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Plantas medicinais
História
• Pré-história: de modo totalmente empírico ou intuitivo baseado em descobertas
ao acaso.
• Egito século XVI a.C: Papiro de Ebers – um dos primeiros textos médicos (com
cerca de 800 receitas e referência a mais de 700 drogas incluindo absinto,
hortelã, mirra e mandrágora.
• Egito 2300 a.C: embalsamamento de cadáveres para evitar a deterioração.
Também utilizavam além das plantas medicinais outras como a papoula
(sonífera), a babosa e óleo de rícino (catárticos).
• Babilônia: combinava o poder curativo ou supostamente curativo de
determinadas substâncias e certas espécies vegetais utilizadas em rituais
religiosos.
• Grécia e Roma antiga: a medicina sempre esteve estreitamente dependente
da botânica.
Plantas medicinais
História
Estudos dos alquimistas na idade média na elaboração de elixires da longa
vida e a busca por plantas com propriedades miraculosas e afrodisíacas
Forneceram a base empírica, o embrião de futuras ciências como a botânica,
a química e a medicina.
Brasil: primeiras referências atribuídas ao Padre José de Anchieta e outros
jesuítas que aqui viveram durante os tempos coloniais.
Boticas dos colégios: receitas a base de plantas para o tratamento de
doenças.
Indígenas
Escravos Africanos
Europeus
Movimento dos quilombos
Estabelecimento de uma rica medicina popular
Plantas medicinais
História
Período pós-guerra Descoberta dos
antibióticos
Incremento de remédios a
base de drogas sintéticas
Abandono e falta de crença
nas drogas naturais
Década de 50 a 70 as plantas
medicinais foram marginalizadas e
somente a partir da década de 80
passaram a ser valorizadas como
fonte de propriedades curativas
OMS – estudo e uso de plantas medicinais como forma de baixar os custos
dos programas de saúde pública e ampliar o número de beneficiários de
seus programas, principalmente em países desenvolvidos e em
desenvolvimento.
Tendência generalizada de
retorno a fitoterapia
Plantas medicinais
Planta medicinal bem escolhida e usada corretamente só
difere do medicamento industrial feito com a substância
isolada apenas pela embalagem e pelas substâncias que
acompanham o princípio ativo.
Lorenzi e Matos 2008.
Plantas medicinais
Recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS)
a) Procedam levantamentos regionais das plantas usadas na medicina
popular tradicional e identifique-as botanicamente;
b) Estimulem e recomendem o uso daquelas que tiverem
comprovadas sua eficácia e segurança terapêuticas;
c) Desaconselhem o emprego de praticas da medicina popular
consideradas inúteis ou prejudiciais;
d) Desenvolvam programas que permitam cultivar e utilizar as plantas
selecionadas na forma de preparações dotadas de eficácia,
segurança e qualidade.
Plantas medicinais
Importância Social
 Destaque para as populações menos favorecidas
Em vez de ser substituída pela química farmacêutica, foi revitalizada
 A fitoterapia e os medicamentos feitos com plantas podem ter
credenciais impressionantes
• Nenhum laboratório produziu ainda um substituto para a digitalina
• A penicilina provém de fungos de plantas
• A beladona fornece produtos químicos utilizados em preparados
oftalmológicos e antiespasmódicos
Plantas medicinais
Medicina fitoterápica no Brasil
praticada por curandeiros
populares
praticada por terapeutas
profissionais
a prática da fitoterapia é parte
integral da cultura tradicional
Teve treinamento formal em
medicina e especialização em
fitoterapia
Prática profissional
de um clínico geral
Medicina Popular
Plantas medicinais
Importância Econômica
Importância Ambiental
Plantas medicinais
Planta Medicinal
É aquela comprovadamente capaz de curar doenças ou aliviar sintomas
e que soma longa tradição de uso como medicamento em uma
população ou comunidade.
Fitoterápico
É o medicamento que tem a planta medicinal como materia-prima.
Ele é obtido usando derivados extraídos da planta (extrato, tintura, óleo,
cera, suco, etc.) que são industrializados. Esse processo evita
contaminações por agrotóxicos e substâncias estranhas, garantindo a
qualidade e a eficácia do uso. Todo medicamento fitoterápico deve ser
produzido em laboratório autorizado e obter registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser
comercializado.
Não são considerados fitoterápicos: chás, partes ou pó de plantas
medicinais, homeopatia, florais, medicamentos manipulados, e própolis.
Plantas medicinais
Aspectos botânicos
Identidade das plantas - um dos aspectos mais delicados na fitoterapia
Nomes variáveis de região para região
Dependendo da região escolhida ou mesmo da opinião de
dois raizeiros
Tais interpretações errôneas podem induzir o usuário a utilizar uma
planta sem o princípio ativo desejado ou fazer uso de uma planta
perigosa
Plantas medicinais
Nomenclatura Botânica (Proposta por Carolus Linnaeus)
Cada espécie tem apenas um nome botânico. Não importa se a planta está
sendo estudada por cientistas japoneses, árabes ou brasileiro. Se a
aplicação do nome estiver correta o nome científico será sempre o mesmo
e espera-se que apresente as mesmas propriedades .
Nome científico
Ex.: Equisetum giganteum
Nome
genérico
Epíteto específico
Plantas medicinais
Manipulação de plantas medicinais
Formas farmacêuticas
Formas com instabilidade Formas com estabilidade
• Banho
• Cataplasma
• Compressa
• Chá
• Óleos
• Pós
• Soluções extrativas
• Águas aromáticas ou hidrolatos
• Unguento e pomada
• Elixir
• Xarope
• Supositórios
• Óvulos
• Xampus
• Sabonete
Plantas medicinais
Formas com instabilidade
Chá – Preparação pela qual há extração do princípio ativo utilizando a água, através
de temperaturas elevadas e/ou tempo decorrido. Pode ser preparado de várias
maneiras.
Decocção:
• Utilizado normalmente para ervas não
aromáticas (quê contém princípios estáveis
ao calor e para drogas vegetais constituídas
por sementes, raízes, cascas e outras partes
de maior resistência à ação de água quente.
Infusão:
• Utilizada para todas as partes de plantas
medicinais ricas em componentes voláteis,
aromas delicados e princípios ativos que
degradam pela ação combinada de água de
calor.
Maceração:
• Utiliza a combinação da água fria com o
tempo. Podem ser utilizadas qualquer parte
da planta, sendo alterado apenas o tempo
de repouso
Plantas medicinais
• Banho – Fazer uma infusão ou decocção mais concentrada, coar e
adicionar a água de banho.
• Cataplasma – Planta seca ou fresca aplicada sobre a parte afetada ou
envolvida em um pano fino ou gase. Também pode-se utilizar farinha de
mandioca ou fubar de milho, geralmente quente.
• Compressa – Preparação de uso local (tópico), que atua pela penetração
dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos chumaços de
algodão ou gases embebidos em infuso concentrado, decoto, sumo ou
tintura da planta dissolvida em água quente ou fria.
Suco ou sumo – Após a extração deixa-se uma hora em repouso e recolhe
o líquido liberado.
Plantas medicinais
Formas com estabilidade
• Pós – A planta é seca o suficiente para permitir sua trituração a ser
utilizada diretamente ou na preparação de outra fórmula.
• Vantagens
- Podem ser diluídos em líquidos ou misturados a comida
- Ao serem pulverizados, os fármacos das plantas não diminuem suas atividades
- Quanto menor a partícula , mais rápido poderá ser obtido o efeito, sendo
melhor absorvido pelo trato gastrointestinal, atingindo níveis sanguíneos mais
rapidamente
• Alterações
- O ar pode provocar hidrólise e modificar o pó
- A luz pode inutilizar pela incidência de raios
- O calor pode provocar alterações
• Acondicionamento
• Óleos – As ervas secas ou frescas são colocadas em um frasco
transparente com óleo de oliva, girassol ou milho. Mantém-se o frasco
fechado ao sol por duas a três semanas. Filtra-se e separa uma possível
camada de água que se forme. Conservar em vidros protegidos da luz.
Plantas medicinais
• Soluções extrativas – São resultantes da dissolução parcial de uma
planta já em forma de pó, num determinado líquido chamado de solvente, no
qual dissolvem apenas alguns constituintes (princípios ativos) e deixando
resíduo tudo que não tem atividade farmacológica.
Água como líquido extrator Álcool como líquido extrator
Formas com estabilidade
• Maceração
• Percolação
• Alcoolatura
• Tintura
• Extratos
Plantas medicinais
Formas com estabilidade
• Águas aromáticas ou hidrolatos
• Unguento e pomada
• Vinho medicinal
• Xarope
• Supositórios
• Óvulos
• Xampus
• Sabonete
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
Todas as plantas sintetizam, acumulam ou depositam substâncias representadas
pelos compostos químicos ou grupos de compostos químicos, os quais constituem
os princípios ativos, compostos que conferem ação terapêutica às plantas
medicinais.
Geralmente na forma de complexos que se completam e reforçam a ação sobre o
organismo.
Todos os organismos possuem caminhos metabólicos semelhantes de produção de
compostos essenciais à sobrevivência (acúcares, aminoácidos, ácidos graxos,
nucleotídeos e seus polímeros derivados – polissacarídeos, proteínas, lípídios, RNA,
DNA, etc)
METABÓLITOS PRIMÁRIOS
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
As plantas produzem ampla diversidade de substâncias orgânicas que não têm
função direta no seu crescimento e desenvolvimento.
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
Tem função ligada à ecologia da planta,
isto é, ao relacionamento da planta com
o meio ambiente
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
De modo geral os metabólitos secundários podem ser divididos em três grupos
principais
Terpenóides
Compostos
fenólicos
Compostos
nitrogenados
Muitos constituinte naturais ainda não foram isolados e isolados do ponto de
vista químico
Grande quantidade de compostos já isolados e com estrutura química
determinada ainda não foi estudada em relação a suas atividades biológicas,
seja em relação a própria planta, seja quanto às potencialidades de uso com
outras finalidades, especialmente de interesse terapêutico .
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
Apenas um grupo restrito de substâncias possui funções e atividades
determinadas como:
Alcalóides
Terpenos
Lignanas
Flavonoides
Cumarinas
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Alcalóides - De todos os grupos de princípios ativos os alcalóides possuem
maior atividade biológica, portanto apresentam grande potencialidade tóxica.
 Na sua maioria apresentam sua dose terapêutica muito próxima da tóxica,
necessitando de maior cuidado na sua utilização
 São bem absorvidos por via oral e metabolizados pelo fígado
 A ação farmacológica alvo é o sistema nervoso central, podendo apresentar-se como
analgésico e narcótico (outros podem ter ação estimulante)
 Alguns provocam elevação na pressão sanguínea enquanto outros produzem
hipotensão
 Alguns podem ser cancerígenos enquanto outros podem apresentar propriedade
biológica inversa, sendo antitumorais.
 Apresentam localização variada (folhas, sementes, raízes e caules)
 Sua concentração pode variar dependendo da época do ano e ainda
podem estar restritos a uma determinada parte da planta
 Apenas 10 a 15% das plantas conhecidas apresentam alcalóides em
sua constituição química
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Alcalóides
Confrei (Symphytum officinalis) – Alcalóides Pirrolidizínicos
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Alcalóides
Fedegoso (Heliotropium indicum) – Alcalóides Pirrolidizínicos
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Alcalóides
Erva do diabo (Datura stramonium) – Alcalóides tropânicos
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Alcalóides
Alcaçóides piperínicos e piperidínicos
Tabaco (Nicotiana tabacum)
Româ (Punica granatum)
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Alcalóides
Pimenta-de-galinha (Solanum americanum) – Glicoalcalóides
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Terpenos
Também conhecidos como terpenóides, os terpenos são substâncias de origem vegetal e
animal que apresentam fórmula química geral (C5H8)n, hidrocarbonetos formados por um
conjunto de isoprenos (daí o “n” da fórmula). Geralmente são encontrados em óleos de
essências ou como em forma de seus derivados oxigenados, tais como álcoois, aldeidos,
cetonas, ésteres ou ácidos carboxílicos.
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Óleos Voláteis
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Taninos
São substâncias químicas complexas, polifenóficas ligadas a outros compostos
aromáticos que se distribuem em todas as partes das plantas.
 Possui grande afinidade com proteínas, formando complexos e
causando sua precipitação. Provoca uma sensação de desconforto na
boca e na língua, caracterizada pela adstringência ao mastigar uma parte
que os contém.
 Apresentam atividade farmacológica variável:
 Antiséptico e antimicrobiano (devido a capacidade de lesionar as
moléculas da parede celular de protozoários, fungos e bactérias)
 Anti-hemorágica (precipitam proteínas do plasma, ativam fatores de
coagulação sanguínea e são vasoconstritores
 Antidiarréica (reduz a atividade peristáltica do intestino)
 Possui ação cicatrizante
Toxidade???????
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Flavonóides
São encontrados principalmente na parte aérea das plantas, ocorrendo em
menor proporção em raízes e rizomas.
Ações farmacológicas comuns: anttiinflamatória, estabilizadora do
endotélio vascular, antiespasmódicas, cardiocirculatórias,
antiescleróticos, antiedematosos, dilatadores das coronárias,
espasmolíticos, anti-hepatotóxicos, coleréticos, diuréticos e
antimicrobianos
 Possui baixa toxidade
É bem absorvido pelo organismo
Protetores contra doenças causadas por microorganismos de plantas
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Flavonóides
• Catequinas – Classes de flavonóides a qual se utiliza como adstringente
no controle da diarréia pois inibe uma enzima, a uroquinase, fundamental
pra que o tumor cancerígeno cresça e produza metástases.
Não provoca efeitos secundários maléficos, o que permitiria sua
utilização em grande dose sem prejudicar o enfermo
 Comprovou-se que retardam a angiogênese, processo pelo qual o
tumor gera novos vasos sanguíneos para nutrir-se e crescer.
 Tem sido especulado sua ação contra o carcinoma pulmonar
 As catequinas e outros bioflavonóides exibem atividade antioxidante
semelhante a da vitamina C e da E que também demonstraram reduzir
o risco de certos tipos de cancro quando administradas como
suplementos ou quando constituem naturalmente uma parte importante
da alimentação.
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Cumarinas
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Saponinas
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Mucilagem
Plantas medicinais
• Glicosídeos – São substâncias que podem causar intoxicações crônicas em
consequência de utilização frequente por apresentarem absorção de efeito
cumulativo.
Seu uso no tratamento de doenças cardíacas é restrito à droga extraída
e purificada sob recomendação médica devido ao fato de não existir um
controle adequado da quantidade dessas substâncias ingeridas sob a
forma de chás ou outras.
Substâncias ativas de plantas medicinais
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
Dedaleira (Digitalis purpurea)
Espirradeira (Nerium oleander)
Flor-de-seda (Calotropis procera)
• Glicosídeos Cardioativos
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
Mandioca (Manihot esculetnta)
• Glicosídeos Cianogênicos
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Glicosídeos antraquinônicos ou antraquinonas
 Apresentam ação laxativa, cicatrizante, anti-séptica e antiinflamatória
local
 Não são bem absorvidas pelo tubo digestivo, por isso seu emprego é
sempre realizado por via cutânea ou para utilização no intestino
 O uso prolongado de algumas antraquinonas pode ter efeito
carcinogênico
 A utilização desses vegetais é indicada principalmente para pacientes
constipados que não apresentam resposta positiva a medicamentos
mais suaves e nos casos onde há necessidade de evacuação tais como
intervenções diagnósticas ou cirúrgicas.
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Glicosídeos antraquinônicos
Babosa (Aloe spp.)
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Saponinas – Grupo de heterosídeos muito comum nas plantas superiores
com característica peculiar de formar espuma quando colocadas em água.
Apresentam essa designação por possuírem propriedade físico-química de
saponificar substâncias lipossolúveis
Medicinalmente apresentam atividade mucolítica, expectorante,
diurética, antiséptica, laxativa antimicrobriana, antiinflamatória e
aumentam a permeabilidade das membranas.
 Altas doses na corrente sanguínea podem provocar hemólise
 A absorção através do trato gastrointestinal é reduzida, diminuindo o
risco de intoxicação quando utilizadas através da via oral
 Na sua maioria apresentam toxidade para insetos e moluscos e
algumas vezes são utilizadas para o controle dos caramujos
transmissores da esquitossomose
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Saponinas
Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta)
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Carotenóides – Funcionam como fonte de vitamina A e de outros
retinóides, bem como de agentes fotoprotetores e de prevenção do câncer.
Essas funções protetoras parecem decorrer de suas capacidades como
antioxidantes.
(Daucus carota)
(Spinacea olerácea)
(Nasturtium officinale)
Plantas medicinais
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Triterpenóides – Constituinte químico do grupo dos terpenos. A maioria
dos triterpenóides é constituída por alcoóis que podem combinar-se com
açúcares para formar glicosídeos, como no caso das saponinas.
Camarasinho, cambará (Lantana camara)
Plantas medicinais
• Catequinas – Classes de flavonóides a qual se utiliza como adstringente
no controle da diarréia pois inibe uma enzima, a uroquinase, fundamental
pra que o tumor cancerígeno cresça e produza metástases.
Não provoca efeitos secundários maléficos, o que permitiria sua
utilização em grande dose sem prejudicar o enfermo
 Comprovou-se que retardam a angiogênese, processo pelo qual o
tumor gera novos vasos sanguíneos para nutrir-se e crescer.
 Tem sido especulado sua ação contra o carcinoma pulmonar
 As catequinas e outros bioflavonóides exibem atividade antioxidante
semelhante a da vitamina C e da E que também demonstraram reduzir
o risco de certos tipos de cancro quando administradas como
suplementos ou quando constituem naturalmente uma parte importante
da alimentação.
Substâncias ativas de plantas medicinais
Plantas medicinais
• Compostos fenólicos – Constituem-se com um dos grupos mais
abundantes na natureza e originam diversos outros compostos como os
taninos.
 Ocorrem conjugados com outras moléculas. Raramente ocorrem em
estado livre
 Geralmente, o papel farmacológico nas plantas tem sido indicado como
agentes alelopáticos e também como agentes antifúngicos
 A principal ação farmacológica é laxante
 Agumas benzoquinonas e naftoquinonas mostraram atividade contra
tripanosomídeos e ação antileucêmica
Substâncias ativas de plantas medicinais
• Cumarinas – Apresentam diversas ações medicinais, sendo a principal a de
prevenir a coagulação sanguínea por atuar no fígado interferindo na
ação da vitamina K. Apresenta ação antibacteriana e sensibiliza a pele sob
ação dos raios ultravioletas. Também atuam como estimulantes das
enzimas anticâncer.
Plantas medicinais
• Flavonóides – São encontrados principalmente na parte aérea das plantas,
ocorrendo em menor proporção em raízes e rizomas.
Ações farmacológicas comuns: anttiinflamatória, estabilizadora do
endotélio vascular, antiespasmódicas, cardiocirculatórias,
antiescleróticos, antiedematosos, dilatadores das coronárias,
espasmolíticos, anti-hepatotóxicos, coleréticos, diuréticos e
antimicrobianos
 Possui baixa toxidade
É bem absorvido pelo organismo
Protetores contra doenças causadas por microorganismos de plantas
Substâncias ativas de plantas medicinais
Plantas medicinais
• Taninos – São substâncias químicas complexas, polifenóficas ligadas a
outros compostos aromáticos que se distribuem em todas as partes das
plantas.
 Possui grande afinidade com proteínas, formando complexos e
causando sua precipitação. Provoca uma sensação de desconforto na
boca e na língua, caracterizada pela adstringência ao mastigar uma parte
que os contém.
 Apresentam atividade farmacológica variável:
 Antiséptico e antimicrobiano (devido a capacidade de lesionar as
moléculas da parede celular de protozoários, fungos e bactérias)
 Anti-hemorágica (precipitam proteínas do plasma, ativam fatores de
coagulação sanguínea e são vasoconstritores
 Antidiarréica (reduz a atividade peristáltica do intestino)
 Possui ação cicatrizante
Toxidade???????
Substâncias ativas de plantas medicinais
Plantas medicinais
Outras substâncias
• Aflotoxina (Aspergillus flavus) – capaz de induzir câncer no fígado
• Fusariotoxina (Aspergillus, Penicillium, Rhizopus, Fusarium,
Cladosporium)
Substâncias ativas de plantas medicinais
Plantas medicinais
Validação de novas drogas e Plantas medicinais
Planta medicinal é medicamento somente quando validada e incluída na
farmacopéia, requerendo condições ideais
• Ter identificado seu princípio ativo, ou
• Tê-lo evidenciado farmacologicamente.
1ª etapa: São desenvolvidos estudos farmacológicos, pré-clínicos e
toxicológicos, complementados pelos ensaios clínicos e
estudos de toxicologia humana, aguda, subaguda e crônica
2ª etapa: Faz-se o estudo químico com vista ao isolamento e
caracterização do princípio ativo por processo de separação
monitorado farmacologicamente
Plantas medicinais
Uso imediato de plantas frescas
• Recurso mais frequente utilizado pela maior parte da população
• Autoridades de saúde (provimento de meios que garantam o uso correto
das plantas medicinais seguras e eficazes )
• Adoção de uma fitoterapia cientificamente orientada, com planejamento
adequado que permita atender a tríplice finalidade
 promover o próprio crescimento através do cultivo e adaptação de
novas plantas;
 garantir a conservação do germoplasma das plantas medicinais
 fornecer mudas para hortos secundários nas comunidades;
Plantas medicinais
Controle de qualidade das plantas medicinais e seus produtos
• Controle do plantio
• Controle da coleta
• Controle da preparação preliminar
• Controle do produto final

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  • 1. Plantas medicinais História • Pré-história: de modo totalmente empírico ou intuitivo baseado em descobertas ao acaso. • Egito século XVI a.C: Papiro de Ebers – um dos primeiros textos médicos (com cerca de 800 receitas e referência a mais de 700 drogas incluindo absinto, hortelã, mirra e mandrágora. • Egito 2300 a.C: embalsamamento de cadáveres para evitar a deterioração. Também utilizavam além das plantas medicinais outras como a papoula (sonífera), a babosa e óleo de rícino (catárticos). • Babilônia: combinava o poder curativo ou supostamente curativo de determinadas substâncias e certas espécies vegetais utilizadas em rituais religiosos. • Grécia e Roma antiga: a medicina sempre esteve estreitamente dependente da botânica.
  • 2. Plantas medicinais História Estudos dos alquimistas na idade média na elaboração de elixires da longa vida e a busca por plantas com propriedades miraculosas e afrodisíacas Forneceram a base empírica, o embrião de futuras ciências como a botânica, a química e a medicina. Brasil: primeiras referências atribuídas ao Padre José de Anchieta e outros jesuítas que aqui viveram durante os tempos coloniais. Boticas dos colégios: receitas a base de plantas para o tratamento de doenças. Indígenas Escravos Africanos Europeus Movimento dos quilombos Estabelecimento de uma rica medicina popular
  • 3. Plantas medicinais História Período pós-guerra Descoberta dos antibióticos Incremento de remédios a base de drogas sintéticas Abandono e falta de crença nas drogas naturais Década de 50 a 70 as plantas medicinais foram marginalizadas e somente a partir da década de 80 passaram a ser valorizadas como fonte de propriedades curativas OMS – estudo e uso de plantas medicinais como forma de baixar os custos dos programas de saúde pública e ampliar o número de beneficiários de seus programas, principalmente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Tendência generalizada de retorno a fitoterapia
  • 4. Plantas medicinais Planta medicinal bem escolhida e usada corretamente só difere do medicamento industrial feito com a substância isolada apenas pela embalagem e pelas substâncias que acompanham o princípio ativo. Lorenzi e Matos 2008.
  • 5. Plantas medicinais Recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) a) Procedam levantamentos regionais das plantas usadas na medicina popular tradicional e identifique-as botanicamente; b) Estimulem e recomendem o uso daquelas que tiverem comprovadas sua eficácia e segurança terapêuticas; c) Desaconselhem o emprego de praticas da medicina popular consideradas inúteis ou prejudiciais; d) Desenvolvam programas que permitam cultivar e utilizar as plantas selecionadas na forma de preparações dotadas de eficácia, segurança e qualidade.
  • 6. Plantas medicinais Importância Social  Destaque para as populações menos favorecidas Em vez de ser substituída pela química farmacêutica, foi revitalizada  A fitoterapia e os medicamentos feitos com plantas podem ter credenciais impressionantes • Nenhum laboratório produziu ainda um substituto para a digitalina • A penicilina provém de fungos de plantas • A beladona fornece produtos químicos utilizados em preparados oftalmológicos e antiespasmódicos
  • 7. Plantas medicinais Medicina fitoterápica no Brasil praticada por curandeiros populares praticada por terapeutas profissionais a prática da fitoterapia é parte integral da cultura tradicional Teve treinamento formal em medicina e especialização em fitoterapia Prática profissional de um clínico geral Medicina Popular
  • 9. Plantas medicinais Planta Medicinal É aquela comprovadamente capaz de curar doenças ou aliviar sintomas e que soma longa tradição de uso como medicamento em uma população ou comunidade. Fitoterápico É o medicamento que tem a planta medicinal como materia-prima. Ele é obtido usando derivados extraídos da planta (extrato, tintura, óleo, cera, suco, etc.) que são industrializados. Esse processo evita contaminações por agrotóxicos e substâncias estranhas, garantindo a qualidade e a eficácia do uso. Todo medicamento fitoterápico deve ser produzido em laboratório autorizado e obter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser comercializado. Não são considerados fitoterápicos: chás, partes ou pó de plantas medicinais, homeopatia, florais, medicamentos manipulados, e própolis.
  • 10. Plantas medicinais Aspectos botânicos Identidade das plantas - um dos aspectos mais delicados na fitoterapia Nomes variáveis de região para região Dependendo da região escolhida ou mesmo da opinião de dois raizeiros Tais interpretações errôneas podem induzir o usuário a utilizar uma planta sem o princípio ativo desejado ou fazer uso de uma planta perigosa
  • 11. Plantas medicinais Nomenclatura Botânica (Proposta por Carolus Linnaeus) Cada espécie tem apenas um nome botânico. Não importa se a planta está sendo estudada por cientistas japoneses, árabes ou brasileiro. Se a aplicação do nome estiver correta o nome científico será sempre o mesmo e espera-se que apresente as mesmas propriedades . Nome científico Ex.: Equisetum giganteum Nome genérico Epíteto específico
  • 12. Plantas medicinais Manipulação de plantas medicinais Formas farmacêuticas Formas com instabilidade Formas com estabilidade • Banho • Cataplasma • Compressa • Chá • Óleos • Pós • Soluções extrativas • Águas aromáticas ou hidrolatos • Unguento e pomada • Elixir • Xarope • Supositórios • Óvulos • Xampus • Sabonete
  • 13. Plantas medicinais Formas com instabilidade Chá – Preparação pela qual há extração do princípio ativo utilizando a água, através de temperaturas elevadas e/ou tempo decorrido. Pode ser preparado de várias maneiras. Decocção: • Utilizado normalmente para ervas não aromáticas (quê contém princípios estáveis ao calor e para drogas vegetais constituídas por sementes, raízes, cascas e outras partes de maior resistência à ação de água quente. Infusão: • Utilizada para todas as partes de plantas medicinais ricas em componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos que degradam pela ação combinada de água de calor. Maceração: • Utiliza a combinação da água fria com o tempo. Podem ser utilizadas qualquer parte da planta, sendo alterado apenas o tempo de repouso
  • 14. Plantas medicinais • Banho – Fazer uma infusão ou decocção mais concentrada, coar e adicionar a água de banho. • Cataplasma – Planta seca ou fresca aplicada sobre a parte afetada ou envolvida em um pano fino ou gase. Também pode-se utilizar farinha de mandioca ou fubar de milho, geralmente quente. • Compressa – Preparação de uso local (tópico), que atua pela penetração dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos chumaços de algodão ou gases embebidos em infuso concentrado, decoto, sumo ou tintura da planta dissolvida em água quente ou fria. Suco ou sumo – Após a extração deixa-se uma hora em repouso e recolhe o líquido liberado.
  • 15. Plantas medicinais Formas com estabilidade • Pós – A planta é seca o suficiente para permitir sua trituração a ser utilizada diretamente ou na preparação de outra fórmula. • Vantagens - Podem ser diluídos em líquidos ou misturados a comida - Ao serem pulverizados, os fármacos das plantas não diminuem suas atividades - Quanto menor a partícula , mais rápido poderá ser obtido o efeito, sendo melhor absorvido pelo trato gastrointestinal, atingindo níveis sanguíneos mais rapidamente • Alterações - O ar pode provocar hidrólise e modificar o pó - A luz pode inutilizar pela incidência de raios - O calor pode provocar alterações • Acondicionamento • Óleos – As ervas secas ou frescas são colocadas em um frasco transparente com óleo de oliva, girassol ou milho. Mantém-se o frasco fechado ao sol por duas a três semanas. Filtra-se e separa uma possível camada de água que se forme. Conservar em vidros protegidos da luz.
  • 16. Plantas medicinais • Soluções extrativas – São resultantes da dissolução parcial de uma planta já em forma de pó, num determinado líquido chamado de solvente, no qual dissolvem apenas alguns constituintes (princípios ativos) e deixando resíduo tudo que não tem atividade farmacológica. Água como líquido extrator Álcool como líquido extrator Formas com estabilidade • Maceração • Percolação • Alcoolatura • Tintura • Extratos
  • 17. Plantas medicinais Formas com estabilidade • Águas aromáticas ou hidrolatos • Unguento e pomada • Vinho medicinal • Xarope • Supositórios • Óvulos • Xampus • Sabonete
  • 18. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais Todas as plantas sintetizam, acumulam ou depositam substâncias representadas pelos compostos químicos ou grupos de compostos químicos, os quais constituem os princípios ativos, compostos que conferem ação terapêutica às plantas medicinais. Geralmente na forma de complexos que se completam e reforçam a ação sobre o organismo. Todos os organismos possuem caminhos metabólicos semelhantes de produção de compostos essenciais à sobrevivência (acúcares, aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos e seus polímeros derivados – polissacarídeos, proteínas, lípídios, RNA, DNA, etc) METABÓLITOS PRIMÁRIOS
  • 19. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais As plantas produzem ampla diversidade de substâncias orgânicas que não têm função direta no seu crescimento e desenvolvimento. METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Tem função ligada à ecologia da planta, isto é, ao relacionamento da planta com o meio ambiente
  • 20. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais De modo geral os metabólitos secundários podem ser divididos em três grupos principais Terpenóides Compostos fenólicos Compostos nitrogenados Muitos constituinte naturais ainda não foram isolados e isolados do ponto de vista químico Grande quantidade de compostos já isolados e com estrutura química determinada ainda não foi estudada em relação a suas atividades biológicas, seja em relação a própria planta, seja quanto às potencialidades de uso com outras finalidades, especialmente de interesse terapêutico .
  • 21. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais Apenas um grupo restrito de substâncias possui funções e atividades determinadas como: Alcalóides Terpenos Lignanas Flavonoides Cumarinas
  • 22. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Alcalóides - De todos os grupos de princípios ativos os alcalóides possuem maior atividade biológica, portanto apresentam grande potencialidade tóxica.  Na sua maioria apresentam sua dose terapêutica muito próxima da tóxica, necessitando de maior cuidado na sua utilização  São bem absorvidos por via oral e metabolizados pelo fígado  A ação farmacológica alvo é o sistema nervoso central, podendo apresentar-se como analgésico e narcótico (outros podem ter ação estimulante)  Alguns provocam elevação na pressão sanguínea enquanto outros produzem hipotensão  Alguns podem ser cancerígenos enquanto outros podem apresentar propriedade biológica inversa, sendo antitumorais.  Apresentam localização variada (folhas, sementes, raízes e caules)  Sua concentração pode variar dependendo da época do ano e ainda podem estar restritos a uma determinada parte da planta  Apenas 10 a 15% das plantas conhecidas apresentam alcalóides em sua constituição química
  • 23. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Alcalóides Confrei (Symphytum officinalis) – Alcalóides Pirrolidizínicos
  • 24. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Alcalóides Fedegoso (Heliotropium indicum) – Alcalóides Pirrolidizínicos
  • 25. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Alcalóides Erva do diabo (Datura stramonium) – Alcalóides tropânicos
  • 26. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Alcalóides Alcaçóides piperínicos e piperidínicos Tabaco (Nicotiana tabacum) Româ (Punica granatum)
  • 27. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Alcalóides Pimenta-de-galinha (Solanum americanum) – Glicoalcalóides
  • 28. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Terpenos Também conhecidos como terpenóides, os terpenos são substâncias de origem vegetal e animal que apresentam fórmula química geral (C5H8)n, hidrocarbonetos formados por um conjunto de isoprenos (daí o “n” da fórmula). Geralmente são encontrados em óleos de essências ou como em forma de seus derivados oxigenados, tais como álcoois, aldeidos, cetonas, ésteres ou ácidos carboxílicos.
  • 29. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Óleos Voláteis
  • 30. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Taninos São substâncias químicas complexas, polifenóficas ligadas a outros compostos aromáticos que se distribuem em todas as partes das plantas.  Possui grande afinidade com proteínas, formando complexos e causando sua precipitação. Provoca uma sensação de desconforto na boca e na língua, caracterizada pela adstringência ao mastigar uma parte que os contém.  Apresentam atividade farmacológica variável:  Antiséptico e antimicrobiano (devido a capacidade de lesionar as moléculas da parede celular de protozoários, fungos e bactérias)  Anti-hemorágica (precipitam proteínas do plasma, ativam fatores de coagulação sanguínea e são vasoconstritores  Antidiarréica (reduz a atividade peristáltica do intestino)  Possui ação cicatrizante Toxidade???????
  • 31. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Flavonóides São encontrados principalmente na parte aérea das plantas, ocorrendo em menor proporção em raízes e rizomas. Ações farmacológicas comuns: anttiinflamatória, estabilizadora do endotélio vascular, antiespasmódicas, cardiocirculatórias, antiescleróticos, antiedematosos, dilatadores das coronárias, espasmolíticos, anti-hepatotóxicos, coleréticos, diuréticos e antimicrobianos  Possui baixa toxidade É bem absorvido pelo organismo Protetores contra doenças causadas por microorganismos de plantas
  • 32. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Flavonóides • Catequinas – Classes de flavonóides a qual se utiliza como adstringente no controle da diarréia pois inibe uma enzima, a uroquinase, fundamental pra que o tumor cancerígeno cresça e produza metástases. Não provoca efeitos secundários maléficos, o que permitiria sua utilização em grande dose sem prejudicar o enfermo  Comprovou-se que retardam a angiogênese, processo pelo qual o tumor gera novos vasos sanguíneos para nutrir-se e crescer.  Tem sido especulado sua ação contra o carcinoma pulmonar  As catequinas e outros bioflavonóides exibem atividade antioxidante semelhante a da vitamina C e da E que também demonstraram reduzir o risco de certos tipos de cancro quando administradas como suplementos ou quando constituem naturalmente uma parte importante da alimentação.
  • 33. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Cumarinas
  • 34. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Saponinas
  • 35. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Mucilagem
  • 36. Plantas medicinais • Glicosídeos – São substâncias que podem causar intoxicações crônicas em consequência de utilização frequente por apresentarem absorção de efeito cumulativo. Seu uso no tratamento de doenças cardíacas é restrito à droga extraída e purificada sob recomendação médica devido ao fato de não existir um controle adequado da quantidade dessas substâncias ingeridas sob a forma de chás ou outras. Substâncias ativas de plantas medicinais
  • 37. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais Dedaleira (Digitalis purpurea) Espirradeira (Nerium oleander) Flor-de-seda (Calotropis procera) • Glicosídeos Cardioativos
  • 38. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais Mandioca (Manihot esculetnta) • Glicosídeos Cianogênicos
  • 39. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Glicosídeos antraquinônicos ou antraquinonas  Apresentam ação laxativa, cicatrizante, anti-séptica e antiinflamatória local  Não são bem absorvidas pelo tubo digestivo, por isso seu emprego é sempre realizado por via cutânea ou para utilização no intestino  O uso prolongado de algumas antraquinonas pode ter efeito carcinogênico  A utilização desses vegetais é indicada principalmente para pacientes constipados que não apresentam resposta positiva a medicamentos mais suaves e nos casos onde há necessidade de evacuação tais como intervenções diagnósticas ou cirúrgicas.
  • 40. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Glicosídeos antraquinônicos Babosa (Aloe spp.)
  • 41. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Saponinas – Grupo de heterosídeos muito comum nas plantas superiores com característica peculiar de formar espuma quando colocadas em água. Apresentam essa designação por possuírem propriedade físico-química de saponificar substâncias lipossolúveis Medicinalmente apresentam atividade mucolítica, expectorante, diurética, antiséptica, laxativa antimicrobriana, antiinflamatória e aumentam a permeabilidade das membranas.  Altas doses na corrente sanguínea podem provocar hemólise  A absorção através do trato gastrointestinal é reduzida, diminuindo o risco de intoxicação quando utilizadas através da via oral  Na sua maioria apresentam toxidade para insetos e moluscos e algumas vezes são utilizadas para o controle dos caramujos transmissores da esquitossomose
  • 42. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Saponinas Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta)
  • 43. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Carotenóides – Funcionam como fonte de vitamina A e de outros retinóides, bem como de agentes fotoprotetores e de prevenção do câncer. Essas funções protetoras parecem decorrer de suas capacidades como antioxidantes. (Daucus carota) (Spinacea olerácea) (Nasturtium officinale)
  • 44. Plantas medicinais Substâncias ativas de plantas medicinais • Triterpenóides – Constituinte químico do grupo dos terpenos. A maioria dos triterpenóides é constituída por alcoóis que podem combinar-se com açúcares para formar glicosídeos, como no caso das saponinas. Camarasinho, cambará (Lantana camara)
  • 45. Plantas medicinais • Catequinas – Classes de flavonóides a qual se utiliza como adstringente no controle da diarréia pois inibe uma enzima, a uroquinase, fundamental pra que o tumor cancerígeno cresça e produza metástases. Não provoca efeitos secundários maléficos, o que permitiria sua utilização em grande dose sem prejudicar o enfermo  Comprovou-se que retardam a angiogênese, processo pelo qual o tumor gera novos vasos sanguíneos para nutrir-se e crescer.  Tem sido especulado sua ação contra o carcinoma pulmonar  As catequinas e outros bioflavonóides exibem atividade antioxidante semelhante a da vitamina C e da E que também demonstraram reduzir o risco de certos tipos de cancro quando administradas como suplementos ou quando constituem naturalmente uma parte importante da alimentação. Substâncias ativas de plantas medicinais
  • 46. Plantas medicinais • Compostos fenólicos – Constituem-se com um dos grupos mais abundantes na natureza e originam diversos outros compostos como os taninos.  Ocorrem conjugados com outras moléculas. Raramente ocorrem em estado livre  Geralmente, o papel farmacológico nas plantas tem sido indicado como agentes alelopáticos e também como agentes antifúngicos  A principal ação farmacológica é laxante  Agumas benzoquinonas e naftoquinonas mostraram atividade contra tripanosomídeos e ação antileucêmica Substâncias ativas de plantas medicinais • Cumarinas – Apresentam diversas ações medicinais, sendo a principal a de prevenir a coagulação sanguínea por atuar no fígado interferindo na ação da vitamina K. Apresenta ação antibacteriana e sensibiliza a pele sob ação dos raios ultravioletas. Também atuam como estimulantes das enzimas anticâncer.
  • 47. Plantas medicinais • Flavonóides – São encontrados principalmente na parte aérea das plantas, ocorrendo em menor proporção em raízes e rizomas. Ações farmacológicas comuns: anttiinflamatória, estabilizadora do endotélio vascular, antiespasmódicas, cardiocirculatórias, antiescleróticos, antiedematosos, dilatadores das coronárias, espasmolíticos, anti-hepatotóxicos, coleréticos, diuréticos e antimicrobianos  Possui baixa toxidade É bem absorvido pelo organismo Protetores contra doenças causadas por microorganismos de plantas Substâncias ativas de plantas medicinais
  • 48. Plantas medicinais • Taninos – São substâncias químicas complexas, polifenóficas ligadas a outros compostos aromáticos que se distribuem em todas as partes das plantas.  Possui grande afinidade com proteínas, formando complexos e causando sua precipitação. Provoca uma sensação de desconforto na boca e na língua, caracterizada pela adstringência ao mastigar uma parte que os contém.  Apresentam atividade farmacológica variável:  Antiséptico e antimicrobiano (devido a capacidade de lesionar as moléculas da parede celular de protozoários, fungos e bactérias)  Anti-hemorágica (precipitam proteínas do plasma, ativam fatores de coagulação sanguínea e são vasoconstritores  Antidiarréica (reduz a atividade peristáltica do intestino)  Possui ação cicatrizante Toxidade??????? Substâncias ativas de plantas medicinais
  • 49. Plantas medicinais Outras substâncias • Aflotoxina (Aspergillus flavus) – capaz de induzir câncer no fígado • Fusariotoxina (Aspergillus, Penicillium, Rhizopus, Fusarium, Cladosporium) Substâncias ativas de plantas medicinais
  • 50. Plantas medicinais Validação de novas drogas e Plantas medicinais Planta medicinal é medicamento somente quando validada e incluída na farmacopéia, requerendo condições ideais • Ter identificado seu princípio ativo, ou • Tê-lo evidenciado farmacologicamente. 1ª etapa: São desenvolvidos estudos farmacológicos, pré-clínicos e toxicológicos, complementados pelos ensaios clínicos e estudos de toxicologia humana, aguda, subaguda e crônica 2ª etapa: Faz-se o estudo químico com vista ao isolamento e caracterização do princípio ativo por processo de separação monitorado farmacologicamente
  • 51. Plantas medicinais Uso imediato de plantas frescas • Recurso mais frequente utilizado pela maior parte da população • Autoridades de saúde (provimento de meios que garantam o uso correto das plantas medicinais seguras e eficazes ) • Adoção de uma fitoterapia cientificamente orientada, com planejamento adequado que permita atender a tríplice finalidade  promover o próprio crescimento através do cultivo e adaptação de novas plantas;  garantir a conservação do germoplasma das plantas medicinais  fornecer mudas para hortos secundários nas comunidades;
  • 52. Plantas medicinais Controle de qualidade das plantas medicinais e seus produtos • Controle do plantio • Controle da coleta • Controle da preparação preliminar • Controle do produto final