* do latim colere (cultivar)
* manifestações técnicas e artísticas da humanidade
"Todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a
lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo
homem como membro da sociedade.” (Edward B. Tylor)
* associada ao conceito de civilização, confunde-se com desenvolvimento, bons
costumes, etiqueta, etc.
* Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram pelo menos 167 definições diferentes para o termo.
1960
Início da Guerra Fria entre
o Ocidente e o Bloco
Comunista e medo da
guerra nuclear.
Investimento de governo e
universidades na pesquisa
em informática;
Surgem os movimentos de
contracultura no mundo
Ocidental.
1970
Acaba o sonho da
contracultura;
Informatização da
sociedade se aprofunda no
setor de serviços e
governos;
Nasce a microinformática;
Hackers criam
ferramentas que facilitam
a comunicação mediada
por computador.
1980
Computadores pessoais
(PCs) ganham as
microempresas e
residências;
Videogames se
aperfeiçoam e viram
brinquedos comuns;
Computação gráfica é
cada vez mais usada na
produção de filmes e
televisão.
1990
Surge a Web e a Internet
passa a fazer parte do
cotidiano;
Os computadores se
miniaturizam e são
inseridos em todo tipo de
aparelho;
A informática se torna
indispensável para a vida
nos centros urbanos e
empresas;
Aparecem os movimentos
transhumanistas.
Atualidade: Ambientes tridimensionais começam a surgir. Equipamentos de realidade
virtual são uma realidade. Ferramentas da Web 2.0 tornam todo internauta um produtor de
mídia em potencial.
Ciberespaço
Termo empregado pela primeira vez por
William Gibson no conto Burning Chrome
(1982). No entanto, encontramos comumente
na Literatura que o termo ciberespaço foi
cunhado por Gibson em sua obra Neuromancer
(1984).
"O conceito criado por Gibson neste livro é uma
representação física e multidimensional do universo
abstrato da 'informação. Um lugar pra onde se vai com a
mente, catapultada pela tecnologia, enquanto o corpo fica
pra trás”.
Ciberespaço é um espaço existente no mundo de comunicação em que não é
necessária a presença física do homem para constituir a comunicação
como fonte de relacionamento, dando ênfase ao ato da imaginação,
necessária para a criação de uma imagem anônima, que terá comunhão com
os demais. É o espaço virtual para a comunicação disposto pelo meio de
tecnologia.
Apesar da internet ser o principal ambiente do ciberespaço, devido a sua
popularização e sua natureza de hipertexto, o ciberespaço também pode
ocorrer na relação do homem com outras tecnologias: celular, pagers,
comunicação entre rádio-amadores e por serviços do tipo “tele-amigos”, por
exemplo (JUNGBLUT, 2004; GUIMARÃES JR., 1999).
Ciberespaço = “revolução da
mesma dimensão da
revolução da imprensa”
conhecimento
modos de
transmitir,
estocar e
produzir a
informação
AFETA
Complexificando as trocas comunicativas e abalando a estrutura centralizadora do
mass media
Interatividade
As interações são cada vez mais ligadas à comunicação como um jogo. Os usuários
são atores, agentes, personas.
Simultaneidade
Circulação Tactilidade
Rede
O ciberespaço é um
ecossistema complexo onde
reina a interdependência entre
macro-sistema
tecnológico
micro-sistema
social
rede de
máquinas
interligadas
dinâmica dos
usuários
Constrói-se pela disseminação da informação, pelo fluxo de dados e pelas relações
sociais ali criadas.
Ciberespaço: espaço relacional de comunhão, colocando em contato pessoas
de todo o mundo.
Se reúnem por interesses comuns, para bater papo, para trocar arquivos,
fotos, música, correspondência...
Mais que um fenômeno técnico, o ciberespaço é um fenômeno social.
Cibercultura
* cibernética + cultura
* cultura digital
* fenômenos relacionados ao ciberespaço
• O prefixo “ciber” vem do grego kybernetes, que significa “controle”, “timoneiro”
• Trata-se da cultura da digitalização, da virtualização progressiva do mundo
Surge a partir da comunicação através de computadores, a indústria do entretenimento e o
comércio eletrônico. É também o estudo de vários fenômenos sociais associados à internet e outras
novas formas de comunicação em rede, como as comunidades on-line, jogos de multiusuários, jogos
sociais, mídias sociais, realidade aumentada, mensagens de texto e inclui questões relacionadas à
identidade, privacidade e formação de rede.
Linhas de análise do conceito de cibercultura
Forma Utópica
Refere-se ao advento de novas
mídias e como estas
influenciam a sociedade,
formando subculturas.
Autores:
Pierre Lévy
Andy Hawk
Aspecto Informativo
Refere-se a um conjunto de
práticas culturais que permite
novas formas de transmitir a
informação.
Autores:
Margaret Morse
Lev Manovich
Ponto de vista antropológico
Refere-se a um conjunto de
práticas culturais e estilos de
vida gerados pelas TIC.
Autores:
Arturo Escobar
David Hakken
Epistemologicamente
O termo é usado para teorizar
as novas mídias e as explorar
como uma cultura de
informação. A cibercultura é
auto-reflexiva pois a teoria faz
parte de suas narrativas, que
impulsionam novas teorias.
Autores:
Lev Manovich
“Corresponde ao momento em que nossa espécie, pela globalização econômica, pelo
adensamento das redes de comunicação e de transporte, tende a formar uma única
comunidade mundial, ainda que essa comunidade seja - e quanto! - desigual e conflitante” (LÉVY,
2000, p. 249).
“Longe de ser uma subcultura dos fanáticos pela rede, a cibercultura expressa uma mutação
fundamental da própria essência da cultura. De acordo com a tese que desenvolvi neste estudo, a
chave da cultura do futuro é o conceito de universal sem totalidade” (LÉVY, 2000, p. 247).
“A cibercultura que se forma sob os nossos olhos, mostra, para o melhor ou para o pior, como as
novas tecnologias estão sendo, efetivamente, utilizadas como ferramentas de uma
efervescência social (compartilhamento de emoções, de conviviabilidade e de formação
comunitária). A cibercultura é a socialidade como prática da tecnologia” (LEMOS, 2000, p. 96).
“...o conjunto de fenômenos de costumes que nasce à volta das novíssimas tecnologias de
comunicação...” (RÜDIGER, 2008, p.26).
“...constitui, também, uma formação histórica cujo veículo tecnológico é a informática, sobretudo a de
comunicação, e o motor é e será, ainda por muito tempo, o capitalismo” (idem, p.27).
“A cibercultura pode ser entendida como um campo de experiência através do qual esse fator
instituinte dos tempos modernos começa a se tornar cotidiano à consciência. A formação que lhe
subjaz remete a um conjunto de práticas e representações, através do qual ele se põe em vias
de rotinização para o homem comum” (RÜDIGER, 2008, p.11).
Pierre Lévy
Filósofo francês. Professor do Departamento de Hipermídia da Universidade de
Paris-VIII.
ALGUNS LIVROS:
Cibercultura, O que é virtual?, Inteligência Coletiva, Ciberdemocracia, etc.
Sociólogo espanhol. É um dos cientistas sociais e da área de comunicações mais
citados.
ALGUNS LIVROS:
A Sociedade em Rede, A Galáxia da Internet, etc.
Manuel Castells
Professor de Comunicação, Jornalismo e Artes Cinematográficas na University of
Southern California. Atuou no MIT.
ALGUNS LIVROS:
Cultura da Convergência, Cultura da Conexão,
Fans Bloggers and Gamers, etc.
Henry Jenkins
Professor da UFBA.
ALGUNS LIVROS:
Olhares sobre a cibercultura, Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura
contemporânea, Cibercidade, etc.
André Lemos
Professora da PUCSP.
ALGUNS LIVROS:
O que é semiótica?, Cultura das mídias, Imagem cognição semiótica mídia, Cultura
e artes do pós-humano: da cultura das mídias a cibercultura, etc.
Lucia Santaella
Professor da UERJ.
ALGUNS LIVROS:
A religião das máquinas: ensaios sobre o imaginário da cibercultura, Passeando no
labirinto, A imagem espectral: comunicação, cinema e fantasmagoria tecnológica,
etc.
Erick Felinto
Crítico de cinema e professor de Digital Humanities na City University of New York.
ALGUNS LIVROS:
The language of the new media
Lev Manovich
Professor da UFRGS.
ALGUNS LIVROS:
Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição, etc.
Alex Primo
Professor da PUCRS.
ALGUNS LIVROS:
As teorias da cibercultura, Cibercultura e pós-humanismo, Elementos para a crítica
da cibercultura, etc.
Francisco Rudiger
Professora da UNISINOS.
ALGUNS LIVROS:
Visões perigosas: uma arque-genealogia do cyberpunk, Blogs.com: estudos sobre
blogs e comunicação, Métodos de pesquisa para internet, etc.
Adriana Amaral
Professor da PUCRS.
ALGUNS LIVROS:
A genealogia do virtual, As tecnologias do imaginário, etc.
Juremir Machado da Silva
Professora da UFRGS E UCPEL.
ALGUNS LIVROS:
Análise de Redes para Mídia Social, Redes Sociais na Internet, Métodos de
Pesquisa na Internet, A Conversação em Rede
Raquel Recuero
ABCiber
http://abciber.org.br
Anais 2013
Eixo 1: Educação e Processos de Aprendizagem e Cognição
Eixo 2: Jornalismo, Mídia Livre e Arquitetura da informação
Eixo 3 - Comunicação Corporativa e práticas de consumo online
Eixo 4 - Política, Inclusão Digital e Ciberativismo
Eixo 5 - Entretenimento Digital
Eixo 6 - Processos Estéticas de Arte Digital
Eixo 7 - Redes Sociais na Internet e Sociabilidade online
Eixo 8 - Imaginário Tecnológico e Subjetividades
Bibliografia
MONTEIRO, S. D. O Ciberespaço: o termo, a definição e o conceito. Disponível em <http://www.dgz.org.br/jun07/Art_03.htm>
Acesso em 9 set 2014.
VANDERLEI, K. S; SILVA, M. H. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Ed. Contexto, 2006. Disponível em
<http://www.igtf.rs.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/conceito_CULTURA.pdf> Acesso em 9 set 2014.
MONTARDO, S.; AMARAL, A. Pesquisa em Cibercultura: análise da produção brasileira da Intercom Acesso em 9 set 2014.
LYON, David. Ciberespaço: Ciberespaço: Além da Sociedade da Informação? Acesso em 10 set 2014.
https://pt.slideshare.net/trasel/cibercultura-1576087?qid=d3f115c6-22e2-4076-81da-7de2ea374585&v=&b=&from_search=3
https://pt.slideshare.net/jennyffermesquita/seminario-cibercultura-1-7974485?qid=d3f115c6-22e2-4076-81da-7de2ea374585&v=&
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