O documento descreve as tendências macroeconômicas de Moçambique desde 1993 e apresenta um cenário para 2016-2021. A economia passou por fases de reconstrução, estabilização e novas fontes de crescimento baseadas em capitais externos. No entanto, existem agora desafios como altos pagamentos da dívida pública e necessidade de ajustes fiscais significativos para equilibrar as contas públicas.
1. Cenários Macroeconómicos
e
Desafios da Conjuntura Actual
Sam Jones
Universidade de Copenhaga
e
UNU-WIDER
(em colaboração com MEF e UEM/CEEG)
25 Outubro 2016
3. Tendências históricas
Três fases principais da macroeconomia
Moçambicana, desde o AGP:
1 Reconstrução e recuperação (1993-2001)
2 Estabilização e normalização (2002-2007)
3 Novas fontes de crescimento (2008-2015)
3 / 34
4. Tendências históricas
Três fases principais da macroeconomia
Moçambicana, desde o AGP:
1 Reconstrução e recuperação (1993-2001)
2 Estabilização e normalização (2002-2007)
3 Novas fontes de crescimento (2008-2015)
3 / 34
5. Tendências históricas
Três fases principais da macroeconomia
Moçambicana, desde o AGP:
1 Reconstrução e recuperação (1993-2001)
2 Estabilização e normalização (2002-2007)
3 Novas fontes de crescimento (2008-2015)
3 / 34
6. Tendências históricas
Três fases principais da macroeconomia
Moçambicana, desde o AGP:
1 Reconstrução e recuperação (1993-2001)
2 Estabilização e normalização (2002-2007)
3 Novas fontes de crescimento (2008-2015)
3 / 34
7. Taxa de crescimento real (valor acrescentado)
05101520
Taxadecrescimentoreal(%)
1995 2000 2005 2010 2015
4 / 34
10. Fase mais recente (2008-2015)
Dois aspectos opostos.
1 Continuação de bom desempenho
Taxa de crescimento robusta
Inflação baixa e controlada
Fortalecimento de receitas públicas
... importância reduzida de ajuda externa.
7 / 34
11. Fase mais recente (2008-2015)
Dois aspectos opostos.
1 Continuação de bom desempenho
Taxa de crescimento robusta
Inflação baixa e controlada
Fortalecimento de receitas públicas
... importância reduzida de ajuda externa.
7 / 34
12. Fase mais recente (2008-2015)
Dois aspectos opostos.
1 Continuação de bom desempenho
Taxa de crescimento robusta
Inflação baixa e controlada
Fortalecimento de receitas públicas
... importância reduzida de ajuda externa.
7 / 34
13. Fase mais recente (2008-2015)
Dois aspectos opostos.
1 Continuação de bom desempenho
Taxa de crescimento robusta
Inflação baixa e controlada
Fortalecimento de receitas públicas
... importância reduzida de ajuda externa.
7 / 34
14. Fase mais recente (2008-2015)
Dois aspectos opostos.
1 Continuação de bom desempenho
Taxa de crescimento robusta
Inflação baixa e controlada
Fortalecimento de receitas públicas
... importância reduzida de ajuda externa.
7 / 34
21. Grandes projectos, mas não só
Investimento Directo Estrangeiro, 2011-2015
9,290
14,686
0 5,000 10,000 15,000
Milhões de USD
Outras Empresas
Grandes Projectos
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22. Origem principal do IDE (5 mais importante)
2011-2015
1,752
2,020
2,267
4,648
6,239
0 2,000 4,000 6,000
Milhões de USD
Itália
Maurícias
Brasil
EUA
Emirados Árabes Unidos
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25. Fontes de crescimento (2008-2015)
Última fase de crescimento foi caracterizada por:
1 Expansão do peso do sector público na economia
2 Redução de importância de donativos
3 Papel dominante de outros capitais externos:
Sector público: empréstimos bilaterais
Criação de novas empresas estatais
Sector privado: não só grandes projectos
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26. Fontes de crescimento (2008-2015)
Última fase de crescimento foi caracterizada por:
1 Expansão do peso do sector público na economia
2 Redução de importância de donativos
3 Papel dominante de outros capitais externos:
Sector público: empréstimos bilaterais
Criação de novas empresas estatais
Sector privado: não só grandes projectos
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27. Fontes de crescimento (2008-2015)
Última fase de crescimento foi caracterizada por:
1 Expansão do peso do sector público na economia
2 Redução de importância de donativos
3 Papel dominante de outros capitais externos:
Sector público: empréstimos bilaterais
Criação de novas empresas estatais
Sector privado: não só grandes projectos
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28. Fontes de crescimento (2008-2015)
Última fase de crescimento foi caracterizada por:
1 Expansão do peso do sector público na economia
2 Redução de importância de donativos
3 Papel dominante de outros capitais externos:
Sector público: empréstimos bilaterais
Criação de novas empresas estatais
Sector privado: não só grandes projectos
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29. Fontes de crescimento (2008-2015)
Última fase de crescimento foi caracterizada por:
1 Expansão do peso do sector público na economia
2 Redução de importância de donativos
3 Papel dominante de outros capitais externos:
Sector público: empréstimos bilaterais
Criação de novas empresas estatais
Sector privado: não só grandes projectos
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30. Fontes de crescimento (2008-2015)
Última fase de crescimento foi caracterizada por:
1 Expansão do peso do sector público na economia
2 Redução de importância de donativos
3 Papel dominante de outros capitais externos:
Sector público: empréstimos bilaterais
Criação de novas empresas estatais
Sector privado: não só grandes projectos
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31. Fontes de crescimento (2008-2015)
Última fase de crescimento foi caracterizada por:
1 Expansão do peso do sector público na economia
2 Redução de importância de donativos
3 Papel dominante de outros capitais externos:
Sector público: empréstimos bilaterais
Criação de novas empresas estatais
Sector privado: não só grandes projectos
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32. Três riscos importantes
1 Riscos de quebra de acesso a capital externo (esp.
para o governo).
2 Riscos associados com uma taxa de cambio real forte.
3 Riscos associados com uma falta de atenção aos
outros sectores chaves
– e.g., criação fraca de postos de trabalho.
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33. Três riscos importantes
1 Riscos de quebra de acesso a capital externo (esp.
para o governo).
2 Riscos associados com uma taxa de cambio real forte.
3 Riscos associados com uma falta de atenção aos
outros sectores chaves
– e.g., criação fraca de postos de trabalho.
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34. Três riscos importantes
1 Riscos de quebra de acesso a capital externo (esp.
para o governo).
2 Riscos associados com uma taxa de cambio real forte.
3 Riscos associados com uma falta de atenção aos
outros sectores chaves
– e.g., criação fraca de postos de trabalho.
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36. Desafios da conjuntura actual
Onde estamos agora?
Níveis altos e persistentes de pagamentos de dívida
Ajuda externa reduzida (−50% comparado com 2015)
Incerteza sobre grandes investimentos
Pressão de despesas públicas (esp. correntes)
Falta de ‘almofada’ de reservas internacionais
Necessidade de ajustamentos significativos.
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37. Desafios da conjuntura actual
Onde estamos agora?
Níveis altos e persistentes de pagamentos de dívida
Ajuda externa reduzida (−50% comparado com 2015)
Incerteza sobre grandes investimentos
Pressão de despesas públicas (esp. correntes)
Falta de ‘almofada’ de reservas internacionais
Necessidade de ajustamentos significativos.
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38. Desafios da conjuntura actual
Onde estamos agora?
Níveis altos e persistentes de pagamentos de dívida
Ajuda externa reduzida (−50% comparado com 2015)
Incerteza sobre grandes investimentos
Pressão de despesas públicas (esp. correntes)
Falta de ‘almofada’ de reservas internacionais
Necessidade de ajustamentos significativos.
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39. Desafios da conjuntura actual
Onde estamos agora?
Níveis altos e persistentes de pagamentos de dívida
Ajuda externa reduzida (−50% comparado com 2015)
Incerteza sobre grandes investimentos
Pressão de despesas públicas (esp. correntes)
Falta de ‘almofada’ de reservas internacionais
Necessidade de ajustamentos significativos.
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40. Desafios da conjuntura actual
Onde estamos agora?
Níveis altos e persistentes de pagamentos de dívida
Ajuda externa reduzida (−50% comparado com 2015)
Incerteza sobre grandes investimentos
Pressão de despesas públicas (esp. correntes)
Falta de ‘almofada’ de reservas internacionais
Necessidade de ajustamentos significativos.
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41. Desafios da conjuntura actual
Onde estamos agora?
Níveis altos e persistentes de pagamentos de dívida
Ajuda externa reduzida (−50% comparado com 2015)
Incerteza sobre grandes investimentos
Pressão de despesas públicas (esp. correntes)
Falta de ‘almofada’ de reservas internacionais
Necessidade de ajustamentos significativos.
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42. Desafios da conjuntura actual
Onde estamos agora?
Níveis altos e persistentes de pagamentos de dívida
Ajuda externa reduzida (−50% comparado com 2015)
Incerteza sobre grandes investimentos
Pressão de despesas públicas (esp. correntes)
Falta de ‘almofada’ de reservas internacionais
Necessidade de ajustamentos significativos.
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43. Ajustamentos já em curso (2016)
A economia já está a reagir:
1 Desvalorização da taxa de câmbio (>100% desde ’14)
2 Compressão de importações (bens de consumo)
3 Abrandamento do crescimento económico
4 Cortes nas despesas públicas (esp. investimento)
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44. Ajustamentos já em curso (2016)
A economia já está a reagir:
1 Desvalorização da taxa de câmbio (>100% desde ’14)
2 Compressão de importações (bens de consumo)
3 Abrandamento do crescimento económico
4 Cortes nas despesas públicas (esp. investimento)
21 / 34
45. Ajustamentos já em curso (2016)
A economia já está a reagir:
1 Desvalorização da taxa de câmbio (>100% desde ’14)
2 Compressão de importações (bens de consumo)
3 Abrandamento do crescimento económico
4 Cortes nas despesas públicas (esp. investimento)
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46. Ajustamentos já em curso (2016)
A economia já está a reagir:
1 Desvalorização da taxa de câmbio (>100% desde ’14)
2 Compressão de importações (bens de consumo)
3 Abrandamento do crescimento económico
4 Cortes nas despesas públicas (esp. investimento)
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47. Qual é a profundidade de crise?
Sim, a situação é seria.
Mas, os ajustamentos já em curso são
substanciais ...
... e dados preliminares indicam que o fluxo de
capital externo está robusto – pelo menos, ao
sector privado.
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48. Qual é a profundidade de crise?
Sim, a situação é seria.
Mas, os ajustamentos já em curso são
substanciais ...
... e dados preliminares indicam que o fluxo de
capital externo está robusto – pelo menos, ao
sector privado.
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49. Qual é a profundidade de crise?
Sim, a situação é seria.
Mas, os ajustamentos já em curso são
substanciais ...
... e dados preliminares indicam que o fluxo de
capital externo está robusto – pelo menos, ao
sector privado.
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50. Perspectivas de futuro
Desenvolvemos um cenário ‘base’ ...
... usando um modelo de consistência
macroeconômica.
O cenário indica que é possível alcançar
normalização econômica a partir de 2018.
Mas normalização não significa que a situação
será igual a 2013.
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51. Perspectivas de futuro
Desenvolvemos um cenário ‘base’ ...
... usando um modelo de consistência
macroeconômica.
O cenário indica que é possível alcançar
normalização econômica a partir de 2018.
Mas normalização não significa que a situação
será igual a 2013.
23 / 34
52. Perspectivas de futuro
Desenvolvemos um cenário ‘base’ ...
... usando um modelo de consistência
macroeconômica.
O cenário indica que é possível alcançar
normalização econômica a partir de 2018.
Mas normalização não significa que a situação
será igual a 2013.
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53. Perspectivas de futuro
Desenvolvemos um cenário ‘base’ ...
... usando um modelo de consistência
macroeconômica.
O cenário indica que é possível alcançar
normalização econômica a partir de 2018.
Mas normalização não significa que a situação
será igual a 2013.
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54. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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55. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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56. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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57. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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58. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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59. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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60. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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61. Cénario base (2016-2021)
Pressupostos do modelo:
1 Ajustes principais acontecem em 2016/17, mas a taxa de
cambio continua a depreciar-se
2 Entrada contínua de investimentos externos privados (e.g.,
USD 5,000m em 2021)
3 Donativos e empréstimos externos ao governo mantêm-se,
mas a um ritmo moderado (e.g., USD 500m em 2021)
4 Peso do sector público reduz-se até 26% PIB ...
... implicando uma redução de investimentos públicos
5 Crescimento económico real restabelecido a c. 7%
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62. (1) Economia normalizada a partir de 2018
0102030
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Crescimento real de PIB
Taxa de inflação
25 / 34
70. Resumo
Características de período 2008-2015:
1 Crescimento robusto, mas ...
2 ... escolhas com maior risco
= Os riscos tornaram-se reais.
Ajustamento já em curso = especie de "reset"
Normalização possível a partir de 2018
33 / 34
71. Resumo
Desafios agora em diante:
1 Consolidar os ajustamentos
2 Fiscalizar a divida pública (esp. interna)
3 Sustentar crescimento econômico inclusivo
34 / 34