O documento discute a revisão de textos como um processo essencial para aprimorar a escrita. A revisão envolve identificar erros, corrigi-los e melhorar a qualidade do texto. Também promove o pensamento reflexivo e o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem. Tecnologias assistivas podem auxiliar alunos com deficiências na revisão, correção ortográfica e organização das ideias.
3. O ESQUEMA TRADICIONAL DO PROCESSO DA
ESCRITA
3 SUBPROCESSOS:
Planeamento/ planificação
Redacção/ textualização,
Revisão.
4. CONSISTE EM…
Reler o texto,
Identificar nele erros ou desvios
Corrigi – los, com o intuito de melhorar a
sua qualidade e transparência.
A REVISÃO DE TEXTO
5. ENGLOBA…
A identificação de discrepâncias entre o que se
planeou escrever e o que efectivamente se
escreveu;
A decisão relativamente ao que é possível fazer
para corrigir essas divergências;
A concretização das alterações desejadas.
A REVISÃO DE TEXTO
6. A REVISÃO DE TEXTO
NESSE PROCESSO,
DEVEM TER-SE EM CONTA VÁRIOS ASPECTOS:
Conteúdo
Objectivos Retórica
Estrutura
7. PERTINÊNCIA DA REVISÃO DE TEXTO
DEVIDO À COMPLEXIDADE DO PROCESSO DA ESCRITA,
NA REVISÃO DE TEXTO O SUJEITO PODE CENTRAR A SUA
ATENÇÃO:
Na estrutura informacional e sequência do discurso;
nos mecanismos de coerência e coesão textual;
na organização frásica;
8. PERTINÊNCIA DA REVISÃO DE TEXTO
PARA ALÉM DOS ASPECTOS MAIS FINOS…
na sintaxe na pontuação
na ortografia no estilo
9. A REVISÃO DE TEXTO
PROPICIA…
PENSAMENTO REFLEXIVO
Na análise do processo da escrita,
Na identificação das dificuldades,
Na enunciação das estratégias de superação.
11. REESCRITA E METACOGNIÇÃO
CONHECIMENTO DA PRÓPRIA COGNIÇÃO É:
conhecer e regular os próprios processos
mentais;
ampliar a capacidade e eficácia da
aprendizagem.
12. REESCRITA E METACOGNIÇÃO
IMPLICA:
PROGRAMAÇÃO CONSCIENTE DAS SEGUINTES ESTRATÉGIAS:
Estratégias de aprendizagem,
Estratégias de memória:
Ex: Extrair ideias fundamentais do texto,
Estratégias de solução de problemas.
Ex: Mapas conceptuais favorecem a recuperação da
informação,
13. AVALIAÇÃO FORMATIVA NO PROCESSO DA ESCRITA
(MARIA JOÃO CONSTANTINO)
CONCORRE PARA A MELHORIA DA ESCRITA:
APLICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE ÍNDOLE FORMATIVA:
Com vista a maiores competências escriturais,
Envolve processos de…
Auto-controlo,
auto-gestão de
saberes,
auto-avaliação
regulação
14. REESCRITA E AUTO-REGULAÇÃO
CONFERE AO ALUNO:
papel activo e responsável,
capacidade de realizar tarefas de forma
progressiva e autónoma,
construção de saberes,
desenvolvimento de estratégias reflexivas.
15. AUTO-CORRECÇÃO DO ERRO
NO PROCESSO DE REESCRITA
Como estratégia reguladora da aprendizagem,
Compreensão e aceitação do erro como um
fenómeno natural, lógico e inevitável no processo de
aprendizagem,
Correcção de erro: responsabilidade partilhada
professor-aluno
16. K. JOHNSON (1988) –CORRECÇÃO DE ERROS
NA LÍNGUA ESTRANGEIRA
Reconhecer a importância de um erro concreto.
Ser consciente de o ter cometido (ajuda do professor),
Sentir o desejo de o corrigir ,
Ter ocasião de praticar, logo que possível, a unidade
linguística problemática em situações reais de
comunicação,
17. INTERVENÇÃO EDUCACIONAL NO PROCESSO
DA REVISÃO DA ESCRITA
O PAPEL DO PROFESSOR
Treino da auto-instrução para a auto-regulação
dos processos de revisão;
Interacção grupal e ensino recíproco
18. ESTRATÉGIAS PARA APLICAÇÃO DA REVISÃO
EM SALA DE AULA
Formam-se
grupos de 3
alunos
Distribuem-se os
trabalhos
escritos não
identificados
pelos grupos
Em cada grupo,
realiza-se uma
única leitura do
texto
Os membros do
grupo
classificam de 1
a 5 cada texto
Realiza-se uma
segunda leitura,
para, em
conjunto,
justificar a
classificação
atribuida
Identificam-se os
principais
problemas ou
desvios do texto
Elabora-se uma
listagem de
sugestões para
melhoria do
texto trabalhado.
19. ESTRATÉGIAS PARA APLICAÇÃO DA REVISÃO
EM SALA DE AULA
FORNECER AOS ALUNOS UMA FICHA DE VERIFICAÇÃO NA QUAL
CONSTEM AS SEGUINTES PERGUNTAS:
É possível ler o texto em voz alta sem dificuldade?
A introdução suscita interesse no leitor?
A sequência do discurso é lógica? Existe um fio condutor?
O vocabulário utilizado é variado?
O texto é redundante? Usam-se repetidamente as mesmas
palavras ou frases?
20. A REVISÃO DE TEXTO COMO PROMOTORA DO SUCESSO
ESCOLAR
Revisão
Texto
Repensar
Recriar
Reescrever
Reorganizar
21. A REVISÃO DE TEXTO COMO PROMOTORA DO
SUCESSO ESCOLAR
A REVISÃO DE TEXTO…
Diminui a frequência dos bloqueios na escrita;
Contribui para a aprendizagem, pois é o aluno quem procura e
reorganiza a informação e, logo, descobre novas ideias e ligações;
Desenvolve a capacidade de auto-regulação, contribuindo para uma
aprendizagem mais autónoma e motivadora
Concorre para uma aquisição de estratégias de resolução de
problemas, frente aos erros e imprecisões que precisam de ser
resolvidos
22. NOVAS TECNOLOGIAS AO SERVIÇO DA REVISÃO
DE TEXTO
TECNOLOGIA ASSISTIDA PARA ALUNOS COM
PEQUENAS DEFICIÊNCIAS
Assistive Technology for Students with Mild Disabilities
The ERIC Clearinghouse on Disabilities and Gifted Education
Michael M. Behrmann, 1995
(educação especial/autismo)
http://www.eric.ed.gov/
23. CONHECIDA COMO ASSISTIVE TECHNOLOGY
(AT)
ESTA FERRAMENTA É USADA PARA:
melhorar a acessibilidade e a qualidade das
ferramentas e serviços tecnológicos assistidos
a todos os indivíduos e seus familiares nos
E.U.A.,
melhorar as capacidades funcionais dos
indivíduos com deficiências.
24. CONHECIDA COMO ASSISTIVE TECHNOLOGY
(AT)
PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MECÂNICA LEVE :
Ajuda a corrigir erros de ortografia, gramática,
pontuação,
Auxilia a criar e organizar ideias,
Na criação, revisão e edição de texto,
Estimula a motivação ao gerar ideias novas e mais
complexas
25. LAHM E MORRISSETTE (1994)
ÁREAS DE ENSINO EM QUE A AT PODE AJUDAR
ORGANIZAÇÃO:
soluções Low-tech ensinam os estudantes a organizar
as suas ideias,
Ex: utilização de gráficos visualmente organizadores para
auxiliar os alunos no desenvolvimento e estruturação das
ideias.
26. LAHM E MORRISSETTE (1994)
ÁREAS DE ENSINO EM QUE A AT PODE AJUDAR
TOMAR NOTAS:
permite que os alunos com dificuldades de leitura possam
visualizar notas fornecidas pelo professor,
Permite aos alunos com dificuldades auditivas ler as notas
do professor,
Permite aos alunos com dificuldades visuais ouvir as notas
reproduzidas por um sintetizador de voz,
Permite aos alunos com problemas de concentração assistir
a breves momentos de sintetização da informação,
27. NA CONSTRUÇÃO DE TEXTO:
ajuda os alunos com dificuldades cognitivas ou com
problemas motores a gerir e sintetizar informação na criação
e revisão de texto,
são de mais valia os recursos gramaticais, o «spellcheckers»,
dicionários, thesaurus, os programas assistidos da escrita
automática,
computador reduz ou elimina vários problemas de edição, tais como
rasuras, papel rasgado, má caligrafia, bem como a necessidade de se
reescrever o texto,
uma variedade de fontes e estilos estão disponíveis, permitindo aos
alunos personalizar a sua escrita e realçar características
importantes. Imagens gráficas, desenhos, áudio e vídeo podem ser
acrescentados ao projecto.
28. PERMITE INTERACTIVIDADE ENTRE PROFESSOR E ALUNO:
Os professores podem utilizar as capacidades da edição do
processador de texto durante o processo de escrita, fazendo
sugestões sobre os conteúdos do aluno,
Se o computador estiver ligado à rede, os alunos podem ler
uns dos outros, trabalhar e fazer comentários de revisão,
Permite a consulta de enciclopédias, referências bibliográficas
e publicações on-line supervisionadas pelo professor.
29. BIBLIOGRAFIA
BEHRMANN, Michael M., «Assistive Technology for Students with Mild Disabilities» .
The Eric Clearinghouse on Disabilities and Gifted Education, 1995.
CONSTANTINO, Maria João – A avaliação formadora como estratégia de aprendizagem
no domínio da escrita em língua materna. Tese de Mestrado em Ciências da educação.
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, 2005.
GONÇALVES, Maria Dulce – Processos psicológicos na revisão da composição escrita.
Contributos para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem. Tese de Mestrado
em Ciências da Educação. Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências da educação,
1992.
JOHNSON, K. (1988). «Mistake correction». En ELT Journal, 42/2, pp. 89-96.
PEREIRA, Maria Inácia Simões Pessoa - «A auto-correcção do erro como estratégia
reguladora da aprendizagem da escrita em língua estrangeira». 2003, pp.1-11.