O documento fornece informações sobre três métodos básicos de estimativa de orçamento de obras: CUB, custo por etapa da obra e orçamento detalhado. Também discute a importância do planejamento e controle para garantir o cumprimento de prazos, custos e qualidade dos projetos.
2. Para se ter um orçamento real, é necessário
uma maior compatibilização e detalhamento
de todos os projetos.
3 formas básicas de se determinar um
orçamento: Estimativa de custos pelo CUB,
estimativa de custos pela etapa da obra e
estimativa de custos através de orçamento
detalhado.
3. É um custo fornecido mensalmente,por m2
Se trata de um indice regionalizado, publica pelos
sindicatos da indústria da construção.
Foi criado em 1964 para estimar custos dos imóveis e
somente mais tarde passou a ser indicador de custos do
setor.
Possibilita uma primeira referência de custos para
diferentes tipos e padrões de empreendimento.
NBR 12721/04 apresenta os critérios para calculo do CUB
4.
5.
6. Por exemplo uma residência unifamiliar (R1)
de alto padrão, com área de 300 m2, custaria
pela tabela referência de DEZ/2012 no
noroeste do Paraná:
300 m2 x R$ 1572,45 = R$ 471.735,00
7. Toda obra possui etapas de execução bem
definidas. Ex.: Fundação, vedação, etc
O custo unitário PINI, é uma metodologia para
calcular a estimativa de custo da obra criado por
esta empresa.
No site da PINI encontramos o CUP, que
fornecerá uma estimativa total.
Através do valor total então, poderemos estimar
quanto será gasto em cada etapa.
8.
9.
10. Tomando como exemplo a mesma residência,
mas com base no custo unitário PINI de Minas
Gerais em OUT/2011 temos:
300 m2 x R$ 1282,21 = R$ 384.663,00
Para saber por exemplo, quanto seria gasto em
vedação, considerando a condição mais
desfavorável, ou seja, com maior gasto,
teríamos:
R$ 384.663,00 x 7,3% = R$ 28.080,40
11. Tipo de orçamento mais fiel, mas com
elevado grau de trabalho e com maiores
chances de erro.
Para um bom resultado é necessario a
integração de quem elaborou o
orçamento, por conta dos critérios
adotados, com quem executa a obra
12.
13. É sempre bom lembrar a necessidade de
projetos bem detalhados, memorial
descritivo, caderno de encargos,
especificações técnicas, listas de materiais,
etc.
A seguir temos alguns passos para
elaboração de um orçamento:
14. As quantidades levantadas devem ser
documentadas para questionamentos
futuros.
É necessário ler os projetos, calcular, fazer
conversões de unidades e consultar
fabricantes.
Veremos alguns exemplos de levantamentos:
15. Montar uma planilha como a seguir:
No caso da pintura de esquadrias, é utilizado um coeficiente, ja
que há um consumo diferente para cada modelo.
16. Inicia-se com a alvenaria, para
posteriormente ir para divisórias.
O calculo é feito através do comprimento
pela altura.
A quantificação se dá como na tabela:
17. O código pode se dar pelo tipo de vedação.
Ex.: BC11 – Bloco de concreto 11x19x39
Nomenclatura: Parede
Horizontal 2
18. Para o cálculo dos vãos a serem descontados,
segue-se o parâmetro a seguir para cada vão
e não para a somatória dos vãos:
19. Neste momentos é imprescindivel o
memorial descritivo e especificações Descrição
do material
20. E para orientar o levantamento, vamos
compor um quadro de revestimento com
base no memorial
22. O desconto de vãos se dá da mesma maneira
que para vedações
23. Inclui estrutura de madeira, telhas e quando
houver, calhas, rufos, cumeeiras.
Devemos considerar a inclinação de projeto,
multiplicando a área projetada por um fator
obtido na tabela a seguir.
24.
25. Tendo calculado a area inclinada, através de
especificações dos fabricantes, temos o
consumo de telha por m2, e consequente
total de telhas.
A quantidade de madeira é obtida pelo
detalhamento das peças da cobertura dada
em projeto
26. Deve ser calculado a area de fôrma, m3 de
concreto e peso da ferragem.
A fôrma compreende a superficie da peça com as
seguintes considerações
27.
28. Para calculo da ferragem, verificamos a metragem de aço
para cada bitola e através da tabela fornecida pelo
fabricante, temos o peso total
Por exemplo 100m de barra de 6,3mm pesam 24,5 kg
29. Compreendem instalações
elétricas, hidraulicas, SPDA , prevenção de
incêndio, som, ar condicionado.
O projeto geralmente ja fornece as
quantidades, dado a especificidade de cada
um.
30. Para se compor o custo precisamos da quantidade de insumo e seu
custo unitário, ou seja, o custo de uma unidade de produção.
Exemplo: Custo de m2 de alvenaria.
31. Podemos ter como base, dados reais, como consumo
medido em obra, produção da mão de obra medida in
loco.
Usualmente toma-se aTCPO (tabela de composição
de preços para orçamento) que foi elaborada após
pesquisas em todo Brasil, criando uma tabela que
fornece consumo e produtividade.
A seguir temos o exemplo dos insumos e mão de obra
necessária para execução de 1 m2 de alvenaria
32.
33. Após o levantamento dos insumos na
composição do custo unitário, reune-se todos
eles e realiza-se uma cotação de
preços, geralmente em 3 fornecedores, no
local onde será feita a obra
No caso de material em outra cidade, deve
ser acrescido ao custo o valor do frete, do
descarregamento, icms e outros.
34. É definido pelo salário do empregado mais os encargos tributários.
Para compor o custo unitário, basta dividir o valor por horas de
trabalho.
Tem de constar neste preço, EPI, vale transporte, uniforme.
As leis sociais são geralmente calculadas pelo contador e gira em
torno de 160%, ou seja, se o salário de um pedreiro é R$ 1000,00,
este funcionário custa a empresa:
R$ 1000,00 x 160 % = R$ 2600,00
Trabalhando 220 horas mensais, este funcionário custa
unitariamente R$ 11,80
35. É dado pela quantidade de horas de utilização
para dado serviço, acrescido de sua
depreciação.
36. Após o levantamento de todas as
quantidades e preços, podemos compor a
planilha com todos os serviços necessários
para execução da obra.
A seguir temos um exemplo de planilha
orçamentária.
Lembrando que o valor total da obra, é o
somatório do custo total acrescido do BDI
37.
38. É a soma das despesas indiretas e o lucro
desejado.
Despesas indiretas são gastos que nao estão
ligados diretamente a execução como contador,
administração, tributos, comercialização, taxa
de risco, propaganda, certidões, PIS/COFINS,
viajens, etc.
Geralmente é praticado o valor de 30% dos
custos totais.
39. Relação da quantidade de insumo com o
custo
Os valores totais de cada insumo são
ordenados em ordem descrescente e em %,
classificados em:
A – insumo com valor acumulado proximo a 50%
B – 50 a 80%
C – demais
Entende-se que se dedicando a classe A e B, se
consegue uma maior economia.
40.
41. Empreitada por preço unitário: quando o
projeto não esta todo definido, se contrata
por etapas.
Empreitada global: Orçamento fechado
Administração: % sobre os custos da obra,
que cabem ao contratante
42. Para se planejar, o orçamento é indispensável
Planejamento garante cumprimento de prazos,
custos e qualidade dos projetos
Não basta planejar sem controlar.
PDCA: metodologia que permite controlar o
processo, usado no gerenciamento de atividades
43.
44. Planejar é montar um esquema que auxilie o
desenvolvimento do projeto para prever
ações, garantindo preço, prazo e qualidade
O controle auxilia o monitoramento da evolução
da obra e possiveis mudanças de estratégia
A visão que se tem hoje é: quanto menor o
custo, maior o lucro
Por isso é necessário um maior investimento em
planejamento e controle
45. É deficiente quando:
O planejamento e controle são atividades de um
unico setor
Descrédito por falta de certeza nos parâmetros:
não há dominio do processo por falta de
acompanhamento e controle
Planejamento excessivamente informal:
imediatismo de atividades
Mito do tocador de obras: engenheiro toma a
decisão rapida, sem trabalho de equipe
46.
47. Compatibilização de projetos
Memoriais: compativel com projeto, quando
não, prevalece o memorial
Orçamento de custo direto e indireto:
utilizados para estabelecer a sequencia fisica
de execução da obra
48. Para atestar que o planejamento é eficiente,
sera necessario indicadores para monitorá-lo
Os principais são, o prazo, custo, lucro,
qualidade e satisfação do cliente
Gerenciar o planejamento, garante melhoria
continua dos serviços.
53. Diagrama de rede: representação grafica das
dependências. Constroi-se um caminho para o fim. Utiliza-
se o método dos blocos.
54. Caminho crítico: caminho mais longo até o fim da obra.
Essas atividades nao possuem folga, ou seja, qualquer
atraso em uma delas, implica em atraso na obra.
55. GANTT: representação das atividades com duração em
barras, e intervalos pré estabelecidos. Inclui-se as
dependências e o caminho mais longo para concluir a
obra.
56. FISICO-FINANCEIRO: é formado após o diagrama
de rede. Representa a atividade com sua duração e custo.
57. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO:
estabelecido com o planejamento das contratações e
compras. Apresenta no periodo o que a empresa terá que
desembolsar independente do andamento da obra.
CURVA S: de Gauss, demonstra a evolução do
projeto em relação ao valor acumulado das atividades
executadas. Se obtem os momentos em que as
alterações poderão ocorrer sem prejuizo
58. De permanência da mão de obra: visualiza a
quantidade e tipo de mão de obra que deverá
ser admitida em certo intervalo.
59. De compra de insumos: visualiza a
quantidade e tipo de insumo que deverá ser
comprado em certo periodo. Pode prever
prazos de entrega.
De locação de equipamento: visualiza a
quantidade e tipo de equipamento que
deverá ser locado em certo periodo. Pode
prever prazos de locação.
60. Com orçamento e planejamento
estabelecidos, estes devem ser passados aos
envolvidos para acompanhar metas.
Estabelece-se uma linha base para congelar o
planejamento inicial e a partir dele
acompanhar as ações tomadas em relação ao
planejamento inicial.
61. Elaborar quantitativo da edificação a seguir, demonstrando todo
levantamento de quantidades. Montar a planilha de serviços somente
com as quantidades e a partir dela, fornecer o Diagrama de Rede,
indicando todas as durações.
62. Informações:
Pé-direito= 2,70m
Esquadria em vidro temperado 6mm e ferragens em aluminio
fosco
Porta de madeira encabeçada
Piso em porcelanato
Paredes com massa e tinta acrílica
Considerar um pilar em cada vértice, bem como uma estaca com
2,50m de 25cm de diâmetro.
Pilares de 15x15cm
Baldrame e Respaldo 15x30 cm
Alvenaria em tijolos cerâmicos furados
Ferragem com 4 ferros de 8mm e estribo de 4,2mm
Peitoril da janela 1,10m
Considerar soleira e pingadeira em granito