Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Análise coincidente ao trabalho de Fernanda Jacinto sobre BE
1. Comentário ao trabalho de Fernanda Jacinto
Optei por este trabalho por mero acaso (foi o primeiro que abri!) e, após analisá-lo,
verifiquei ser muito coincidente com a minha própria análise. Aliás dificilmente poderia
ser de outra forma pois as realidades das BE não são assim tão diferentes.
Assim decidi somente emitir opinião sobre a síntese geral salientando os pontos
comuns e diferenciadores face à minha própria BE.
Relativamente ao ponto da gestão da mudança aponta aspectos que são comuns a
quase todas as análises. Gostei de ver uma palavra em especial:
“Espaço propiciador e auxiliar…” (sublinhado meu).
De facto sinto que se formos levar à letra determinadas expressões de vontade e
ambições de promoção para a mudança quase parece que compete à BE, e ao PB, a
alteração do ambiente pedagógico nas escolas.
Considero muito mais saudável vermo-nos como auxiliares, quiçá catalizadores, dessa
mudança mas nunca ter a tentação de usurpar uma função que, essa sim, é central: a
do professor.
Se não houver esse cuidado corremos o risco de escorregar rapidamente para
terrenos algo movediços.
No ponto “factores de sucesso” no terceiro parágrafo reforça e clarifica o comentário
anterior.
Gostei da ideia, implícita, de formar formadores. Com efeito não podemos cair na
tentação de ser “pau para todo a obra”. Temos que criar uma equipa, um conjunto de
“formadores” que possam espalhar as ideias, actividades, promover acções, etc, e
reservarmo-nos para a coordenação dessas acções, isto é, sermos cada vez mais
gestores do processo de mudança e menos actores. Infelizmente quão longe eu estou
disto…
Relativamente ao ponto “obstáculos a vencer” tenho os mesmos problemas com a
agravante de há 4 anos que não tenho qualquer funcionário.
Cada vez percebo menos a politica ministerial.
Para poupar o salário de um funcionário tenho que utilizar tempo de professores, que
custam 3 ou 4 vezes mais, e que deveria ser rentabilizado a fazer o que só eles
sabem: criar actividades de intervenção na escola pedagogicamente enquadradas!
2. Relativamente ao último ponto não pude deixar se notar que coloca o enfoque na
organização interna da BE, o que está pouco de acordo com as preocupações
manifestadas antes.
Mas como está a proceder à reimplantação de BE é quase inevitável (estive assim há
3 anos, perdão, ainda estou!).
Isto coloca-nos o velho problema da gestão: Como responder ao urgente sem
sacrificar o importante?
Mas nesse barco estamos todos…
Manuel Patrício