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O trabalho psicopedagógico à luz da
psicomotricidade
                                             Flávia Teresa de Lima
                                                     fevereiro/2007


RESUMO

Este artigo apresenta o resultado do início de uma reflexão sobre o
papel do psicopedagogo atuando em uma equipe interdisciplinar, na
área de saúde mental, que atende crianças com transtornos de
aprendizagem. Pode-se, através do mesmo, compreender a
interdisciplinaridade possível, enquanto forma de trabalho, desde
que os conhecimentos conscientes e os saberes inconscientes dos
profissionais que atuam na equipe possam circular de forma a
possibilitar espaços de autoria de pensamento de quem ensina e de
quem aprende.
 Não raro, são encaminhadas para atendimento psicopedagógico,
crianças que trazem como queixa serem portadoras de algum
distúrbio de aprendizagem, pois “não aprendem”. Após uma
avaliação, constata-se que essas crianças apresentam problemáticas
na estruturação e reconhecimento de seu corpo, no uso desse corpo
enquanto instrumento de interação com o outro, nos movimentos,
nos gestos, nas praxias. Através do conhecimento dos pressupostos
da psicomotricidade e do intercâmbio com profissionais desta área,
o psicopedagogo pode, com maior habilidade, fazer um diagnóstico
diferencial mais preciso e, com os recursos oferecidos por esta
disciplina, elaborar planos de atuação adequados a esta demanda
específica e freqüente.
Conclui-se que a articulação entre os diversos conhecimentos das
disciplinas e os saberes subjetivos dos profissionais é uma
necessidade para que se tenha uma visão ampla e clara do quadro
apresentado pelo paciente.

Palavras-chave: Psicopedagogia, Psicomotricidade,
interdisciplinaridade.

  “A aprendizagem dramatiza-se no corpo a partir da experiência de
     prazer pela autoria. Sendo a autoria objeto de toda intervenção
     psicopedagógica e sendo a psicomotricidade a que se ocupa do
 saber sobre o corpo e seus modos de valer-se, vamos vendo outros
                                 laços fraternais” (Alicia Fernández).

A citação de Fernández (2001, p.145) remete-nos a pensar a
psicomotricidade enquanto possível ferramenta para uma prática
psicopedagógica mais completa e interdisciplinar.
Equilíbrio, tonicidade, orientação espacial e temporal, esquema
corporal, imagem corporal, lateralidade e coordenação motora são
estruturas psicomotoras necessárias para que nosso organismo
explore o ambiente, perceba-se nesse mesmo ambiente, perceba o
outro e, com isso, se desenvolva.
Assim, é comum na prática psicopedagógica a necessidade de
trabalharmos esses aspectos, que podem se encontrar deficitários
em sua estruturação, nas crianças que nos são encaminhadas
porque “não aprendem”, “não param”, “são descoordenadas”, são
“hiperativas”, “as que não aprendem nada”, “as desinteressadas” ou
as que “vivem no mundo da lua”. Esta é a “queixa-sintoma” com a
qual nos deparamos no nosso dia-a-dia enquanto profissionais da
área da saúde.
O conceito de sintoma merece nossa especial atenção e é em
Andrade (2002, p.54) que nos baseamos:
Vamos considerar sintoma [...] como sendo o sinal de um conflito
inconsciente, um descompasso entre a demanda subjetiva e a
produção objetiva. Nesse sentido, muito próximo da perspectiva
médica, o sintoma não é a doença em si, mas mostra um
desequilíbrio entre organismo e subjetividade.
Assim, estas crianças podem trazer, concomitantemente, com o
sintoma que nos é mostrado, que nos é dado a ver (Levin, 2003),
um déficit lúdico e criativo significativo. Apresentam-se alienadas
em um objetivismo resultante da dicotimização entre a objetividade
e a subjetividade (Freire, 1983) que lhes acarreta problemas
significativos em todo o seu desenvolvimento neuro-psico-motor e
emocional.
Não se pode pensar em objetividade sem subjetividade. Não há uma
sem a outra, que não podem ser dicotomizadas.
A objetividade dicotomizada da subjetividade, a negação desta na
análise da realidade ou na ação sobre ela é objetivismo. Da
mesma forma, a negação da objetividade, na análise como na ação,
conduzindo ao subjetivismo que se alonga em posições solipsistas,
nega a ação mesma, por negar a realidade objetiva, desde que esta
passa a ser criação da consciência. Nem objetivismo, nem
subjetivismo ou psicologismo, mas subjetividade e objetividade em
permanente dialética. (Freire, 1983, p.37)

Enquanto humanos, não podemos permanecer na subjetividade.
Existe a necessidade de se objetivar através da práxis, da realização
de um produto, no qual nos reconheçamos autores, assinantes de
nossas obras, construtores de nossas vidas.
Estas crianças, como muitas vezes podemos observar, não têm
conhecimento de seu corpo, do uso que podem e devem fazer do
mesmo enquanto instrumento de aprendizagem, de autoria de ser.
Trazem um transtorno psicomotor (Levin, 2003) como sintoma
associado à não aprendizagem.
Levin (2003, p.48) aponta que não somos nosso corpo. Nós
o temos e, portanto, podemos utilizá-lo, se nos apropriarmos dele:

Nós, os seres humanos, ao sermos capturados pela linguagem,
diferenciamo-nos do reino animal, deixamos de ser puro corpo e,
pelo ingresso no universo simbólico, podemos tê-lo e, portanto,
sermos sujeitos com um corpo. Se o corpo é algo que o sujeito terá
que conquistar e ter, é porque o sujeito não é o mesmo que seu
corpo, e por isso pode brincar de tê-lo.

Podemos, através deste raciocínio, pensar nosso corpo como uma
ferramenta a ser utilizada para conhecer o outro e desse mesmo
outro recebermos conhecimento. Não falo em organismo, mas,
juntamente como Levin (2003), em um corpo recortado pelo desejo.
Falamos de um sujeito que não é um corpo, mas o tem e pode
utilizá-lo como instrumento de conhecimento, de saber, de
articulação de pensamento. O corpo, organismo recortado pelo
desejo, é o mediador do espaço entre subjetividade (desejo) e
objetividade (concretização), no qual se forma a autoria de
pensamento.
Citamos dois verbos importantíssimos dentro de um processo
terapêutico: desejar e fazer. Existe, porém, um entre que une estas
duas palavras que é o pensar. Em Fernández (2001a, p.91)
encontramos que “o pensamento não pode ser autônomo, definir
suas próprias normas desvinculadas do desejo e da dramática
inconsciente, já que o pensar ancora-se no desejar”. Acrescentaria a
esta idéia de Fernández que o fazer concretiza o pensar.
Objetivar a subjetividade implica o pensar e o como este se
processa, se estrutura. Se simplesmente pensamos, estamos
considerando a possibilidade de organizar e re-organizar idéias já
construídas, transformando-as, modificando-as segundo nossas
percepções e necessidades. Tendo a vontade e podendo concretizar
nosso pensar através de nossa ação, estaremos modificando o que
nos cerca, pois o produto de nossa ação é uma ligação com o
mundo externo, com o qual nos vinculamos e pelo qual somos
reconhecidos.
Não há espaço dentro da Psicopedagogia para um homem alienado,
verdadeiramente dividido em ação ou desejo, sem umentre que
permeie estas duas palavras.
Neste entre o desejar e o fazer, deparamo-nos com um conceito
importante para a Psicopedagogia: a autoria do pensamento. O
pensamento objetiva-se com subjetividade se houver autoria por
parte de quem realiza a ação.

A Psicopedagogia vai trabalhar a gestação de espaços subjetivos e
objetivos que possibilitem a autoria de pensamento. A autoria do
pensamento pressupõe espaços de liberdade que se constituem a
partir da aceitação das diferenças e do prazer de pensar. Esse
espaço se constitui na medida que o sujeito possa conceber-se
diferente do Outro e sinta-se autorizado por esse Outro a
diferenciar-se. (Andrade, 2002, p.19).

A Psicomotricidade nos enriquece com a idéia do fazer e do
conhecer com o corpo. Mostrar ou não mostrar a ação. E a
Psicopedagogia nos direciona para o mostrar ou não mostrar o
conhecimento.
Entendemos aqui, a psicomotricidade enquanto disciplina calcada na
prática da clínica psicomotora (Levin, 2003).
Podemos destacar algumas terapias (psico)motoras, que buscam
uma melhora da criança na escola e mesmo em casa, através de
‘receitas’ que buscam moldar seu comportamento através de
exercícios, muitas vezes condicionadores. Traça-se um perfil
psicomotor e se espera que a criança esteja dentro de uma média,
do ‘normal’. Se isso não acontece, inicia-se uma maratona de
terapias ‘psi’, bem como há uma orientação à escola para que haja
uma adequação dessa criança no meio escolar.
Falamos de um sujeito do desejo e, portanto, não consideramos
apenas um organismo com necessidades, mas também um corpo
que fala, que deseja, sujeitado à palavra. Não se trata, portanto, da
aplicação de exercícios que façam com que suas habilidades se
desenvolvam, mas de marcas deixadas que estruturam esse sujeito,
dando-lhe uma base de sustentação para sua vida.
A Psicopedagogia utiliza-se dos conhecimentos da área da
psicomotricidade não para o treino de um organismo, mas sim,
como possibilidade de se ter um corpo enquanto instrumento de
conhecimento, de articulação do pensamento. Temos nosso corpo
para conhecer o Outro e para receber o conhecimento desse Outro.
Esta é a base para o estabelecimento de uma relação ensinante-
aprendente saudável.
Assim, o trabalho psicopedagógico à luz da Psicomotricidade poderá
basear-se em:

   •   oferecer condições motoras e percepto-cognitivas que
       possibilitem as condições de realização de uma atividade;
   •   realização de uma atividade, entendida como a possibilidade
       de espaços de autoria do pensamento e ressignificação de
       sintoma.

Fernández (2001a) coloca que ambas as disciplinas, Psicopedagogia
e Psicomotricidade, ficam nas margens, nos espaços em que não
podem interseccionar-se as disciplinas (FERNÁNDEZa, 2001, p.145).
Margens entre o saber e o conhecer, entre a objetividade e a
subjetividade, entre o poder e o não poder. São disciplinas que não
acumulam conhecimento e, portanto, vão constantemente se
constituindo, se construindo e se subjetivando na objetividade de
suas práticas.
É importante ao profissional psicopedagogo perceber os limites de
nossa disciplina. Atitude esta espera de profissionais de todas as
áreas do conhecimento.
Nem todo psicopedagogo é um psicomotricista e, assim, em alguns
casos de atendimento é necessário o encaminhamento para o
profissional específico da área da Psicomotricidade. Compreender
esse limite parece-me fundamental para o trabalho interdisciplinar.
Apontamos assim, a importância de um diagnóstico interdisciplinar,
nestes casos de Problemas de Aprendizagem, possibilitando que
intervenções adequadas sejam efetuadas, com abrangência das
múltiplas possibilidades de intervenções de acordo com o quadro em
questão.
Fica evidente a necessidade do psicopedagogo integrar-se com as
demais áreas de conhecimento, como a psicologia, a
psicomotricidade, a fonoaudiologia, a pedagogia, a terapia
ocupacional, a psicanálise, a neurologia e a psiquiatria, além de
outras, para que se tenha uma visão ampla e clara do quadro
apresentado pelo paciente.
A Psicopedagogia oferece à equipe interdisciplinar, instrumentos
para a compreensão do quadro apresentado por uma criança
privada de sua capacidade de aprender. Conseqüentemente, torna
possível uma atuação terapêutica, provinda de várias disciplinas,
que nos reporta à possibilidade do sujeito ser autor de seu
pensamento, de sua ação, de seu desejo.

Bibliografia

   •   ANDRADE, M. S. (org). A escrita inconsciente e a leitura
       invisível: uma contribuição às bases teóricas da
       Psicopedagogia. Coleção Temas de Psicopedagogia. Livro 1.
       São Paulo: Memnon, 2002.
   •   Fernández, A. O saber em jogo: a Psicopedagogia propiciando
       autorias de pensamento. Trad. Neusa Kern Hickel. Porto
       Alegre: Artmed, 2001. (a).
   •   Fernández, A. Os idiomas do aprendente: análise das
       modalidades ensinantes com famílias, escolas e meios de
       comunicação. Trad. Neusa Kern Hickel e Regina Orgler Sordi.
       Porto Alegre: Artmed, 2001. (b).
   •   FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro:
       Paz e Terra, 1987.
   •   PERRENOUD, P. A Pedagogia na escola das diferenças:
       fragmentos de uma sociologia do fracasso. Trad. Cláudia
       Schilling. Porto Alegre: Artmed, 2001.

LEVIN, E. A clínica psicomotora.: o corpo na linguagem. 5ª ed. Trad.
Julieta Jerusalinsky. Petrópolis: Vozes, 2003.

Flávia Teresa de Lima, psicopedagoga e terapeuta ocupacional

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O trabalho psicopedagógico à luz da psicomotricidade

  • 1. O trabalho psicopedagógico à luz da psicomotricidade Flávia Teresa de Lima fevereiro/2007 RESUMO Este artigo apresenta o resultado do início de uma reflexão sobre o papel do psicopedagogo atuando em uma equipe interdisciplinar, na área de saúde mental, que atende crianças com transtornos de aprendizagem. Pode-se, através do mesmo, compreender a interdisciplinaridade possível, enquanto forma de trabalho, desde que os conhecimentos conscientes e os saberes inconscientes dos profissionais que atuam na equipe possam circular de forma a possibilitar espaços de autoria de pensamento de quem ensina e de quem aprende. Não raro, são encaminhadas para atendimento psicopedagógico, crianças que trazem como queixa serem portadoras de algum distúrbio de aprendizagem, pois “não aprendem”. Após uma avaliação, constata-se que essas crianças apresentam problemáticas na estruturação e reconhecimento de seu corpo, no uso desse corpo enquanto instrumento de interação com o outro, nos movimentos, nos gestos, nas praxias. Através do conhecimento dos pressupostos da psicomotricidade e do intercâmbio com profissionais desta área, o psicopedagogo pode, com maior habilidade, fazer um diagnóstico diferencial mais preciso e, com os recursos oferecidos por esta disciplina, elaborar planos de atuação adequados a esta demanda específica e freqüente. Conclui-se que a articulação entre os diversos conhecimentos das disciplinas e os saberes subjetivos dos profissionais é uma necessidade para que se tenha uma visão ampla e clara do quadro apresentado pelo paciente. Palavras-chave: Psicopedagogia, Psicomotricidade, interdisciplinaridade. “A aprendizagem dramatiza-se no corpo a partir da experiência de prazer pela autoria. Sendo a autoria objeto de toda intervenção psicopedagógica e sendo a psicomotricidade a que se ocupa do saber sobre o corpo e seus modos de valer-se, vamos vendo outros laços fraternais” (Alicia Fernández). A citação de Fernández (2001, p.145) remete-nos a pensar a psicomotricidade enquanto possível ferramenta para uma prática psicopedagógica mais completa e interdisciplinar. Equilíbrio, tonicidade, orientação espacial e temporal, esquema corporal, imagem corporal, lateralidade e coordenação motora são estruturas psicomotoras necessárias para que nosso organismo explore o ambiente, perceba-se nesse mesmo ambiente, perceba o outro e, com isso, se desenvolva.
  • 2. Assim, é comum na prática psicopedagógica a necessidade de trabalharmos esses aspectos, que podem se encontrar deficitários em sua estruturação, nas crianças que nos são encaminhadas porque “não aprendem”, “não param”, “são descoordenadas”, são “hiperativas”, “as que não aprendem nada”, “as desinteressadas” ou as que “vivem no mundo da lua”. Esta é a “queixa-sintoma” com a qual nos deparamos no nosso dia-a-dia enquanto profissionais da área da saúde. O conceito de sintoma merece nossa especial atenção e é em Andrade (2002, p.54) que nos baseamos: Vamos considerar sintoma [...] como sendo o sinal de um conflito inconsciente, um descompasso entre a demanda subjetiva e a produção objetiva. Nesse sentido, muito próximo da perspectiva médica, o sintoma não é a doença em si, mas mostra um desequilíbrio entre organismo e subjetividade. Assim, estas crianças podem trazer, concomitantemente, com o sintoma que nos é mostrado, que nos é dado a ver (Levin, 2003), um déficit lúdico e criativo significativo. Apresentam-se alienadas em um objetivismo resultante da dicotimização entre a objetividade e a subjetividade (Freire, 1983) que lhes acarreta problemas significativos em todo o seu desenvolvimento neuro-psico-motor e emocional. Não se pode pensar em objetividade sem subjetividade. Não há uma sem a outra, que não podem ser dicotomizadas. A objetividade dicotomizada da subjetividade, a negação desta na análise da realidade ou na ação sobre ela é objetivismo. Da mesma forma, a negação da objetividade, na análise como na ação, conduzindo ao subjetivismo que se alonga em posições solipsistas, nega a ação mesma, por negar a realidade objetiva, desde que esta passa a ser criação da consciência. Nem objetivismo, nem subjetivismo ou psicologismo, mas subjetividade e objetividade em permanente dialética. (Freire, 1983, p.37) Enquanto humanos, não podemos permanecer na subjetividade. Existe a necessidade de se objetivar através da práxis, da realização de um produto, no qual nos reconheçamos autores, assinantes de nossas obras, construtores de nossas vidas. Estas crianças, como muitas vezes podemos observar, não têm conhecimento de seu corpo, do uso que podem e devem fazer do mesmo enquanto instrumento de aprendizagem, de autoria de ser. Trazem um transtorno psicomotor (Levin, 2003) como sintoma associado à não aprendizagem. Levin (2003, p.48) aponta que não somos nosso corpo. Nós o temos e, portanto, podemos utilizá-lo, se nos apropriarmos dele: Nós, os seres humanos, ao sermos capturados pela linguagem, diferenciamo-nos do reino animal, deixamos de ser puro corpo e, pelo ingresso no universo simbólico, podemos tê-lo e, portanto, sermos sujeitos com um corpo. Se o corpo é algo que o sujeito terá que conquistar e ter, é porque o sujeito não é o mesmo que seu
  • 3. corpo, e por isso pode brincar de tê-lo. Podemos, através deste raciocínio, pensar nosso corpo como uma ferramenta a ser utilizada para conhecer o outro e desse mesmo outro recebermos conhecimento. Não falo em organismo, mas, juntamente como Levin (2003), em um corpo recortado pelo desejo. Falamos de um sujeito que não é um corpo, mas o tem e pode utilizá-lo como instrumento de conhecimento, de saber, de articulação de pensamento. O corpo, organismo recortado pelo desejo, é o mediador do espaço entre subjetividade (desejo) e objetividade (concretização), no qual se forma a autoria de pensamento. Citamos dois verbos importantíssimos dentro de um processo terapêutico: desejar e fazer. Existe, porém, um entre que une estas duas palavras que é o pensar. Em Fernández (2001a, p.91) encontramos que “o pensamento não pode ser autônomo, definir suas próprias normas desvinculadas do desejo e da dramática inconsciente, já que o pensar ancora-se no desejar”. Acrescentaria a esta idéia de Fernández que o fazer concretiza o pensar. Objetivar a subjetividade implica o pensar e o como este se processa, se estrutura. Se simplesmente pensamos, estamos considerando a possibilidade de organizar e re-organizar idéias já construídas, transformando-as, modificando-as segundo nossas percepções e necessidades. Tendo a vontade e podendo concretizar nosso pensar através de nossa ação, estaremos modificando o que nos cerca, pois o produto de nossa ação é uma ligação com o mundo externo, com o qual nos vinculamos e pelo qual somos reconhecidos. Não há espaço dentro da Psicopedagogia para um homem alienado, verdadeiramente dividido em ação ou desejo, sem umentre que permeie estas duas palavras. Neste entre o desejar e o fazer, deparamo-nos com um conceito importante para a Psicopedagogia: a autoria do pensamento. O pensamento objetiva-se com subjetividade se houver autoria por parte de quem realiza a ação. A Psicopedagogia vai trabalhar a gestação de espaços subjetivos e objetivos que possibilitem a autoria de pensamento. A autoria do pensamento pressupõe espaços de liberdade que se constituem a partir da aceitação das diferenças e do prazer de pensar. Esse espaço se constitui na medida que o sujeito possa conceber-se diferente do Outro e sinta-se autorizado por esse Outro a diferenciar-se. (Andrade, 2002, p.19). A Psicomotricidade nos enriquece com a idéia do fazer e do conhecer com o corpo. Mostrar ou não mostrar a ação. E a Psicopedagogia nos direciona para o mostrar ou não mostrar o conhecimento. Entendemos aqui, a psicomotricidade enquanto disciplina calcada na prática da clínica psicomotora (Levin, 2003). Podemos destacar algumas terapias (psico)motoras, que buscam
  • 4. uma melhora da criança na escola e mesmo em casa, através de ‘receitas’ que buscam moldar seu comportamento através de exercícios, muitas vezes condicionadores. Traça-se um perfil psicomotor e se espera que a criança esteja dentro de uma média, do ‘normal’. Se isso não acontece, inicia-se uma maratona de terapias ‘psi’, bem como há uma orientação à escola para que haja uma adequação dessa criança no meio escolar. Falamos de um sujeito do desejo e, portanto, não consideramos apenas um organismo com necessidades, mas também um corpo que fala, que deseja, sujeitado à palavra. Não se trata, portanto, da aplicação de exercícios que façam com que suas habilidades se desenvolvam, mas de marcas deixadas que estruturam esse sujeito, dando-lhe uma base de sustentação para sua vida. A Psicopedagogia utiliza-se dos conhecimentos da área da psicomotricidade não para o treino de um organismo, mas sim, como possibilidade de se ter um corpo enquanto instrumento de conhecimento, de articulação do pensamento. Temos nosso corpo para conhecer o Outro e para receber o conhecimento desse Outro. Esta é a base para o estabelecimento de uma relação ensinante- aprendente saudável. Assim, o trabalho psicopedagógico à luz da Psicomotricidade poderá basear-se em: • oferecer condições motoras e percepto-cognitivas que possibilitem as condições de realização de uma atividade; • realização de uma atividade, entendida como a possibilidade de espaços de autoria do pensamento e ressignificação de sintoma. Fernández (2001a) coloca que ambas as disciplinas, Psicopedagogia e Psicomotricidade, ficam nas margens, nos espaços em que não podem interseccionar-se as disciplinas (FERNÁNDEZa, 2001, p.145). Margens entre o saber e o conhecer, entre a objetividade e a subjetividade, entre o poder e o não poder. São disciplinas que não acumulam conhecimento e, portanto, vão constantemente se constituindo, se construindo e se subjetivando na objetividade de suas práticas. É importante ao profissional psicopedagogo perceber os limites de nossa disciplina. Atitude esta espera de profissionais de todas as áreas do conhecimento. Nem todo psicopedagogo é um psicomotricista e, assim, em alguns casos de atendimento é necessário o encaminhamento para o profissional específico da área da Psicomotricidade. Compreender esse limite parece-me fundamental para o trabalho interdisciplinar. Apontamos assim, a importância de um diagnóstico interdisciplinar, nestes casos de Problemas de Aprendizagem, possibilitando que intervenções adequadas sejam efetuadas, com abrangência das múltiplas possibilidades de intervenções de acordo com o quadro em questão. Fica evidente a necessidade do psicopedagogo integrar-se com as demais áreas de conhecimento, como a psicologia, a
  • 5. psicomotricidade, a fonoaudiologia, a pedagogia, a terapia ocupacional, a psicanálise, a neurologia e a psiquiatria, além de outras, para que se tenha uma visão ampla e clara do quadro apresentado pelo paciente. A Psicopedagogia oferece à equipe interdisciplinar, instrumentos para a compreensão do quadro apresentado por uma criança privada de sua capacidade de aprender. Conseqüentemente, torna possível uma atuação terapêutica, provinda de várias disciplinas, que nos reporta à possibilidade do sujeito ser autor de seu pensamento, de sua ação, de seu desejo. Bibliografia • ANDRADE, M. S. (org). A escrita inconsciente e a leitura invisível: uma contribuição às bases teóricas da Psicopedagogia. Coleção Temas de Psicopedagogia. Livro 1. São Paulo: Memnon, 2002. • Fernández, A. O saber em jogo: a Psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Trad. Neusa Kern Hickel. Porto Alegre: Artmed, 2001. (a). • Fernández, A. Os idiomas do aprendente: análise das modalidades ensinantes com famílias, escolas e meios de comunicação. Trad. Neusa Kern Hickel e Regina Orgler Sordi. Porto Alegre: Artmed, 2001. (b). • FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. • PERRENOUD, P. A Pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do fracasso. Trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 2001. LEVIN, E. A clínica psicomotora.: o corpo na linguagem. 5ª ed. Trad. Julieta Jerusalinsky. Petrópolis: Vozes, 2003. Flávia Teresa de Lima, psicopedagoga e terapeuta ocupacional