O documento discute a criação e manejo de primatas não-humanos em laboratório, incluindo classificação, espécies utilizadas, sistemas de criação, nutrição, reprodução, doenças, eutanásia e recomendações para o uso em pesquisa.
5. Macaco rhesus (Macaca mulatta)
exemplar do Velho Mundo
Mico-de-cheiro (Saimiri sciureus)
exemplar do Novo Mundo
6. Vida social;
Início da utilização em laboratório;
Sucesso=técnicas de
manejo, fisiologia, nutrição, genética,
condições sanitárias e exames de
rotina.
7. NUTRIÇÃO
Influência no crescimento, longevidade e
resistência à patógenos;
Nutrientes essenciais;
Qualidade;
Variação do alimento em estágios de vida;
Interferência do estresse;
Rações peletizadas.
Água
Rotina alimentar
9. REPRODUÇÃO
Estudos de campo;
Fisiologia reprodutiva da espécie envolvida;
Acasalamentos = monogâmicos, poligâmicos e
promíscuos;
Primatas do Velho Mundo:
menstruação, ovulação e aumento testicular, e
sex skin ♂ e ♀
Primatas do Novo Mundo: aumento
corpóreo.
10. SISTEMAS DE CRIAÇÃO
Três
métodos
de
criação
são
adotados, obedecendo-se principalmente aos
aspectos comportamentais, bem como às
exigências fisiológicas de cada espécie
estudada
1.Seminatural
2.Criação em grupo
3.Criação individual
11. SEMINATURAL
Estabelecido em áreas abertas cercadas;
Atende a grande demanda de primatas
usados em pesquisa;
Apresenta baixo custo de manutenção e
pouco trabalho, além de oferecer
oportunidade de desenvolvimento de estudos
de comportamento das populações.
Desvantagens: custo inicial elevado, período
longo de entrosamento
12. CRIAÇÃO EM GRUPO
Os animais poligâmicos são alojados em
gaiolas coletivas;
Múltiplos machos ou apenas um reprodutor;
Proporção de 1 macho para 3 ou 12 fêmeas;
Higienização e alimentação são facilitadas;
Dificuldade no controle de cruzamentos em
machos e fêmeas;
Harmonia social comprometida.
13. CRIAÇÃO INDIVIDUAL
Fêmeas alojadas em gaiolas individuais ou
pequenos grupos separados dos machos;
Permite registros acurados de reprodução
e tempo de gestação;
Facilidade na realização de exames
clínicos e laboratoriais.
14. Espaços recomendados para manutenção de
primatas em laboratório
PESO DO ANIMAL (kg)
ÁREA DO PISO/ANIMAL (m2)
0,15
0,28
0,40
0,56
0,74
2,33
<1
1-3
3-10
10-15
15-25
> 25
ALTURA (em)
50,8
76,2
76,2
81,28
91,44
213,36
Fonte: Kelley & Hall (1995).
Os animais que pesam acima de 50 kg devem
ser alojados em gaiolas estacionárias, de
alvenaria.
17. ESPÉCIES UTILIZADAS NO BRASIL
Macaco-aranha
Macaco-prego
Ateles paniscus
Cebus apella
Família
Cebidae
18. ENRIQUECIMENTO E
CONTROLE AMBIENTAL
Série de medidas conforme a espécie;
Reprodução das condições fisiológicas e
patológicas ocorrentes em humanos;
Proporcionar bem-estar ao animal (obrigação
em todos os centros de criação);
Menos estresse, mais qualidade nos resultados;
Estratégias para quebrar a rotina.
19. Curral destinado à criação de macacos rhesus (Macaca mulatta), com
poleiros, abrigos e tambores.
Fonte: Centro de Primatas da California, EUA.
21. PRINCIPAIS DOENÇAS DE
PRIMATAS NÃO-HUMANOS
São transmissores em potencial;
Doenças virais
Febres Hemorrágicas
Ebola, Febre Amarela, Dengue
Herpevírus
Herpes B, Cytomegalovirus
Hepatites Virais
Hepatites A, B, C, D, E
Retrovírus
Oncovírus tipos B, C, e D
Togavírus
Rubéola
23. EXAME PERIÓDICO DO ANIMAL
Observação freqüente da colônia;
Relato imediato de anormalidades ao médico
veterinário responsável;
Pesagem e avaliação clínica freqüentes;
Aplicação de tuberculina obrigatória (1 vez ao ano);
24. Aplicação de tuberculina em um primata não-humano
Fonte: Departamento de Primatologia do Centro de
Criação de Animais de Laboratório / Fiocruz.
26. Identificação do animal através de tatuagem na região peitoral
Fonte: Departamento de Primatologia do Centro de Criação de Animais de
Laboratório / Fiocruz.
28. CUIDADOS NO MANUSEIO
•
•
•
•
•
•
Cumprimento obrigatório das normas de
higiene pessoal e coletiva;
Calçados e roupas protetoras;
Material em quantidade suficiente;
Chuveiros, armários e lavanderias;
Exames médicos periódicos na equipe técnica;
Vacinas e testes de tuberculina.
29. EUTANÁSIA
Morte sem dor/sofrimento
Diversas técnicas:
serem humanitárias, não causando terror ou sofrimento
ao animal;
não impressionar ou sensibilizar as pessoas que assistem
ao ato;
ter um tempo mínimo para a perda da consciência;
não produzir alterações que prejudiquem a interpretação
das lesões;
30. MÉTODOS PARA EUTANÁSIA EM
PRIMATAS NÃO-HUMANOS
Para animais não convencionais: cães, gatos,
primatas não-humanos de médio e grande
porte;
Métodos Físicos
Deslocamento Cervical*;
Decaptação*;
Exanguinação;
*Espécies de macaco de pequeno porte.
Métodos Químicos
Monóxido de Carbono;
31. RECOMENDAÇÕES SOBRE O
USO DE PRIMATAS
Cinco critérios básicos devem ser seguidos quando se usam primatas
em pesquisa:
1. Os primatas devem ser usados em pesquisa, apenas quando não é
possível obter os mesmos resultados experimentais em outras
espécies de animais;
2. A espécie de primata, selecionada para uma determinada
pesquisa, deve ser considerada ideal para a elaboração da mesma;
3. Utilizar menor número possível de primatas – melhores resultados;
4. O sacrifício só ocorrerá se for parte da pesquisa;
5. Caso o sacrifício seja necessário, este deve ser feito com um
encadeamento de ações, visando à conservação e ao
aproveitamento máximo da carcaça, para que ela possa ainda ser
aproveitada em outros estudos.
33. BIBLIOGRAFIA
BOURNE, G. H. The Rhesus Monkey. New York: Academic Press, 1975.
DE LUCCA, R. R. et a!. (Orgs.) Manual Para Técnicos em Biotensnw.
São Paulo: Winner Graph, 1996. HARDIN, R. S. O. An order of
omnivorous: nonhuman primates in the wild. ln: HARDIN, R. S. O. &
TELEKJ,
G. (Eds.) Omnivorous Primates: gatthering and hunting in human
evolution. New York: Columbia University Press, 1981.
HENDRICKX, A. G. & DUKELOW, W. R. Breeding. In: BENNETT, B. T;
ABEE, C. R. & HENRJCKSON, R. (Eds.) Nonhuman Primates in
Biomedical Research: biolog;y and management. San Diego:
Academic Press, 1995.
HLADIK, C. M. Diet and evolution of feeding strategies among forest
wild. ln: HARDIN, R. S. O. & TELEKl, G. (Eds.) Omnivorous Pn'mates:
gatthering and hunting in human evolution. New York: Columbia
University Press, 1981.
RALLS, K.; BRUGGER, K. & BALLOU, J. Inbreeding and juvenile
mortality in small populations of ungulates. Science, 206:11011103,1979.
ROSENBLUM, L. A. & ANDREWS, M. W. Environmental enrichment and
psychological well-being af nanhuman primates. In: BENNETT, B.
T; ABEE, C. R. & HENRIGKSÔN, R. (Eds.) Nonhuman Primates in
Biomedical Research: biolog;y and management. San Diego: Academic
Press, 1995.