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Modificações anatômicas
e fisiológicas do
PUERPÉRIO
DRA. GLADYS MERA NAVAL
PUERPERIO
 É o período de tempo de 6 SEMANAS que se inicia
após o parto ou cesárea, com a expulsão da
placenta
 Readaptação do organismo feminino alterado pela
gestação e parto à situação pré-gravídica
Modificações anatômicas e
fisiológicas
INVOLUÇÃO UTERINA
 1000 mg no pós-parto imediato
 500 mg com 1 semana
 100 g com 30 dias
 2 semanas: palpado na sínfise púbica
 Cérvix reconstitui-se rapidamente
 Loquiação
RUBRA: até 3 dias
SEROSA: 4 a 10 dias
ALBA: >10 dias
Modificações anatômicas e
fisiológicas
VAGINA E VULVA
 Pequenas lacerações cicatrizam rapidamente (5 dias)
 Atrofia permanece
 Vasos visíveis
 Carúnculas mirtiformes
SISTEMA CARDIOVASCULAR
 Aumento da RVP
 Eliminação da circulação placentária
 Debito Cardiaco diminui p/ níveis pré-gravídicos
 Aumento de 10% no POI
 Diurese aumentada
 Excesso de liquidos
 Diminuição da pressão venosa e plexos hemorroidários
TRATO URINÁRIO
Superdistensão; esvaziamento incompleto e
resíduo urinário
ITU: sempre deve ser lembrada quando ocorre febre
puerperal!!!
FUNÇÃO OVULATÓRIA
Sem amamentação
6-8 semanas
Com amamentação normalmente é variável ( 6
meses)
Anticoncepção precoce
Aspectos clínicos no puerpério
CUIDADOS NA 1 HORA
 4 período do trabalho de parto
 Emergências hemorrágicas ( 4 “Ts”)
 Globo de segurança de Pinard
 Sinais vitais de 15/15 minutos
CUIDADOS NO PERÍODO SUBSEQUNTE
 Calafrios no POI
 Aumento de temperatura nas primeiras 24 horas
 Sinais vitais no mínimo 2X/dia
 Palpação uterina
Subinvolução uterina
Redução da consistência
Dor
INFECÇÃO PUERPERAL
CUIDADOS dos Lóquios
Avaliação diária
Sangramento excessivo/alteração de odor e cor
Cólicas
Contração uterina fisiológica
 Deambulação precoce
Função vesical, obstipação e fenômenos trombóticos
Parto vaginal
CESÁREA MINIMAMENTE INVASIVA
MISGAV-LADACH; JOEL-COHEN MODIFICADA
Aspectos clínicos no puerpério-
CUIDADOS
CUIDADOS
 Episiotomia e ferida operatória
Analgesia adequada
Gelo em episiorrafia
Tecnica cirúrgica acurada e minuciosa
Antibioticoterapia criteriosa
 Imunizações
Mães Rh - / RN Rh +
Imunoglobulina anti-D 300 microgramas IM em até 72
horas pós-parto
 Depressão pós-parto
 Leve e transitória (Blues) ocorre 10-15% das gestações!!!
 Cefaléia pós punção de dura máter
Em raquianestesias atualmente é raríssimo
Mais comum em erros de punção peridural
Analgesia
Repouso
hemotamponamento
ORIENTAÇÕES NA ALTA
 Anticoncepção : Minipílula
 Amamentação exclusiva
 Preservativo
 DIU
 Após dequitação
 12 semanas pós parto
 LTB
 Proibido a não ser que haja indicação médica
 Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996
 Pena: reclusão de 2-8 anos ou multa
 Analgesia
 Analgésicos simples e antiinflamatórios
 Opióides são pouco necessários
 Coito
 Não há consenso
 3 a 4 semanas
 Diminuição da libido é comum (84%)
 Supressão da lactação
 Natimortos
 Doença grave materna ou medicações proibidas
 HIV
Medicações
Olhar consenso de aleitamento
materno 2010
Categorias de risco

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  • 1. Modificações anatômicas e fisiológicas do PUERPÉRIO DRA. GLADYS MERA NAVAL
  • 2. PUERPERIO  É o período de tempo de 6 SEMANAS que se inicia após o parto ou cesárea, com a expulsão da placenta  Readaptação do organismo feminino alterado pela gestação e parto à situação pré-gravídica
  • 3. Modificações anatômicas e fisiológicas INVOLUÇÃO UTERINA  1000 mg no pós-parto imediato  500 mg com 1 semana  100 g com 30 dias  2 semanas: palpado na sínfise púbica  Cérvix reconstitui-se rapidamente  Loquiação RUBRA: até 3 dias SEROSA: 4 a 10 dias ALBA: >10 dias
  • 4. Modificações anatômicas e fisiológicas VAGINA E VULVA  Pequenas lacerações cicatrizam rapidamente (5 dias)  Atrofia permanece  Vasos visíveis  Carúnculas mirtiformes
  • 5. SISTEMA CARDIOVASCULAR  Aumento da RVP  Eliminação da circulação placentária  Debito Cardiaco diminui p/ níveis pré-gravídicos  Aumento de 10% no POI  Diurese aumentada  Excesso de liquidos  Diminuição da pressão venosa e plexos hemorroidários
  • 6. TRATO URINÁRIO Superdistensão; esvaziamento incompleto e resíduo urinário ITU: sempre deve ser lembrada quando ocorre febre puerperal!!!
  • 7. FUNÇÃO OVULATÓRIA Sem amamentação 6-8 semanas Com amamentação normalmente é variável ( 6 meses) Anticoncepção precoce
  • 8. Aspectos clínicos no puerpério CUIDADOS NA 1 HORA  4 período do trabalho de parto  Emergências hemorrágicas ( 4 “Ts”)  Globo de segurança de Pinard  Sinais vitais de 15/15 minutos
  • 9. CUIDADOS NO PERÍODO SUBSEQUNTE  Calafrios no POI  Aumento de temperatura nas primeiras 24 horas  Sinais vitais no mínimo 2X/dia  Palpação uterina Subinvolução uterina Redução da consistência Dor INFECÇÃO PUERPERAL
  • 10. CUIDADOS dos Lóquios Avaliação diária Sangramento excessivo/alteração de odor e cor Cólicas Contração uterina fisiológica  Deambulação precoce Função vesical, obstipação e fenômenos trombóticos Parto vaginal CESÁREA MINIMAMENTE INVASIVA MISGAV-LADACH; JOEL-COHEN MODIFICADA
  • 11. Aspectos clínicos no puerpério- CUIDADOS CUIDADOS  Episiotomia e ferida operatória Analgesia adequada Gelo em episiorrafia Tecnica cirúrgica acurada e minuciosa Antibioticoterapia criteriosa  Imunizações Mães Rh - / RN Rh + Imunoglobulina anti-D 300 microgramas IM em até 72 horas pós-parto
  • 12.  Depressão pós-parto  Leve e transitória (Blues) ocorre 10-15% das gestações!!!  Cefaléia pós punção de dura máter Em raquianestesias atualmente é raríssimo Mais comum em erros de punção peridural Analgesia Repouso hemotamponamento
  • 13. ORIENTAÇÕES NA ALTA  Anticoncepção : Minipílula  Amamentação exclusiva  Preservativo  DIU  Após dequitação  12 semanas pós parto  LTB  Proibido a não ser que haja indicação médica  Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996  Pena: reclusão de 2-8 anos ou multa
  • 14.  Analgesia  Analgésicos simples e antiinflamatórios  Opióides são pouco necessários  Coito  Não há consenso  3 a 4 semanas  Diminuição da libido é comum (84%)  Supressão da lactação  Natimortos  Doença grave materna ou medicações proibidas  HIV
  • 15. Medicações Olhar consenso de aleitamento materno 2010 Categorias de risco