1. Plantas medicinais
História
• Pré-história: de modo totalmente empírico ou intuitivo baseado em descobertas
ao acaso.
• Egito século XVI a.C: Papiro de Ebers – um dos primeiros textos médicos (com
cerca de 800 receitas e referência a mais de 700 drogas incluindo absinto,
hortelã, mirra e mandrágora.
• Egito 2300 a.C: embalsamamento de cadáveres para evitar a deterioração.
Também utilizavam além das plantas medicinais outras como a papoula
(sonífera), a babosa e óleo de rícino (catárticos).
• Babilônia: combinava o poder curativo ou supostamente curativo de
determinadas substâncias e certas espécies vegetais utilizadas em rituais
religiosos.
• Grécia e Roma antiga: a medicina sempre esteve estreitamente dependente
da botânica.
2. Plantas medicinais
História
Estudos dos alquimistas na idade média na elaboração de elixires da longa
vida e a busca por plantas com propriedades miraculosas e afrodisíacas
Forneceram a base empírica, o embrião de futuras ciências como a botânica,
a química e a medicina.
Brasil: primeiras referências atribuídas ao Padre José de Anchieta e outros
jesuítas que aqui viveram durante os tempos coloniais.
Boticas dos colégios: receitas a base de plantas para o tratamento de
doenças.
Indígenas
Escravos Africanos
Europeus
Movimento dos quilombos
Estabelecimento de uma rica medicina popular
3. Plantas medicinais
História
Período pós-guerra Descoberta dos
antibióticos
Incremento de remédios a
base de drogas sintéticas
Abandono e falta de crença
nas drogas naturais
Década de 50 a 70 as plantas
medicinais foram marginalizadas e
somente a partir da década de 80
passaram a ser valorizadas como
fonte de propriedades curativas
OMS – estudo e uso de plantas medicinais como forma de baixar os custos
dos programas de saúde pública e ampliar o número de beneficiários de
seus programas, principalmente em países desenvolvidos e em
desenvolvimento.
Tendência generalizada de
retorno a fitoterapia
4. Plantas medicinais
Planta medicinal bem escolhida e usada corretamente só
difere do medicamento industrial feito com a substância
isolada apenas pela embalagem e pelas substâncias que
acompanham o princípio ativo.
Lorenzi e Matos 2008.
5. Plantas medicinais
Recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS)
a) Procedam levantamentos regionais das plantas usadas na medicina
popular tradicional e identifique-as botanicamente;
b) Estimulem e recomendem o uso daquelas que tiverem
comprovadas sua eficácia e segurança terapêuticas;
c) Desaconselhem o emprego de praticas da medicina popular
consideradas inúteis ou prejudiciais;
d) Desenvolvam programas que permitam cultivar e utilizar as plantas
selecionadas na forma de preparações dotadas de eficácia,
segurança e qualidade.
6. Plantas medicinais
Importância Social
Destaque para as populações menos favorecidas
Em vez de ser substituída pela química farmacêutica, foi revitalizada
A fitoterapia e os medicamentos feitos com plantas podem ter
credenciais impressionantes
• Nenhum laboratório produziu ainda um substituto para a digitalina
• A penicilina provém de fungos de plantas
• A beladona fornece produtos químicos utilizados em preparados
oftalmológicos e antiespasmódicos
7. Plantas medicinais
Medicina fitoterápica no Brasil
praticada por curandeiros
populares
praticada por terapeutas
profissionais
a prática da fitoterapia é parte
integral da cultura tradicional
Teve treinamento formal em
medicina e especialização em
fitoterapia
Prática profissional
de um clínico geral
Medicina Popular
9. Plantas medicinais
Planta Medicinal
É aquela comprovadamente capaz de curar doenças ou aliviar sintomas
e que soma longa tradição de uso como medicamento em uma
população ou comunidade.
Fitoterápico
É o medicamento que tem a planta medicinal como materia-prima.
Ele é obtido usando derivados extraídos da planta (extrato, tintura, óleo,
cera, suco, etc.) que são industrializados. Esse processo evita
contaminações por agrotóxicos e substâncias estranhas, garantindo a
qualidade e a eficácia do uso. Todo medicamento fitoterápico deve ser
produzido em laboratório autorizado e obter registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser
comercializado.
Não são considerados fitoterápicos: chás, partes ou pó de plantas
medicinais, homeopatia, florais, medicamentos manipulados, e própolis.
10. Plantas medicinais
Aspectos botânicos
Identidade das plantas - um dos aspectos mais delicados na fitoterapia
Nomes variáveis de região para região
Dependendo da região escolhida ou mesmo da opinião de
dois raizeiros
Tais interpretações errôneas podem induzir o usuário a utilizar uma
planta sem o princípio ativo desejado ou fazer uso de uma planta
perigosa
11. Plantas medicinais
Nomenclatura Botânica (Proposta por Carolus Linnaeus)
Cada espécie tem apenas um nome botânico. Não importa se a planta está
sendo estudada por cientistas japoneses, árabes ou brasileiro. Se a
aplicação do nome estiver correta o nome científico será sempre o mesmo
e espera-se que apresente as mesmas propriedades .
Nome científico
Ex.: Equisetum giganteum
Nome
genérico
Epíteto específico
12. Plantas medicinais
Manipulação de plantas medicinais
Formas farmacêuticas
Formas com instabilidade Formas com estabilidade
• Banho
• Cataplasma
• Compressa
• Chá
• Óleos
• Pós
• Soluções extrativas
• Águas aromáticas ou hidrolatos
• Unguento e pomada
• Elixir
• Xarope
• Supositórios
• Óvulos
• Xampus
• Sabonete
13. Plantas medicinais
Formas com instabilidade
Chá – Preparação pela qual há extração do princípio ativo utilizando a água, através
de temperaturas elevadas e/ou tempo decorrido. Pode ser preparado de várias
maneiras.
Decocção:
• Utilizado normalmente para ervas não
aromáticas (quê contém princípios estáveis
ao calor e para drogas vegetais constituídas
por sementes, raízes, cascas e outras partes
de maior resistência à ação de água quente.
Infusão:
• Utilizada para todas as partes de plantas
medicinais ricas em componentes voláteis,
aromas delicados e princípios ativos que
degradam pela ação combinada de água de
calor.
Maceração:
• Utiliza a combinação da água fria com o
tempo. Podem ser utilizadas qualquer parte
da planta, sendo alterado apenas o tempo
de repouso
14. Plantas medicinais
• Banho – Fazer uma infusão ou decocção mais concentrada, coar e
adicionar a água de banho.
• Cataplasma – Planta seca ou fresca aplicada sobre a parte afetada ou
envolvida em um pano fino ou gase. Também pode-se utilizar farinha de
mandioca ou fubar de milho, geralmente quente.
• Compressa – Preparação de uso local (tópico), que atua pela penetração
dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos chumaços de
algodão ou gases embebidos em infuso concentrado, decoto, sumo ou
tintura da planta dissolvida em água quente ou fria.
Suco ou sumo – Após a extração deixa-se uma hora em repouso e recolhe
o líquido liberado.
15. Plantas medicinais
Formas com estabilidade
• Pós – A planta é seca o suficiente para permitir sua trituração a ser
utilizada diretamente ou na preparação de outra fórmula.
• Vantagens
- Podem ser diluídos em líquidos ou misturados a comida
- Ao serem pulverizados, os fármacos das plantas não diminuem suas atividades
- Quanto menor a partícula , mais rápido poderá ser obtido o efeito, sendo
melhor absorvido pelo trato gastrointestinal, atingindo níveis sanguíneos mais
rapidamente
• Alterações
- O ar pode provocar hidrólise e modificar o pó
- A luz pode inutilizar pela incidência de raios
- O calor pode provocar alterações
• Acondicionamento
• Óleos – As ervas secas ou frescas são colocadas em um frasco
transparente com óleo de oliva, girassol ou milho. Mantém-se o frasco
fechado ao sol por duas a três semanas. Filtra-se e separa uma possível
camada de água que se forme. Conservar em vidros protegidos da luz.
16. Plantas medicinais
• Soluções extrativas – São resultantes da dissolução parcial de uma
planta já em forma de pó, num determinado líquido chamado de solvente, no
qual dissolvem apenas alguns constituintes (princípios ativos) e deixando
resíduo tudo que não tem atividade farmacológica.
Água como líquido extrator Álcool como líquido extrator
Formas com estabilidade
• Maceração
• Percolação
• Alcoolatura
• Tintura
• Extratos
17. Plantas medicinais
Formas com estabilidade
• Águas aromáticas ou hidrolatos
• Unguento e pomada
• Vinho medicinal
• Xarope
• Supositórios
• Óvulos
• Xampus
• Sabonete
18. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
Todas as plantas sintetizam, acumulam ou depositam substâncias representadas
pelos compostos químicos ou grupos de compostos químicos, os quais constituem
os princípios ativos, compostos que conferem ação terapêutica às plantas
medicinais.
Geralmente na forma de complexos que se completam e reforçam a ação sobre o
organismo.
Todos os organismos possuem caminhos metabólicos semelhantes de produção de
compostos essenciais à sobrevivência (acúcares, aminoácidos, ácidos graxos,
nucleotídeos e seus polímeros derivados – polissacarídeos, proteínas, lípídios, RNA,
DNA, etc)
METABÓLITOS PRIMÁRIOS
19. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
As plantas produzem ampla diversidade de substâncias orgânicas que não têm
função direta no seu crescimento e desenvolvimento.
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
Tem função ligada à ecologia da planta,
isto é, ao relacionamento da planta com
o meio ambiente
20. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
De modo geral os metabólitos secundários podem ser divididos em três grupos
principais
Terpenóides
Compostos
fenólicos
Compostos
nitrogenados
Muitos constituinte naturais ainda não foram isolados e isolados do ponto de
vista químico
Grande quantidade de compostos já isolados e com estrutura química
determinada ainda não foi estudada em relação a suas atividades biológicas,
seja em relação a própria planta, seja quanto às potencialidades de uso com
outras finalidades, especialmente de interesse terapêutico .
21. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
Apenas um grupo restrito de substâncias possui funções e atividades
determinadas como:
Alcalóides
Terpenos
Lignanas
Flavonoides
Cumarinas
22. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Alcalóides - De todos os grupos de princípios ativos os alcalóides possuem
maior atividade biológica, portanto apresentam grande potencialidade tóxica.
Na sua maioria apresentam sua dose terapêutica muito próxima da tóxica,
necessitando de maior cuidado na sua utilização
São bem absorvidos por via oral e metabolizados pelo fígado
A ação farmacológica alvo é o sistema nervoso central, podendo apresentar-se como
analgésico e narcótico (outros podem ter ação estimulante)
Alguns provocam elevação na pressão sanguínea enquanto outros produzem
hipotensão
Alguns podem ser cancerígenos enquanto outros podem apresentar propriedade
biológica inversa, sendo antitumorais.
Apresentam localização variada (folhas, sementes, raízes e caules)
Sua concentração pode variar dependendo da época do ano e ainda
podem estar restritos a uma determinada parte da planta
Apenas 10 a 15% das plantas conhecidas apresentam alcalóides em
sua constituição química
28. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Terpenos
Também conhecidos como terpenóides, os terpenos são substâncias de origem vegetal e
animal que apresentam fórmula química geral (C5H8)n, hidrocarbonetos formados por um
conjunto de isoprenos (daí o “n” da fórmula). Geralmente são encontrados em óleos de
essências ou como em forma de seus derivados oxigenados, tais como álcoois, aldeidos,
cetonas, ésteres ou ácidos carboxílicos.
30. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Taninos
São substâncias químicas complexas, polifenóficas ligadas a outros compostos
aromáticos que se distribuem em todas as partes das plantas.
Possui grande afinidade com proteínas, formando complexos e
causando sua precipitação. Provoca uma sensação de desconforto na
boca e na língua, caracterizada pela adstringência ao mastigar uma parte
que os contém.
Apresentam atividade farmacológica variável:
Antiséptico e antimicrobiano (devido a capacidade de lesionar as
moléculas da parede celular de protozoários, fungos e bactérias)
Anti-hemorágica (precipitam proteínas do plasma, ativam fatores de
coagulação sanguínea e são vasoconstritores
Antidiarréica (reduz a atividade peristáltica do intestino)
Possui ação cicatrizante
Toxidade???????
31. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Flavonóides
São encontrados principalmente na parte aérea das plantas, ocorrendo em
menor proporção em raízes e rizomas.
Ações farmacológicas comuns: anttiinflamatória, estabilizadora do
endotélio vascular, antiespasmódicas, cardiocirculatórias,
antiescleróticos, antiedematosos, dilatadores das coronárias,
espasmolíticos, anti-hepatotóxicos, coleréticos, diuréticos e
antimicrobianos
Possui baixa toxidade
É bem absorvido pelo organismo
Protetores contra doenças causadas por microorganismos de plantas
32. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Flavonóides
• Catequinas – Classes de flavonóides a qual se utiliza como adstringente
no controle da diarréia pois inibe uma enzima, a uroquinase, fundamental
pra que o tumor cancerígeno cresça e produza metástases.
Não provoca efeitos secundários maléficos, o que permitiria sua
utilização em grande dose sem prejudicar o enfermo
Comprovou-se que retardam a angiogênese, processo pelo qual o
tumor gera novos vasos sanguíneos para nutrir-se e crescer.
Tem sido especulado sua ação contra o carcinoma pulmonar
As catequinas e outros bioflavonóides exibem atividade antioxidante
semelhante a da vitamina C e da E que também demonstraram reduzir
o risco de certos tipos de cancro quando administradas como
suplementos ou quando constituem naturalmente uma parte importante
da alimentação.
36. Plantas medicinais
• Glicosídeos – São substâncias que podem causar intoxicações crônicas em
consequência de utilização frequente por apresentarem absorção de efeito
cumulativo.
Seu uso no tratamento de doenças cardíacas é restrito à droga extraída
e purificada sob recomendação médica devido ao fato de não existir um
controle adequado da quantidade dessas substâncias ingeridas sob a
forma de chás ou outras.
Substâncias ativas de plantas medicinais
39. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Glicosídeos antraquinônicos ou antraquinonas
Apresentam ação laxativa, cicatrizante, anti-séptica e antiinflamatória
local
Não são bem absorvidas pelo tubo digestivo, por isso seu emprego é
sempre realizado por via cutânea ou para utilização no intestino
O uso prolongado de algumas antraquinonas pode ter efeito
carcinogênico
A utilização desses vegetais é indicada principalmente para pacientes
constipados que não apresentam resposta positiva a medicamentos
mais suaves e nos casos onde há necessidade de evacuação tais como
intervenções diagnósticas ou cirúrgicas.
41. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Saponinas – Grupo de heterosídeos muito comum nas plantas superiores
com característica peculiar de formar espuma quando colocadas em água.
Apresentam essa designação por possuírem propriedade físico-química de
saponificar substâncias lipossolúveis
Medicinalmente apresentam atividade mucolítica, expectorante,
diurética, antiséptica, laxativa antimicrobriana, antiinflamatória e
aumentam a permeabilidade das membranas.
Altas doses na corrente sanguínea podem provocar hemólise
A absorção através do trato gastrointestinal é reduzida, diminuindo o
risco de intoxicação quando utilizadas através da via oral
Na sua maioria apresentam toxidade para insetos e moluscos e
algumas vezes são utilizadas para o controle dos caramujos
transmissores da esquitossomose
43. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Carotenóides – Funcionam como fonte de vitamina A e de outros
retinóides, bem como de agentes fotoprotetores e de prevenção do câncer.
Essas funções protetoras parecem decorrer de suas capacidades como
antioxidantes.
(Daucus carota)
(Spinacea olerácea)
(Nasturtium officinale)
44. Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Triterpenóides – Constituinte químico do grupo dos terpenos. A maioria
dos triterpenóides é constituída por alcoóis que podem combinar-se com
açúcares para formar glicosídeos, como no caso das saponinas.
Camarasinho, cambará (Lantana camara)
45. Plantas medicinais
• Catequinas – Classes de flavonóides a qual se utiliza como adstringente
no controle da diarréia pois inibe uma enzima, a uroquinase, fundamental
pra que o tumor cancerígeno cresça e produza metástases.
Não provoca efeitos secundários maléficos, o que permitiria sua
utilização em grande dose sem prejudicar o enfermo
Comprovou-se que retardam a angiogênese, processo pelo qual o
tumor gera novos vasos sanguíneos para nutrir-se e crescer.
Tem sido especulado sua ação contra o carcinoma pulmonar
As catequinas e outros bioflavonóides exibem atividade antioxidante
semelhante a da vitamina C e da E que também demonstraram reduzir
o risco de certos tipos de cancro quando administradas como
suplementos ou quando constituem naturalmente uma parte importante
da alimentação.
Substâncias ativas de plantas medicinais
46. Plantas medicinais
• Compostos fenólicos – Constituem-se com um dos grupos mais
abundantes na natureza e originam diversos outros compostos como os
taninos.
Ocorrem conjugados com outras moléculas. Raramente ocorrem em
estado livre
Geralmente, o papel farmacológico nas plantas tem sido indicado como
agentes alelopáticos e também como agentes antifúngicos
A principal ação farmacológica é laxante
Agumas benzoquinonas e naftoquinonas mostraram atividade contra
tripanosomídeos e ação antileucêmica
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Cumarinas – Apresentam diversas ações medicinais, sendo a principal a de
prevenir a coagulação sanguínea por atuar no fígado interferindo na
ação da vitamina K. Apresenta ação antibacteriana e sensibiliza a pele sob
ação dos raios ultravioletas. Também atuam como estimulantes das
enzimas anticâncer.
47. Plantas medicinais
• Flavonóides – São encontrados principalmente na parte aérea das plantas,
ocorrendo em menor proporção em raízes e rizomas.
Ações farmacológicas comuns: anttiinflamatória, estabilizadora do
endotélio vascular, antiespasmódicas, cardiocirculatórias,
antiescleróticos, antiedematosos, dilatadores das coronárias,
espasmolíticos, anti-hepatotóxicos, coleréticos, diuréticos e
antimicrobianos
Possui baixa toxidade
É bem absorvido pelo organismo
Protetores contra doenças causadas por microorganismos de plantas
Substâncias ativas de plantas medicinais
48. Plantas medicinais
• Taninos – São substâncias químicas complexas, polifenóficas ligadas a
outros compostos aromáticos que se distribuem em todas as partes das
plantas.
Possui grande afinidade com proteínas, formando complexos e
causando sua precipitação. Provoca uma sensação de desconforto na
boca e na língua, caracterizada pela adstringência ao mastigar uma parte
que os contém.
Apresentam atividade farmacológica variável:
Antiséptico e antimicrobiano (devido a capacidade de lesionar as
moléculas da parede celular de protozoários, fungos e bactérias)
Anti-hemorágica (precipitam proteínas do plasma, ativam fatores de
coagulação sanguínea e são vasoconstritores
Antidiarréica (reduz a atividade peristáltica do intestino)
Possui ação cicatrizante
Toxidade???????
Substâncias ativas de plantas medicinais
49. Plantas medicinais
Outras substâncias
• Aflotoxina (Aspergillus flavus) – capaz de induzir câncer no fígado
• Fusariotoxina (Aspergillus, Penicillium, Rhizopus, Fusarium,
Cladosporium)
Substâncias ativas de plantas medicinais
50. Plantas medicinais
Validação de novas drogas e Plantas medicinais
Planta medicinal é medicamento somente quando validada e incluída na
farmacopéia, requerendo condições ideais
• Ter identificado seu princípio ativo, ou
• Tê-lo evidenciado farmacologicamente.
1ª etapa: São desenvolvidos estudos farmacológicos, pré-clínicos e
toxicológicos, complementados pelos ensaios clínicos e
estudos de toxicologia humana, aguda, subaguda e crônica
2ª etapa: Faz-se o estudo químico com vista ao isolamento e
caracterização do princípio ativo por processo de separação
monitorado farmacologicamente
51. Plantas medicinais
Uso imediato de plantas frescas
• Recurso mais frequente utilizado pela maior parte da população
• Autoridades de saúde (provimento de meios que garantam o uso correto
das plantas medicinais seguras e eficazes )
• Adoção de uma fitoterapia cientificamente orientada, com planejamento
adequado que permita atender a tríplice finalidade
promover o próprio crescimento através do cultivo e adaptação de
novas plantas;
garantir a conservação do germoplasma das plantas medicinais
fornecer mudas para hortos secundários nas comunidades;
52. Plantas medicinais
Controle de qualidade das plantas medicinais e seus produtos
• Controle do plantio
• Controle da coleta
• Controle da preparação preliminar
• Controle do produto final