2. Provavelmente nenhuma outra fase da vida da mulher provoque tantas alterações
anatômicas, bioquímicas e funcionais em um espaço tão curto de tempo quanto a
gestação.
Mas por que é importante que o fisioterapeuta conheça essas adaptações?
Identificar momentos críticos: doença/adaptação;
Orientar a gestante quanto aos cuidados;
Conhecer melhor a unidade fetoplacentária;
Adequar o plano de tratamento e evolução de acordo com
cada fase gestacional;
3.
4. Sinais e sintomas na gravidez:
Náusea, vômito
Amenorréia
Polaciúria
Mastalgia (hiperestesia mamária)
Rede venosa de Haller
Hiperpigmentação da aréola
Tubérculo de Montgomery
Hormônio gonadotrofina coriônica
humana beta (β-hCG)
5.
6. Corpo lúteo → até ~ 10ª semana de gestação;
Placenta → entre a 7ª e a 12ª semana (utiliza colesterol materno como fonte primária);
Progesterona
Ações da progesterona
o Redução do tônus da musculatura lisa materna → estômago, cólon, bexiga, ureteres e
vasos sanguíneos;
o Aumento da temperatura e gordura corporal;
o Nas mamas → Células alveolares e glandulares que produzem leite;
o Estimula o centro respiratório → Frequência e amplitude respiratória;
7. Corrente sanguínea materna → início da gestação;
Glândula suprarrenal fetal → em torno da 20ª semana de gestação produz cerca de 90%;
Estrogênio
Ações do estrogênio
o Retenção hídrica (retenção de sódio e ativação do SRAA);
o Aumenta bacilos da flora vaginal;
o Aumenta a flexibilidade das articulações pélvicas;
o Homeostase do cálcio no sistema músculo esquelético;
o Ação nos ductos mamários preparando para a lactação (junto a prolactina);
Relaxina
o Aumenta no 1º trimestre e reduz no 2º;
o Dispersa as fibras de colágeno do colo uterino, inibe contração uterina, relaxa sínfise púbica
e articulação sacroilíaca;
8. Parede abdominal
o Paredes abdominais submetidas a alta tensão → Diástase dos retos abdominais
Pele
o Estiramento da derme na mama e abdome → Estrias
o Aumento da atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas → Acne
9. Sistema Musculoesquelético
o Modificação do centro de gravidade → devido ao deslocamento para frente (crescimento
abdominal e das mamas)
o Lordose → Corpo se projeta para trás
o Aumento do polígono de sustentação → pés se distanciam
o Ombros se projetam para trás, e a cervical se alinha para frente
Aumento da fragilidade da musculatura compensatória lombossacra e cervical
=
Lombalgia, cervicalgia, dormência e fraqueza
10. Adaptação da marcha
o Marcha anserina
Rotação exagerada da pelve, arremessando ou rolando os quadris de um lado para o outro a
cada passo, para deslocar o peso do corpo.
11. INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA GESTAÇÃO
ASSOALHO PÉLVICO
o Músculos, fáscias e ligamentos;
o Função: sustentar órgãos internos, e ação
esfincteriana para uretra, vagina e reto;
15. EXERCÍCIOS
Contraindicações absolutas
o Doença cardíaca e pulmonar grave;
o Gestação múltipla de risco;
o Sangramento persistente;
o Pré-eclâmpsia;
o Anemia grave;
o Rompimento prematuro de membranas;
16.
17.
18. OBRIGADA!
REFERÊNCIAS
BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. 6ª Ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara
Koogan, 2018
AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2012
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2011
Notas do Editor
DUM: data da última menstruação; DPP: data provável do parto; G: número de gestações; P: número de partos; A: número de abortos; PA: pressão arterial; FC: frequência cardíaca; FR: frequência respiratória; SD: sistema digestivo; SME: sistema musculoesquelético; SCV: sistema cardiovascular; SR: sistema respiratório; SU: sistema urinário; MAP: músculos do assoalho pélvico.