1. Arritmias
Versão original: Versão Portuguesa:
Darlene Johnson, M.D. João Bismarck Pereira,
Farah Khan, MD M.D.
Mary W. Lieh-Lai, MD Unidade de Cuidados
Children’s Hospital of Intensivos Pediátricos
Michigan H. S. Maria – Lisboa
Portugal
3. Potencial de Acção de Resposta Rápida
Células não marca-passo
Fibras de Purkinje
Miocítos auriculares
Miocítos ventriculares
Cl- K+
Na+Ca+ Fluxo Bomba Na+-K+
Despolarização Rápida Repolarização Rápida
Rapid
4. Potencial de Acção de Resposta Lenta
Células Marca-passo
Potencial de acção de Potencial de acção
resposta rápida de resposta lenta
Potencial de membrana de fase
4 aumenta lentamente
Disparo espontâneo ao atingir
limiar de despolarização
Maior automatismo
K+
Ca++ K+
Na +
Potencial de membrana em repouso
menos negativo (-50 a -65 mv)
Subida de fase 0 mais lenta (entrada
de Na+-Ca++ mais lenta)
5. Avaliação da Criança Com Arritmia
Exame Físico
• ABC
• Estabilidade hemodinâmica
História
• Frequência e duração do episódio
• Início e precipitantes
• Factores de alívio e agravamento
• Sintomas
• Qualquer doença subjacente
• Medicação
6. Frequência Cardíaca Normal em Crianças
Idade Frequência Cardíaca (cpm)
0-1 d 94-155
1-3 d 92-158
3-7d 90-166
7-30 d 107-182
1-3 m 120-179
3-6 m 106-186
6-12 m 108-168
1-3 a 90-152
3-5 a 73-137
5-8 a 64-133
8-12 a 63-130
12-16 a 61-120
7. Avaliação da Criança Com Arritmia
Exames Complementares
• ECG de 12 derivações
• Holter
• Gravador externo de eventos
• Prova de Esforço
8. Doente com arritmia
Assegurar ABC
Ausente
Asistolia Verificar ritmo
FIB Ventricular
Ausente Taquicárdia Vent sem pulso
Verificar pulso
Actividade Eléctrica sem
Presente pulso
Rápida Irregular Lento
QRS Largo QRS estreito
Arritmia Sinusal Bradicardia Sinusal
FIB Auricular Bloqueio AV
Taquicárdia Taquicárdia Sinusal
ventricular Extrassistolia “Sick Sinus”
TSV auricular +/-
TSV Aberrante bloqueio
Flutter Auricular
FIB Ventricular Extrassistolia
ventricular
12. Bloqueio AV
Bloqueio AV de Primeiro Grau
Atraso na condução através do nódulo AV
Prolongamento do intervalo PR
13. Bloqueio AV
Bloqueio AV de Primeiro Grau
• Habitualmente asintomático
• Febre reumática aguda, doença de Lyme,
cardiopatia congénita (CIA, anomalia de
Ebstein), cardiomiopatia, após cirurgia
cardíaca, crianças normais
• Drogas: toxicidade digitálicos
• Terapêutica: tratar causa subjacente
• Achado isolado - benigno, sem
necessidade de terapêutica ou seguimento
14. Bloqueio AV de Segundo Grau:
Mobitz Tipo I - Wenckebach
P
Aumento progressivo do intervalo PR até que um
QRS não é conduzido ( não há contracção ventricular)
15. Bloqueio AV de Segundo Grau:
Mobitz Tipo I - Wenckebach
• Não progride habitualmente para
bloqueio AV completo
• Miocardite, cardiomiopatia, cardiopatia
congénita, cirurgia cardíaca, enfarte
miocárdio, crianças normais em altura de
actividade parassimpática aumentada
• Drogas: toxicidade digitálica, toxicidade
de beta-bloqueantes
• Tratamento: tratar causa subjacente
16. Bloqueio AV de Segundo Grau:
Mobitz Tipo II
PR constante antes de QRS não conduzido
17. Bloqueio AV de Segundo Grau:
Mobitz Tipo II
• Bloqueio a jusante do nódulo AV no feixe
de His
• Não existe em crianças normais,
habitualmente com doença estrutural ou
pós-operatório
• Pode progredir para BAV completo
• Pode necessitar de pacemaker
18. Bloqueio AV de Terceiro Grau
Completo
Dissociação completa da condução auricular e ventricular
Onda P e intervalo PR normais
Pacemaker juncional – QRS estreito
Pacemaker ventricular – QRS alargado
Frequência 30 – 50 cpm
19. Bloqueio AV de Terceiro Grau
Completo
• Congénito: lúpus materno ou doença
tecido conjuntivo, cardiopatia congénita
(L-TGA ou anomalia do septo AV)
• Adquirido: pós-op, febre reumática
aguda, cardite de Lyme, miocardite,
cardiomiopatia, enfarte miocárdico
• Pode necessitar de “pacemaker” se
sintomático, ou especialmente se de tipo
adquirido
20. Arritmia Sinusal
Variação normal da FC com ciclo respiratório
Intervalos P-P variáveis
Sem necessidade de terapêutica
21. Extra Sístolia Auricular
Foco ectopico na auricula ou nódulo AV Toxicidade Digitálica
QRS estreito Drogas
Onda P normal
22. Extra Sístolia Ventricular
Impulso ectópico activa o ventrículo Miocardite, lesão Toxicidade
antes da onda de despolarização do miocárdica, digitálica,
nódulo sinusal normal cardiomiopatia, sind catecolaminas,
QRS anormalmente largo aparece QT longo, cardiopatia teofilina, cafeina,
prematuramente congénita ou adquirida, anestésicos, anti-
hypocaliémia, hipóxia arrítmicos de
Bigeminismo, trigeminismo, salvas prolapso válvula mitral, classe I e III
hipomagnesémia
23. Fibrilhação Auricular
Frequência auricular de Cardiopatia congénita
350 a 600 cpm Associada a síndrome
Resposta ventricular WPW
irregularmente irregular
Aumento súbito do
de: 110 – 150 cpm
tónus vagal
QRS Normal
Sem ondas P discretas Hipertiroidismo
32. Taquicardia Supraventricular
WPW Via acessória estabelece
padrão cíclico de reentrada
de impulso
Impulso chega rapidamente
ao ventrículo sem atraso no
nódulo AV
Independente do nódulo AV
Causa mais comum de
taquicárdia não sinusal em
crianças
34. Flutter Auricular
Aurículas dilatadas,
Frequência auricular de 250-350 cpm cirurgia intra -auricular
Serra dentada (sem ondas P discretas) Toxicidade digitálica
Complexo QRS normal Após procedimento
de Fontan
35. Flutter Auricular
Terapêutica Digoxina: mecanismo de
acção
• Digoxina
1. Inibe bomba de Na+-K+
• +/- Beta-bloqueante ATPase aumento de
• Cardioversão Na+ aumento de Ca++
sincronizada 0,5-2 aumento da
contractilidade
J/kg
2. Diminui a condução do
• “Pacing overdrive” nódulo AV
• Consultar
cardiologista
36. Taquicardia Ventricular
120-150 cpm
QRS alargado 85% têm anatomia cardíaca anormal
3 ou mais impulsos Desequilíbrios metabólicos
ventriculares consecutivos
Drogas/toxinas: antidepressivos
tricíclicos
37.
38.
39. Torsades de pointes
Síndrome do QT longo: perturbação
Taquicárdia ventricular multiforme com alterações da estrutura proteica ou função dos
progressivas na amplitude dos complexos QRS canais cardíacos de K or Na
separados por QRS de transição estreitos Classe Ia and Ic, anti-depressivos
Polaridade do QRS gira repetitivamente em volta tricíclicos, fenotiazinas, intoxicação
de uma linha de base isoeléctrica com organofosforados
Corrigir desequilíbrios electrolíticos,
Pode progredir para fibrilhação ventricular em especial Mg
40. Torsades de pointes
Terapêutica Anti arrítmicos de Class Ib
• Cardioversão • Maior efeito com
• MgSO4 – inibe frequências cardíacas
directamente a altas
“EAD” (despolarização • Diminuem a duração via
precoce) (25mg/kg, acessória
max 2 g) • Reduzem a
• Pacing cardíaco refractoriedade
• Fenitoína, lidocaína
41. Fibrilhação Ventricular
Arritmia ventricular rápida
Rara nas crianças
e irregular
Enfarte miocárdico, pos-operatório,
QRS de baixa amplitude
miocardite, hipoxia grave
Forma primaria ou por
Toxicidade digitálica e de quinidina,
degeneração de taquicárdia
catecolaminas
supra-ventricular instável
42.
43. Revisão: Classificação antiarrítmica de Vaughan Williams
Agentes Classe I Agentes Classe III
• Procainamida • Amiodarona
• Lidocaina • Sotalol
• Flecainida
Agente Classe V
Digoxina
44. Classe II
Bloqueia receptores beta-adrenergicos
Diminui gradiente da fase 4
Diminui automatismo
Propranolol
Classe IV
Bloqueia canais Ca que
K+
estão a despolarizar nos
nódulos SA e AV K+
Ca++
Diminui a condução Na +
Diltiazem, verapamil
Digoxina
Diminui a condução AV