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CAMPUS POMBAL - PB
CURSO: AGRONOMIA
DISCIPLINA: AGROECOLOGIA

Plantas Medicinais

Anderson Bruno Anacleto de Andrade
Rafael Guimarães Veriato
Wellinghton Alves Guedes

Pombal – PB
2013
Anderson Bruno Anacleto de Andrade
Rafael Guimarães Veriato
Wellinghton Alves Guedes

Plantas Medicinais

Trabalho apresentado a o
professor Alan Cauê de Holanda
para a obtenção de nota da
disciplina Agroecologia.

Pombal – PB
2012
SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

2

HISTÓRIA DAS PLANTAS MEDICINAIS....................................................................5

3

PRINCÍPIO ATIVO..........................................................................................................6
3.1 Tipos de princípio ativos..............................................................................................6

4 CULTIVOS E COLHEITA DE PLANTAS MEDICINAIS..............................................9
5 CUIDADOS NO USO DE PLANTAS MEDICINAIS...................................................11
6 FORMAS DE PREPARO E USO...................................................................................12
7 PRINCIPAIS PLANTAS MEDICINAIS........................................................................13
8 CONCLUSÃO.................................................................................................................19
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................20
1 INTRODUÇÃO
A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de
doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade, com o passa dos
tempos o uso está se tornando cada vez mais significativo. De acordo com dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que seca de 80% da população mundial fez
uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou
desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica.
Ernane Martins et. al (2000) afirmam que das 200.000 espécie vegetais que possam
existir no Brasil, na opinião de alguns autores, pelo menos a metade pode ter alguma
propriedade terapêutica útil à população, mas nem 1% dessas espécies com potencial foi
motivo de estudos adequados. Podemos observar que as pesquisas realizadas com plantas
medicinais originaram medicamentos em menor tempo, com custos inferiores, tornado-se
acessível à população, quando comparados com os medicamentos sintéticos ou
semissintéticos onde apresentam custos elevados.
Atualmente grande parte da comercialização de plantas medicinais é feita em
farmácias e lojas de produtos naturais, onde preparações vegetais são comercializadas com
rotulação industrializada. Em geral, essas preparações não possuem certificado de qualidade e
são produzidas a partir de plantas cultivadas, o que descaracteriza a medicina tradicional que
utiliza, quase sempre, plantas da flora nativa. No Brasil são consumidas com pouca ou
nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas, propagadas por usuários ou
comerciantes. (VALDIR VEIGA et al., 2005)
As plantas medicinais estão cientificamente aprovadas a serem utilizadas pela
população nas suas necessidades de saúde, em função da facilidade de acesso, do baixo custo
e da compatibilidade cultural com as tradições populares. São classificadas como produtos
naturais podendo assim ser comercializadas livremente, ou cultivadas pelos próprios
consumidores.
Neste trabalho propõe-se apresenta informações sobre a história das plantas
medicinais, seu princípio ativo, como realizar o cultivo, o cuidado no uso, as principais
formas para usá-las como recurso terapêutico, e citar as principais plantas medicinais
encontradas.

4
2 HISTÓRIA DAS PLANTAS MEDICINAIS
É provável que a utilização das plantas como medicamento seja tão antiga como o
próprio homem. Numerosas etapas marcaram a evolução da arte de curar, tornando difícil
delimitá-las com exatidão, já que a medicina esteve há muito tempo associada às práticas
mágicas, místicas e ritualísticas. Consideradas ou não seres espirituais, as plantas, por suas
propriedades terapêuticas ou tóxicas, adquiriram fundamental importância na medicina
popular.
Desde o ano 3000 a.C. têm-se informações que a China dedicava-se ao cultivo de
plantas medicinais, e atualmente, mantém laboratórios de pesquisa e cientistas trabalhando
exclusivamente para desenvolver produtos farmacêuticos com ervar medicinais de uso
popular.
Sabe-se também que desde 2300 a.C. os egípcios, assírios e hebreus cultivavam
varias ervas, chegando a criar purgantes, vermífugos, diuréticos, cosméticos e especiarias para
a cozinha, além de líquidos e gomas utilizados no embalsamento de múmias.
Na antiga Grécia, foi criada uma obra que recebeu o nome de ‘’ Corpus
Hipocratium’’ pelo Hipócrates (460- 377 a.C.) considerado o Pai da Medicina. Essa obra
reuniu uma síntese dos conhecimentos médicos do seu tempo, indicando para cada
enfermidade o remédio vegetal e o tratamento adequado. Com o passar do tempo, surgiram
outras obras cada vez mais detalhadas e precisas sobre plantas medicinais devido ao aumento
nas pesquisas sobre o tema.
No Brasil, a utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças apresenta,
fundamentalmente, influências da cultura indígena, africana e, naturalmente, europeia. Os
índios utilizavam a fitoterapia dentro de uma visão mística, em que se usavam plantas
entorpecentes para sonhar com espíritos em busca de obter informações deles sobre ervas
adequada e tratamento para diversos enfermos. Os índios também descobriam plantas
medicinais a parti de observações feitas com animais, os quais procuravam algumas plantas
quando o mesmo passava por algum desconforto.
A influência africana é pouco conhecida, mas acredita-se que, quando alguém
adoecia era porque estava possuído pelo espírito mau, então era feito uso de drogas para
expulsá-lo por meio de exorcismo. A influência, por sua vez, teve inicio por volta de 1579,
5
com a chegada dos padres jesuítas com o objetivo de catequizar os índios. Com eles vieram
receitas caseira a base de plantas medicinais, as quais foram adaptadas e se reproduziram no
nosso país.
3 PRICÍPIO ATIVO
As plantas sintetizam compostos químicos a partir dos nutrientes, da água e da luz
que recebem. Muitos desses compostos ou grupos deles podem provocar reações nos
organismos, são os princípios ativos. A planta medicinal é aquela que contém um ou mais
princípios ativos, conferindo-lhe atividade terapêutica. Há vários grupos de princípios ativos,
mas muitos deles ainda não são conhecidos.
3.1 Tipos de Princípios Ativos
Alcalóides
Os alcalóides são compostos azotados (nitrogênio amínico) complexos, de natureza
básica ( alcalina ), capazes de produzir geralmente poderosos efeitos fisiológicos. São, na
maior parte dos casos, venenos vegetais muito ativos, dotados de uma ação específica.
Segundo MARTINS (1995), podem ter coloração amarela, roxa ou incolor. Nas células
vegetais estão nos vacúolos. Quando na forma de sais, encontram-se nas paredes celulares.
Localizam-se nas folhas, sementes, raízes e nos caules. A medicina emprega-os normalmente
em estado puro e o seu verdadeiro valor apenas se releva quando usados adequadamente pelo
médico. Segundo a sua composição química e, sobretudo, a sua estrutura molecular, os
alcalóides podem ser divididos em vários grupos. É encontrado em vários órgãos da planta,
porém sua concentração pode variar durante o ano. No corpo humano atua no sistema nervoso
central.
Glucosídeos
ROCHA (1998) cita que, os glucosídeos são produtos do metabolismo secundário
das plantas. Compõem-se de duas partes. Uma contém açúcar, por exemplo, a glucose, e é
geralmente inativa, embora favoreça a solubilidade do glucosídeo, a sua absorção e mesmo o
seu transporte para determinado órgão. O efeito terapêutico é determinado pela segunda parte,
a mais ativa, designada aglícono.
Saponinas

6
ROCHA (1998) cita que, as saponinas ou hetereosídeos, são muito comuns nas
plantas medicinais. Do ponto de vista químico, caracterizam-se igualmente por um radical
glucídico (glucose, galactose) ligado a um radical aglícono. A sua propriedade física principal
é reduzir fortemente a tensão superficial da água. Todas as saponinas são fortemente
espumosas e constituem excelentes emulsionantes. Têm outra propriedade característica:
proporcionam a hemólise dos glóbulos vermelhos (eritrócitos), isto é, libertam a sua
hemoglobina, o que explica o efeito tóxico de algumas delas, tornando-as impróprias para
consumo.
As saponinas irritam as mucosas, provocam um relaxamento intestinal, aumentam as
secreções mucosas dos brônquios (são expectorantes): flor de verbasco, raiz de alcaçuz e de
saponária. São também usadas como diuréticos e desinfetantes das vias urinárias (caule
folhoso da herniária, folha de bétula, raiz de resta-boi). A célebre raiz de ginseng (Panax
ginseng), originária da China, da Coréia e das regiões extremo-orientais da União Soviética, é
igualmente rica em saponinas. Segundo MARTINS (1995), as saponinas são importantes
substâncias utilizadas na fabricação de cortisona (antiinflamatório) e de hormônios sexuais.
Princípios amargos
ROCHA (1998) cita que estas substâncias apresentam um gosto amargo, excitam as
células gustativas, estimulam o apetite e aumentam a secreção dos sucos gástricos. A
farmacologia agrupa, sob o nome de princípios amargos, as substâncias vegetais terpênicas
susceptível de libertar azuleno, assim como glucosídeos de diversas estruturas bioquímicas. O
primeiro grupo engloba, por exemplo, os sucos amargos do absinto e do cardo-santo. O
segundo grupo é o mais comum: reúne os sucos das gencianáceas (genciana, trifólio) e
centáurea.
Taninos
ROCHA (1998) cita que estas substâncias de composição química variável
apresentam uma característica comum: a capacidade de coagular as albuminas, os metais
pesados e os alcalóides. São hidrossolúveis. O seu interesse medicinal reside essencialmente
na sua natureza adstringente: possuem a propriedade de coagular as albuminas das mucosas e
dos tecidos, criando assim uma camada de coagulação isoladora e protetora, cujo efeito é
reduzir a irritabilidade e a dor, deter os pequenos derrames de sangue.
As substâncias aromáticas

7
Segundo ROCHA (1998), faz parte deste grupo certo número de substâncias,
frequentes nas drogas vegetais, de composição e ação por vezes muito variáveis. Podem estar
associadas na planta a outras substâncias ativas. É neste grupo que encontramos,
nomeadamente, os glucosídeos fenólicos, ou os derivados do fenilpropano, como as
cumarinas de perfume característico. Os caules folhosos do meliloto, da aspérula odorífera,
são ricos em cumarina. As hidroxicumarinas apresentam igualmente interesse farmacêutico.
Os óleos essenciais
Segundo ROCHA (1998), os óleos essenciais são líquidos voláteis, refringentes, de
odor característico. Formam-se num grande número de plantas como subprodutos do
metabolismo secundário. Os vegetais são mais ricos em essências quando o tempo é estável,
quente: será então a melhor altura para colhê-los. Do ponto de vista químico, trata-se de
misturas extremamente complexas. A medicina recorre frequentemente a substâncias
extraídas dos óleos essenciais (mentol, cânfora).
O uso farmacêutico dos óleos essenciais fundamenta-se nas suas propriedades
fisiológicas: o perfume e o gosto o efeito irritante sobre a pele e as mucosas as propriedades
desinfetantes e a ação bactericida.
As mucilagens vegetais
Segundo ROCHA (1998), são misturas amorfas de polissacarídeos que formam na
presença de água sistemas coloidais fortemente viscosos. Com água fria, as mucilagens
engrossam e formam gels, com água quente dissolvem-se e formam soluções coloidais que se
gelificam de novo ao arrefecer. Nas plantas, estas substâncias servem de reservatórios,
sobretudo pela sua capacidade de reter a água. Nas infusões e decocções, as mucilagens das
plantas medicinais têm como efeito reduzir a irritação quer física quer química.
Exerce assim uma ação favorável contra as inflamações das mucosas, especialmente
as das vias respiratórias e digestivas, atenuam as dores das contusões, amaciam a pele quando
são aplicados cataplasmas. Reduzem o peristaltismo intestinal, e o seu efeito de absorção age
favoravelmente em casos de diarreia. São usadas abundantemente como emulsionantes. As
plantas mucilaginosas são usadas quer isoladamente quer em misturas de infusões. Citemos,
por exemplo, a folha e a raiz da alteia, a flor da malva e a folha da mesma planta, a flor da
malva-rosa, a folha e a flor da tussilagem, a semente do fenogrego .

8
4 CULTIVO E COLHEITA DE PLANTAS MEDICINAIS
As plantas medicinais são cultivadas com técnicas utilizadas em outras espécies
vegetais, uma dessas práticas é a propagação, que permite perpetuar e multiplicar,
aumentando o número de indivíduos de uma dada espécie. É dividida em dois grupos,
apresentando as modalidades mais simples e de fácil execução dessa técnica, a propagação
sexuada e assexuada.
Propagação sexuada
Nesse tipo de propagação são utilizadas sementes, com ou sem frutos. Algumas
sementes são plantadas sem os frutos, por exemplo, as leguminosas, cujos frutos são as
vargens. Em outras plantas o fruto e a semente se confundem, como nos aquênios, nas
famílias Compositae e Umbelliferae. Esta modalidade de propagação pode ser útil para
produzir plantas mais ricas em óleos essenciais, entretanto, de maneira geral, as plantas levem
muito tempo para produzir, além de poder ocorrer cruzamentos e segregações indesejáveis,
reduzindo a qualidade genética dos plantios.
Propagação assexuada ou vegetativa
Nesse tipo de multiplicação, as plantas originadas são geneticamente iguais à plantamãe, a que se retiram as partes para multiplicar, o que constitui uma grande vantagem, pois
elimina problemas com cruzamentos indesejáveis, aumentando a precocidade das plantas. No
caso de plantas dioicas, em que o princípio ativo de interesse está presente em apenas um
verticilo reprodutor, a propagação vegetativa é muito útil.
Controle de plantas adventícias
O controle de plantas invasoras nativas da área é muito importante para que seja
mantido o equilíbrio com relação principalmente ao controle de pragas. Deve-se evitar que
plantas invasoras entrem em competição com a cultura. Recomenda-se, procurar deixar as
plantas invasoras nas entrelinhas, pois dessa forma elas cumprirão seu papel de proporcionar
maior equilíbrio no cultivo.
Muitas plantas consideradas invasoras são também medicinais, o que justifica mais
ainda que sejam mantidas no sistema, pois poderão, inclusive, serem também colhidas, como
é o caso do picão, das sete-sangrias, da serralinha, do dente de leão, dentre outras.
9
Pragas e doenças
As espécies medicinais normalmente apresentam alta resistência ao ataque de doenças
e pragas, mas, pro algum desequilíbrio, este pode ocorrer em níveis prejudiciais. O uso de
produtos químicos (agrotóxicos) é condenado para o cultivo de espécies medicinais, pelas
alterações que esses produtos podem ocasionar nos princípios ativos. Tais alterações vão
desde a permanência de resíduos tóxicos sobre as plantas até a veiculação de metais pesados
como cádmio e o chumbo.
Dentre as práticas culturais contra pragas, recomenda-se o uso de plantas repelentes,
como a catinga-de-mulato (Tanacetum vulgare), que repele formigas e outros insetos;
capuchinha (Tropaealum majus) e o cravo-de-defunto (Tagetes sp), que tem ação contra
nematoides.
Problemas com doenças também podem ocorrer. Nesse caso, o controle é mais difícil,
sendo recomendadas as mesmas práticas culturais utilizadas para as pragas e cuidados para
evitar a entrada de patógenos na área, como verificação das condições sanitárias das mudas,
sementes e de outros propágulos introduzidos no local.
Colheita
O primeiro aspecto a ser observado na produção de plantas medicinais com qualidade,
além da condução das plantas, é, sem dúvidas, a colheita no momento certo. O ponto de
colheita varia de acordo com o órgão da planta, estágio de desenvolvimento, a época do ano e
hora do dia.
O estágio de desenvolvimento da planta é muito importante para se determinar o ponto
de colheita principalmente em plantas perenes e anuais de ciclos longos. Outra observação
importante é conhecer a parte da planta que deve ser colhida para que possa estabelecer o
ponto ideal.
Deve-se se lembrar que a colheita da planta em determinado ponto tem como objetivo
a obtenção do máximo teor de principio ativo. No entanto, na maioria das vezes, nada impede
que as plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto, para uso imediato. No Quadro 01 é
mostrado o melhor momento para realização da colheita, de forma a garantir a melhor
qualidade e o maior poder curativo.
Quadro 01 – Recomendações gerais de colheita
10
Parte Colhida

Ponto de Colheita

Casca e entrecasca

Quando a planta estiver florida

Flores

No início da floração

Frutos e sementes

Quando maduros

Raízes

Quando a planta estiver adulta

Talos e folhas

Antes do florescimento

Fonte: EMATER-DF (1988) e MARTINS et al. (1992)
Procedimentos Pós-Colheita
Com o aumento da utilização de plantas medicinais, faz-se necessário a colocação no
mercado de produtos de boa qualidade. O produto será adequado ou não dependendo da forma
como foi colhido, todo cuidado tomado vai resultar em um produto com melhor apresentação
e com teores de princípios ativos dentro dos padrões definidos por cada espécie.
Após a colheita das plantas, normalmente o material pode seguir três caminhos: uso
direto do material fresco, extração de substâncias ativas ou aromáticas do material fresco e
secagem para comercialização “in natura”.
5 CUIDADOS NO USO DAS PLANTAS MEDICINAIS
O uso milenar de plantas medicinais mostrou, ao longo dos anos, que determinadas
plantas apresentam substâncias potencialmente perigosas. Do ponto de vista científico,
pesquisas mostraram que muitas delas possuem substâncias potencialmente agressivas e, por
esta razão, devem ser utilizadas com cuidado, respeitando seus riscos toxicológicos.
Os prováveis efeitos tóxicos de muitas das plantas ainda são ignorados. Na medida
do possível, devem-se utilizar aquelas cujos efeitos sejam bem conhecidos, com dosagens
moderadas e bem determinadas evitando-se o excesso.
As intoxicações ocorrem quase sempre em razão do uso de quantidades excessivas
de determinadas plantas, do preparo e uso inadequado e, principalmente, em virtude do uso de
plantas com efeitos tóxicos. Algumas substâncias encontradas em plantas destinadas ao uso
medicinal tem efeito tóxico agudo, outras são cumulativas no organismo, isto é, têm ação
tóxica retardada, como é o caso das plantas portadoras de alcaloides pirrolizidínicos, por
exemplo, o confrei (Symphitum spp.) e outras boragináceas. Componentes tóxicos ou
antinutricionais, como o ácido oxálico, nitrato e ácido erúcico estão presentes em muitas
11
plantas de consumo comercial. Diversas substâncias isoladas de vegetais considerados
medicinais possuem atividade citotóxica ou genotóxica e mostram relação com a incidência
de tumores
Um dos efeitos tóxicos relatados recentemente foi ocasionado pelo uso de cápsulas
de têucrio (Teucrium chamaedrys L. – Labiateae), que causou uma epidemia de hepatite na
França. A origem do efeito tóxico foi atribuída a diterpenos do tipo neo-clerodano,
transformados pelo citocromo P450 em metabólitos hepatotóxicos, que apresentavam uma
subunidade epóxido (Veiga Jr. et al., 2005).
É necessário se ter cuidado na coleta, dessecação, armazenamento e preparação de
plantas ou parte de plantas para uma utilização correta enquanto fitoterápicos; não se deve
colher planta próximo a estradas, pois podem está contaminadas, também se deve evitar a
colheita próximo de lavouras onde utilizam agrotóxicos e à beira de cursos d’água
contaminados com produtos químicos.
As plantas frescas com mau aspecto não devem ser utilizadas e, quando secas, não
devem apresentar sinais de deterioração, como aflatoxina, estaquiobotriotoxina e
fusariotoxina, comuns em mofos e que pode causar perturbações diversas no organismo. O
uso contínuo de uma mesma planta deve ser evitado, recomendando-se períodos de no
máximo entre vinte e um e trinta dias, intercalados por um período de descanso entre quatro e
sete dias, permitindo que o organismo repouse e, também, para que o possa atuar com toda
eficácia (Martins et al., 2003).
Os cuidados tomados em relação as plantas medicinais devem ser sempre conduzidos
com total eficiência, porém, não se deseja com isso tornar o uso dessas plantas algo difícil, e
sim apenas uma maneira mais segura e eficaz. Deve sempre de lembrar que as plantas não
fazem milagres, o momento de procurar alternativas ou outros recursos é sempre viável, pois
a orientação médica é fundamental e a fitoterapia é apenas uma das vertentes da medicina.
6 FORMAS DE PREPARO E USO
O aproveitamento adequado dos princípios ativos de uma planta exige um preparo
correto, ou seja, para cada parte da planta a ser usado, grupo de princípio ativo a ser extraído e
doenças ou sintoma a ser tratado há uma forma de preparo e uso mais adequados.

12
Existem diversas maneiras de preparação e uso das plantas medicinais; há aquelas
que são ingeridas, como chá, infuso, maceração, aluá e tintura; e há também as de uso
externo, a exemplo da cataplasma e as plantas usadas em banhos e compressas. A preparação,
conhecida como forma farmacêutica, requer observação na utilização correta de cada caso,
tendo cuidados de forma geral principalmente com a higiene.
Os materiais utilizados nas preparações caseiras são instrumentos facilmente
encontrados na cozinha como colheres, copos, papeiros, xicaras e coadores, sempre mantidos
em boas condições de higiene, livres de contaminação.
Alguns métodos caseiros de utilização de plantas medicinais (Martins et al., 2003):
Cataplasma
É um método que pode ser obtido de varias maneiras como: a) amassando ervas
frescas e bem limpas e aplicando diretamente sobre a parte afetada em pano fino; b) reduz a
planta em pó, mistura em água, chá ou outras preparações e aplica envolta de panos finos
sobre as partes afetadas; c) pode também utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e
água, geralmente quente, com a planta fresca ou triturada.
Infusão
Preparação utilizada para todas as partes das plantas medicinais ricas em
componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos que se degradam pela ação
combinada da água e do calor prolongado. Normalmente, trata-se de partes tenras das plantas,
tais como flores, botões e folhas. As infusões são obtidas fervendo a água necessária que é
derramada sobre a erva já separada ou picada, colocada noutro recipiente. Após a mistura, o
recipiente permanece tampado por um tempo de cinco e dez minutos. O infuso é coado logo
após o término do repouso, sendo utilizado no mesmo dia da preparação.
Decocção
Preparação normalmente utilizada para ervas não-aromáticas e para drogas vegetais
que possuem partes com resistência à ação da água quente. Numa decocção coloca-se a parte
da planta na quantidade prescrita de água fervente, cobre e deixar ferver em fogo baixo por
dez a vinte minutos. A seguir deve-se coar e espremer a erva em um pedaço de pano ou
coador, sendo utilizando no mesmo dia de seu preparo.
13
Maceração
Uma preparação realizada a frio, que consiste em colocar a parte da planta medicinal
dentro de um recipiente contendo álcool, óleo, água ou outro liquido extrator. Folhas, flores e
outras partes tenras são picadas e ficam macerando por dez a doze horas, enquanto partes
duras ficam macerando por dezoito a vinte e quatro horas. O recipiente deve permanecer em
local fresco e protegido da luz, sendo agitado periodicamente. Ele deve se filtrado ao fim do
período de repouso. Plantas com possibilidade de fermentação não devem ser submetidas a
esse procedimento.
Compressa
É uma preparação para uso local que atua pela penetração dos princípios ativos
através da pele, com a utilização de panos unidos, chumaços de algodão ou gazes embebidos
em um infuso, decocto, sumo ou tintura da planta dissolvida em água. A temperatura da
compressa pode ser quente ou fria.
Banho
É realizado por uma infusão ou decocção mais concentrada que deve ser coada e
misturada na água do banho. Outra maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano
fino e deixar boiando na água do banho. Os banhos são parciais ou de corpo inteiros e
geralmente recomendados uma vez ao dia.
Inalação
Nesta preparação utiliza a combinação do vapor de água quente com as substâncias
voláteis das plantas aromáticas. Sendo preparada da seguinte forma: coloca-se a erva a ser
usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de sopa da erva fresca ou
seca em meio litro d’água, aspirar lentamente (contar até três durante a inspiração, até três na
retenção do ar e até três, novamente, quando expelir o ar), prosseguir assim, por quinze
minutos. Para a inalação usa-se um funil de cartolina ou papel-jornal ou ainda uma tolha sobre
os ombros, a cabeça e a vasilha para facilitar a inalação do vapor.
Óleos
São utilizados para plantas aromáticas ou as que apresentam substancias lipofílicas.
As ervas secas ou frescas finamente moídas ou picadas, respectivamente são colocadas em um
14
frasco transparente com óleo de oliva, girassol ou milho, mantendo-se o frasco fechado
diretamente sob o sol por duas a três semanas, agitando-o diariamente. Filtrar ao final e
separar uma possível camada de água que ser formar.
Suco ou Sumo
Tem-se o suco espremendo-se o fruto, enquanto o sumo é obtido ao triturar uma
planta medicinal fresca num pilão ou em liquidificadores e centrifugas domesticas. Se a planta
contiver pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de água e triturar
novamente, após uma hora de repouso, recolhe-se então o liquido liberado.
Tintura
É a maneira mais simples de conservar os princípios ativos de muitas plantas
medicinais. Trata-se da maceração especial, na qual as partes da planta trituradas ficam
macerando em álcool e ao abrigo da luz e à temperatura do ambiente, por um período de oito
a quinze dias, ao final o resíduo deve ser filtrado e presado em pano limpo e gradado também
ao abrigo da luz. Deve-se dar preferência ao uso de álcool de cereais.
Xarope ou Lambedor
Usado normalmente em casos de tosse, dores de gargantas e bronquite. Sua
preparação inicialmente faz uma calda com açúcar cristal ou rapadura, na proporção uma
parte e meia a duas para cada parte de água, em volume. A mistura é levada ao fogo e em
poucos minutos, há completa dissolução e a calda estará pronta. Adiciona-se as plantas
preferencialmente frescas e picadas, em fogo baixo, e mexe em três a cinco minutos, findos os
quais o xarope é coado e guardado em frasco de vidro. O xarope pode ser guardado por até
quinze dias na geladeira.
7 PRINCIPAIS PLANTAS MEDICINAIS
ROMÃ
Nome científico Punica granatum. Pertencente à família Punicaceae tem origem na
Ásia Ocidental. É um arbusto de pequeno porte, ereto, com altura entre 2 e 5 metros, muito
ramificado; tronco espinhento com casca cinzenta e ramos opostos; folhas de forma elíptica,
brilhantes e alternadas, opostas , caducas, e glabas; flores solitárias e terminais sésseis, de cor

15
vermelho – alaranjada; fruto arredondado com casca coriácea, quando bem maduro arrebentase, mostrando as sementes recobertas por mucilagem avermelhada.
Seus principais constituintes químicos são alcaloides (peletierina, isopeletierina e
metilpeletierina) e taninos. Suas principais indicações de uso são: vermífuga (tênia) e
antibacteriana útil nas estomatites, amigdalites, faringites e laringites (inflamações da boca e
garganta). São utilizadas as seguintes partes da planta: cascas dos frutos, do tronco, da raiz e
as sementes frescas.
HORTELÃ
Nome científico Mentha x villosa L.25. Pertencente à família Labiatae tem origem na
Europa. É uma planta vivaz; caules violáceos, ramificados; folhas opostas, oval-lanceoladas,
serreadas, cor verde escura; os espécimes ativos são peciolados; flores lilases ou azuladas,
dispostas em espigas terminais; fruto tipo aquênio.
Seus principais constituintes químicos são óleo essencial contendo mentol, mentona,
mentofurona, pineno, limoneno, cânfora. Apresenta ainda tanino, ácidos orgânicos,
flavonoides, heterosídios da luteolina e apigenina. Suas principais indicações de uso: planta
digestiva, estimulante, e tônica, em geral. É carminativa, antiespasmódica, estomática,
expectorante, antisséptica, colerética, colagoga e vermífuga (giárdia, ameba e lombrigas). São
utilizadas as seguintes partes: folhas frescas ou secas.
GENGIBRE
Nome científico Zingiber officinale Roscoe. Pertencente à família Zingiberaceae tem
origem na Ásia Tropical. É uma planta herbácea, rizomatosa, perene; raízes adventícias,
folhas dísticas, sendo as basilares, reduzidas; brácteas florais, obovadas, cada uma envolvendo
uma só flor curto pedicelada; rizoma de sabor picante.
Seus principais constituintes químicos são gingerol, zingibereno (bactericida), Bbisoboleno, zingerona, B-felandreno, citral, canfeno, e cineol. Suas principais indicações de
uso são: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os gases intestinais (carminativo),
vômitos, e rouquidão. É tônico e expectorante. Externamente é revulsivo, utilizado em
traumatismos, e reumatismos. É utilizada a seguinte parte da planta: rizoma (raiz).
CAPIM-SANTO
16
Nome científico Cymbopogon citratus Stapf. Pertencente à família Gramíneae tem
origem na Índia. É uma erva perene, cespitosa, formando touceira, compactas e robustas, de
até 1,2 metros, de altura, com risoma semi-subterrâneo. As flores são raras e estéreis.
Seus principais constituintes químicos são óleo essencial contendo geraniol, citral
(antiespasmótico,

antimicrobiano,

inseticida

e

repelente),

mirceno

(analgésico),

cimbopogonol, limoneno, dipenteno, e outros. Suas principais indicações de uso são:
bactericida, antiespasmódico, calmante, analgésico, suave, carminativo, estomáquico,
diurético, sudorífico, hipotensor, anti-reumático. São mais utilizados em diarréias, dores
estomacais e problemas renais. É utilizada a seguinte parte da planta: folhas.
CAMOMILA
Nome científico Matricaria recutita L. Pertencente à família Compositae tem origem
na Europa. É uma erva anual, com até 40 centímetros de altura; folhas muito dividida;
inflorescências em capítulos terminais, com centro amarelo, constituídos por flores tubuladas,
e periferia, formada por flores liguladas brancas, que ficam pendentes quando a inflorescência
amadurece; frutos, aquênios; caule glabro verde, ereto, ramificado, e delicado.
Seus principais constituintes químicos são óleo essencial contendo camazuleno,
matricina, bisabolol (antiiflamatório), flavonóides e colina. Suas principais indicações de uso
são: suave ação calmante, antiiflamatório, analgésica, antiespasmódica, carminativa,
cicatrizantes e emenagoga. É utilizada a seguinte parte da planta: capítulos florais.
ALHO
Nome científico Allium sativum L. Pertencente à família Liliaceae tem origem na
Ásia Central. É uma planta herbácea anual, com 50 a 70 centímetros de altura; bulbo
composto; folhas verdes, longas, delgadas e pontiagudas; inflorescências em umbela (flores
brancas ou avermelhadas).
Seus principais constituintes químicos são aliicina (formada a partir da aliína, pela
ação da enzima, aliinase), ajoeno, ácido fosfórico e sulfúrico, vitaminas A, B e C, proteínas
sais minerais, óleos essenciais, glicosídios, galicina, resinas, enzimas e sulfuretos. Suas
principais indicações de uso são: contra hipertesão e picadas de inseto. É diurético,
expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antiinflamatório, antibiótico, antisséptico,
17
vermífugo (lombriga, solitária e ameba). Usado ainda para arteriosclerose e ajuda a controlar
o ácido úrico no organismo. Diminui o colesterol e os triglicerídios séricos. É utilizada a
seguinte parte da planta: dentes (bulbilhos).
BOLDO
Nome científico Vernonia condensada Beker. Pertencente à família Compositae tem
origem na África. É um arbusto perene que cresce até 2 ou 3 metros de altura, formando
touceiras; folhas alternas. Sabor amargo.
Seus principais constituintes químicos são óleos essenciais, saponinas, taninos,
flavonóides e lactonas sesquiterpênicas. Suas principais indicações de uso são: analgésico,
aperiente, colagoga, colerético, desintoxicante do fígado, diurético e antidiarréico. Usado
popularmente para a ressaca alcoólica. É utilizada a seguinte parte da planta: folhas.
ERVA-CIDREIRA
Nome científico Melissa officinalis L. Pertencente à família Labiatae tem origem no
Sul da Europa. É uma erva perene; caule de secção quadrangular; folhas opostas ovais, verdeclaras e brilhantes, denteadas; flores esbranquiçadas, reunidas em glomérulos, axilares. Odor
semelhante ao do limão.
Seus principais constituintes químicos são tanino e óleo essencial contendo citral,
citronelal, citronelol, pineno, limoneno, linalol e geraniol; taninos, ácido caféico e
clorogênico. Suas principais indicações de uso são: calmante, digestiva, carminativa,
antiespasmódica, antinevrálgica. Usada ainda contra insônia, para problemas nervosos e no
tratamento de feridas. Atua como hipotensor. É utilizada a seguinte parte da planta: folhas.
BABOSA
Nome científico Aloe vera L. Pertencente à família Liliaceae tem origem no Sul da
África. É uma planta que possui folhas carnosas, grossas, e suculentas, quase triangulares,
orlanda de espinhos, são ricas em suco mucilaginoso translúcido no centro e amarelado
próximo à epiderme; caule muito curto; flores tubulosas e de cor vermelha, em cacho.
Seus principais constituintes químicos são barbalodina, aloína (purgativo),
aloquilodina, aloetina, aloeferon (cicatrizante), ácidopícrico, resinas, mucilagens e vitaminas
18
E e C. Suas principais indicações de uso são: o suco das folhas é emoliente e resolutivo,
quando usado topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de
cabelo. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga. A folha, despida de cutícula, é um
supositório calmante nas retites hemorroidais. É ainda utilizada externamente nos casos de
entorses, contusões e dores reumáticas. São utilizadas as seguintes partes das plantas: folhas,
polpa e seiva.
MACELA
Nome científico Achyrocline satureioides D.C. Pertencente à família Compositae
tem origem no Brasil. É uma planta herbácea, ereta, ramificada; caule cilindro e piloso, com
até 15 centímetros de altura; folhas sésseis, lineares ou lanceoladas; flores em capítulos
amarelos.
Seus principais constituintes químicos são quercitina, luteolina, galangina, ésteres de
colerianina, isognafalina e monoterpenos. Suas principais indicações de uso são:
antiespasmódica, antiinflamatória, antisséptica, calmante e para problemas digestivos. É
utilizada a seguinte parte da planta: inflorescências secas.
8 CONCLUSÃO
A importância de conhecer a maneira correta de manipular as plantas medicinais tem
fundamental influência na sua aplicação e no seu uso consciente. Por meio do presente
trabalho constatamos o quão bom pode ser a aplicação de plantas medicinais no que se diz
respeito a amenizar enfermos ou até mesmo curá-los desde que sua manipulação e dosagem
sejam feitas de maneira correta.
Portanto para o cultivo das plantas medicinais é preciso ter conhecimento específico
na área, pois seu cultivo é bastante complexo, e tem-se que tomar decisões corretas em
ralação ao local onde deve ser plantado, qual o preparo do solo adequado, adubação, controle
de pragas e doenças, colheita, qual método mais indicado para secagem, armazenamento e,
principalmente, seus possíveis efeitos no nosso organismo. No Brasil vêm se tornando cada
vez mais conhecidas e reconhecidas por muitos pesquisadores de extrema importância para
curar e prevenir doenças nos seres humanos. Com o passar dos anos, as pesquisas sobre
plantas medicinais estão sendo mais valorizadas, visto que sua importância é cada vez mais
notável na cura de doenças e na base de muitos remédios produzidos no país.
19
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
VEIGA, F. Valdir. Plantas medicinais: Cura Segura. Instituto de Química, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, CT, Bloco A, Cidade Rio de Janeiro – RJ.
MARTINS, R. E et al. Plantas Medicinais. Viçosa: UFV, 2000.
MACIEL, A. Maria. et al. Plantas Medicinais: A Necessidade de Estudos
Multidisciplinares. Quim. Nova, Vol. 25, Rio de Janeiro, 2002.
RIBEIRO S. Suelma. et. al. Plantas Medicinais Do Brasil: Aspectos Gerais Sobre
Legislação E Comércio. IBAMA.

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Plantas Medicinais

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE CIÊNCIA DE TECNOLOGIA AGORALIMENTAR – CCTA UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – UAGRA CAMPUS POMBAL - PB CURSO: AGRONOMIA DISCIPLINA: AGROECOLOGIA Plantas Medicinais Anderson Bruno Anacleto de Andrade Rafael Guimarães Veriato Wellinghton Alves Guedes Pombal – PB 2013
  • 2. Anderson Bruno Anacleto de Andrade Rafael Guimarães Veriato Wellinghton Alves Guedes Plantas Medicinais Trabalho apresentado a o professor Alan Cauê de Holanda para a obtenção de nota da disciplina Agroecologia. Pombal – PB 2012
  • 3. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................4 2 HISTÓRIA DAS PLANTAS MEDICINAIS....................................................................5 3 PRINCÍPIO ATIVO..........................................................................................................6 3.1 Tipos de princípio ativos..............................................................................................6 4 CULTIVOS E COLHEITA DE PLANTAS MEDICINAIS..............................................9 5 CUIDADOS NO USO DE PLANTAS MEDICINAIS...................................................11 6 FORMAS DE PREPARO E USO...................................................................................12 7 PRINCIPAIS PLANTAS MEDICINAIS........................................................................13 8 CONCLUSÃO.................................................................................................................19 9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................20
  • 4. 1 INTRODUÇÃO A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade, com o passa dos tempos o uso está se tornando cada vez mais significativo. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que seca de 80% da população mundial fez uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica. Ernane Martins et. al (2000) afirmam que das 200.000 espécie vegetais que possam existir no Brasil, na opinião de alguns autores, pelo menos a metade pode ter alguma propriedade terapêutica útil à população, mas nem 1% dessas espécies com potencial foi motivo de estudos adequados. Podemos observar que as pesquisas realizadas com plantas medicinais originaram medicamentos em menor tempo, com custos inferiores, tornado-se acessível à população, quando comparados com os medicamentos sintéticos ou semissintéticos onde apresentam custos elevados. Atualmente grande parte da comercialização de plantas medicinais é feita em farmácias e lojas de produtos naturais, onde preparações vegetais são comercializadas com rotulação industrializada. Em geral, essas preparações não possuem certificado de qualidade e são produzidas a partir de plantas cultivadas, o que descaracteriza a medicina tradicional que utiliza, quase sempre, plantas da flora nativa. No Brasil são consumidas com pouca ou nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas, propagadas por usuários ou comerciantes. (VALDIR VEIGA et al., 2005) As plantas medicinais estão cientificamente aprovadas a serem utilizadas pela população nas suas necessidades de saúde, em função da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade cultural com as tradições populares. São classificadas como produtos naturais podendo assim ser comercializadas livremente, ou cultivadas pelos próprios consumidores. Neste trabalho propõe-se apresenta informações sobre a história das plantas medicinais, seu princípio ativo, como realizar o cultivo, o cuidado no uso, as principais formas para usá-las como recurso terapêutico, e citar as principais plantas medicinais encontradas. 4
  • 5. 2 HISTÓRIA DAS PLANTAS MEDICINAIS É provável que a utilização das plantas como medicamento seja tão antiga como o próprio homem. Numerosas etapas marcaram a evolução da arte de curar, tornando difícil delimitá-las com exatidão, já que a medicina esteve há muito tempo associada às práticas mágicas, místicas e ritualísticas. Consideradas ou não seres espirituais, as plantas, por suas propriedades terapêuticas ou tóxicas, adquiriram fundamental importância na medicina popular. Desde o ano 3000 a.C. têm-se informações que a China dedicava-se ao cultivo de plantas medicinais, e atualmente, mantém laboratórios de pesquisa e cientistas trabalhando exclusivamente para desenvolver produtos farmacêuticos com ervar medicinais de uso popular. Sabe-se também que desde 2300 a.C. os egípcios, assírios e hebreus cultivavam varias ervas, chegando a criar purgantes, vermífugos, diuréticos, cosméticos e especiarias para a cozinha, além de líquidos e gomas utilizados no embalsamento de múmias. Na antiga Grécia, foi criada uma obra que recebeu o nome de ‘’ Corpus Hipocratium’’ pelo Hipócrates (460- 377 a.C.) considerado o Pai da Medicina. Essa obra reuniu uma síntese dos conhecimentos médicos do seu tempo, indicando para cada enfermidade o remédio vegetal e o tratamento adequado. Com o passar do tempo, surgiram outras obras cada vez mais detalhadas e precisas sobre plantas medicinais devido ao aumento nas pesquisas sobre o tema. No Brasil, a utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças apresenta, fundamentalmente, influências da cultura indígena, africana e, naturalmente, europeia. Os índios utilizavam a fitoterapia dentro de uma visão mística, em que se usavam plantas entorpecentes para sonhar com espíritos em busca de obter informações deles sobre ervas adequada e tratamento para diversos enfermos. Os índios também descobriam plantas medicinais a parti de observações feitas com animais, os quais procuravam algumas plantas quando o mesmo passava por algum desconforto. A influência africana é pouco conhecida, mas acredita-se que, quando alguém adoecia era porque estava possuído pelo espírito mau, então era feito uso de drogas para expulsá-lo por meio de exorcismo. A influência, por sua vez, teve inicio por volta de 1579, 5
  • 6. com a chegada dos padres jesuítas com o objetivo de catequizar os índios. Com eles vieram receitas caseira a base de plantas medicinais, as quais foram adaptadas e se reproduziram no nosso país. 3 PRICÍPIO ATIVO As plantas sintetizam compostos químicos a partir dos nutrientes, da água e da luz que recebem. Muitos desses compostos ou grupos deles podem provocar reações nos organismos, são os princípios ativos. A planta medicinal é aquela que contém um ou mais princípios ativos, conferindo-lhe atividade terapêutica. Há vários grupos de princípios ativos, mas muitos deles ainda não são conhecidos. 3.1 Tipos de Princípios Ativos Alcalóides Os alcalóides são compostos azotados (nitrogênio amínico) complexos, de natureza básica ( alcalina ), capazes de produzir geralmente poderosos efeitos fisiológicos. São, na maior parte dos casos, venenos vegetais muito ativos, dotados de uma ação específica. Segundo MARTINS (1995), podem ter coloração amarela, roxa ou incolor. Nas células vegetais estão nos vacúolos. Quando na forma de sais, encontram-se nas paredes celulares. Localizam-se nas folhas, sementes, raízes e nos caules. A medicina emprega-os normalmente em estado puro e o seu verdadeiro valor apenas se releva quando usados adequadamente pelo médico. Segundo a sua composição química e, sobretudo, a sua estrutura molecular, os alcalóides podem ser divididos em vários grupos. É encontrado em vários órgãos da planta, porém sua concentração pode variar durante o ano. No corpo humano atua no sistema nervoso central. Glucosídeos ROCHA (1998) cita que, os glucosídeos são produtos do metabolismo secundário das plantas. Compõem-se de duas partes. Uma contém açúcar, por exemplo, a glucose, e é geralmente inativa, embora favoreça a solubilidade do glucosídeo, a sua absorção e mesmo o seu transporte para determinado órgão. O efeito terapêutico é determinado pela segunda parte, a mais ativa, designada aglícono. Saponinas 6
  • 7. ROCHA (1998) cita que, as saponinas ou hetereosídeos, são muito comuns nas plantas medicinais. Do ponto de vista químico, caracterizam-se igualmente por um radical glucídico (glucose, galactose) ligado a um radical aglícono. A sua propriedade física principal é reduzir fortemente a tensão superficial da água. Todas as saponinas são fortemente espumosas e constituem excelentes emulsionantes. Têm outra propriedade característica: proporcionam a hemólise dos glóbulos vermelhos (eritrócitos), isto é, libertam a sua hemoglobina, o que explica o efeito tóxico de algumas delas, tornando-as impróprias para consumo. As saponinas irritam as mucosas, provocam um relaxamento intestinal, aumentam as secreções mucosas dos brônquios (são expectorantes): flor de verbasco, raiz de alcaçuz e de saponária. São também usadas como diuréticos e desinfetantes das vias urinárias (caule folhoso da herniária, folha de bétula, raiz de resta-boi). A célebre raiz de ginseng (Panax ginseng), originária da China, da Coréia e das regiões extremo-orientais da União Soviética, é igualmente rica em saponinas. Segundo MARTINS (1995), as saponinas são importantes substâncias utilizadas na fabricação de cortisona (antiinflamatório) e de hormônios sexuais. Princípios amargos ROCHA (1998) cita que estas substâncias apresentam um gosto amargo, excitam as células gustativas, estimulam o apetite e aumentam a secreção dos sucos gástricos. A farmacologia agrupa, sob o nome de princípios amargos, as substâncias vegetais terpênicas susceptível de libertar azuleno, assim como glucosídeos de diversas estruturas bioquímicas. O primeiro grupo engloba, por exemplo, os sucos amargos do absinto e do cardo-santo. O segundo grupo é o mais comum: reúne os sucos das gencianáceas (genciana, trifólio) e centáurea. Taninos ROCHA (1998) cita que estas substâncias de composição química variável apresentam uma característica comum: a capacidade de coagular as albuminas, os metais pesados e os alcalóides. São hidrossolúveis. O seu interesse medicinal reside essencialmente na sua natureza adstringente: possuem a propriedade de coagular as albuminas das mucosas e dos tecidos, criando assim uma camada de coagulação isoladora e protetora, cujo efeito é reduzir a irritabilidade e a dor, deter os pequenos derrames de sangue. As substâncias aromáticas 7
  • 8. Segundo ROCHA (1998), faz parte deste grupo certo número de substâncias, frequentes nas drogas vegetais, de composição e ação por vezes muito variáveis. Podem estar associadas na planta a outras substâncias ativas. É neste grupo que encontramos, nomeadamente, os glucosídeos fenólicos, ou os derivados do fenilpropano, como as cumarinas de perfume característico. Os caules folhosos do meliloto, da aspérula odorífera, são ricos em cumarina. As hidroxicumarinas apresentam igualmente interesse farmacêutico. Os óleos essenciais Segundo ROCHA (1998), os óleos essenciais são líquidos voláteis, refringentes, de odor característico. Formam-se num grande número de plantas como subprodutos do metabolismo secundário. Os vegetais são mais ricos em essências quando o tempo é estável, quente: será então a melhor altura para colhê-los. Do ponto de vista químico, trata-se de misturas extremamente complexas. A medicina recorre frequentemente a substâncias extraídas dos óleos essenciais (mentol, cânfora). O uso farmacêutico dos óleos essenciais fundamenta-se nas suas propriedades fisiológicas: o perfume e o gosto o efeito irritante sobre a pele e as mucosas as propriedades desinfetantes e a ação bactericida. As mucilagens vegetais Segundo ROCHA (1998), são misturas amorfas de polissacarídeos que formam na presença de água sistemas coloidais fortemente viscosos. Com água fria, as mucilagens engrossam e formam gels, com água quente dissolvem-se e formam soluções coloidais que se gelificam de novo ao arrefecer. Nas plantas, estas substâncias servem de reservatórios, sobretudo pela sua capacidade de reter a água. Nas infusões e decocções, as mucilagens das plantas medicinais têm como efeito reduzir a irritação quer física quer química. Exerce assim uma ação favorável contra as inflamações das mucosas, especialmente as das vias respiratórias e digestivas, atenuam as dores das contusões, amaciam a pele quando são aplicados cataplasmas. Reduzem o peristaltismo intestinal, e o seu efeito de absorção age favoravelmente em casos de diarreia. São usadas abundantemente como emulsionantes. As plantas mucilaginosas são usadas quer isoladamente quer em misturas de infusões. Citemos, por exemplo, a folha e a raiz da alteia, a flor da malva e a folha da mesma planta, a flor da malva-rosa, a folha e a flor da tussilagem, a semente do fenogrego . 8
  • 9. 4 CULTIVO E COLHEITA DE PLANTAS MEDICINAIS As plantas medicinais são cultivadas com técnicas utilizadas em outras espécies vegetais, uma dessas práticas é a propagação, que permite perpetuar e multiplicar, aumentando o número de indivíduos de uma dada espécie. É dividida em dois grupos, apresentando as modalidades mais simples e de fácil execução dessa técnica, a propagação sexuada e assexuada. Propagação sexuada Nesse tipo de propagação são utilizadas sementes, com ou sem frutos. Algumas sementes são plantadas sem os frutos, por exemplo, as leguminosas, cujos frutos são as vargens. Em outras plantas o fruto e a semente se confundem, como nos aquênios, nas famílias Compositae e Umbelliferae. Esta modalidade de propagação pode ser útil para produzir plantas mais ricas em óleos essenciais, entretanto, de maneira geral, as plantas levem muito tempo para produzir, além de poder ocorrer cruzamentos e segregações indesejáveis, reduzindo a qualidade genética dos plantios. Propagação assexuada ou vegetativa Nesse tipo de multiplicação, as plantas originadas são geneticamente iguais à plantamãe, a que se retiram as partes para multiplicar, o que constitui uma grande vantagem, pois elimina problemas com cruzamentos indesejáveis, aumentando a precocidade das plantas. No caso de plantas dioicas, em que o princípio ativo de interesse está presente em apenas um verticilo reprodutor, a propagação vegetativa é muito útil. Controle de plantas adventícias O controle de plantas invasoras nativas da área é muito importante para que seja mantido o equilíbrio com relação principalmente ao controle de pragas. Deve-se evitar que plantas invasoras entrem em competição com a cultura. Recomenda-se, procurar deixar as plantas invasoras nas entrelinhas, pois dessa forma elas cumprirão seu papel de proporcionar maior equilíbrio no cultivo. Muitas plantas consideradas invasoras são também medicinais, o que justifica mais ainda que sejam mantidas no sistema, pois poderão, inclusive, serem também colhidas, como é o caso do picão, das sete-sangrias, da serralinha, do dente de leão, dentre outras. 9
  • 10. Pragas e doenças As espécies medicinais normalmente apresentam alta resistência ao ataque de doenças e pragas, mas, pro algum desequilíbrio, este pode ocorrer em níveis prejudiciais. O uso de produtos químicos (agrotóxicos) é condenado para o cultivo de espécies medicinais, pelas alterações que esses produtos podem ocasionar nos princípios ativos. Tais alterações vão desde a permanência de resíduos tóxicos sobre as plantas até a veiculação de metais pesados como cádmio e o chumbo. Dentre as práticas culturais contra pragas, recomenda-se o uso de plantas repelentes, como a catinga-de-mulato (Tanacetum vulgare), que repele formigas e outros insetos; capuchinha (Tropaealum majus) e o cravo-de-defunto (Tagetes sp), que tem ação contra nematoides. Problemas com doenças também podem ocorrer. Nesse caso, o controle é mais difícil, sendo recomendadas as mesmas práticas culturais utilizadas para as pragas e cuidados para evitar a entrada de patógenos na área, como verificação das condições sanitárias das mudas, sementes e de outros propágulos introduzidos no local. Colheita O primeiro aspecto a ser observado na produção de plantas medicinais com qualidade, além da condução das plantas, é, sem dúvidas, a colheita no momento certo. O ponto de colheita varia de acordo com o órgão da planta, estágio de desenvolvimento, a época do ano e hora do dia. O estágio de desenvolvimento da planta é muito importante para se determinar o ponto de colheita principalmente em plantas perenes e anuais de ciclos longos. Outra observação importante é conhecer a parte da planta que deve ser colhida para que possa estabelecer o ponto ideal. Deve-se se lembrar que a colheita da planta em determinado ponto tem como objetivo a obtenção do máximo teor de principio ativo. No entanto, na maioria das vezes, nada impede que as plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto, para uso imediato. No Quadro 01 é mostrado o melhor momento para realização da colheita, de forma a garantir a melhor qualidade e o maior poder curativo. Quadro 01 – Recomendações gerais de colheita 10
  • 11. Parte Colhida Ponto de Colheita Casca e entrecasca Quando a planta estiver florida Flores No início da floração Frutos e sementes Quando maduros Raízes Quando a planta estiver adulta Talos e folhas Antes do florescimento Fonte: EMATER-DF (1988) e MARTINS et al. (1992) Procedimentos Pós-Colheita Com o aumento da utilização de plantas medicinais, faz-se necessário a colocação no mercado de produtos de boa qualidade. O produto será adequado ou não dependendo da forma como foi colhido, todo cuidado tomado vai resultar em um produto com melhor apresentação e com teores de princípios ativos dentro dos padrões definidos por cada espécie. Após a colheita das plantas, normalmente o material pode seguir três caminhos: uso direto do material fresco, extração de substâncias ativas ou aromáticas do material fresco e secagem para comercialização “in natura”. 5 CUIDADOS NO USO DAS PLANTAS MEDICINAIS O uso milenar de plantas medicinais mostrou, ao longo dos anos, que determinadas plantas apresentam substâncias potencialmente perigosas. Do ponto de vista científico, pesquisas mostraram que muitas delas possuem substâncias potencialmente agressivas e, por esta razão, devem ser utilizadas com cuidado, respeitando seus riscos toxicológicos. Os prováveis efeitos tóxicos de muitas das plantas ainda são ignorados. Na medida do possível, devem-se utilizar aquelas cujos efeitos sejam bem conhecidos, com dosagens moderadas e bem determinadas evitando-se o excesso. As intoxicações ocorrem quase sempre em razão do uso de quantidades excessivas de determinadas plantas, do preparo e uso inadequado e, principalmente, em virtude do uso de plantas com efeitos tóxicos. Algumas substâncias encontradas em plantas destinadas ao uso medicinal tem efeito tóxico agudo, outras são cumulativas no organismo, isto é, têm ação tóxica retardada, como é o caso das plantas portadoras de alcaloides pirrolizidínicos, por exemplo, o confrei (Symphitum spp.) e outras boragináceas. Componentes tóxicos ou antinutricionais, como o ácido oxálico, nitrato e ácido erúcico estão presentes em muitas 11
  • 12. plantas de consumo comercial. Diversas substâncias isoladas de vegetais considerados medicinais possuem atividade citotóxica ou genotóxica e mostram relação com a incidência de tumores Um dos efeitos tóxicos relatados recentemente foi ocasionado pelo uso de cápsulas de têucrio (Teucrium chamaedrys L. – Labiateae), que causou uma epidemia de hepatite na França. A origem do efeito tóxico foi atribuída a diterpenos do tipo neo-clerodano, transformados pelo citocromo P450 em metabólitos hepatotóxicos, que apresentavam uma subunidade epóxido (Veiga Jr. et al., 2005). É necessário se ter cuidado na coleta, dessecação, armazenamento e preparação de plantas ou parte de plantas para uma utilização correta enquanto fitoterápicos; não se deve colher planta próximo a estradas, pois podem está contaminadas, também se deve evitar a colheita próximo de lavouras onde utilizam agrotóxicos e à beira de cursos d’água contaminados com produtos químicos. As plantas frescas com mau aspecto não devem ser utilizadas e, quando secas, não devem apresentar sinais de deterioração, como aflatoxina, estaquiobotriotoxina e fusariotoxina, comuns em mofos e que pode causar perturbações diversas no organismo. O uso contínuo de uma mesma planta deve ser evitado, recomendando-se períodos de no máximo entre vinte e um e trinta dias, intercalados por um período de descanso entre quatro e sete dias, permitindo que o organismo repouse e, também, para que o possa atuar com toda eficácia (Martins et al., 2003). Os cuidados tomados em relação as plantas medicinais devem ser sempre conduzidos com total eficiência, porém, não se deseja com isso tornar o uso dessas plantas algo difícil, e sim apenas uma maneira mais segura e eficaz. Deve sempre de lembrar que as plantas não fazem milagres, o momento de procurar alternativas ou outros recursos é sempre viável, pois a orientação médica é fundamental e a fitoterapia é apenas uma das vertentes da medicina. 6 FORMAS DE PREPARO E USO O aproveitamento adequado dos princípios ativos de uma planta exige um preparo correto, ou seja, para cada parte da planta a ser usado, grupo de princípio ativo a ser extraído e doenças ou sintoma a ser tratado há uma forma de preparo e uso mais adequados. 12
  • 13. Existem diversas maneiras de preparação e uso das plantas medicinais; há aquelas que são ingeridas, como chá, infuso, maceração, aluá e tintura; e há também as de uso externo, a exemplo da cataplasma e as plantas usadas em banhos e compressas. A preparação, conhecida como forma farmacêutica, requer observação na utilização correta de cada caso, tendo cuidados de forma geral principalmente com a higiene. Os materiais utilizados nas preparações caseiras são instrumentos facilmente encontrados na cozinha como colheres, copos, papeiros, xicaras e coadores, sempre mantidos em boas condições de higiene, livres de contaminação. Alguns métodos caseiros de utilização de plantas medicinais (Martins et al., 2003): Cataplasma É um método que pode ser obtido de varias maneiras como: a) amassando ervas frescas e bem limpas e aplicando diretamente sobre a parte afetada em pano fino; b) reduz a planta em pó, mistura em água, chá ou outras preparações e aplica envolta de panos finos sobre as partes afetadas; c) pode também utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água, geralmente quente, com a planta fresca ou triturada. Infusão Preparação utilizada para todas as partes das plantas medicinais ricas em componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos que se degradam pela ação combinada da água e do calor prolongado. Normalmente, trata-se de partes tenras das plantas, tais como flores, botões e folhas. As infusões são obtidas fervendo a água necessária que é derramada sobre a erva já separada ou picada, colocada noutro recipiente. Após a mistura, o recipiente permanece tampado por um tempo de cinco e dez minutos. O infuso é coado logo após o término do repouso, sendo utilizado no mesmo dia da preparação. Decocção Preparação normalmente utilizada para ervas não-aromáticas e para drogas vegetais que possuem partes com resistência à ação da água quente. Numa decocção coloca-se a parte da planta na quantidade prescrita de água fervente, cobre e deixar ferver em fogo baixo por dez a vinte minutos. A seguir deve-se coar e espremer a erva em um pedaço de pano ou coador, sendo utilizando no mesmo dia de seu preparo. 13
  • 14. Maceração Uma preparação realizada a frio, que consiste em colocar a parte da planta medicinal dentro de um recipiente contendo álcool, óleo, água ou outro liquido extrator. Folhas, flores e outras partes tenras são picadas e ficam macerando por dez a doze horas, enquanto partes duras ficam macerando por dezoito a vinte e quatro horas. O recipiente deve permanecer em local fresco e protegido da luz, sendo agitado periodicamente. Ele deve se filtrado ao fim do período de repouso. Plantas com possibilidade de fermentação não devem ser submetidas a esse procedimento. Compressa É uma preparação para uso local que atua pela penetração dos princípios ativos através da pele, com a utilização de panos unidos, chumaços de algodão ou gazes embebidos em um infuso, decocto, sumo ou tintura da planta dissolvida em água. A temperatura da compressa pode ser quente ou fria. Banho É realizado por uma infusão ou decocção mais concentrada que deve ser coada e misturada na água do banho. Outra maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano fino e deixar boiando na água do banho. Os banhos são parciais ou de corpo inteiros e geralmente recomendados uma vez ao dia. Inalação Nesta preparação utiliza a combinação do vapor de água quente com as substâncias voláteis das plantas aromáticas. Sendo preparada da seguinte forma: coloca-se a erva a ser usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de sopa da erva fresca ou seca em meio litro d’água, aspirar lentamente (contar até três durante a inspiração, até três na retenção do ar e até três, novamente, quando expelir o ar), prosseguir assim, por quinze minutos. Para a inalação usa-se um funil de cartolina ou papel-jornal ou ainda uma tolha sobre os ombros, a cabeça e a vasilha para facilitar a inalação do vapor. Óleos São utilizados para plantas aromáticas ou as que apresentam substancias lipofílicas. As ervas secas ou frescas finamente moídas ou picadas, respectivamente são colocadas em um 14
  • 15. frasco transparente com óleo de oliva, girassol ou milho, mantendo-se o frasco fechado diretamente sob o sol por duas a três semanas, agitando-o diariamente. Filtrar ao final e separar uma possível camada de água que ser formar. Suco ou Sumo Tem-se o suco espremendo-se o fruto, enquanto o sumo é obtido ao triturar uma planta medicinal fresca num pilão ou em liquidificadores e centrifugas domesticas. Se a planta contiver pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de água e triturar novamente, após uma hora de repouso, recolhe-se então o liquido liberado. Tintura É a maneira mais simples de conservar os princípios ativos de muitas plantas medicinais. Trata-se da maceração especial, na qual as partes da planta trituradas ficam macerando em álcool e ao abrigo da luz e à temperatura do ambiente, por um período de oito a quinze dias, ao final o resíduo deve ser filtrado e presado em pano limpo e gradado também ao abrigo da luz. Deve-se dar preferência ao uso de álcool de cereais. Xarope ou Lambedor Usado normalmente em casos de tosse, dores de gargantas e bronquite. Sua preparação inicialmente faz uma calda com açúcar cristal ou rapadura, na proporção uma parte e meia a duas para cada parte de água, em volume. A mistura é levada ao fogo e em poucos minutos, há completa dissolução e a calda estará pronta. Adiciona-se as plantas preferencialmente frescas e picadas, em fogo baixo, e mexe em três a cinco minutos, findos os quais o xarope é coado e guardado em frasco de vidro. O xarope pode ser guardado por até quinze dias na geladeira. 7 PRINCIPAIS PLANTAS MEDICINAIS ROMÃ Nome científico Punica granatum. Pertencente à família Punicaceae tem origem na Ásia Ocidental. É um arbusto de pequeno porte, ereto, com altura entre 2 e 5 metros, muito ramificado; tronco espinhento com casca cinzenta e ramos opostos; folhas de forma elíptica, brilhantes e alternadas, opostas , caducas, e glabas; flores solitárias e terminais sésseis, de cor 15
  • 16. vermelho – alaranjada; fruto arredondado com casca coriácea, quando bem maduro arrebentase, mostrando as sementes recobertas por mucilagem avermelhada. Seus principais constituintes químicos são alcaloides (peletierina, isopeletierina e metilpeletierina) e taninos. Suas principais indicações de uso são: vermífuga (tênia) e antibacteriana útil nas estomatites, amigdalites, faringites e laringites (inflamações da boca e garganta). São utilizadas as seguintes partes da planta: cascas dos frutos, do tronco, da raiz e as sementes frescas. HORTELÃ Nome científico Mentha x villosa L.25. Pertencente à família Labiatae tem origem na Europa. É uma planta vivaz; caules violáceos, ramificados; folhas opostas, oval-lanceoladas, serreadas, cor verde escura; os espécimes ativos são peciolados; flores lilases ou azuladas, dispostas em espigas terminais; fruto tipo aquênio. Seus principais constituintes químicos são óleo essencial contendo mentol, mentona, mentofurona, pineno, limoneno, cânfora. Apresenta ainda tanino, ácidos orgânicos, flavonoides, heterosídios da luteolina e apigenina. Suas principais indicações de uso: planta digestiva, estimulante, e tônica, em geral. É carminativa, antiespasmódica, estomática, expectorante, antisséptica, colerética, colagoga e vermífuga (giárdia, ameba e lombrigas). São utilizadas as seguintes partes: folhas frescas ou secas. GENGIBRE Nome científico Zingiber officinale Roscoe. Pertencente à família Zingiberaceae tem origem na Ásia Tropical. É uma planta herbácea, rizomatosa, perene; raízes adventícias, folhas dísticas, sendo as basilares, reduzidas; brácteas florais, obovadas, cada uma envolvendo uma só flor curto pedicelada; rizoma de sabor picante. Seus principais constituintes químicos são gingerol, zingibereno (bactericida), Bbisoboleno, zingerona, B-felandreno, citral, canfeno, e cineol. Suas principais indicações de uso são: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os gases intestinais (carminativo), vômitos, e rouquidão. É tônico e expectorante. Externamente é revulsivo, utilizado em traumatismos, e reumatismos. É utilizada a seguinte parte da planta: rizoma (raiz). CAPIM-SANTO 16
  • 17. Nome científico Cymbopogon citratus Stapf. Pertencente à família Gramíneae tem origem na Índia. É uma erva perene, cespitosa, formando touceira, compactas e robustas, de até 1,2 metros, de altura, com risoma semi-subterrâneo. As flores são raras e estéreis. Seus principais constituintes químicos são óleo essencial contendo geraniol, citral (antiespasmótico, antimicrobiano, inseticida e repelente), mirceno (analgésico), cimbopogonol, limoneno, dipenteno, e outros. Suas principais indicações de uso são: bactericida, antiespasmódico, calmante, analgésico, suave, carminativo, estomáquico, diurético, sudorífico, hipotensor, anti-reumático. São mais utilizados em diarréias, dores estomacais e problemas renais. É utilizada a seguinte parte da planta: folhas. CAMOMILA Nome científico Matricaria recutita L. Pertencente à família Compositae tem origem na Europa. É uma erva anual, com até 40 centímetros de altura; folhas muito dividida; inflorescências em capítulos terminais, com centro amarelo, constituídos por flores tubuladas, e periferia, formada por flores liguladas brancas, que ficam pendentes quando a inflorescência amadurece; frutos, aquênios; caule glabro verde, ereto, ramificado, e delicado. Seus principais constituintes químicos são óleo essencial contendo camazuleno, matricina, bisabolol (antiiflamatório), flavonóides e colina. Suas principais indicações de uso são: suave ação calmante, antiiflamatório, analgésica, antiespasmódica, carminativa, cicatrizantes e emenagoga. É utilizada a seguinte parte da planta: capítulos florais. ALHO Nome científico Allium sativum L. Pertencente à família Liliaceae tem origem na Ásia Central. É uma planta herbácea anual, com 50 a 70 centímetros de altura; bulbo composto; folhas verdes, longas, delgadas e pontiagudas; inflorescências em umbela (flores brancas ou avermelhadas). Seus principais constituintes químicos são aliicina (formada a partir da aliína, pela ação da enzima, aliinase), ajoeno, ácido fosfórico e sulfúrico, vitaminas A, B e C, proteínas sais minerais, óleos essenciais, glicosídios, galicina, resinas, enzimas e sulfuretos. Suas principais indicações de uso são: contra hipertesão e picadas de inseto. É diurético, expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antiinflamatório, antibiótico, antisséptico, 17
  • 18. vermífugo (lombriga, solitária e ameba). Usado ainda para arteriosclerose e ajuda a controlar o ácido úrico no organismo. Diminui o colesterol e os triglicerídios séricos. É utilizada a seguinte parte da planta: dentes (bulbilhos). BOLDO Nome científico Vernonia condensada Beker. Pertencente à família Compositae tem origem na África. É um arbusto perene que cresce até 2 ou 3 metros de altura, formando touceiras; folhas alternas. Sabor amargo. Seus principais constituintes químicos são óleos essenciais, saponinas, taninos, flavonóides e lactonas sesquiterpênicas. Suas principais indicações de uso são: analgésico, aperiente, colagoga, colerético, desintoxicante do fígado, diurético e antidiarréico. Usado popularmente para a ressaca alcoólica. É utilizada a seguinte parte da planta: folhas. ERVA-CIDREIRA Nome científico Melissa officinalis L. Pertencente à família Labiatae tem origem no Sul da Europa. É uma erva perene; caule de secção quadrangular; folhas opostas ovais, verdeclaras e brilhantes, denteadas; flores esbranquiçadas, reunidas em glomérulos, axilares. Odor semelhante ao do limão. Seus principais constituintes químicos são tanino e óleo essencial contendo citral, citronelal, citronelol, pineno, limoneno, linalol e geraniol; taninos, ácido caféico e clorogênico. Suas principais indicações de uso são: calmante, digestiva, carminativa, antiespasmódica, antinevrálgica. Usada ainda contra insônia, para problemas nervosos e no tratamento de feridas. Atua como hipotensor. É utilizada a seguinte parte da planta: folhas. BABOSA Nome científico Aloe vera L. Pertencente à família Liliaceae tem origem no Sul da África. É uma planta que possui folhas carnosas, grossas, e suculentas, quase triangulares, orlanda de espinhos, são ricas em suco mucilaginoso translúcido no centro e amarelado próximo à epiderme; caule muito curto; flores tubulosas e de cor vermelha, em cacho. Seus principais constituintes químicos são barbalodina, aloína (purgativo), aloquilodina, aloetina, aloeferon (cicatrizante), ácidopícrico, resinas, mucilagens e vitaminas 18
  • 19. E e C. Suas principais indicações de uso são: o suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando usado topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga. A folha, despida de cutícula, é um supositório calmante nas retites hemorroidais. É ainda utilizada externamente nos casos de entorses, contusões e dores reumáticas. São utilizadas as seguintes partes das plantas: folhas, polpa e seiva. MACELA Nome científico Achyrocline satureioides D.C. Pertencente à família Compositae tem origem no Brasil. É uma planta herbácea, ereta, ramificada; caule cilindro e piloso, com até 15 centímetros de altura; folhas sésseis, lineares ou lanceoladas; flores em capítulos amarelos. Seus principais constituintes químicos são quercitina, luteolina, galangina, ésteres de colerianina, isognafalina e monoterpenos. Suas principais indicações de uso são: antiespasmódica, antiinflamatória, antisséptica, calmante e para problemas digestivos. É utilizada a seguinte parte da planta: inflorescências secas. 8 CONCLUSÃO A importância de conhecer a maneira correta de manipular as plantas medicinais tem fundamental influência na sua aplicação e no seu uso consciente. Por meio do presente trabalho constatamos o quão bom pode ser a aplicação de plantas medicinais no que se diz respeito a amenizar enfermos ou até mesmo curá-los desde que sua manipulação e dosagem sejam feitas de maneira correta. Portanto para o cultivo das plantas medicinais é preciso ter conhecimento específico na área, pois seu cultivo é bastante complexo, e tem-se que tomar decisões corretas em ralação ao local onde deve ser plantado, qual o preparo do solo adequado, adubação, controle de pragas e doenças, colheita, qual método mais indicado para secagem, armazenamento e, principalmente, seus possíveis efeitos no nosso organismo. No Brasil vêm se tornando cada vez mais conhecidas e reconhecidas por muitos pesquisadores de extrema importância para curar e prevenir doenças nos seres humanos. Com o passar dos anos, as pesquisas sobre plantas medicinais estão sendo mais valorizadas, visto que sua importância é cada vez mais notável na cura de doenças e na base de muitos remédios produzidos no país. 19
  • 20. 9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA VEIGA, F. Valdir. Plantas medicinais: Cura Segura. Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, CT, Bloco A, Cidade Rio de Janeiro – RJ. MARTINS, R. E et al. Plantas Medicinais. Viçosa: UFV, 2000. MACIEL, A. Maria. et al. Plantas Medicinais: A Necessidade de Estudos Multidisciplinares. Quim. Nova, Vol. 25, Rio de Janeiro, 2002. RIBEIRO S. Suelma. et. al. Plantas Medicinais Do Brasil: Aspectos Gerais Sobre Legislação E Comércio. IBAMA. 20