1. Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
INSPEÇÃO SANITÁRIA EM
ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
CONSUMO HUMANO
3. Conteúdo da apresentação
•mananciais, captação e
adução
•mistura rápida e
coagulação
•floculação
•decantação
•filtração
•desinfecção
• fluoretação
• correção do pH
• reservação
• estação elevatória
• distribuição
• ligação predial
• reservação intradomicílio
• veículo transportador
Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água:Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água:
identificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscosidentificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscos
4. Na perspectiva da avaliação e gerenciamento de riscos,
as inspeções sanitárias visam à verificação de boas
práticas em abastecimento de água e à identificação de
perigos e pontos críticos em sistemas e soluções de
abastecimento de água
As boas práticas em abastecimento de água buscam
prevenir ou combater os perigos (fatores de risco) e
minimizar a probabilidade de ocorrência de efeitos
indesejáveis (riscos) à saúde humana
Boas Práticas Inspeção Avaliação de Risco↔ ↔Boas Práticas Inspeção Avaliação de Risco↔ ↔
5. Instalação composta por um conjunto de obras civis,
materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as
ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento
coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição.
Sistema de Abastecimento de Água
Portaria MS nº 2914/2011
Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água
6. modalidade de abastecimento coletivo destinada a
fornecer água potável , com captação subterrânea ou
superficial com ou sem canalização e sem rede de
distribuição.
Solução Alternativa Coletiva
Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água
Portaria MS nº 2914/2011
7. modalidade de abastecimento de água para consumo
humano que atenda a domicílios residenciais com uma
única famílias, incluindo seus agregados familiares.
Solução Alternativa Individual
Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água
Portaria MS nº 2914/2011
12. Zona de Captação
1
Atenção ao manancial – Portaria MS nº 2914/2011
Avaliação
sistemática do SAA,
sob a perspectiva
dos riscos à saúde
Físico – Químico e
Biológico
Mensal/Semestral
Proteção dos mananciais em
articulação com o gestores de Recursos
Hídricos
Cianobacterias
N<10.000 células/mL--->Mensal
N>10.000 células/mL--->Semanal
13. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
Disponibilidade hídrica
-garantia de vazão suficiente para o abastecimento
contínuo de água;
-saturação do manancial (projeções futuras);
14. É fundamental o conhecimento da saturação
do manancial
X
Oferta de água (limite de adução) (L/seg)
X
evolução do consumo (L/hab.dia)
Qmin > Qcaptação: captação direta
Qmin < Qcaptação: reservatórios de acumulação
Qmin e Qméd < Qcaptação: oferta insuficiente
Disponibilidade hídrica
16. séries históricas de vazão dos mananciais
crescimento da população
consumo percapita de água
extrapolação para o futuro
Avaliação do balanço oferta
x
demanda de água
Disponibilidade hídrica
17. A intermitência pode acarretar a
deterioração da qualidade da água
no sistema de distribuição e/ou levar
a população ao uso de fontes de
qualidade duvidosa
Disponibilidade hídrica
Fonte: CGVAM/SVS/MS Fonte: OPAS/OMS Fonte: OPAS/OMS Fonte: CGVAM/SVS/MS
18. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
• Diagnóstico de uso e ocupação da bacia de captação
usos e conflitos
abastecimento doméstico e industrial
irrigação
dessedentação de animais
aqüicultura
preservação da flora e fauna
recreação e lazer
navegação
diluição de despejos
geração de energia
19. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
Situação de proteção dos mananciais
Medidas de ordem geral para proteção de mananciais
leis de proteção de mananciais
zoneamento ambiental
leis de uso e ocupação do solo
criação de Áreas de Proteção Ambiental.
20. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
Qualidade da água bruta
Existência de possíveis fontes de contaminação
-esgotos domésticos
-efluentes industriais
-agrotóxicos e fertilizantes
21. A degradação da qualidade dos mananciais tem
ocorrido devido à constante interferência do ser
humano na natureza por meio de:
Desmatamentos; impermeabilização do solo;
alteração do curso natural dos rios; ocupação
desordenada das bacias hidrográficas
Diagnóstico da bacia de captação
22. A degradação da qualidade dos mananciais tem
ocorrido devido à constante interferência do ser
humano na natureza por meio de:
Lançamento de efluentes domésticos; atividades
agropecuárias; atividades industriais, atividades
extrativas e garimpos
Fonte: Internet
Diagnóstico da bacia de captação
Fonte: CGVAM/SVS/MSFonte: Internet Fonte: Internet
23. • captação direta
• maior turbidez
• variação sazonal de qualidade
• reservatório de acumulação
• eutrofização
• proliferação de algas (cianobactérias)
• menor concentração de organismos patogênicos
(protozoários- sedimentação)
Atenção ao manancial – Qualidade da água
Epigloeosphaera
24. Mananciais subterrâneos x superficiais:
“água de melhor qualidade”
Mananciais subterrâneos: mais bem protegidos, porém podem
estar sujeitas a:
• fontes de poluição química e microbiológica
• contaminação natural, decorrente das características do solo, tais
como ferro, manganês, arsênico e fluoretos.
Qualidade da água
• Aqüífero não confinado (freático): mais vulnerável
• Aqüífero confinado: (artesiano): mais protegido
26. Captação e Adução
A escolha do ponto de captação e sua
proteção é fundamental para garantir o
fornecimento de água em quantidade e
qualidade adequada à população
Fonte: EMBASA
27. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
• Capacidade de adução x evolução do consumo
• Tomada d’água com dispositivos para impedir a
entrada de materiais flutuantes
• Dispositivos para controlar a entrada de água
• Canais ou tubulações de interligação e acessórios
• Poços de sucção e casa de bombas para alojar os
conjuntos elevatórios
28. • Facilidade de acesso e identificação do local
• Barreira de proteção em relação a acidentes com
produtos químicos
• Proteção contra enchentes
• Entrada de pessoas estranhas e animais
• Existência de conjunto motor-bomba de reserva
• Manutenção periódica da adutora e das instalações
eletro-mecânicas
• Manutenção periódica da edificação
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
29. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
captação direta de manancial de
superfície com barragem de nível
captação de manancial de
superfície com barragem de
acumulação
Fonte: CGVAM/SVS/MS
Boas Práticas !
30. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
captação – Acompanhamento de nível
de água
captação de manancial de
superfície com barragem de
acumulação
Fonte: EMBASA
Fonte: EMBASA
Boas Práticas !
31. captação direta de manancial de
superfície com barreira de
proteção em relação a produtos
químicos
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e AduçãoFonte:CGVAM/SVS/MS
estrutura de captação sujeita à
inundação
Perigo !!Boas Práticas !
Fonte:UFMG
32. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução (Cont.)
Tomada direta de rios, lagos e açudes (mananciais de superfície)
33. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Existência de ventosas na adução
Captação e Adução
Boas Práticas !
35. Tratamento
A eficiência do processo de tratamento
garante a qualidade da água para
consumo humano
Fonte: EMBASA
Fonte: EMBASA Fonte: SABESP
36. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
37. • adequação do processo de tratamento ao tipo de
manancial e à qualidade da água bruta (flexibilidade)
• controle de qualidade da água bruta, nas diversas
etapas do tratamento e da água tratada
• registro das informações de controle de qualidade
Tratamento
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
38. chegada da água bruta na ETA
Caixa de Chegada
Fonte: CORSAN
Boas Práticas !
39. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
40. Turbidez: partículas em suspensão (fina ou estado
coloidal) com carga negativa
Cor: substâncias em solução (matéria orgânica)
Clarificação da água: agregar as partículas maior peso
e densidade remoção por sedimentação ou flotação
(coagulante)
Mistura:Mistura: processo físico de dispersão do coagulante
Coagulação:Coagulação: fenômeno químico de desestabilização
eletrostática das partículas
Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
41. Coagulante Faixa de pH Características
Sulfato de alumínio 5,0 – 8,0 Custo relativamente baixo e fácil aquisição
Sulfato ferroso 8,5 – 11,0 Próprio para águas de pH elevado
Sulfato férrico 5,0 – 11,0 Próprio para águas ácidas e de cor elevada
Cloreto férrico 5,0 – 11,0 Produz bons flocos em amplo intervalo de pH
Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
Coagulantes mais utilizados
42. Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (HCO3)2 2 Al (OH)3 +3 CaSO4 +18 H2O + 6 CO2
11 mg/L de sulfato de alumínio requer 0,45 mg CaCO3/L de alcalinidade natural
Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (OH)2 2 Al (OH)3 +3 CaSO4 + 18 H2O
1 mg/L de sulfato de alumínio requer a adição 0,25 mg/L de cal (CaO)
Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
Sulfato de alumínioSulfato de alumínio
2 Fe Cl3 + 3 Ca (HCO3)2 → 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2 +6 CO2
2 Fe Cl3 + 3 Ca (OH) 2 → 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2
Cloreto férricoCloreto férrico
43. Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
coagulante
Al2 (SO4) 3 → Al +
+ SO4
-
Al +
Al +
Al +
Al +
Al +
Al +
reações químicas do coagulante na água: muito rápidas
Dose de coagulante em excesso: inversão de cargas (+)
44. Mistura Rápida/ Coagulação
• realização de jar-test para determinação da
dosagem de coagulante
• adequação do ponto de aplicação do coagulante e
alcalinizante
• adequação dos equipamentos dosadores
• estado de conservação, calibração e dispositivos de
aplicação do coagulante
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
45. Medição de Vazão
Desconhecimento da vazão desconhecimento dos parâmetros de→
funcionamento da ETA
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
• vazão operacional e vazão de projeto
• equipamentos para medição de vazão
46. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Medição de Vazão
Fonte:CGVAM/SAS/MS
Boas práticas!!!
53. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
54. SVS
FloculaçãoFloculação
Mistura lenta : choque entre partículas agregação
partículas desestabilizadas formação flocos
G: 70 → 10 s-1
TDH = 20 - 40 minutos
TDH = V /Q (m3
) / m3
/ min)
Gradientes de velocidade decrescentes (!)
Parâmetros ótimos: ensaios de tratabilidade
maior vazãomaior vazão maior gradientemaior gradiente (floculadores hidráulicos)(floculadores hidráulicos)
gradiente baixo demais: má formação dos flocosgradiente baixo demais: má formação dos flocos
gradiente alto demais: quebra dos flocosgradiente alto demais: quebra dos flocos
57. • conhecimento e compatibilidade entre os
parâmetros de projeto e de operação (tempo
de floculação e gradientes de velocidade)
• verificação visual do aspecto dos flocos
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Floculação
58. Canal de Distribuição de água floculada aos
decantadores
Fonte:VálterLúcioPádua
Floculação
Boas Práticas !
59. Funcionamento inadequado de floculador: vazão excessiva e transbordamento nas
câmaras de floculação
Floculação - perigosFloculação - perigos
61. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
62. DecantaçãoDecantação
vh
vs
Vh = velocidade horizontal de escoamento
Vs = velocidade de sedimentação
TAS = taxa de aplicação superficial = velocidade de sedimentação
decantadordoárea
)dia/m(ETAvazão 3
A
Q
TAS ==
TAS = 25 - 40 m3
/m2
. dia
(m2
)
Vs = 25 - 40 m/ dia = 0,03 cm/s
65. • conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de
projeto e de operação (tempo de detenção e taxa de aplicação
superficial)
• dispositivos de entrada (distribuição do fluxo)
• dispositivos de saída (distribuição do fluxo, nivelamento dos
vertedores de coleta da água decantada)
• freqüência de limpeza
•verificação visual da sedimentabilidade dos flocos
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Decantação
73. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
74. FiltraçãoFiltração
Retenção de partículas e microrganismos (protozoários) não
removidos no decantador
Tipos de filtros (técnicas de filtração)
Filtros ascendentes
Filtros descendentes
Filtros rápidos
Filtros lentos
Filtros de camada simples (areia)
Filtros de camada dupla (areia + antracito)
75. FiltraçãoFiltração
Principais parâmetros de projeto e operação
qualidade da água técnica de filtração
qualidade da água taxa de filtração granulometria do leito filtrante
Boas práticas ensaios de tratabilidade (filtros piloto)
76. FiltraçãoFiltração
Tf =
Vazão (m3
/dia)
Área dos filtros (m2
)
Taxa de filtração = velocidade de filtração
Filtros lentos: até 6 m3
/m2
.dia
Filtros rápidos
ascendentes: até 120 m3
/m2
.dia
descendentes
• camada simples: até 180 m3
/m2
.dia
• camada dupla: até 360 m3
/m2
.dia
NBR 12216
( m3
/m2
.dia = m/dia)
77. Dinâmica da filtraçãoDinâmica da filtração
Tf
Tf
>> taxa de filtração >> perda de carga
<< granulometria >> perda de carga
79. Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas
Operação adequada de
lavagem com ar e água
80. Filtração
• estado de conservação do leito filtrante
• dispositivos de controle da vazão afluente da água
filtrada e de lavagem dos filtros
• controle das carreiras de filtração
• controle das operações de lavagem dos filtros
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
81. conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros
de projeto e de operação (taxa de filtração)
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Filtração
Fonte:CGVAM/SVS/MS
82. Leito filtrante deteriorado com formação de bolas de lodo e operação de recomposição
Filtração – boas práticas x perigosFiltração – boas práticas x perigos
86. Sala de controle de lavagem de filtros
Filtração
Boas práticas!!
87. Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas
Operação adequada de limpeza de filtro lento
88. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
89. DesinfecçãoDesinfecção
Requisitos para um bom desinfetante
Destruir, em tempo razoável, os organismos patogênicos.
Não devem ser tóxicos ao ser humano e animais nas dosagens
usuais.
Não introduzir gosto e odor à água a ponto de prejudicar o
consumo.
Fácil disponibilidade para aquisição, custo acessível, facilidade
e segurança no transporte e manuseio.
Fácil determinação de sua concentração na água.
Produzir residuais como forma de prevenção a eventual
recontaminação da água tratada.
90. Desinfetante Vantagens Desvantagens
CloroCloro Elevada eficiência na inativação
de bactérias e vírus.
Efeito residual relativamente
estável.
Baixo custo.
Manuseio relativamente simples.
Grande disponibilidade no
mercado.
Limitada eficiência na inativação de
cistos de protozoários e ovos de
helmintos.
Na presença de matéria orgânica
pode formar subprodutos tóxicos,
principalmente trihalometanos
(THM).
Em doses elevadas pode produzir
forte odor e sabor.
Alguns subprodutos como
clorofenóis provocam também odor
e sabor.
Dióxido de
cloro
Desinfetante mais potente,
inclusive na inativação de cistos
de protozoários
CT inferiores aos do cloro.
Não forma trihalometanos (THM).
Eficiência estável em amplas
faixas de pH.
Na presença de matéria orgânica
pode formar outros subprodutos
tóxicos (clorito).
Residuais desinfetantes menos
estáveis
Em doses elevadas pode produzir
forte odor e sabor.
Operação mais delicada e complexa.
Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes
91. Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes
Ozônio Desinfetante mais potente,
inclusive na inativação de cistos
de protozoários.
Menor risco de formação de
subprodutos tóxicos.
Não provoca odor e sabor.
CT inferiores aos do cloro.
Pode formar outros subprodutos
tóxicos (bromatos e
bromofórmio).
Não apresenta poder residual.
Custos elevados.
Técnicas de aplicação mais
sofisticadas.
Radiação
ultravioleta
Elevada eficiência na destruição
dos mais diversos
microrganismos em tempo de
contato reduzido.
Não forma subprodutos.
Não provoca odor e sabor.
Não apresenta poder residual.
Redução significativa da
eficiência com o aumento da cor
ou turbidez da água.
Custos elevados.
Controle menos preciso das
doses aplicadas.
Desinfetante Vantagens Desvantagens
95. Subprodutos da desinfecçãoSubprodutos da desinfecção
Desinfetantes e produtos secundários da desinfecção – Portaria MS nº 2914/2011
Parâmetro Precursor VMP (mg/L)
Ácidos haloacéticos total Cloro 0,08
Bromato Ozônio 0,01
Clorito Dióxido de cloro 1
Cloro residual livre Cloro 5
Cloraminas total Cloro 4,0
2,4,6 Triclorofenol Cloro 0,2
Trihalometanos total Cloro 0,1
Sob nenhuma condição a desinfecção de água deve
ser comprometida por suspeita de formação de subprodutos
(OMS)
96. CloraçãoCloração
O cloro reage com a água e a matéria orgânica
Parte do cloro será consumido como desinfetante e
parte na reação com a matéria orgânica (demanda de
cloro)
Residuais de cloro cloro livre e cloro combinado.
Cloro livre desinfetante mais potente
pH > 8 diminuição da ação desinfetante
97. Ca(OCl)2 + 2H2O Ca(OH)2 + 2HOCl→
hipoclorito
de cálcio
NaOCl + H2O NaOH + HOCl
hipoclorito
de sódio
→
Cl2 + H2O HOCl + H+
+ Cl-
H+
+ OCl-→
ácido
hipocloroso
ácido
clorídrico
→
←
Íon
hipoclorito
Reações do cloro na águaReações do cloro na água
HOCl e OCl -
= cloro livre
99. NH3
+ HOCl NH2
Cl + H2
O (monocloroamina)
NH2
Cl + HOCl NHCl2
+ H2
O (dicloroamina)
NHCl2
+ HOCl NCl3
+ H2
O (tricloroamina)
Cloroaminas = cloro combinado
pH > 9,0: monocloroaminas
pH < 5,0: dicloroaminas e tricloroaminas.
5,0 < pH < 9,0: mono e dicloroaminas, com predominância das
monocloraminas para pH mais elevado
Reações do cloro na águaReações do cloro na água
Poder desinfetante:
ácido hipocloroso > íon hipoclorito
cloro livre > cloro combinado
100. Demanda de cloro Cloro residual
Cloro aplicado
CloroResidual
AB: o cloro introduzido na água é inteiramente consumido na oxidação da matéria orgânica.
Enquanto esses compostos não forem totalmente destruídos não ocorrerá desinfecção e o cloro
residual será nulo.
BB’: o cloro combina-se com compostos nitrogenados, produzindo cloro residual combinado.
B’C: o cloro oxida as cloroaminas formadas na fase anterior, reduzindo os teores de cloro residual
combinado.
C em diante: completada a oxidação do cloro residual combinado, elevam-se os teores de cloro
residual livre, mais eficaz como desinfetante.
Reações do cloro na águaReações do cloro na água
Fonte: OPAS
101. Art.32 - No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração,
cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os
tempos de contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na
saída do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI desta Portaria.
Art. 33 – Os sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água
supridas por manancial subterrâneo com ausência de contaminação por
Escherichia coli devem realizar cloração da água mantendo o residual mínimo do
sistema de distribuição (reservatório e rede), conforme as disposições contidas no
art. 34 desta Portaria.
Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11
102. Art. 34 – É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre
ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda
a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede).
Art.35 – No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante,
deverá ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo
no sistema de distribuição (reservatório e rede), de acordo com as disposições do
art.34 desta Portaria.
Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11
119. Desinfecção
• conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros
de projeto e de operação (pH, tempo de contato,
dosagens)
• estado de conservação, capacidade e calibração dos
equipamentos de dosagem do desinfetante
• ponto de aplicação do desinfetante
• existência de alternativa de desinfecção na
eventualidade de falhas dos dispositivos em operação
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
120. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
121. Tratamento complementar - FluoretaçãoTratamento complementar - Fluoretação
Fluorsilicato de sódioFluorsilicato de sódio ( Na( Na22SiFSiF66 ))
sólido (em pó)
solubilidade muito baixa
dureza >75 mgCaCO3/L F + Ca + Mg precipitado
preparo das soluções (!!!)preparo das soluções (!!!)
Ácido fluorsilícicoÁcido fluorsilícico ( H( H22SiFSiF66 ))
manipulação mais fácil
ácido corrosivo
Baixa alcalinidade dureza redução pH
estocagem (!!!)estocagem (!!!)
122. Média anual das
temperaturas
máximas diárias
do ar (ºC)
Limites recomendados para a
concentração do íon fluoreto (mg/L)
Inferior Ótimo Superior
10,0 a 12,1 0,9 1,2 1,7
12,2 a 14,6 0,8 1,1 1,5
14,7 a 17,7 0,8 1,0 1,3
17,8 a 21,4 0,7 0,9 1,2
21,5 a 26,3 0,7 0,8 1,0
26,4 a 32,5 0,6 0,7 0,8
Limites recomendados para a concentração de íon fluoreto
(Portaria n.º 635 /GM/MS de 30 de janeiro de 1976.
FluoretaçãoFluoretação
Portaria MS n.º 2914/2011 : 1,5 mg /L
123. Cone de saturação de fluossilicato de sódio
Fluoretação
Boas Práticas !!
124. Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Correção de pH
125. • estado de conservação, capacidade e calibração
dos equipamentos de dosagem
• ponto de aplicação
• controle da dosagem
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Correção de pH
126. itens a serem verificados na inspeção sanitária
Estado de conservação dos equipamentos de dosagem
Correção de pH
128. Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos
itens a serem verificados na inspeção sanitária
• adequação dos ambientes de armazenamento de produtos
químicos
• controle de qualidade dos insumos químicos - inexistência ou
negligência
131. Controle de qualidade
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Controle inadequado da qualidade da água nos processos
unitários de tratamento:
• não observação dos planos de amostragem mínimos exigidos
• controle inadequado da turbidez da água filtrada, em especial
em eventos pós-lavagem dos filtros
• controle inadequado dos residuais desinfetantes na saída do
tanque de contato
133. Instalações físicas
itens a serem verificados na inspeção sanitária
• qualificação e nível de conhecimento dos operadores
• segurança do trabalho e dispositivos de prevenção de
acidentes
• conforto e higiene ambiental
• má aparência das instalações da ETA por deficiência de
limpeza ou conservação
136. A reservação garante a continuidade do
abastecimento evitando a intermitência
Reservação de água tratada
137. itens a serem verificados na inspeção sanitária
Reservação de água tratada
• estado de conservação e manutenção dos reservatórios
• operações de limpeza
• controle de qualidade da água na saída
• capacidade adequada ao atendimento das variações de consumo
e garantia do abastecimento contínuo
• controle de acesso de pessoas estranhas
• facilidade de acesso para manutenção
• proteção de tela nos extravasores e respiros
141. Rede de distribuição
A operação e manutenção da rede
e o monitoramento da água
distribuída garante a quantidade e
a qualidade da água para consumo
humano
142. itens a serem verificados na inspeção sanitária
Rede de distribuição
• cadastro atualizado da rede
• controle de qualidade da água distribuída
• operações de descarga e limpeza da rede
• intermitência no abastecimento
• material e estado de conservação do sistema de
distribuição
• adequada pressurização da rede
• registros de manobra e flexibilidade de operação
• programa de controle de perda
144. Controle de qualidade laboratorial
A potabilidade da água é aferida
também pela execução de um bom
controle laboratorial
Fonte:DEMAE
145. • teste de jarros
• turbidímetro
• pHmetro
• colorímetro (cor, cloro, fluoreto)
• análises microbiológicas
• calibração e manutenção dos equipamentos
• registros dos dados
Controle de qualidade laboratorial
146. Controle de qualidade laboratorial
• higiene, limpeza e organização
• prazo de validade, identificação e
armazenamento dos reagentes
• normas e procedimentos de segurança
• controle de qualidade interno e/ou externo
• responsabilidade técnica
• armazenamento e descarte de resíduos
• qualificação técnica do pessoal
148. itens a serem verificados na inspeção sanitária
Gerenciamento
• conhecimento da legislação vigente sobre
abastecimento e qualidade da água
• banco de dados sobre a operação do serviço
• atendimento e informação ao público
• responsabilidades perante à autoridade de
saúde pública
• aperfeiçoamento e qualificação de recursos
humanos
• responsável técnico qualificado
149. Soluções Alternativas Coletivas
A distribuição de água por meio de poços,
mananciais superficiais, fontes, minas,
sem rede de distribuição e veículos
transportadores, também requer
controle de qualidade exigido pela
legislação
150. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Subterrâneo
• Disponibilidade hídrica
- garantia de vazão mínima suficiente para o abastecimento
contínuo de água (incluindo projeções futuras)
• Situação de proteção dos mananciais
- distância de fontes de contaminação
- estado de conservação e proteção dos poços e fontes
- equipamentos e estruturas de captação e recalque
• Qualidade da água bruta
- existência de possíveis fontes de contaminação
151. Proteção do manancial
Manter a área de captação devidamente cercada (garantindo
uma distância mínima das estruturas de, por exemplo,
15m), limpa e com aparência agradável
153. Posicionar os dispositivos de captação em cota superior à
da localização de possíveis fontes de poluição, garantindo
também afastamentos horizontais mínimos em relação a
essas mesmas possíveis fontes de poluição, observado o
tipo de solo, conforme referências a seguir:
de fossas secas, tanques sépticos, linhas de esgoto: 15m
de depósitos de lixo e de estrumeiras: 15m
de poços absorventes e de linhas de irrigação subsuperficial de
esgotos: 30m
de estábulos ou currais: 30m
de fossas negras (fossas cujo fundo atinge o lençol freático): 45m
Proteção do manancial
155. Proteção do manancial
Conservação ou recomposição da vegetação das áreas de
nascentes e recarga do aqüífero subterrâneo;
Manutenção da vegetação em encostas de morros, além da
implantação de dispositivos que minimizem as enxurradas e
favoreçam a infiltração da água de chuva.
156. Minas, bicas ou olho d’água
As minas, também conhecidas
como bicas ou olhos d’água não
são passíveis de desinfecção
direta no local. Se faz necessário
que a água seja transferida para
um reservatório e nele seja
desinfetada.
Caso não seja realizada a
transferência para um
reservatório, a desinfecção deve
ser feita no domicílio,
Camadaimpermeável
Aqüífero
Camadaimpermeável
Camada
impermeável
Aqüífero
Camada
impermeável
Fissura
Mina, olho d’água
Ladrão
Fluxo Captação
162. • proteção e conservação das estruturas de captação
• proximidade a fontes de poluição (atividades
agropecuárias, esgoto sanitário, fossas, lixão, aterro
sanitário)
• comprovação das exigências de tratamento e controle
de qualidade da água
• identificação do responsável
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Poços, fontes e minas
163. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação de água de chuva
• estado de conservação e manutenção dos dispositivos de coleta
e armazenamento da água
• existência de dispositivos de dispensa das primeiras águas de
chuva
Boas Práticas ! Perigo !!
164. Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação de água de chuva
Boas Práticas !
Tela de Proteção
165. Captação de água de chuva (Cont.)
conservação das estruturas e equipamentos
Identificação de Boas práticas
167. itens a serem verificados na inspeção sanitária
Veículo transportador
• informações sobre a origem e qualidade da água
• uso exclusivo do veículo para o transporte de água
• comprovação do residual mínimo de cloro
• comprovação de autorização para o transporte e
fornecimento de água
• adequação do veículo - estado de conservação e
segurança nas operações de enchimento, transporte
e fornecimento de água
• identificação do responsável
169. Recomendações
1. O reservatório de caminhão pipa deve ser de material adequado e/ou pintado
internamente com tinta aprovada para ter contato com água de beber;
2. Deve ter seu interior lavado e desinfetado periodicamente;
3. A extremidade da mangueira deve ser desinfetada antes da transferência da água do
caminhão para outro recipiente ou reservatório;
4. O cloro para desinfecção da água a ser transportada (caso não esteja transportando
água tratada) deve ser adicionado após enchimento de cerca de 25% do volume ter sido
alimentado no caminhão. Com isso pode-se melhorar a homogeneização do desinfetante.
Veículo transportador
170. Solução Alternativa Individual
A água proveniente de solução
alternativa individual, também requer
vigilância exigida pela legislação
Art. 4º Toda a água destinada ao consumo humano proveniente de SAI,
independentemente da forma de acesso da população, está sujeita à
vigilância da qualidade da água.
Fonte: CESOL Fonte: ANA Fonte: ANA
171. Solução Alternativa Individual
Fonte: Luzi et al., 2004
Filtro de areia para único domicílio
Água de poço
Tanque de água
filtrada
Areia
Filtro
de
areiaReservatório
de água filtrada
Coberturas de
proteção
Boas Práticas !
173. Desinfecção
Para poços profundos e rasos individuais valem as mesmas opções de
desinfecção apontadas para soluções coletivas.
Cabe destacar que no poço raso individual o uso de difusor pode ser
mais eficaz do que em poços coletivos pois o há melhor conhecimento
do volume de água extraído do poço e, consequentemente, maior
facilidade para controlar o residual
Desinfecção domiciliar com hipoclorito de sódio
No caso de desinfecção domiciliar em recipiente específico, pode-se utilizar 2 gotas
de hipoclorito de sódio 2,5 %, para cada litro de água a ser desinfetada.
Fonte: FUNASA, 2004
Solução Alternativa Individual
174. Fervura
A fervura é uma técnica muito conhecida, simples e bem aceita pelas pessoas. Seu
principal inconveniente é o grande gasto de energia e sua contribuição para o
desmatamento em zonas rurais onde a madeira é usada para o aquecimento.
O tempo recomendado, ao nível do mar, é de 1 minuto após a plena fervura da
água. Mais 1 minuto de fervura deve ser acrescentado a cada 1000 metros de
altitude.
Organismo Temperatura e tempo de
inativação por calor
Campylobacter spp.
E. Coli
Legionella
Salmonella spp
Shigella spp
Vibro cholerae
Cryptosporidium parvum
Giardia lamblia
Poliovírus
Vírus da Hepatite A
Rotavírus
75o
C por 1 min
65o
C por 1 min
66o
C por 0,45 min
65o
C por 1 min
65o
C por 1 min
55o
C por 1 min
72,4o
C por 1 min
50o
C por 1 min
60o
C por 25 min
70o
C em 10 min
50o
C por 30 min
Fonte: Maier et al.,2000
Solução Alternativa Individual
175. Solução Alternativa Individual
Desinfecção solar
UV (A + B + C)
UV-A
Princípio
A desinfecção solar é resultado da
ação de dois componentes da luz
solar, a radiação UV-A e radiação
infravermelha que leva ao aumento
de temperatura (calor)
Limitações
- Depende das condições climáticas, pois requer luz solar;
- Baixa eficiência para organismos mais resistentes (esporos e
cistos);
- Água com baixa cor e turbidez;
- Não altera características químicas da água;
- Não aplicável a grandes volumes.
Vantagens
- Baixo custo
- Fácil de ser compreendido pela comunidade e de ser utilizado;
- Reduz a necessidade de outras fontes de energia, inclusive
madeira para fervura, diminuindo o uso desse recurso natural.
Aplicabilidade
Domiciliar – Água de beber
176. Ligações e instalações prediais
A ligação e instalação prediais corretas
garantem a manutenção da qualidade
da água entregue pelo sistema ou
solução alternativa de abastecimento
de água para consumo humano
177. itens a serem verificados na inspeção sanitária
ligações e instalações prediais
• estado de conservação e manutenção das unidades de
distribuição e reservação da água
• existência de ligações cruzadas
• freqüência de limpeza
178. ligações e instalações prediais
Ligações e instalações prediais
Boas Práticas
DISPOSITIVO
DE TOMADA
CONDUTO DE ÁGUA
HIDRÔMETRO
DE PASSEIO
REGISTRO
RAMAL PREDIAL
181. Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
Notas do Editor
Inspeção Sanitária em Abastecimento de Água para Consumo