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Psicologia evolucionista
Prof. Caio Maximino – IESB
cmaximino@unifesspa.edu.br2
O que é Psicologia Evolucionista?
● Aplicação dos princípios e conhecimentos da biologia
evolutiva à teoria e pesquisa sobre comportamento e
cognição
● Tese central: O encéfalo humano é composto por um
grande número de mecanismos especializados
(“módulos”) que foram moldados pela seleção natural
para resolver desafios de processamento de informação
que eram recorrentemente enfrentados por nossos
ancestrais
 O comportamento humano não é resultado direto da seleção natural, mas produto
de mecanismos psicológicos que foram selecionados
cmaximino@unifesspa.edu.br3
Postulados fundamentais
1) Existe uma natureza humana universal, mas essa
universalidade ocorre primariamente no nível de
mecanismos psicológicos e não da expressão de
comportamentos culturais
2) Os mecanismos psicológicos que guiam o comportamento
são adaptações, moldados pela seleção natural ao longo do
tempo evolutivo
3) A organização da mente humana é adequada para o modo
de vida de caçadores-coletores do Pleistoceno
cmaximino@unifesspa.edu.br4
Princípios teóricos
1)O encéfalo é um computador desenhado pela seleção natural para extrair
informação do ambiente
2)O comportamento humano individual é gerado por esse computador
evoluído em resposta à informação que extrai do ambiente; para entender
esse comportamento, precisamos descobrir os programas cognitivos que
geram o comportamento
3)Os programas cognitivos do encéfalo humano são adaptações; existem
porque produziram comportamento em nossos ancestrais que os permitiu
sobreviverem e reproduzirem
4)Os programas cognitivos do encéfalo humano podem não ser adaptativos
agora; eles eram adaptativos em ambientes ancestrais
5)A seleção natural garante que o encéfalo seja composto por muitos
programas de propósito especial, e não por uma arquitetura de domínio
geral
6)Descrever a arquitetura computacional evoluída de nossos encéfalos
“permite um entendimento sistemático de fenômenos culturais e sociais”
Cosmides, L. e J. Tooby, 2005, “Neurocognitive Adaptations Designed for Social
Exchange”, in The Handbook of Evolutionary Psychology, D. Buss (ed.), Hoboken,
NJ: Wiley, pp. 584–627.
cmaximino@unifesspa.edu.br5
Um exemplo de explicação evolucionista
Cada carta tem um número em uma face e uma cor em outra
face. Se as dispusermos como na figura, que carta(s) você
deve virar para testar a regra de que, se uma carta mostra um
número ímpar, então a face oposta deve ser vermelha?
cmaximino@unifesspa.edu.br6
Um exemplo de explicação evolucionista
Cada carta tem um número em uma face e uma cor em outra
face. Se as dispusermos como na figura, que carta(s) você
deve virar para testar a regra de que, se você está consumindo
bebidas alcoólicas, deve ter mais de 18 anos?
cmaximino@unifesspa.edu.br7
Solução para o dilema 1
●
Carta 1 - “Número 3”. É preciso virar essa carta. Como a carta tem o número 3 de
um lado, é preciso virá-la para verificar se a face oposta é vermelha.
●
Carta 2 - “Número 8”. Não é preciso virar essa carta. A regra não diz nada sobre
que cor deve aparecer na outra face da carta com o número 8
●
Carta 3 - “Face vermelha”. Não é necessário virar essa carta. A carta mostra a
face vermelha, portanto já sabemos que a regra se mantém.
● Carta 4 - “Face laranja”. É necessário virar essa carta. É possível que exista um
número 3 na outra face; se isso acontecer, a regra foi violada.
cmaximino@unifesspa.edu.br8
Solução para o dilema 2
●
Carta 1 - “16 anos”. É preciso virar essa carta. Como a carta indica a idade de 16
anos de um lado, é preciso virá-la para verificar se a pessoa está bebendo cerveja.
●
Carta 2 - “25 anos”. Não é preciso virar essa carta. A carta mostra a idade maior
do que 18, portanto já sabemos que a regra se mantém
●
Carta 3 - “Refrigerante”. Não é necessário virar essa carta. A regra não diz nada
sobre o que a pessoa deve beber se for maior de idade.
● Carta 4 - “Cerveja”. É preciso virar essa carta. É possível que exista o indicador de
16 anos na outra face; se isso acontecer, a regra foi violada.
cmaximino@unifesspa.edu.br9
Um exemplo de explicação evolucionista
● Psicólogos usam essa tarefa, desenhada por Peter Wason em 1966,
para descrever a estrutura do raciocínio humano
● Testa a capacidade de procurar exceções a uma regra condicional na forma “Se P, então Q”
● Os seres humanos são muito ruins nessa tarefa!
● Cosmides (1989): os resultados da Tarefa de Seleção de Wason
demonstram que a mente humana não evoluiu procedimentos de
raciocínio lógico especializados para a detecção de violações lógicas; ao
invés disso, o que evoluiu foram mecanismos para detectar violações
quando elas envolvem a “trapaça” em uma troca social
Cosmides, L., 1989, “The Logic of Social Exchange: Has natural selection shaped
how humans reason? Studies with the Wason Selection Task”, Cognition, 31: 187–
276.
cmaximino@unifesspa.edu.br10
Outro exemplo: O Módulo de Detecção de Razão
Cintura-Quadril
● Homens detectam variações na razão
cintura-quadril de mulheres, e preferem
mulheres com razão próxima a 0,7
● Devendra Singh (1993): capacidade de
detectar a razão cintura:quadril + a
preferência associada → adaptações para
escolher parceiras férteis
Singh, D., 1993, “Adaptive Significance of female physical attractiveness: Role of
waist-to-hip ratio”, Journal of Personality and Social Psychology, 65: 293–307.
cmaximino@unifesspa.edu.br11
Psicologia evolucionista e cultura
● A Psicologia Evolucionista é identificada com a doutrina do
determinismo biológico:
1) A causa do nosso comportamento é a biologia da espécie
2) Não é possível escapar dessa causalidade
● Uma das principais críticas que é levantada é a de que esse
determinismo ignora o papel da cultura
● Os críticos afirmam que a Psicologia Evolucionista não é capaz de distinguir entre
explicações ambientais e culturais e explicações adaptativas
● P. ex., será que as preferências por razão cintura:quadril não são melhor explicadas por
processos sociais (p. ex., preferência por características físicas) ou artefatos culturais
(p. ex., patriarcado)?
cmaximino@unifesspa.edu.br12
O papel do ambiente
● Tooby e Cosmides (1995): Na perspectiva do “modelo-padrão das ciências sociais”, a cultura
varia de lugar para lugar, sem padrões universais
● Entretanto, o fato de os indivíduos de qualquer lugar serem semelhantes ao nascimento e irem
se diferenciando conforme se desenvolvem não implica que a fonte dessa diferença seja a
cultura
● O ambiente não pode ser descrito genericamente. Ele sempre é um ambiente em referência
ao organismo
●
O calor do ambiente define o sexo dos crocodilos, mas é irrelevante nesse sentido para os humanos
●
A geléia real transforma uma abelha comum em rainha, mas não tem esse efeito em humanos
●
O rato utiliza o olfato para selecionar alimentos, mas usa propriedades geométricas do ambiente para a locomoção
● “nada com que o organismo interage no mundo é não-biológico para o organismo, e poranto
para os humanos as forças culturais são biológicas, as forças sociais são biológicas, as forças
físicas são biológicas, e assim por diante.” (p. 86)
Tooby, J. e L. Cosmides, 1995, “The Psychological Foundations of Culture”, in H.
Barkow, L. Cosmides and J. Tooby (eds.), The Adapted Mind, New York: Oxford
University Press, pp. 19–136.
cmaximino@unifesspa.edu.br13
O conceito de cultura para a Psicologia
Evolucionista
● O resultado da operação dos mecanismos psicológicos, tomados em conjunto, constitui a “cultura privada”
de cada indivíduo.
● As interações entre as culturas privadas de vários indivíduos levam a padrões de similaridade de grupo, e
são essas similaridades que são referidas pela antropologia tradicional como “a” cultura do grupo.
● Para a Psicologia Evolucionista, essas similaridades são produzidas por mecanismos psicológicos
selecionados na evolução; assim, não há tensão entre mecanismos universais transmitidos geneticamente
e a aquisição da cultura: a aprendizagem de um comportamento só é possível se uma arquitetura biológica
está disponível
● “Nascemos com um conjunto de pressupostos sobre a natureza do mundo humano. Não trazemos
pressupostos sobre peculiaridades específicas, mas temos expectativa sobre muitas coisas; chegamos
pré-equipados para relações sociais, emoções e expressões faciais, os significados das situações para os
outros, a organização subjacente de ações sociais como ameaças, trocas, linguagem, motivação, etc. […].
Mas, a despeito da variabilidade, sempre emerge um padrão subjacente universal.” (Lordelo, 2010, p. 58)
Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de
Psicologia, 15: 55-62.
cmaximino@unifesspa.edu.br14
O exemplo da aquisição da linguagem
● Como uma criança pré-linguística poderia deduzir os significados de
palavras que ela ouve pela primeira vez?
● Essa tarefa envolve selecionar, entre todos os significados possíveis,
aquele que representa a intenção do falante
● Isso só é possível se a criança dispõe de um conhecimento probabilístico
prévio sobre quais mensagens são prováveis em certo contexto
● Uma vez que a criança ainda é uma recém-chegada na cultura, sua
interpretação não pode ter sido dada pela cultura mesma
Tooby, J. e L. Cosmides, 1995, “The Psychological Foundations of Culture”, in H.
Barkow, L. Cosmides and J. Tooby (eds.), The Adapted Mind, New York: Oxford
University Press, pp. 19–136.
cmaximino@unifesspa.edu.br15
Componentes do conceito de cultura
● Metacultura: o sistema de relações universalmente recorrentes,
estabelecidas e constituídas por
● arquiteturas psicológica e fisiológica características da espécie
● interação entre essas arquiteturas em populações
● interação com a estrutura recorrente do ambiente natural e cultural humano
desenvolvimentalmente relevante
● impacto regular sobre os fenômenos humanos
● “A mente humana é dotada de mecanismos psicológicos universais que,
frente a eventos sociais e não sociais similares, causam comportamento
similar. Esses mecanismos são responsáveis pelo fato de que todos os
humanos tendem a ‘recortar’ o mundo com a mesma organização conceitual.”
(Lordelo, 2010)
Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de
Psicologia, 15: 55-62.
cmaximino@unifesspa.edu.br16
Componentes do conceito de cultura
● Cultura evocada: Semelhanças entre as pessoas de um mesmo grupo e
diferenças entre pessoas de grupos diferentes, geradas por mecanismos
psicológicos funcionalmente organizados, de conteúdo específico, ativados por
circunstâncias locais (específicas) compartilhadas
● I.e., as diferenças entre os grupos podem ser explicadas pelas circunstâncias locais,
e não por aprendizagem social
● P. ex.: “O fato óbvio de que pessoas vivendo nos trópicos usam roupas mais
claras e leves do que aquelas vivendo em altas latitudes têm menos a ver com
a aprendizagem por imitação dos pais e mais com o clima circundante; em
outras palavras, o tipo de roupa usada pelas pessoas de qualquer lugar, um
item caracteristicamente cultural, ilustra o conceito de cultura evocada”
(Lordelo, 2010)
Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de
Psicologia, 15: 55-62.
cmaximino@unifesspa.edu.br17
Componentes do conceito de cultura
● Cultura reconstruída: as representações ou regras que existem
inicialmente em pelo menos uma mente, resultando dos mecanismos
psicológicos ativados nessa mente, e que são disseminados a outros
● “Cultura no sentido clássico”
● “Em grupos humanos vivendo em condições ecológicas semelhantes e na
mesma época, eles podem ser muito diferentes porque os padrões adotados
espalham-se por contágio. Desde que sejam possíveis (a ecologia local
suporta aquelas práticas e crenças) e que sejam pelo menos neutros em
termos de conseqüências para a sobrevivência, eles poderão manter-se na
população indefinidamente, por transmissão cultural” (Lordelo, 2010)
Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de
Psicologia, 15: 55-62.

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Introdução à psicologia evolucionista

  • 2. cmaximino@unifesspa.edu.br2 O que é Psicologia Evolucionista? ● Aplicação dos princípios e conhecimentos da biologia evolutiva à teoria e pesquisa sobre comportamento e cognição ● Tese central: O encéfalo humano é composto por um grande número de mecanismos especializados (“módulos”) que foram moldados pela seleção natural para resolver desafios de processamento de informação que eram recorrentemente enfrentados por nossos ancestrais  O comportamento humano não é resultado direto da seleção natural, mas produto de mecanismos psicológicos que foram selecionados
  • 3. cmaximino@unifesspa.edu.br3 Postulados fundamentais 1) Existe uma natureza humana universal, mas essa universalidade ocorre primariamente no nível de mecanismos psicológicos e não da expressão de comportamentos culturais 2) Os mecanismos psicológicos que guiam o comportamento são adaptações, moldados pela seleção natural ao longo do tempo evolutivo 3) A organização da mente humana é adequada para o modo de vida de caçadores-coletores do Pleistoceno
  • 4. cmaximino@unifesspa.edu.br4 Princípios teóricos 1)O encéfalo é um computador desenhado pela seleção natural para extrair informação do ambiente 2)O comportamento humano individual é gerado por esse computador evoluído em resposta à informação que extrai do ambiente; para entender esse comportamento, precisamos descobrir os programas cognitivos que geram o comportamento 3)Os programas cognitivos do encéfalo humano são adaptações; existem porque produziram comportamento em nossos ancestrais que os permitiu sobreviverem e reproduzirem 4)Os programas cognitivos do encéfalo humano podem não ser adaptativos agora; eles eram adaptativos em ambientes ancestrais 5)A seleção natural garante que o encéfalo seja composto por muitos programas de propósito especial, e não por uma arquitetura de domínio geral 6)Descrever a arquitetura computacional evoluída de nossos encéfalos “permite um entendimento sistemático de fenômenos culturais e sociais” Cosmides, L. e J. Tooby, 2005, “Neurocognitive Adaptations Designed for Social Exchange”, in The Handbook of Evolutionary Psychology, D. Buss (ed.), Hoboken, NJ: Wiley, pp. 584–627.
  • 5. cmaximino@unifesspa.edu.br5 Um exemplo de explicação evolucionista Cada carta tem um número em uma face e uma cor em outra face. Se as dispusermos como na figura, que carta(s) você deve virar para testar a regra de que, se uma carta mostra um número ímpar, então a face oposta deve ser vermelha?
  • 6. cmaximino@unifesspa.edu.br6 Um exemplo de explicação evolucionista Cada carta tem um número em uma face e uma cor em outra face. Se as dispusermos como na figura, que carta(s) você deve virar para testar a regra de que, se você está consumindo bebidas alcoólicas, deve ter mais de 18 anos?
  • 7. cmaximino@unifesspa.edu.br7 Solução para o dilema 1 ● Carta 1 - “Número 3”. É preciso virar essa carta. Como a carta tem o número 3 de um lado, é preciso virá-la para verificar se a face oposta é vermelha. ● Carta 2 - “Número 8”. Não é preciso virar essa carta. A regra não diz nada sobre que cor deve aparecer na outra face da carta com o número 8 ● Carta 3 - “Face vermelha”. Não é necessário virar essa carta. A carta mostra a face vermelha, portanto já sabemos que a regra se mantém. ● Carta 4 - “Face laranja”. É necessário virar essa carta. É possível que exista um número 3 na outra face; se isso acontecer, a regra foi violada.
  • 8. cmaximino@unifesspa.edu.br8 Solução para o dilema 2 ● Carta 1 - “16 anos”. É preciso virar essa carta. Como a carta indica a idade de 16 anos de um lado, é preciso virá-la para verificar se a pessoa está bebendo cerveja. ● Carta 2 - “25 anos”. Não é preciso virar essa carta. A carta mostra a idade maior do que 18, portanto já sabemos que a regra se mantém ● Carta 3 - “Refrigerante”. Não é necessário virar essa carta. A regra não diz nada sobre o que a pessoa deve beber se for maior de idade. ● Carta 4 - “Cerveja”. É preciso virar essa carta. É possível que exista o indicador de 16 anos na outra face; se isso acontecer, a regra foi violada.
  • 9. cmaximino@unifesspa.edu.br9 Um exemplo de explicação evolucionista ● Psicólogos usam essa tarefa, desenhada por Peter Wason em 1966, para descrever a estrutura do raciocínio humano ● Testa a capacidade de procurar exceções a uma regra condicional na forma “Se P, então Q” ● Os seres humanos são muito ruins nessa tarefa! ● Cosmides (1989): os resultados da Tarefa de Seleção de Wason demonstram que a mente humana não evoluiu procedimentos de raciocínio lógico especializados para a detecção de violações lógicas; ao invés disso, o que evoluiu foram mecanismos para detectar violações quando elas envolvem a “trapaça” em uma troca social Cosmides, L., 1989, “The Logic of Social Exchange: Has natural selection shaped how humans reason? Studies with the Wason Selection Task”, Cognition, 31: 187– 276.
  • 10. cmaximino@unifesspa.edu.br10 Outro exemplo: O Módulo de Detecção de Razão Cintura-Quadril ● Homens detectam variações na razão cintura-quadril de mulheres, e preferem mulheres com razão próxima a 0,7 ● Devendra Singh (1993): capacidade de detectar a razão cintura:quadril + a preferência associada → adaptações para escolher parceiras férteis Singh, D., 1993, “Adaptive Significance of female physical attractiveness: Role of waist-to-hip ratio”, Journal of Personality and Social Psychology, 65: 293–307.
  • 11. cmaximino@unifesspa.edu.br11 Psicologia evolucionista e cultura ● A Psicologia Evolucionista é identificada com a doutrina do determinismo biológico: 1) A causa do nosso comportamento é a biologia da espécie 2) Não é possível escapar dessa causalidade ● Uma das principais críticas que é levantada é a de que esse determinismo ignora o papel da cultura ● Os críticos afirmam que a Psicologia Evolucionista não é capaz de distinguir entre explicações ambientais e culturais e explicações adaptativas ● P. ex., será que as preferências por razão cintura:quadril não são melhor explicadas por processos sociais (p. ex., preferência por características físicas) ou artefatos culturais (p. ex., patriarcado)?
  • 12. cmaximino@unifesspa.edu.br12 O papel do ambiente ● Tooby e Cosmides (1995): Na perspectiva do “modelo-padrão das ciências sociais”, a cultura varia de lugar para lugar, sem padrões universais ● Entretanto, o fato de os indivíduos de qualquer lugar serem semelhantes ao nascimento e irem se diferenciando conforme se desenvolvem não implica que a fonte dessa diferença seja a cultura ● O ambiente não pode ser descrito genericamente. Ele sempre é um ambiente em referência ao organismo ● O calor do ambiente define o sexo dos crocodilos, mas é irrelevante nesse sentido para os humanos ● A geléia real transforma uma abelha comum em rainha, mas não tem esse efeito em humanos ● O rato utiliza o olfato para selecionar alimentos, mas usa propriedades geométricas do ambiente para a locomoção ● “nada com que o organismo interage no mundo é não-biológico para o organismo, e poranto para os humanos as forças culturais são biológicas, as forças sociais são biológicas, as forças físicas são biológicas, e assim por diante.” (p. 86) Tooby, J. e L. Cosmides, 1995, “The Psychological Foundations of Culture”, in H. Barkow, L. Cosmides and J. Tooby (eds.), The Adapted Mind, New York: Oxford University Press, pp. 19–136.
  • 13. cmaximino@unifesspa.edu.br13 O conceito de cultura para a Psicologia Evolucionista ● O resultado da operação dos mecanismos psicológicos, tomados em conjunto, constitui a “cultura privada” de cada indivíduo. ● As interações entre as culturas privadas de vários indivíduos levam a padrões de similaridade de grupo, e são essas similaridades que são referidas pela antropologia tradicional como “a” cultura do grupo. ● Para a Psicologia Evolucionista, essas similaridades são produzidas por mecanismos psicológicos selecionados na evolução; assim, não há tensão entre mecanismos universais transmitidos geneticamente e a aquisição da cultura: a aprendizagem de um comportamento só é possível se uma arquitetura biológica está disponível ● “Nascemos com um conjunto de pressupostos sobre a natureza do mundo humano. Não trazemos pressupostos sobre peculiaridades específicas, mas temos expectativa sobre muitas coisas; chegamos pré-equipados para relações sociais, emoções e expressões faciais, os significados das situações para os outros, a organização subjacente de ações sociais como ameaças, trocas, linguagem, motivação, etc. […]. Mas, a despeito da variabilidade, sempre emerge um padrão subjacente universal.” (Lordelo, 2010, p. 58) Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de Psicologia, 15: 55-62.
  • 14. cmaximino@unifesspa.edu.br14 O exemplo da aquisição da linguagem ● Como uma criança pré-linguística poderia deduzir os significados de palavras que ela ouve pela primeira vez? ● Essa tarefa envolve selecionar, entre todos os significados possíveis, aquele que representa a intenção do falante ● Isso só é possível se a criança dispõe de um conhecimento probabilístico prévio sobre quais mensagens são prováveis em certo contexto ● Uma vez que a criança ainda é uma recém-chegada na cultura, sua interpretação não pode ter sido dada pela cultura mesma Tooby, J. e L. Cosmides, 1995, “The Psychological Foundations of Culture”, in H. Barkow, L. Cosmides and J. Tooby (eds.), The Adapted Mind, New York: Oxford University Press, pp. 19–136.
  • 15. cmaximino@unifesspa.edu.br15 Componentes do conceito de cultura ● Metacultura: o sistema de relações universalmente recorrentes, estabelecidas e constituídas por ● arquiteturas psicológica e fisiológica características da espécie ● interação entre essas arquiteturas em populações ● interação com a estrutura recorrente do ambiente natural e cultural humano desenvolvimentalmente relevante ● impacto regular sobre os fenômenos humanos ● “A mente humana é dotada de mecanismos psicológicos universais que, frente a eventos sociais e não sociais similares, causam comportamento similar. Esses mecanismos são responsáveis pelo fato de que todos os humanos tendem a ‘recortar’ o mundo com a mesma organização conceitual.” (Lordelo, 2010) Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de Psicologia, 15: 55-62.
  • 16. cmaximino@unifesspa.edu.br16 Componentes do conceito de cultura ● Cultura evocada: Semelhanças entre as pessoas de um mesmo grupo e diferenças entre pessoas de grupos diferentes, geradas por mecanismos psicológicos funcionalmente organizados, de conteúdo específico, ativados por circunstâncias locais (específicas) compartilhadas ● I.e., as diferenças entre os grupos podem ser explicadas pelas circunstâncias locais, e não por aprendizagem social ● P. ex.: “O fato óbvio de que pessoas vivendo nos trópicos usam roupas mais claras e leves do que aquelas vivendo em altas latitudes têm menos a ver com a aprendizagem por imitação dos pais e mais com o clima circundante; em outras palavras, o tipo de roupa usada pelas pessoas de qualquer lugar, um item caracteristicamente cultural, ilustra o conceito de cultura evocada” (Lordelo, 2010) Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de Psicologia, 15: 55-62.
  • 17. cmaximino@unifesspa.edu.br17 Componentes do conceito de cultura ● Cultura reconstruída: as representações ou regras que existem inicialmente em pelo menos uma mente, resultando dos mecanismos psicológicos ativados nessa mente, e que são disseminados a outros ● “Cultura no sentido clássico” ● “Em grupos humanos vivendo em condições ecológicas semelhantes e na mesma época, eles podem ser muito diferentes porque os padrões adotados espalham-se por contágio. Desde que sejam possíveis (a ecologia local suporta aquelas práticas e crenças) e que sejam pelo menos neutros em termos de conseqüências para a sobrevivência, eles poderão manter-se na população indefinidamente, por transmissão cultural” (Lordelo, 2010) Lordelo, E. L., 2010, “A Psicologia Evolucionista e o conceito de cultura”, Estudos de Psicologia, 15: 55-62.