SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
Baixar para ler offline
Professora MSc. Zilka Nanes Lima
Especialização em Microbiologia
Faculdade Maurício de Nassau
Primeiro relato de um micro-organismo foi feito pelo inglês
Robert Hooke em 1665 → em um microscópio rudimentar
descreveu células de FUNGOS e plantas → foi o inicio da
teoria celular.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/9259348/
Apesar disso pode-se dizer que a Microbiologia teve
seu inicio com as observações de Antonie van
Leeuwenhoek com lentes criadas por ele e que
atingiam aumento de 300 a 500 vezes o tamanho real
do micro-organismo e com melhor resolução.
→ 1673 – A primeira referência específica a bactérias
é de uma carta datada de 9 de outubro de 1676
publicada na Royal Society de Londres.
→ 1680 – Ele descreveu o fermento biológico do pão
(leveduras) e o parasita intestinal Giardia lamblia (das
próprias fezes após um episódio de diarreia). INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA
Profª. ZILKA NANES LIMA
O progresso da Microbiologia ficou vinculado ao
desenvolvimento de instrumentos e técnicas pertinentes ao seu estudo ,
tais como microscópios com maior poder de resolução e técnicas de
cultivo e coloração de estruturas celulares.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/537406168007113801/
A Microbiologia como ciência começa a ter um
verdadeiro avanço a partir de meados do século XIX,
com o desenvolvimento de microscópios de alta
qualidade juntamente com o aperfeiçoamento de
técnicas de esterilização, cultivo de micro-organismos e
técnicas citológicas.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Nessa época, o químico francês Louis Pasteur
e o médico alemão Robert Koch
desenvolveram estudos que estabeleceram as
bases da Microbiologia como ciência
experimental estruturada e especializada.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/9259348/
→ A Microbiologia deixa de ser uma ciência meramente
descritiva para centrar-se no estudo da complexidade estrutural,
fisiológica, genética e ecológica dos micro-organismos, bem
como das inúmeras atividades por eles desempenhadas.
→ Estes avanços determinaram o desdobramento da
Microbiologia em disciplinas especializadas, como a
Bacteriologia, a Micologia, a Parasitologia, a Virologia e a
Imunologia.
Fonte:
https://br.pinterest.com/pin/
537406168007113801/
Fonte:
http://www.thewinestalker.net/201
7/04/pasteur.html
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
O HOSPEDEIRO AFETADO
O AMBIENTE
O AGENTE INFECCIOSO
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Bactérias
Vírus
Fungos
Protozoários
Helmintos
Ehrlichia
chaffeensis
1991*
Helicobacter
pylori 1983*
Vírus Ebola
1977*
SARS coronavírus
2003*
Anaplasma
phagocytophilum
1994*
Bartonella
henselae 1993*
* Ano de descoberta do micro-organismo
Febre Hemorrágica Úlcera Gástrica /
Duodenal
Ehrliquiose
monocítica humana
Doença da
arranhadura de gato
Anasplasmose
granulocítica humana
Síndrome respiratória
aguda grave
Ectoparasitas
Príons
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Reino Micro-organismos
patogênicos
Tipo celular
Animal Helmintos Eucariótico
Vegetal Nenhum Eucariótico
Protista Protozoários
Fungos
Eucariótico
Eucariótico
Procariótico Bactérias Procariótico
Vírus Acelular
Relações biológicas entre micro-organismos patogênicos.
(Fonte: Levinson, 2016)
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Característica Vírus Bactérias Fungos Protozoários e
Helmintos
Células Ausentes Presentes Presentes Presentes
Diâmetro aproximado
(µm)
0,02-0,2 1-5 3-10 (leveduras) 15-25 (trofozoítos)
Ácido nucléico DNA ou RNA Tanto DNA como RNA Tanto DNA como RNA Tanto DNA como RNA
Tipo do núcleo Ausente Procariótico Eucariótico Eucariótico
Ribossomos Ausentes 70 S 80 S 80 S
Mitocôndrias Ausentes Ausentes Presentes Presentes
Natureza da superfície
externa
Capsideo proteico e
envelope lipoproteico
Parede rígida, contendo
peptidioglicano.
Parede rígida, contendo
quitina
Membrana flexível
Motilidade Nenhum Algumas Nenhum A maioria
Método de replicação Não por fissão binária Fissão binária Brotamento (leveduras)
ou Mitose (bolores)
Mitose
(Fonte: Levinson, 2016)
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Bactérias
Leveduras e
bactérias
Helminto
(ovos de Thichuris thichiura)
Fungo em fruta
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
CORRELAÇÃO EXEMPLOS
Vida Livre Maioria das bactérias
(Staphylococcus, Enterobacteriaceae,
Pseudomonas aeruginosa)
Intracelular facultativo Legionella, Brucella,
Mycobacterium tuberculosis
Intracelular obrigatório Rickettsia, Ehrlichia, Anaplasma
Fonte: Koneman, 2008)
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
CLASSIFICAÇÃO: “É a ordenação dos seres
vivos em classes, baseando-se no parentesco,
semelhança ou ambos.” (Simpson).
NOMENCLATURA: “É a aplicação de nomes
distintos a cada uma das classes reconhecidas
numa dada classificação.” (Simpson)
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
O mundo procariótico é dividido em dois Domínios – Archaea e
Eubacteria
O genoma da Eubacteria pode ser até três vezes maior que o da
Archaea
Os Archaea têm paredes celulares constituídas principalmente de
proteínas, carecem do peptidioglicano ou mureína encontrado no
domínio Eubacteria
Em suma, Archaea compreendem bactérias que são “extremófilos”
ambientais, não contém patógenos humanos. Exemplos: bactérias
metanogênicas, redutoras de sulfato, aeróbicas halofílicas (que
necessitam de sal), termoacidofílas (crescem entre 50-60 graus
celsius a pH<5), anaeróbias hipertermófilicas, heterotróficas ou
aeróbias redutores de enxofre capazes de oxidar enxofre ou outros
substratos inorgânicos e orgânicos.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Baseia-se em semelhanças ou relações entre
propriedades bioquímicas, fisiológicas, genéticas e
morfológicas.
A CLASSIFICAÇÃO faz parte da Taxonomia Bacteriana
assim como a nomenclatura e a identificação dos mais
variados tipos de células.
A nomenclatura é baseada em regras internacionais e a
identificação se dá através do isolamento e uso prático
de um esquema de classificação.
Manual de Bergey de Bacteriologia Sistemática
(Publicação que auxilia a identificação das bactérias que
têm sido descritas e cultivadas. Classifica as bactérias
conhecidas e torna as informações acessíveis na forma
de chaves. )
Fonte:http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=25779&langType=1046
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
TAXONOMIA: “É o estudo teórico da classificação,
incluindo as respectivas bases, princípios, normas
e regras.” (Simpson). Reconhece, classifica e
identifica os seres vivos
SISTEMÁTICA: “É o estudo científico das formas
de organismo, sua diversidade e toda e qualquer
relação entre elas.” (Simpson) . Estuda as
características físicas, fisiológicas ou
comportamentais para permitir a classificação.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
A unidade taxonômica (unidade, grupo etc.)
denomina-se táxon (plural taxa), que pode
corresponder a diversos níveis de classificação ou
categoria taxonômica, que em Microbiologia são
sete:
1. Reino, 2. Filo, 3. Classe,
4.Ordem, 5. Família,
6.Genêro, 7. Espécie.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
GENÊRO: Quando várias espécies apresentam
caracteres comuns para reuni-las num grupo, dá-
se a esse grupo o nome de gênero. Dessa forma
vemos que, frequentemente, um gênero pode
possuir várias espécies ou subespécies.
ESPÉCIE: É definida como sendo uma coleção de
indivíduos que se assemelham tanto entre si
como os seus ascendentes e descendentes.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
SUB-ESPÉCIE: Dá-se esse nome quando alguns
indivíduos de determinada espécie destacam-se do
resto do grupo por possuírem uma característica
excepcional ou um conjunto de pequenas
diferenças da forma específica típica, que se
perpetuam nas gerações seguintes.
VARIEDADE : Quando a diferença é fisiológica ou de
hospedeiro.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
A nomenclatura das espécies deve ser latina e
binomial, ou seja, a espécie é designada por
duas palavras: a primeira representa o Genêro
(deve ser escrita com a primeira letra em
maiúscula); a segunda a espécie considerada
(deve ser escrita com letra minúscula, mesmo
quando for nome de pessoa). Estas palavras
devem ser sempre sublinhadas ou escritas em
itálico.
Exemplo: Stenotrophomonas maltophilia ou
Stenotrophomonas maltophilia
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Staphylococcus ssp.
TAXONOMIA*
Reino : Bacteria
Filo : Firmicutes
Classe III: Bacilli
Ordem I: Bacillales
Família V: Staphylococcaceae
Gênero : Staphylococcus
Rosenbach 1884
* Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Escherichia coli
TAXONOMIA*
Reino : Bacteria
Filo : Firmicutes
Classe : Bacilli
Ordem : Lactobacillales
Família : Enterobacteriaceae
Tribo: Escherichieae (Tribo I)
Gênero : Escherichia
Espécie: Escherichia coli
Rosenbach, 1884
* Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA
Profª. ZILKA NANES LIMA
Fonte:
https://www.microbiologyinpictures.com/illustra
tions/e-coli.php
Pleomórficas: bactérias que variam quanto à forma
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
- Parede celular (peptidioglicano)
- Membrana externa
- Membrana citoplasmática
- Ribossomo (citoplasma)
- Nucleóide (citoplasma)
- Mesossomo (invaginação da membrana
citoplasmática)
- Periplasma ou espaço periplasmático
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA- Profª. ZILKA NANES LIMA
- Cápsula
- Pilus ou fimbrias
- Flagelo
- Esporo
- Plasmídios (citoplasma)
- Transposons
(inseridos no DNA ou plasmídeos)
- Grânulos (citoplasma)
- Glicocálix
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Fonte:https://www.infoescola.com/reino-monera/plasmideo/
Funções:
- Proteção: contra a diferença de pressão osmótica entre o meio
intra e extracelular. (Suporta pressões da ordem de 5,0 kg.cm-2 ,
que é a pressão osmóstica de Escherichia coli).
- Responsável pela forma do micro-organismo
- Confere sustentação rígida, é reforço externo da membrana
celular.
As diferenças na parede celular permitem classificar as bactérias
que se coram pelo Gram em:
GRAM-POSITIVAS
GRAM-NEGATIVAS
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Composição química: peptidioglicano formado de esqueleto de
açucares, com cadeias laterais peptídicas em ligação cruzada.
Mureína e mucopeptídeo são sinônimos de peptidioglicano.
Corresponde ao sítio de ação das de penicilinas e cefalosporinas,
sendo degradado pela lisozima
Bactérias Gram-positivas: peptidioglicano em camada mais
espessa, tem multicamadas. Apresenta ácidos teicóicos de ribitol
(5 carbonos) que se projetam para fora do peptidioglicano.
Bactérias Gram-negativas: peptidiglicano delgado com camada
(membrana) externa complexa, consistindo em polissacarídeos,
lipoproteínas e fosfolípidios. Apresentam lipopolissacarídeos
[LPS] também chamados de endotoxinas.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Paredecelular(essencial)
Fonte: Tortora.
Composição química: polissacarídeo, exceto no bacilo do antraz
(Bacillus anthracis) que possui uma cápsula de ácido D-glutâmico
polimerizado.
O tipo de polissacarídeo determina o tipo sorológico.
Exemplo: Streptococcus pneumoniae (84 tipos sorológicos
identificados).
Função: 1. Protege contra a fagocitose;
2. É um determinante de virulência;
3. Adesão aos tecidos humanos.
Os polissacarídeos capsulares são utilizados como antígenos
em determinadas vacinas. (S. pneumoniae – 23 tipos de
polissacarídeos capsulares purificados).
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
A assepsia (HIGIENIZAÇÃO PREVENTIVA DO
AMBIENTE) consiste num conjunto de métodos e
processos de higienização de determinado
ambiente, com a finalidade de evitar a
contaminação do mesmo por agentes infecciosos
e patológicos.
A antissepsia é feita através do uso de substâncias
químicas, como microbicidas, por exemplo, que
visam eliminar ou diminuir a proliferação das
bactérias (ou demais micro-organismos
indesejados), seja num organismo vivo (anti-
séptico) ou num ambiente (desinfetante).
Fonte: https://www.diferenca.com/assepsia-e-antissepsia/
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Tabela 1 - Atividade antimicrobiana das principais classes de desinfetantes, anti-sépticos
e esterilizantes
Agente Bactérias
Gram POS
Bactérias
Gram NEG
Esporos
bacterianos
Fungos M.tuberculosis* HIV** HBV***
Halogênios (1)
+ + ± + ± + +
Aldeídos (2)
+ + + + + + +
Fenóis (3)
+ + (-) + + + +
Compostos de
amônio
quaternário (4)
+ + (-) ± (-) (-) (-)
Álcóois (5)
+ + (-) ± + + +
Clorexidina
+ + (-) ± (-) + (-)
Gram POS = Gram-positivas; Gram NEG = Gram-negativas; * Mycobacterium tuberculosis; (O M. tuberculosis é mais
resistente aos desinfetantes químicos que qualquer outra bactéria não esporulante). ** HIV: vírus da imunodeficiência
humana; *** HBV:vírus da hepatite B. + = tem atividade antimicrobiana; ± =moderada atividade antimicrobiana (-) =
não tem atividade antimicrobiana. (1) Flúor, cloro, iodo; (2) Formaldeído e glutaraldeído; (3) Hexaclorofeno,
policresuleno, cloroxilenol; (4) Cloreto de benzalcônio, cetrimida. (5) Etanol e isopropanol.
ORIENTAÇÕES PARA
PRÁTICAS E CONDUTAS
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/5643504/
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Fonte: https://www.slideshare.net/calveskeila/1-aula-amostras-biolgicas
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Fonte:https://www.researchgate.net/figure/276522955_fig10_Vision-
esquematica-del-ciclo-diagnostico-de-una-enfermedad-infecciosa
INTRODUÇÃOÀBACTERIOLOGIA-Profª.ZILKANANESLIMA
Ao se coletarem amostras, devem ser considerados os
seguintes fundamentos:
1. O material deve ser do local da infecção, coletado com o mínimo de
contaminação de tecidos, órgãos ou secreções adjacentes.
2. Devem ser estabelecidas ocasiões ótimas para a coleta de amostras, para se
obter isolamento dos micro-organismos envolvidos.
3. Deve ser obtido uma quantidade suficiente de amostra para se realizarem os
testes necessários.
4. Devem ser usados vários dispositivos apropriados para a coleta, recipientes
para as amostras e meios de cultura para garantir o isolamento ótimo dos
micro-organismos,
5. Sempre que possível, obter culturas antes da administração de antibióticos.
6. Na maioria dos casos, além das culturas devem ser preparados esfregaços.
7. O frasco de cultura deve ser apropriadamente rotulado.
Nome completo do paciente / Número de identificação do paciente /
Origem da amostra / Requisitante / Data e hora da coleta
Fonte: Koneman, 2008 INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
Fonte: https://portuguese.alibaba.com/product-detail/stuart-transport-medium-
swab-60514095707.html
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Ágar Stuart (Meio de transporte)
Cloreto de sódio – 3 g
Cloreto de potássio – 0,2 g
Fosfato dissódico – 1,25 g
Fosfato monopotássico – 0,2 g
Tioglicolato de sódio – 1 g
Cloreto de cálcio, 1% aquoso – 10 g
Cloreto de magnésio, 1 % aquoso – 10 g
Ágar – 4 g
Água destilada para pH=7,3 (para 1 litro)
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA
Profª. ZILKA NANES LIMA
Fonte:
http://www.bd.com/scripts/brasil/productsdrilldown.asp?CatID=115&SubID=308&sit
eID=10056&d=brasil&s=brasil&sTitle=&dc=brasil&dcTitle=BD%20-%20Brasil
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Frascos para cultura de sangue
(aeróbios e anaeróbios)
Contém anticoagulante, nutrientes e resinas
inibitórias de antibióticos.
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA
Profª. ZILKA NANES LIMA
1. Qualquer amostra em formalina.
2. Coleta de escarro de 24 horas (é de fácil contaminação)
3. Esfregaços de secreções de colo uterino, canal vaginal ou ânus para
detecção de Neisseria gonorrheae pelo método de coloração de Gram.
4. Um único swab utilizado para vários fins: por exemplo, “aeróbios,
anaeróbios, fungos e tuberculose”
5. Solicitação em um recipiente impróprio, não-estéril ou obviamente
contaminado no qual parte da amostra vazou.
6. Placas de cultura com crescimento excessivo ou secas.
7. As amostras que estão obviamente contaminadas, evidenciado pela
presença de materiais estranhos, como bário, corantes ou substâncias
oleosas.
8. As seguintes amostras não são aceitáveis para cultura de aeróbicos:
lavado gástrico, urina de fluxo médio, swabs de ielostomia ou
colostomia, pelo superficial e culturas ambientais.
Fonte: Konemam, 2008. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA- Profª. ZILKA NANES LIMA
1. EXAME MICROSCÓPICO DA AMOSTRA
1.1 EXAME DIRETO: Útil na Bacteriologia para observar
motilidade, espiroquetas e endósporos usando microscopia de
campo de escuro.
1.2 POR COLORAÇÃO: coloração de Gram, Ziehl Neelsen,
entre outras.
2. CULTURA BACTERIOLÓGICA
(Processamento de amostras e identificação bacteriana)
3. REALIZAÇÃO DO TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIBIÓTICOS
(ANTIBIOGRAMA)
Fonte: Koneman, 2008
Fonte: https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-6.html
INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
1. RELATO DE RESULTADOS
(ELABORAÇÃO DE LAUDOS)
2. INTERAÇÕES COM EPIDEMIOLOGISTAS
3. ANÁLISE DE RESULTADOS
4. MANUTENÇAO DE AMOSTRAS E REGISTROS
Fonte: Koneman, 2008 INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
LEVINSON, W. – Microbiologia Médica e Imunologia. 13ª edição. Editora
ArtMed, 2016. Porto Alegre – RS.
NEVES, D.P. – Parasitologia Humana . 12ª edição. Editora Atheneu, 2011.
São Paulo – SP.
KONEMAN – Diagnóstico Microbiológico – Texto e Atlas Colorido. 6ª edição.
Editora Guanabara Koogan, 2008. Rio de Janeiro – RJ. (Capítulos 6,12 e13).
TRABULSI, L.R. Microbiologia, 6aEdição.Ed. Atheneu, São Paulo, SP. 2015.
Tortora, G.J.; Funke, B.R.; Case, C.L. Microbiologia. 12a Edição: Ed ArtMed,
Porto Alegre, RS, 2012.
Classificação dos micro-organismos - David Bergey's Manual -
http://www.microbiologyprocedure.com/bacterial-classification/
Visitem o nosso blog
https://microimunoliga.blogspot.com.br/
Materiais e reagentes no Laboratório de Microbiologia:
https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/07/disciplina-microbiologia-basica.html
Técnicas de semeadura (processamento de amostras):
https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-6.html
Desinfecção e autoclavação / isolamento de micro-organismos de superfícies
inanimadas: https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-4-desinfeccao-e-
5-meios-de.html
Coloração de GRAM:
https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-7_3.html
Blog das disciplinas: Microbiologia e Imunologia / Professora Zilka Nanes Lima
Alunos: Laís Santos da Silva, Rita de Cássia Ramos Vieira, Cayque de Souza Farias

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Meio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosMeio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosUERGS
 
Reino monera: Bactérias e Arqueas
Reino monera: Bactérias e ArqueasReino monera: Bactérias e Arqueas
Reino monera: Bactérias e ArqueasSimone Miranda
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a MicrobiologiaTiago da Silva
 
Microbiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptxMicrobiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptxLarcioFerreiraSilva
 
Aula Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidade
Aula  Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidadeAula  Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidade
Aula Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidadeHamilton Nobrega
 
1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celular1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celularFlávio Silva
 
Recombinação em fungos
Recombinação em fungosRecombinação em fungos
Recombinação em fungosUERGS
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasEvandro Batista
 
Reino monera
Reino moneraReino monera
Reino moneraBantim27
 
introduçao a microbiologia
introduçao a microbiologiaintroduçao a microbiologia
introduçao a microbiologiaLucio Silva
 
Virus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSVirus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSFagner Souza
 
Evolução celular
Evolução celularEvolução celular
Evolução celularluam1969
 

Mais procurados (20)

Aula 11 fungos
Aula   11 fungosAula   11 fungos
Aula 11 fungos
 
Morfologia bacteriana
Morfologia bacterianaMorfologia bacteriana
Morfologia bacteriana
 
Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas
 
Aula slides virologia
Aula slides   virologiaAula slides   virologia
Aula slides virologia
 
Meio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosMeio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismos
 
Reino monera: Bactérias e Arqueas
Reino monera: Bactérias e ArqueasReino monera: Bactérias e Arqueas
Reino monera: Bactérias e Arqueas
 
Virus e viroses
Virus e virosesVirus e viroses
Virus e viroses
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
 
Microbiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptxMicrobiologia e Parasitologia.pptx
Microbiologia e Parasitologia.pptx
 
Aula Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidade
Aula  Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidadeAula  Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidade
Aula Bactérias - estrutura - morfologia e patogenicidade
 
Doenças virais
Doenças viraisDoenças virais
Doenças virais
 
1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celular1ª aula biologia celular
1ª aula biologia celular
 
Recombinação em fungos
Recombinação em fungosRecombinação em fungos
Recombinação em fungos
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elas
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Reino monera
Reino moneraReino monera
Reino monera
 
introduçao a microbiologia
introduçao a microbiologiaintroduçao a microbiologia
introduçao a microbiologia
 
Aula 12 virus
Aula   12 virusAula   12 virus
Aula 12 virus
 
Virus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSVirus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUS
 
Evolução celular
Evolução celularEvolução celular
Evolução celular
 

Semelhante a Parte 1 - Introdução á Bacteriologia [Profa.Zilka Nanes}

Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxlvaroCosta22
 
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxlvaroCosta22
 
Aula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdf
Aula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdfAula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdf
Aula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdfyannesantos5
 
aaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.ppt
aaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.pptaaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.ppt
aaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.pptpamelacastro71
 
AULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEM
AULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEMAULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEM
AULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEMMarceloCorrea844135
 
Aula 02 - Classificação dos seres vivos.pdf
Aula 02 - Classificação dos seres vivos.pdfAula 02 - Classificação dos seres vivos.pdf
Aula 02 - Classificação dos seres vivos.pdfProfYasminBlanco
 
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdf
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdfINTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdf
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdfAntonio Elielton
 
1_introducao.pptx
1_introducao.pptx1_introducao.pptx
1_introducao.pptxGeniViana
 
Aula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdf
Aula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdfAula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdf
Aula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdfrobson226649
 
1. Introdução à Parasitologia básica.pptx
1. Introdução à Parasitologia básica.pptx1. Introdução à Parasitologia básica.pptx
1. Introdução à Parasitologia básica.pptxPaola554738
 
1 - Microbiologia basica.pdf
1 - Microbiologia basica.pdf1 - Microbiologia basica.pdf
1 - Microbiologia basica.pdfFilipeMatteoli
 
Especialidade de bactérias
Especialidade de bactériasEspecialidade de bactérias
Especialidade de bactériasEd Wilson Santos
 

Semelhante a Parte 1 - Introdução á Bacteriologia [Profa.Zilka Nanes} (20)

Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...
Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...
Diferenças entre micro-organismos - conceitos em taxonomia e sistemática [Pro...
 
Microbiologia modulo1
Microbiologia modulo1Microbiologia modulo1
Microbiologia modulo1
 
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
 
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptxIntrodução microbiologia-Aula 110123.pptx
Introdução microbiologia-Aula 110123.pptx
 
Aula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdf
Aula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdfAula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdf
Aula 01 - Introducao a discplina.pptx.pdf
 
aaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.ppt
aaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.pptaaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.ppt
aaa OOOOaula 1 e 2 microb. geral 2019.ppt
 
AULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEM
AULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEMAULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEM
AULAS DE MICROBIOLOGIA APLICADA A TECNICOS DE ENFERMAGEM
 
Aula 02 - Classificação dos seres vivos.pdf
Aula 02 - Classificação dos seres vivos.pdfAula 02 - Classificação dos seres vivos.pdf
Aula 02 - Classificação dos seres vivos.pdf
 
Pioneiros(2)
 Pioneiros(2) Pioneiros(2)
Pioneiros(2)
 
Poligrafo1
Poligrafo1Poligrafo1
Poligrafo1
 
Microrganismo
MicrorganismoMicrorganismo
Microrganismo
 
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdf
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdfINTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdf
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA.pdf
 
1_introducao.pptx
1_introducao.pptx1_introducao.pptx
1_introducao.pptx
 
Microbiologia
MicrobiologiaMicrobiologia
Microbiologia
 
Aula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdf
Aula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdfAula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdf
Aula 2 Classificação biológica dos seres vivos.pdf
 
1. Introdução à Parasitologia básica.pptx
1. Introdução à Parasitologia básica.pptx1. Introdução à Parasitologia básica.pptx
1. Introdução à Parasitologia básica.pptx
 
1 - Microbiologia basica.pdf
1 - Microbiologia basica.pdf1 - Microbiologia basica.pdf
1 - Microbiologia basica.pdf
 
Especialidade de bactérias
Especialidade de bactériasEspecialidade de bactérias
Especialidade de bactérias
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 001
 
AULA 02 - MICRO.pptx
AULA 02 - MICRO.pptxAULA 02 - MICRO.pptx
AULA 02 - MICRO.pptx
 

Mais de Profª. Zilka Nanes Lima - UEPB - Microbiologia e Imunologia

Mais de Profª. Zilka Nanes Lima - UEPB - Microbiologia e Imunologia (16)

AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
 
Parte 2 - Introdução á Bacteriologia [Profa.Zilka Nanes}
Parte 2 - Introdução á Bacteriologia [Profa.Zilka Nanes}Parte 2 - Introdução á Bacteriologia [Profa.Zilka Nanes}
Parte 2 - Introdução á Bacteriologia [Profa.Zilka Nanes}
 
Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]
Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]
Aula Extra_ImunologiaBásica_Citocinas_[Profª.Zilka]
 
Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]
Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]
Parte_6_ImunologiaBásica_Hipersensibilidade [Profª.Zilka]
 
Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]
Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]
Parte_5_ImunologiaBásica_Imunidade_Adquirida_MHC [Profª.Zilka]
 
Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]
Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]
Parte_4_ImunologiaBásica_Órgãos_e_Células_do_Sistema_Imune [Profª.Zilka]
 
Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]
Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]
Parte_2_ImunologiaBásica_Antígenos_Anticorpos_Complemento_ [Profª.Zilka]
 
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
Parte_1_ImunologiaBásica_ Relação_Parasito-Hospedeiro_[Profª.Zilka]
 
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
Parte_0_ImunologiaBásica_Introdução à Imunologia_[Profª.Zilka]
 
Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]
Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]
Conceitos para entender o Currículo Lattes...[Profa.zilka]
 
Tutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventos
Tutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventosTutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventos
Tutorial_Adicionar no Currículo Lattes_trabalhos publicados em anais de eventos
 
Virologia Clínica Parte 4 Diagnóstico Laboratorial [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 4 Diagnóstico Laboratorial [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 4 Diagnóstico Laboratorial [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 4 Diagnóstico Laboratorial [Profa.Zilka]
 
Virologia Clínica Parte 3 Viroses Humanas [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 3  Viroses Humanas [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 3  Viroses Humanas [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 3 Viroses Humanas [Profa.Zilka]
 
Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 2 Imunologia 2017 [Profa.Zilka]
 
Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]
Virologia Clínica Parte 1 Básico 2017 [Profa.Zilka]
 
Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)
Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)
Microbiologia: áreas de atuação no Brasil (segundo SBM)
 

Último

XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 

Último (13)

XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 

Parte 1 - Introdução á Bacteriologia [Profa.Zilka Nanes}

  • 1. Professora MSc. Zilka Nanes Lima Especialização em Microbiologia Faculdade Maurício de Nassau
  • 2. Primeiro relato de um micro-organismo foi feito pelo inglês Robert Hooke em 1665 → em um microscópio rudimentar descreveu células de FUNGOS e plantas → foi o inicio da teoria celular. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/9259348/ Apesar disso pode-se dizer que a Microbiologia teve seu inicio com as observações de Antonie van Leeuwenhoek com lentes criadas por ele e que atingiam aumento de 300 a 500 vezes o tamanho real do micro-organismo e com melhor resolução. → 1673 – A primeira referência específica a bactérias é de uma carta datada de 9 de outubro de 1676 publicada na Royal Society de Londres. → 1680 – Ele descreveu o fermento biológico do pão (leveduras) e o parasita intestinal Giardia lamblia (das próprias fezes após um episódio de diarreia). INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 3. O progresso da Microbiologia ficou vinculado ao desenvolvimento de instrumentos e técnicas pertinentes ao seu estudo , tais como microscópios com maior poder de resolução e técnicas de cultivo e coloração de estruturas celulares. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/537406168007113801/ A Microbiologia como ciência começa a ter um verdadeiro avanço a partir de meados do século XIX, com o desenvolvimento de microscópios de alta qualidade juntamente com o aperfeiçoamento de técnicas de esterilização, cultivo de micro-organismos e técnicas citológicas. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 4. Nessa época, o químico francês Louis Pasteur e o médico alemão Robert Koch desenvolveram estudos que estabeleceram as bases da Microbiologia como ciência experimental estruturada e especializada. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/9259348/ → A Microbiologia deixa de ser uma ciência meramente descritiva para centrar-se no estudo da complexidade estrutural, fisiológica, genética e ecológica dos micro-organismos, bem como das inúmeras atividades por eles desempenhadas. → Estes avanços determinaram o desdobramento da Microbiologia em disciplinas especializadas, como a Bacteriologia, a Micologia, a Parasitologia, a Virologia e a Imunologia. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/ 537406168007113801/ Fonte: http://www.thewinestalker.net/201 7/04/pasteur.html INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 5. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 6. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 7. O HOSPEDEIRO AFETADO O AMBIENTE O AGENTE INFECCIOSO INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 8. Bactérias Vírus Fungos Protozoários Helmintos Ehrlichia chaffeensis 1991* Helicobacter pylori 1983* Vírus Ebola 1977* SARS coronavírus 2003* Anaplasma phagocytophilum 1994* Bartonella henselae 1993* * Ano de descoberta do micro-organismo Febre Hemorrágica Úlcera Gástrica / Duodenal Ehrliquiose monocítica humana Doença da arranhadura de gato Anasplasmose granulocítica humana Síndrome respiratória aguda grave Ectoparasitas Príons INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 9. Reino Micro-organismos patogênicos Tipo celular Animal Helmintos Eucariótico Vegetal Nenhum Eucariótico Protista Protozoários Fungos Eucariótico Eucariótico Procariótico Bactérias Procariótico Vírus Acelular Relações biológicas entre micro-organismos patogênicos. (Fonte: Levinson, 2016) INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 10. Característica Vírus Bactérias Fungos Protozoários e Helmintos Células Ausentes Presentes Presentes Presentes Diâmetro aproximado (µm) 0,02-0,2 1-5 3-10 (leveduras) 15-25 (trofozoítos) Ácido nucléico DNA ou RNA Tanto DNA como RNA Tanto DNA como RNA Tanto DNA como RNA Tipo do núcleo Ausente Procariótico Eucariótico Eucariótico Ribossomos Ausentes 70 S 80 S 80 S Mitocôndrias Ausentes Ausentes Presentes Presentes Natureza da superfície externa Capsideo proteico e envelope lipoproteico Parede rígida, contendo peptidioglicano. Parede rígida, contendo quitina Membrana flexível Motilidade Nenhum Algumas Nenhum A maioria Método de replicação Não por fissão binária Fissão binária Brotamento (leveduras) ou Mitose (bolores) Mitose (Fonte: Levinson, 2016) INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 11. Bactérias Leveduras e bactérias Helminto (ovos de Thichuris thichiura) Fungo em fruta INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 12. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 13. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 14. CORRELAÇÃO EXEMPLOS Vida Livre Maioria das bactérias (Staphylococcus, Enterobacteriaceae, Pseudomonas aeruginosa) Intracelular facultativo Legionella, Brucella, Mycobacterium tuberculosis Intracelular obrigatório Rickettsia, Ehrlichia, Anaplasma Fonte: Koneman, 2008) INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 15. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 16. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 17. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 18. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 19. CLASSIFICAÇÃO: “É a ordenação dos seres vivos em classes, baseando-se no parentesco, semelhança ou ambos.” (Simpson). NOMENCLATURA: “É a aplicação de nomes distintos a cada uma das classes reconhecidas numa dada classificação.” (Simpson) INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 20. O mundo procariótico é dividido em dois Domínios – Archaea e Eubacteria O genoma da Eubacteria pode ser até três vezes maior que o da Archaea Os Archaea têm paredes celulares constituídas principalmente de proteínas, carecem do peptidioglicano ou mureína encontrado no domínio Eubacteria Em suma, Archaea compreendem bactérias que são “extremófilos” ambientais, não contém patógenos humanos. Exemplos: bactérias metanogênicas, redutoras de sulfato, aeróbicas halofílicas (que necessitam de sal), termoacidofílas (crescem entre 50-60 graus celsius a pH<5), anaeróbias hipertermófilicas, heterotróficas ou aeróbias redutores de enxofre capazes de oxidar enxofre ou outros substratos inorgânicos e orgânicos. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 21. Baseia-se em semelhanças ou relações entre propriedades bioquímicas, fisiológicas, genéticas e morfológicas. A CLASSIFICAÇÃO faz parte da Taxonomia Bacteriana assim como a nomenclatura e a identificação dos mais variados tipos de células. A nomenclatura é baseada em regras internacionais e a identificação se dá através do isolamento e uso prático de um esquema de classificação. Manual de Bergey de Bacteriologia Sistemática (Publicação que auxilia a identificação das bactérias que têm sido descritas e cultivadas. Classifica as bactérias conhecidas e torna as informações acessíveis na forma de chaves. ) Fonte:http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=25779&langType=1046 INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 22. TAXONOMIA: “É o estudo teórico da classificação, incluindo as respectivas bases, princípios, normas e regras.” (Simpson). Reconhece, classifica e identifica os seres vivos SISTEMÁTICA: “É o estudo científico das formas de organismo, sua diversidade e toda e qualquer relação entre elas.” (Simpson) . Estuda as características físicas, fisiológicas ou comportamentais para permitir a classificação. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 23. A unidade taxonômica (unidade, grupo etc.) denomina-se táxon (plural taxa), que pode corresponder a diversos níveis de classificação ou categoria taxonômica, que em Microbiologia são sete: 1. Reino, 2. Filo, 3. Classe, 4.Ordem, 5. Família, 6.Genêro, 7. Espécie. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 24. GENÊRO: Quando várias espécies apresentam caracteres comuns para reuni-las num grupo, dá- se a esse grupo o nome de gênero. Dessa forma vemos que, frequentemente, um gênero pode possuir várias espécies ou subespécies. ESPÉCIE: É definida como sendo uma coleção de indivíduos que se assemelham tanto entre si como os seus ascendentes e descendentes. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 25. SUB-ESPÉCIE: Dá-se esse nome quando alguns indivíduos de determinada espécie destacam-se do resto do grupo por possuírem uma característica excepcional ou um conjunto de pequenas diferenças da forma específica típica, que se perpetuam nas gerações seguintes. VARIEDADE : Quando a diferença é fisiológica ou de hospedeiro. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 26. A nomenclatura das espécies deve ser latina e binomial, ou seja, a espécie é designada por duas palavras: a primeira representa o Genêro (deve ser escrita com a primeira letra em maiúscula); a segunda a espécie considerada (deve ser escrita com letra minúscula, mesmo quando for nome de pessoa). Estas palavras devem ser sempre sublinhadas ou escritas em itálico. Exemplo: Stenotrophomonas maltophilia ou Stenotrophomonas maltophilia INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 27. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 28. Staphylococcus ssp. TAXONOMIA* Reino : Bacteria Filo : Firmicutes Classe III: Bacilli Ordem I: Bacillales Família V: Staphylococcaceae Gênero : Staphylococcus Rosenbach 1884 * Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 29. Escherichia coli TAXONOMIA* Reino : Bacteria Filo : Firmicutes Classe : Bacilli Ordem : Lactobacillales Família : Enterobacteriaceae Tribo: Escherichieae (Tribo I) Gênero : Escherichia Espécie: Escherichia coli Rosenbach, 1884 * Fonte: Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA Profª. ZILKA NANES LIMA Fonte: https://www.microbiologyinpictures.com/illustra tions/e-coli.php
  • 30. Pleomórficas: bactérias que variam quanto à forma INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 31. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 32. - Parede celular (peptidioglicano) - Membrana externa - Membrana citoplasmática - Ribossomo (citoplasma) - Nucleóide (citoplasma) - Mesossomo (invaginação da membrana citoplasmática) - Periplasma ou espaço periplasmático INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA- Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 33. - Cápsula - Pilus ou fimbrias - Flagelo - Esporo - Plasmídios (citoplasma) - Transposons (inseridos no DNA ou plasmídeos) - Grânulos (citoplasma) - Glicocálix INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA Fonte:https://www.infoescola.com/reino-monera/plasmideo/
  • 34. Funções: - Proteção: contra a diferença de pressão osmótica entre o meio intra e extracelular. (Suporta pressões da ordem de 5,0 kg.cm-2 , que é a pressão osmóstica de Escherichia coli). - Responsável pela forma do micro-organismo - Confere sustentação rígida, é reforço externo da membrana celular. As diferenças na parede celular permitem classificar as bactérias que se coram pelo Gram em: GRAM-POSITIVAS GRAM-NEGATIVAS INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 35. Composição química: peptidioglicano formado de esqueleto de açucares, com cadeias laterais peptídicas em ligação cruzada. Mureína e mucopeptídeo são sinônimos de peptidioglicano. Corresponde ao sítio de ação das de penicilinas e cefalosporinas, sendo degradado pela lisozima Bactérias Gram-positivas: peptidioglicano em camada mais espessa, tem multicamadas. Apresenta ácidos teicóicos de ribitol (5 carbonos) que se projetam para fora do peptidioglicano. Bactérias Gram-negativas: peptidiglicano delgado com camada (membrana) externa complexa, consistindo em polissacarídeos, lipoproteínas e fosfolípidios. Apresentam lipopolissacarídeos [LPS] também chamados de endotoxinas. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 36. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA Paredecelular(essencial) Fonte: Tortora.
  • 37. Composição química: polissacarídeo, exceto no bacilo do antraz (Bacillus anthracis) que possui uma cápsula de ácido D-glutâmico polimerizado. O tipo de polissacarídeo determina o tipo sorológico. Exemplo: Streptococcus pneumoniae (84 tipos sorológicos identificados). Função: 1. Protege contra a fagocitose; 2. É um determinante de virulência; 3. Adesão aos tecidos humanos. Os polissacarídeos capsulares são utilizados como antígenos em determinadas vacinas. (S. pneumoniae – 23 tipos de polissacarídeos capsulares purificados). INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 38. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 39. A assepsia (HIGIENIZAÇÃO PREVENTIVA DO AMBIENTE) consiste num conjunto de métodos e processos de higienização de determinado ambiente, com a finalidade de evitar a contaminação do mesmo por agentes infecciosos e patológicos. A antissepsia é feita através do uso de substâncias químicas, como microbicidas, por exemplo, que visam eliminar ou diminuir a proliferação das bactérias (ou demais micro-organismos indesejados), seja num organismo vivo (anti- séptico) ou num ambiente (desinfetante). Fonte: https://www.diferenca.com/assepsia-e-antissepsia/ INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 40. Tabela 1 - Atividade antimicrobiana das principais classes de desinfetantes, anti-sépticos e esterilizantes Agente Bactérias Gram POS Bactérias Gram NEG Esporos bacterianos Fungos M.tuberculosis* HIV** HBV*** Halogênios (1) + + ± + ± + + Aldeídos (2) + + + + + + + Fenóis (3) + + (-) + + + + Compostos de amônio quaternário (4) + + (-) ± (-) (-) (-) Álcóois (5) + + (-) ± + + + Clorexidina + + (-) ± (-) + (-) Gram POS = Gram-positivas; Gram NEG = Gram-negativas; * Mycobacterium tuberculosis; (O M. tuberculosis é mais resistente aos desinfetantes químicos que qualquer outra bactéria não esporulante). ** HIV: vírus da imunodeficiência humana; *** HBV:vírus da hepatite B. + = tem atividade antimicrobiana; ± =moderada atividade antimicrobiana (-) = não tem atividade antimicrobiana. (1) Flúor, cloro, iodo; (2) Formaldeído e glutaraldeído; (3) Hexaclorofeno, policresuleno, cloroxilenol; (4) Cloreto de benzalcônio, cetrimida. (5) Etanol e isopropanol.
  • 41. ORIENTAÇÕES PARA PRÁTICAS E CONDUTAS INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 42. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/5643504/ INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 45. Ao se coletarem amostras, devem ser considerados os seguintes fundamentos: 1. O material deve ser do local da infecção, coletado com o mínimo de contaminação de tecidos, órgãos ou secreções adjacentes. 2. Devem ser estabelecidas ocasiões ótimas para a coleta de amostras, para se obter isolamento dos micro-organismos envolvidos. 3. Deve ser obtido uma quantidade suficiente de amostra para se realizarem os testes necessários. 4. Devem ser usados vários dispositivos apropriados para a coleta, recipientes para as amostras e meios de cultura para garantir o isolamento ótimo dos micro-organismos, 5. Sempre que possível, obter culturas antes da administração de antibióticos. 6. Na maioria dos casos, além das culturas devem ser preparados esfregaços. 7. O frasco de cultura deve ser apropriadamente rotulado. Nome completo do paciente / Número de identificação do paciente / Origem da amostra / Requisitante / Data e hora da coleta Fonte: Koneman, 2008 INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 46. Fonte: https://portuguese.alibaba.com/product-detail/stuart-transport-medium- swab-60514095707.html FASE PRÉ-ANALÍTICA Ágar Stuart (Meio de transporte) Cloreto de sódio – 3 g Cloreto de potássio – 0,2 g Fosfato dissódico – 1,25 g Fosfato monopotássico – 0,2 g Tioglicolato de sódio – 1 g Cloreto de cálcio, 1% aquoso – 10 g Cloreto de magnésio, 1 % aquoso – 10 g Ágar – 4 g Água destilada para pH=7,3 (para 1 litro) INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 47. Fonte: http://www.bd.com/scripts/brasil/productsdrilldown.asp?CatID=115&SubID=308&sit eID=10056&d=brasil&s=brasil&sTitle=&dc=brasil&dcTitle=BD%20-%20Brasil FASE PRÉ-ANALÍTICA Frascos para cultura de sangue (aeróbios e anaeróbios) Contém anticoagulante, nutrientes e resinas inibitórias de antibióticos. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 48. 1. Qualquer amostra em formalina. 2. Coleta de escarro de 24 horas (é de fácil contaminação) 3. Esfregaços de secreções de colo uterino, canal vaginal ou ânus para detecção de Neisseria gonorrheae pelo método de coloração de Gram. 4. Um único swab utilizado para vários fins: por exemplo, “aeróbios, anaeróbios, fungos e tuberculose” 5. Solicitação em um recipiente impróprio, não-estéril ou obviamente contaminado no qual parte da amostra vazou. 6. Placas de cultura com crescimento excessivo ou secas. 7. As amostras que estão obviamente contaminadas, evidenciado pela presença de materiais estranhos, como bário, corantes ou substâncias oleosas. 8. As seguintes amostras não são aceitáveis para cultura de aeróbicos: lavado gástrico, urina de fluxo médio, swabs de ielostomia ou colostomia, pelo superficial e culturas ambientais. Fonte: Konemam, 2008. INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA- Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 49. 1. EXAME MICROSCÓPICO DA AMOSTRA 1.1 EXAME DIRETO: Útil na Bacteriologia para observar motilidade, espiroquetas e endósporos usando microscopia de campo de escuro. 1.2 POR COLORAÇÃO: coloração de Gram, Ziehl Neelsen, entre outras. 2. CULTURA BACTERIOLÓGICA (Processamento de amostras e identificação bacteriana) 3. REALIZAÇÃO DO TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIBIÓTICOS (ANTIBIOGRAMA) Fonte: Koneman, 2008 Fonte: https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-6.html INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 50. 1. RELATO DE RESULTADOS (ELABORAÇÃO DE LAUDOS) 2. INTERAÇÕES COM EPIDEMIOLOGISTAS 3. ANÁLISE DE RESULTADOS 4. MANUTENÇAO DE AMOSTRAS E REGISTROS Fonte: Koneman, 2008 INTRODUÇÃO À BACTERIOLOGIA - Profª. ZILKA NANES LIMA
  • 51. LEVINSON, W. – Microbiologia Médica e Imunologia. 13ª edição. Editora ArtMed, 2016. Porto Alegre – RS. NEVES, D.P. – Parasitologia Humana . 12ª edição. Editora Atheneu, 2011. São Paulo – SP. KONEMAN – Diagnóstico Microbiológico – Texto e Atlas Colorido. 6ª edição. Editora Guanabara Koogan, 2008. Rio de Janeiro – RJ. (Capítulos 6,12 e13). TRABULSI, L.R. Microbiologia, 6aEdição.Ed. Atheneu, São Paulo, SP. 2015. Tortora, G.J.; Funke, B.R.; Case, C.L. Microbiologia. 12a Edição: Ed ArtMed, Porto Alegre, RS, 2012. Classificação dos micro-organismos - David Bergey's Manual - http://www.microbiologyprocedure.com/bacterial-classification/
  • 52. Visitem o nosso blog https://microimunoliga.blogspot.com.br/ Materiais e reagentes no Laboratório de Microbiologia: https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/07/disciplina-microbiologia-basica.html Técnicas de semeadura (processamento de amostras): https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-6.html Desinfecção e autoclavação / isolamento de micro-organismos de superfícies inanimadas: https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-4-desinfeccao-e- 5-meios-de.html Coloração de GRAM: https://microimunoliga.blogspot.com.br/2016/08/pratica-7_3.html Blog das disciplinas: Microbiologia e Imunologia / Professora Zilka Nanes Lima Alunos: Laís Santos da Silva, Rita de Cássia Ramos Vieira, Cayque de Souza Farias