolência, perdeu a consciência e evoluiu para uma crise convulsiva tônico­clônica                      generalizada. A frequência cardíaca aumentou para 130 bpm, mantendo a pressão arterial                        inalterada. Imediatamente foi administrado midazolam 10 mg e instituida ventilação sob                      máscara facial com oxigênio á 100%.Cerca de 5min após, a paciente desenvolveu                        extra­sístoles ventriculares, seguidas por bradicardia e assistolia. Foi iniciada                  ressuscitação cardiopulmonar . A paciente recebeu 3 mg de epinefrina em doses                        fracionadas.Após 10 min de ressuscitação cardiopulmonar, 100 ml de Intralipid 20% foi                        injetado em bolus seguido por uma infusão contínua de 10 mL.min. Após a dose total de 200                                  ml (4 ml.kg) ser administrada, a atividade elétrica sob a forma de um taquiarritmia foi                              observada.Compressões torácicas foram interrompidas. Os pulsos eram palpáveis. A                  paciente foi transferida para a UTI e extubada após 4 h, recuperando­se completamente e                            recebendo alta após 4 dias”          A.1.1.Quais são as características​ ​gerais da toxicidade sistêmica por  anestésicos locais ?      A toxicidade sistêmica por anestésicos locais (​LAST​), pode ocorrer após a                      administração de uma dose excessiva, rápida absorção, ou por injeção intravenosa acidental.                        O manejo da toxicidade por anestésico local pode ser um desafio,e em caso de toxicidade                              cardíaca, podem ser necessários esforços de ressuscitação prolongados. A toxicidade                    sistêmica geralmente se manifesta por sintomas de neurotoxicidade (gosto metálico, tontura,                      zumbido, desorientação e convulsões) ou cardiotoxicidade (hipotensão, arritmias e parada                    cardíaca).Usualmente, os anestésicos locais só induzem toxicidade cardiovascular em doses                    superiores àquelas que determinam toxicidade ao sistema nervoso central(SNC). No entanto,                      a toxicidade da bupivacaína pode não aderir a esta sequência, e a cardiotoxicidade pode                           
  • 2. preceder os sintomas neurológicos. Apesar de menos comum, a toxicidade cardiovascular é                        mais grave e de mais difícil manejo.     Weinberg GL. Current concepts in resuscitation of patients with local anesthetic cardiac  toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2002;27:568–575.            A.1.2.­Fatores que influenciam a toxicidade?    ​A concentração plasmática do anestésico local e o desenvolvimento de ​LAST ​depende                            de inúmeros fatores; dose, potência e lipossolubilidade do anestésico local, velocidade de                        injeção, vascularização da área envolvida, presença de vasoconstrictor na solução de                      anestésico local, injeção arterial ou intravenosa, PaCO2 e pH (a acidose diminui o limiar de                              convulsões), interações com outros fármacos, gravidez, fatores genéticos, idade e doença                      cardíaca.  A taxa de ​absorção sofre grande influencia do local de administração do                        anestésico­(da absorção mais rápida para a mais lenta)­ intravenosa> traqueal> intercostal>                      caudal> epidural> plexo braquial> ciático ou femoral> subaracnóide.Embora a taxa de                      absorção e por conseguinte o risco de ​LAST seja maior em anestesia epidural, a maioria dos                                casos descritos na literatura de cárdio e neurotoxicidade correspondem aos bloqueios                      periféricos, pois não raramente as doses tóxicas são negligenciadas, tal como em nosso caso                            clínico.       Sarah Ciechanowicz and Vinod Patil, “Lipid Emulsion for Local Anesthetic Systemic  Toxicity,” Anesthesiology Research and Practice, vol. 2012, Article ID 131784, 11 pages,  2012. doi:10.1155/2012/131784    A.1.3­ ​Quais são os efeitos Cardiovasculares?      Os anestésicos locais em baixas concentrações e pequenas doses pouco interfere nas                        propriedades elétricas e inotrópicas cardíacas. Porém, em concentrações mais elevadas,                    assumem importância, deprimindo a condução do estímulo (retardando a despolarização,                    reduzindo a velocidade de condução e elevando o limiar de excitabilidade) e reduzindo a ação                              de bomba do coração (inotropismo). A atuação sobre a excitabilidade é, às vezes, até                            desejada (ação antiarrítmica), entretanto, a inibição do inotropismo é danosa e, por vezes,                          fatal.   ​Os anestésicos locais mais potentes, possuem maior efeito na eletrofisiologia cardíaca.                        Prévios estudos examinaram lidocaína, bupivacaína e ropivacaína em ratos, e tem                     
  • 3. demonstrado efeitos depressores equivalentes na contratilidade miocárdica, no entanto os                    efeitos sobre a eletrofisiologia (prolongamento do QRS) com a bupivacaína e ropivacaína são                          mais pronunciados, quando comparado a lidocaína. Embora todos os anestésicos locais                      bloqueiem o sistema de condução cardíaco através do bloqueio dose dependente dos canais                          de sódio, algumas particularidades do canal de sódio e da bupivacaína podem aumentar a sua                              cardiotoxicidade: a bupivacaína apresenta uma afinidade de ligação mais forte em canais de                          sódio abertos e inativados, efeitos depressores maiores em concentrações mais baixas e mais                          arritmogênica quando comparado ​a lidocaína.Além disso, a bupivacaína bloqueia o nó                      sinoatrial (SA); prolonga o intervalo PR e induz mais fenômenos de reentrada. Isto é devido                              ao fato de que a bupivacaína está ligada mais fortemente ao sítio do receptor dentro dos                                canais de sódio (fast in, slow out) do que a lidocaína (fast in, fast out); especialmente quando                                  observamos o músculo cardíaco.      Blair MR (1975) Cardiovascular pharmacology of local anaesthetics. Br J Anaesth  47:247–252    Covino B ­ Anestésicos Locais, Mecanismos de Ação e Uso Clínico. São Paulo, Colina  Editora, 1985;19.    A.1.4­ ​Quais são os efeitos Neurofisiológicos​?    Os anestésicos locais bloqueiam seletivamente vias inibitórias no córtex cerebral,                    resultando na fase excitatória da toxicidade ao SNC. Como resultado, os sintomas iniciais de                            toxicidade incluem sinais de excitação, como tontura, vertigem, zumbido, confusão mental e                        dormência perioral.O aumento do nível sérico do anestésico local, pode levar a convulsões                          tônico­clônicas e os sintomas de excitação do SNC normalmente são seguidas por sinais de                            depressão levando a bradipnéia e parada cardiorespiratória.   A neurotoxicidade está diretamente relacionada com potência do anestésico local.Existe uma                      relação inversa entre a toxicidade por anestésicos locais e a velocidade a que os agentes são                                injetados: aumentar a velocidade de injeção, irá diminuir o limiar na corrente sanguínea para                            que os sintomas apareçam.    Scott DB, Lee A, Fagan D, Bowler GM, Bloomfield P, Lundh R. Acute toxicity of  ropivacaine compared with that of bupivacaine. Anesth Analg 1989;78:1125­30      Rutten AJ, Nancarrow C, Mather LE, Ilsley AH, Runciman WB, Upton RN. Hemodynamic  and central nervous system effects of intravenous bolus doses of lidocaine, bupivacaine, and  ropivacaine. Anesth Analg 1989;69:291­9.     
  • 4.       A.2­ Como prevenir a Intoxicação?      O melhor método para tratar toxicidade dos anestésicos locais é a prevenção baseada                          na estratégia anestésica segura. Esta, tem seu inicio no ambiente de trabalho otimizado para a                              realização da anestesia regional. Devem estar prontamente disponíveis e em funcionamento,                      os equipamentos para o manejo das vias aéreas, bem como, o material para reanimação                            cardiopulmonar. A seleção do anestésico local, dose, concentração, volume e estado físico                        do paciente deve ser judiciosa. Os efeitos do pré­tratamento com benzodiazepinicos é                        frequentemente debatido, mas quase rotineiramente utilizado em nossa prática devido a                      capacidade de diminuir a probabilidade de convulsões, entretanto, este pode, com frequência,                        mascarar os primeiros sinais de toxicidade.O propofol pode ser usado para controlar as crises,                            mas pode potenciaçozar a toxicidade cardiovascular. Crises refratárias podem exigir                    bloqueio neuromuscular (por exemplo, com succinilcolina).  Independentemente da adição de epinefrina, que é utilizada como um marcador de injeção                          intravenosa, é de extrema importância que a administracao do anestésico local seja feita                          lentamente, bem como aspirações frequentes (a cada 3­5 ml) entre injeções, monitorizando                        atentamente os sinais de toxicidade. Se a injeção for rápida as convulsões podem ocorrer pelo                              aumento rápido da concentração sérica, pois não haverá tempo para distribuição da droga.  É prudente reduzir a dose de ​anestésico local em pacientes idosos ou debilitados. ​No entanto, não                                há recomendações concretas sobre essa prática.    Neal JM, Bernards CM, Butterworth JF, et al.. ASRA practice advisory on local anesthetic  systemic toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2010; 35: 152–161.    De Jong RH, Bonin JD. Benzodiazepines protect mice from local anesthetic convulsions and  death. Anesth Analg. 1981;60:385–389    A.2.1­ Qual o objetivo de se adicionar vasoconstrictor aos sais de anestésicos  locais?    O uso da adrenalina, tem o intuito de promover vasoconstricção tecidual local, limitando                            a recaptação do anestésico para a grande vascularização, prolongando seu efeito e reduzindo                          dramaticamente seu potencial de toxicidade.A adição de epinefrina pode ajudar na                      identificação de injeção intravascular acidental, quando ocorre taquicardia durante sua                    administração. A adição de vasoconstritores é desaconselhável em pacientes coronariopatas,                    arritmia sintomática e lesões de extremidades (dedos dos pés, mãos e pênis) bem como em                              áreas com fluxo sanguíneo colateral precário. A dose máxima de adrenalina não deve                          ultrapassar 10 mcg/kg em crianças e 250 mcg em adultos. 
  • 5.     A.2.2­ Os anestésicos locais diferem na toxicidade?    O uso de anestésicos locais aminoamidas L­enantiómeros, parecem ser menos tóxicos                      do que as misturas racêmicas, e a utilização de ropivacaína ou levobupivacaína pode                          transmitir uma adicional margem de segurança em comparação com a bupivacaína racêmica                        quando grandes quantidades de anestésico local são usados.    Feldman H, Toxicity of local anesthetic agents. In, Rice RA and Fish KJ, eds, ​Anesthetic  Toxicity. ​Raven Press, New York, 1994, pp 107­33.    A.2.3­Quais são as doses máximas recomendadas dos anestésicos locais?    As recomendações atuais sobre as doses máximas de anestésicos locais descritas em                        livro texto ou recomendadas pela ​indústria ​farmacêutica, não possuem evidências científicas                      determinadas por estudos randomizados e controlados. Pelo contrário, tais recomendações                    foram feitas em parte por extrapolações a partir de experiências com animais ou mesmo por                              experiências clínicas utilizando diversas doses correlacionando­as com a concentração                  plasmática. A ocorrência comum de toxicidade ao sistema nervoso central por altas doses de                            lidocaína utilizada em anestesia infiltrativa levou à recomendação de apenas 200 mg como                          dose máxima durante mais de 50 anos. Na maioria dos casos, não há nenhuma justificativa                              científica para a apresentação de doses em mg / kg. A epinefrina em concentrações de 2,5 a 5                                    microg / mL deve ser adicionada à solução anestésica local quando grandes doses são                            administradas, desde que não exista contra­indicações para o uso desta substância.  De forma geral, é fundamental respeitar a reserva de cada paciente, pois gravidez,idade                          avancada , pacientes urêmicos, entre outros podem levar a um aumento na taxa de absorção                              inicial do anestésico local em comparação com pacientes jovens saudáveis, devendo assim                        sempre adequar a dose.   A tabela a seguir nos informa as doses em mg/kg comumente recomendadas.          Sem adrenalina  Com adrenalina  Lidocaína  5​mg​/​kg  7​mg​/​kg  Bupivacaína   2​mg​/​kg  3​mg​/​kg  Levobupivacaína  3​mg​/​kg  3​mg​/​kg  Ropivacaína   3​mg​/​kg  ­   
  • 6.     Rosenberg PH, Veering BT, Urmey WF. Maximum recommended doses of local anesthetics:  a multifactorial concept. Reg Anesth Pain Med. 2004;29        A.2.4­ O uso rotineiro de ultrassonografia pode reduzir a incidência de  intoxicacao por anestésicos locais?      Na prática atual da anestesia regional, as reduções do volume e da dose do anestésico                              local tornaram­se estratégias importantes para prevenir a ​LAST​. Para isso, o uso do ultrassom                            para guiar com precisão o local de injeção do anestésico local em bloqueios de nervos                              periféricos tem se tornado cada vez mais frequente.O avanço nos equipamentos e métodos de                            ultrassom possibilitou identificar com alta precisão estruturas vasculares e neurais, com                      benefícios em relação às técnicas clássicas com menor incidência de falhas e diminuição da                            dose do anestésico local  Em 2009, Abrahams e colaboradores publicaram uma meta­análise, descrevendo que                    o uso da ultra­sonografia em anestesia regional foi claramente associada a uma redução de                            punções vasculares não intencionais durante realização de bloqueios periféricos,mas não                    conseguiram provar diferença significativa de ​LAST. ​Mais recentemente, um estudo da                      Austrália e Nova Zelândia sobre Anestesia Regional demonstrou que os bloqueios de nervos                          periféricos guiados por ultra­som foi associado a um risco reduzido de ​LAST comparação                          com as técnicas não utilizando a tecnologia de ultra­som.    M. S. Abrahams, M. F. Aziz, R. F. Fu,  and J.­L. Horn  Ultrasound guidance compared with electrical neurostimulation for peripheral nerve block: a  systematic review and meta­analysis of randomized controlled trials  Br. J. Anaesth. (2009) 102 (3): 408­417 first published online January 26, 2009      Barrington MJ, Kluger R. Ultrasound guidance reduces the risk of local anesthetic systemic toxicity  following peripheral nerve blockade. Reg Anesth Pain Med. 2013;38:289–297           A­3.1 Qual o manejo da LAST ?    O reconhecimento precoce da toxicidade e interrupção da administração é de importância                          crucial. O paciente deve ser devidamente monitorado, permeabilidade das vias aéreas deve                       
  • 7. ser assegurada fornecendo oxigênio suplementar. Parâmetros neurológicos e cardiovascular                  devem ser acompanhados até que o paciente esteja completamente assintomático e estável.   A administração de benzodiazepinicos pode atenuar sintomas neurológicos excitatórios e                      prevenir uma potencial crise convulsiva. A recuperação da parada cardíaca induzida por                        anestésico local pode necessitar de esforços de ressuscitação maiores do que o habitual, no                            mínimo 60 minutos​. Até recentemente um by­pass cardiopulmonar(ECMO­membrana de                  oxigenção extracorporea) era o único método reconhecidamente efetivo no tratamento das                      paradas cardíacas refratárias pela intoxicação por anestésicos locais; procedimento                  considerado heróico.    A.3.2­Quais são as justificativas para usar a solução lipídica?      Felizmente, hoje a eficácia da terapia lipídica nas intoxicações por anestésicos locais                        já está bem documentada. Seu emprego e interesse, mesmo nas intoxicações por inúmeras                          outras drogas, têm sido demonstrados tanto em animais como em humanos. Os anestésicos                          locais são moléculas hidrofóbicas e sua lipossolubilidade tem relação com a potência e                          toxicidade; quanto mais lipossolúvel for o agente mais facilmente transporá a membrana                        celular atingindo seu sítio de ação.   A hipótese mais aceita do mecanismo de ação das emulsões lipídicas é da expansão de uma                                fase lipídica plasmática que através de mecanismo de quelação das moléculas lipossolúveis                        dos anestésicos locais as fixaria reduzindo a concentração da porção livre, tornando­as assim                          indisponíveis para os tecidos e, consequentemente, diminuindo a toxicidade. Essa teoria é                        denominada “lipid sink”! Este esquema simplista se baseia em três constatações: a rapidez da                            recuperação funcional do tecido cardíaco após o uso de emulsões lipídicas é importante e                            condiz com um fenômeno físico; os anestésicos locais são fixados in­vitro pelos lipídeos e                            isso tanto mais quanto maior for sua lipossolubilidade, e por fim, em preparação de coração                              isolado submetido a concentrações tóxicas de anestésicos locais, os lipídeos aceleram a                        eliminação desses agentes .          Guidelines for the Management of Severe Local Anaesthetic Toxicity​. London: AAGBI, 2007.   Feldman HS, Arthur GR, Pitkanen M, Hurley R, Doucette AM, Covino BG. Treatment of  acute systemic toxicity after the rapid intravenous injection of ropivacaine and bupivacaine in  the unconscious dog. ​Anesthesia and Analgesia ​1991; 73: 373­384.              
  • 9.   Referencias:    1­Weinberg GL. Current concepts in resuscitation of patients with local anesthetic cardiac  toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2002;27:568–575.  2­Sarah Ciechanowicz and Vinod Patil, “Lipid Emulsion for Local Anesthetic Systemic  Toxicity,” Anesthesiology Research and Practice, vol. 2012, Article ID 131784, 11 pages,  2012. doi:10.1155/2012/131784  3­​Blair MR (1975) Cardiovascular pharmacology of local anaesthetics. Br J Anaesth  47:247–252  4­​Covino B ­ Anestésicos Locais, Mecanismos de Ação e Uso Clínico. São Paulo, Colina  Editora, 1985;19.  5­Scott DB, Lee A, Fagan D, Bowler GM, Bloomfield P, Lundh R. Acute toxicity of  ropivacaine compared with that of bupivacaine. Anesth Analg 1989;78:1125­30  6­Rutten AJ, Nancarrow C, Mather LE, Ilsley AH, Runciman WB, Upton RN. Hemodynamic  and central nervous system effects of intravenous bolus doses of lidocaine, bupivacaine, and  ropivacaine. Anesth Analg 1989;69:291­9.  7­Neal JM, Bernards CM, Butterworth JF, et al.. ASRA practice advisory on local anesthetic  systemic toxicity. Reg Anesth Pain Med. 2010; 35: 152–161.  8­De Jong RH, Bonin JD. Benzodiazepines protect mice from local anesthetic convulsions  and death. Anesth Analg. 1981;60:385–389 
  • 10. 9­Feldman H, Toxicity of local anesthetic agents. In, Rice RA and Fish KJ, eds, ​Anesthetic  Toxicity. ​Raven Press, New York, 1994, pp 107­33.  10­Rosenberg PH, Veering BT, Urmey WF. Maximum recommended doses of local  anesthetics: a multifactorial concept. Reg Anesth Pain Med. 2004;29  11­M. S. Abrahams, M. F. Aziz, R. F. Fu,  and J.­L. Horn  Ultrasound guidance compared with electrical neurostimulation for peripheral nerve block: a  systematic review and meta­analysis of randomized controlled trials  Br. J. Anaesth. (2009) 102 (3): 408­417 first published online January 26, 2009  12­Barrington MJ, Kluger R. Ultrasound guidance reduces the risk of local anesthetic  systemic toxicity following peripheral nerve blockade. Reg Anesth Pain Med.  2013;38:289–297   13­​Guidelines for the Management of Severe Local Anaesthetic Toxicity​. London: AAGBI,  2007.   14­Feldman HS, Arthur GR, Pitkanen M, Hurley R, Doucette AM, Covino BG. Treatment of  acute systemic toxicity after the rapid intravenous injection of ropivacaine and bupivacaine in  the unconscious dog. ​Anesthesia and Analgesia ​1991; 73: 373­384.