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Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
INSPEÇÃO SANITÁRIA EM
ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
CONSUMO HUMANO
MÓDULO II
Fundamentos técnicos e
conceituais para a realização de
inspeções sanitárias
Conteúdo da apresentação
•mananciais, captação e
adução
•mistura rápida e
coagulação
•floculação
•decantação
•filtração
•desinfecção
• fluoretação
• correção do pH
• reservação
• estação elevatória
• distribuição
• ligação predial
• reservação intradomicílio
• veículo transportador
Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água:Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água:
identificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscosidentificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscos
Na perspectiva da avaliação e gerenciamento de riscos,
as inspeções sanitárias visam à verificação de boas
práticas em abastecimento de água e à identificação de
perigos e pontos críticos em sistemas e soluções de
abastecimento de água
As boas práticas em abastecimento de água buscam
prevenir ou combater os perigos (fatores de risco) e
minimizar a probabilidade de ocorrência de efeitos
indesejáveis (riscos) à saúde humana
Boas Práticas Inspeção Avaliação de Risco↔ ↔Boas Práticas Inspeção Avaliação de Risco↔ ↔
Instalação composta por um conjunto de obras civis,
materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as
ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento
coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição.
Sistema de Abastecimento de Água
Portaria MS nº 2914/2011
Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água
modalidade de abastecimento coletivo destinada a
fornecer água potável , com captação subterrânea ou
superficial com ou sem canalização e sem rede de
distribuição.
Solução Alternativa Coletiva
Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água
Portaria MS nº 2914/2011
modalidade de abastecimento de água para consumo
humano que atenda a domicílios residenciais com uma
única famílias, incluindo seus agregados familiares.
Solução Alternativa Individual
Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água
Portaria MS nº 2914/2011
1
Componentes de sistemas de abastecimento de água
Manancial
A atenção ao manancial é a primeira e
fundamental garantia da quantidade e
da qualidade da água
Fonte:SABESP
Fonte:SABESP
Guarapiranga
Tipos de Mananciais
 Manancial superficial
córregos, ribeirões, rios, lagos, represas (açude)
 Manancial subterrâneo
nascentes, poços rasos, poços profundos, drenos.
 água de chuva
cisternas
Zona de Captação
ETA
Reservatório
Rede
Visão sistêmica sob a perspectiva
de risco à saúde
1
Atenção ao manancial – Portaria MS nº 2914/2011
Portaria MS nº 2914/2011
Zona de Captação
1
Atenção ao manancial – Portaria MS nº 2914/2011
Avaliação
sistemática do SAA,
sob a perspectiva
dos riscos à saúde
Físico – Químico e
Biológico
Mensal/Semestral
Proteção dos mananciais em
articulação com o gestores de Recursos
Hídricos
Cianobacterias
N<10.000 células/mL--->Mensal
N>10.000 células/mL--->Semanal
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
Disponibilidade hídrica
-garantia de vazão suficiente para o abastecimento
contínuo de água;
-saturação do manancial (projeções futuras);
É fundamental o conhecimento da saturação
do manancial
X
Oferta de água (limite de adução) (L/seg)
X
evolução do consumo (L/hab.dia)
Qmin > Qcaptação: captação direta
Qmin < Qcaptação: reservatórios de acumulação
Qmin e Qméd < Qcaptação: oferta insuficiente
Disponibilidade hídrica
Medição por obstrução (vertedores e calhas)
Disponibilidade hídrica
séries históricas de vazão dos mananciais
crescimento da população
consumo percapita de água
extrapolação para o futuro
Avaliação do balanço oferta
x
demanda de água
Disponibilidade hídrica
A intermitência pode acarretar a
deterioração da qualidade da água
no sistema de distribuição e/ou levar
a população ao uso de fontes de
qualidade duvidosa
Disponibilidade hídrica
Fonte: CGVAM/SVS/MS Fonte: OPAS/OMS Fonte: OPAS/OMS Fonte: CGVAM/SVS/MS
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
• Diagnóstico de uso e ocupação da bacia de captação
usos e conflitos
abastecimento doméstico e industrial
irrigação
dessedentação de animais
aqüicultura
preservação da flora e fauna
recreação e lazer
navegação
diluição de despejos
geração de energia
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
Situação de proteção dos mananciais
Medidas de ordem geral para proteção de mananciais
 leis de proteção de mananciais
 zoneamento ambiental
 leis de uso e ocupação do solo
 criação de Áreas de Proteção Ambiental.
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Superficial
Qualidade da água bruta
Existência de possíveis fontes de contaminação
-esgotos domésticos
-efluentes industriais
-agrotóxicos e fertilizantes
A degradação da qualidade dos mananciais tem
ocorrido devido à constante interferência do ser
humano na natureza por meio de:
Desmatamentos; impermeabilização do solo;
alteração do curso natural dos rios; ocupação
desordenada das bacias hidrográficas
Diagnóstico da bacia de captação
A degradação da qualidade dos mananciais tem
ocorrido devido à constante interferência do ser
humano na natureza por meio de:
Lançamento de efluentes domésticos; atividades
agropecuárias; atividades industriais, atividades
extrativas e garimpos
Fonte: Internet
Diagnóstico da bacia de captação
Fonte: CGVAM/SVS/MSFonte: Internet Fonte: Internet
• captação direta
• maior turbidez
• variação sazonal de qualidade
• reservatório de acumulação
• eutrofização
• proliferação de algas (cianobactérias)
• menor concentração de organismos patogênicos
(protozoários- sedimentação)
Atenção ao manancial – Qualidade da água
Epigloeosphaera
Mananciais subterrâneos x superficiais:
“água de melhor qualidade”
Mananciais subterrâneos: mais bem protegidos, porém podem
estar sujeitas a:
• fontes de poluição química e microbiológica
• contaminação natural, decorrente das características do solo, tais
como ferro, manganês, arsênico e fluoretos.
Qualidade da água
• Aqüífero não confinado (freático): mais vulnerável
• Aqüífero confinado: (artesiano): mais protegido
2
Componentes de sistemas de abastecimento de água
Captação e Adução
A escolha do ponto de captação e sua
proteção é fundamental para garantir o
fornecimento de água em quantidade e
qualidade adequada à população
Fonte: EMBASA
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
• Capacidade de adução x evolução do consumo
• Tomada d’água com dispositivos para impedir a
entrada de materiais flutuantes
• Dispositivos para controlar a entrada de água
• Canais ou tubulações de interligação e acessórios
• Poços de sucção e casa de bombas para alojar os
conjuntos elevatórios
• Facilidade de acesso e identificação do local
• Barreira de proteção em relação a acidentes com
produtos químicos
• Proteção contra enchentes
• Entrada de pessoas estranhas e animais
• Existência de conjunto motor-bomba de reserva
• Manutenção periódica da adutora e das instalações
eletro-mecânicas
• Manutenção periódica da edificação
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
captação direta de manancial de
superfície com barragem de nível
captação de manancial de
superfície com barragem de
acumulação
Fonte: CGVAM/SVS/MS
Boas Práticas !
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução
captação – Acompanhamento de nível
de água
captação de manancial de
superfície com barragem de
acumulação
Fonte: EMBASA
Fonte: EMBASA
Boas Práticas !
captação direta de manancial de
superfície com barreira de
proteção em relação a produtos
químicos
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e AduçãoFonte:CGVAM/SVS/MS
estrutura de captação sujeita à
inundação
Perigo !!Boas Práticas !
Fonte:UFMG
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação e Adução (Cont.)
Tomada direta de rios, lagos e açudes (mananciais de superfície)
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Existência de ventosas na adução
Captação e Adução
Boas Práticas !
3
Componentes de sistemas de abastecimento de água
Tratamento
A eficiência do processo de tratamento
garante a qualidade da água para
consumo humano
Fonte: EMBASA
Fonte: EMBASA Fonte: SABESP
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
• adequação do processo de tratamento ao tipo de
manancial e à qualidade da água bruta (flexibilidade)
• controle de qualidade da água bruta, nas diversas
etapas do tratamento e da água tratada
• registro das informações de controle de qualidade
Tratamento
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
chegada da água bruta na ETA
Caixa de Chegada
Fonte: CORSAN
Boas Práticas !
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
 Turbidez: partículas em suspensão (fina ou estado
coloidal) com carga negativa
 Cor: substâncias em solução (matéria orgânica)
 Clarificação da água: agregar as partículas  maior peso
e densidade  remoção por sedimentação ou flotação
(coagulante)
 Mistura:Mistura: processo físico de dispersão do coagulante
 Coagulação:Coagulação: fenômeno químico de desestabilização
eletrostática das partículas
Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
Coagulante Faixa de pH Características
Sulfato de alumínio 5,0 – 8,0 Custo relativamente baixo e fácil aquisição
Sulfato ferroso 8,5 – 11,0 Próprio para águas de pH elevado
Sulfato férrico 5,0 – 11,0 Próprio para águas ácidas e de cor elevada
Cloreto férrico 5,0 – 11,0 Produz bons flocos em amplo intervalo de pH
Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
Coagulantes mais utilizados
Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (HCO3)2  2 Al (OH)3 +3 CaSO4 +18 H2O + 6 CO2
11 mg/L de sulfato de alumínio requer 0,45 mg CaCO3/L de alcalinidade natural
Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (OH)2  2 Al (OH)3 +3 CaSO4 + 18 H2O
1 mg/L de sulfato de alumínio requer a adição 0,25 mg/L de cal (CaO)
Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
Sulfato de alumínioSulfato de alumínio
2 Fe Cl3 + 3 Ca (HCO3)2 → 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2 +6 CO2
2 Fe Cl3 + 3 Ca (OH) 2 → 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2
Cloreto férricoCloreto férrico
Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
coagulante
Al2 (SO4) 3 → Al +
+ SO4
-
Al +
Al +
Al +
Al +
Al +
Al +
reações químicas do coagulante na água: muito rápidas
Dose de coagulante em excesso: inversão de cargas (+)
Mistura Rápida/ Coagulação
• realização de jar-test para determinação da
dosagem de coagulante
• adequação do ponto de aplicação do coagulante e
alcalinizante
• adequação dos equipamentos dosadores
• estado de conservação, calibração e dispositivos de
aplicação do coagulante
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Medição de Vazão
Desconhecimento da vazão desconhecimento dos parâmetros de→
funcionamento da ETA
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
• vazão operacional e vazão de projeto
• equipamentos para medição de vazão
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Medição de Vazão
Fonte:CGVAM/SAS/MS
Boas práticas!!!
Realização de jar-test
Mistura Rápida/ Coagulação
Fonte:DEMAE
Boas práticas!!!
Dosadores de coagulantes – nível constante
Boas Práticas !Perigo !!
Mistura Rápida/ Coagulação
Fonte: EMBASA
Fonte: EMBASA
Dosadores de coagulantes – Bombas dosadoras
Boas Práticas !
Bomba eletromagnética Bomba de diafragma
Mistura Rápida/ Coagulação
Fonte: CORSAN
Mistura Rápida/ Coagulação
Perigo !!
Fonte:CGVAM/SVS/MS
Mistura Rápida/ Coagulação
Boas Práticas !
Fonte:CGVAM/SVS/MS
Mistura Rápida/ Coagulação
Boas Práticas !
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
SVS
FloculaçãoFloculação
 Mistura lenta : choque entre partículas  agregação
partículas desestabilizadas  formação flocos
G: 70 → 10 s-1
TDH = 20 - 40 minutos
TDH = V /Q (m3
) / m3
/ min)
Gradientes de velocidade decrescentes (!)
 Parâmetros ótimos: ensaios de tratabilidade
 maior vazãomaior vazão  maior gradientemaior gradiente (floculadores hidráulicos)(floculadores hidráulicos)
 gradiente baixo demais: má formação dos flocosgradiente baixo demais: má formação dos flocos
 gradiente alto demais: quebra dos flocosgradiente alto demais: quebra dos flocos
SVS
Floculadores hidráulicosFloculadores hidráulicos
Água floculada
Água coagulada
Vista em planta ou perfil
Floculadores mecânicosFloculadores mecânicos
• conhecimento e compatibilidade entre os
parâmetros de projeto e de operação (tempo
de floculação e gradientes de velocidade)
• verificação visual do aspecto dos flocos
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Floculação
Canal de Distribuição de água floculada aos
decantadores
Fonte:VálterLúcioPádua
Floculação
Boas Práticas !
Funcionamento inadequado de floculador: vazão excessiva e transbordamento nas
câmaras de floculação
Floculação - perigosFloculação - perigos
Floculação - perigosFloculação - perigos
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
DecantaçãoDecantação
vh
vs
Vh = velocidade horizontal de escoamento
Vs = velocidade de sedimentação
TAS = taxa de aplicação superficial = velocidade de sedimentação
decantadordoárea
)dia/m(ETAvazão 3
A
Q
TAS ==
TAS = 25 - 40 m3
/m2
. dia
(m2
)
Vs = 25 - 40 m/ dia = 0,03 cm/s
DecantaçãoDecantação
DecantaçãoDecantação
• conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de
projeto e de operação (tempo de detenção e taxa de aplicação
superficial)
• dispositivos de entrada (distribuição do fluxo)
• dispositivos de saída (distribuição do fluxo, nivelamento dos
vertedores de coleta da água decantada)
• freqüência de limpeza
•verificação visual da sedimentabilidade dos flocos
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Decantação
Perigos
Distribuição desigual do
fluxo
Calha de coleta de água
decantada afogada
Decantação
Decantação - detalhe das calhas coletoras
Decantação
Perigo !!
Fonte:CGVAM/SVS/MS
Decantação - calhas coletoras
Caminhos preferenciais
Decantação
Fonte:CGVAM/SVS/MS
Decantação
Perigo !!
Fonte:CASAL
Decantação
Boas Práticas !
Fonte:CGVAM/SVS/MS
Detalhe das calhas coletoras
Decantação
Boas Práticas !
Fonte:CGVAM/SVS/MS
DECANTAÇÃO
Decantação de alta taxaDecantação de alta taxa
Decantação tubularDecantação tubular
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
FiltraçãoFiltração
 Retenção de partículas e microrganismos (protozoários) não
removidos no decantador
 Tipos de filtros (técnicas de filtração)
 Filtros ascendentes
 Filtros descendentes
 Filtros rápidos
 Filtros lentos
 Filtros de camada simples (areia)
 Filtros de camada dupla (areia + antracito)
FiltraçãoFiltração
 Principais parâmetros de projeto e operação
qualidade da água técnica de filtração
qualidade da água taxa de filtração granulometria do leito filtrante
Boas práticas ensaios de tratabilidade (filtros piloto)
FiltraçãoFiltração
Tf =
Vazão (m3
/dia)
Área dos filtros (m2
)
Taxa de filtração = velocidade de filtração
 Filtros lentos: até 6 m3
/m2
.dia
 Filtros rápidos
 ascendentes: até 120 m3
/m2
.dia
 descendentes
• camada simples: até 180 m3
/m2
.dia
• camada dupla: até 360 m3
/m2
.dia
NBR 12216
( m3
/m2
.dia = m/dia)
Dinâmica da filtraçãoDinâmica da filtração
Tf
Tf
>> taxa de filtração >> perda de carga
<< granulometria >> perda de carga
Operação dos filtrosOperação dos filtros
Nível constante
Nível variável
Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas
Operação adequada de
lavagem com ar e água
Filtração
• estado de conservação do leito filtrante
• dispositivos de controle da vazão afluente da água
filtrada e de lavagem dos filtros
• controle das carreiras de filtração
• controle das operações de lavagem dos filtros
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros
de projeto e de operação (taxa de filtração)
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Filtração
Fonte:CGVAM/SVS/MS
Leito filtrante deteriorado com formação de bolas de lodo e operação de recomposição
Filtração – boas práticas x perigosFiltração – boas práticas x perigos
Deterioração do leito filtrante
Perigo !!
Filtração
Fonte:CASAL
Leito filtrante
Filtração
Perigo !!
Lavagem de filtro
Durante a lavagem Depois da lavagem
Boas práticas!!
Filtração
Sala de controle de lavagem de filtros
Filtração
Boas práticas!!
Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas
Operação adequada de limpeza de filtro lento
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
DesinfecçãoDesinfecção
Requisitos para um bom desinfetante
 Destruir, em tempo razoável, os organismos patogênicos.
 Não devem ser tóxicos ao ser humano e animais nas dosagens
usuais.
 Não introduzir gosto e odor à água a ponto de prejudicar o
consumo.
 Fácil disponibilidade para aquisição, custo acessível, facilidade
e segurança no transporte e manuseio.
 Fácil determinação de sua concentração na água.
 Produzir residuais como forma de prevenção a eventual
recontaminação da água tratada.
Desinfetante Vantagens Desvantagens
CloroCloro Elevada eficiência na inativação
de bactérias e vírus.
Efeito residual relativamente
estável.
Baixo custo.
Manuseio relativamente simples.
Grande disponibilidade no
mercado.
Limitada eficiência na inativação de
cistos de protozoários e ovos de
helmintos.
Na presença de matéria orgânica
pode formar subprodutos tóxicos,
principalmente trihalometanos
(THM).
Em doses elevadas pode produzir
forte odor e sabor.
Alguns subprodutos como
clorofenóis provocam também odor
e sabor.
Dióxido de
cloro
Desinfetante mais potente,
inclusive na inativação de cistos
de protozoários
CT inferiores aos do cloro.
Não forma trihalometanos (THM).
Eficiência estável em amplas
faixas de pH.
Na presença de matéria orgânica
pode formar outros subprodutos
tóxicos (clorito).
Residuais desinfetantes menos
estáveis
Em doses elevadas pode produzir
forte odor e sabor.
Operação mais delicada e complexa.
Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes
Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes
Ozônio Desinfetante mais potente,
inclusive na inativação de cistos
de protozoários.
Menor risco de formação de
subprodutos tóxicos.
Não provoca odor e sabor.
CT inferiores aos do cloro.
Pode formar outros subprodutos
tóxicos (bromatos e
bromofórmio).
Não apresenta poder residual.
Custos elevados.
Técnicas de aplicação mais
sofisticadas.
Radiação
ultravioleta
Elevada eficiência na destruição
dos mais diversos
microrganismos em tempo de
contato reduzido.
Não forma subprodutos.
Não provoca odor e sabor.
Não apresenta poder residual.
Redução significativa da
eficiência com o aumento da cor
ou turbidez da água.
Custos elevados.
Controle menos preciso das
doses aplicadas.
Desinfetante Vantagens Desvantagens
Radiação UltravioletaRadiação Ultravioleta
Subprodutos da desinfecçãoSubprodutos da desinfecção
Desinfetantes e produtos secundários da desinfecção – Portaria MS nº 2914/2011
Parâmetro Precursor VMP (mg/L)
Ácidos haloacéticos total Cloro 0,08
Bromato Ozônio 0,01
Clorito Dióxido de cloro 1
Cloro residual livre Cloro 5
Cloraminas total Cloro 4,0
2,4,6 Triclorofenol Cloro 0,2
Trihalometanos total Cloro 0,1
Sob nenhuma condição a desinfecção de água deve
ser comprometida por suspeita de formação de subprodutos
(OMS)
CloraçãoCloração
 O cloro reage com a água e a matéria orgânica
 Parte do cloro será consumido como desinfetante e
parte na reação com a matéria orgânica (demanda de
cloro)
 Residuais de cloro  cloro livre e cloro combinado.
 Cloro livre  desinfetante mais potente
 pH > 8  diminuição da ação desinfetante
Ca(OCl)2 + 2H2O Ca(OH)2 + 2HOCl→
hipoclorito
de cálcio
NaOCl + H2O NaOH + HOCl
hipoclorito
de sódio
→
Cl2 + H2O HOCl + H+
+ Cl-
H+
+ OCl-→
ácido
hipocloroso
ácido
clorídrico
→
←
Íon
hipoclorito
Reações do cloro na águaReações do cloro na água
HOCl e OCl -
= cloro livre
pH < 5,0: cloro molecular (Cl-
)
5,0 < pH < 7,5: ácido hipocloroso
pH > 7,5: íon hipoclorito
Dissociação do HOCl em função do pH
HOCl(%)
OCl-
(%)
pH
NH3
+ HOCl  NH2
Cl + H2
O (monocloroamina)
NH2
Cl + HOCl  NHCl2
+ H2
O (dicloroamina)
NHCl2
+ HOCl  NCl3
+ H2
O (tricloroamina)
Cloroaminas = cloro combinado
pH > 9,0: monocloroaminas
pH < 5,0: dicloroaminas e tricloroaminas.
5,0 < pH < 9,0: mono e dicloroaminas, com predominância das
monocloraminas para pH mais elevado
Reações do cloro na águaReações do cloro na água
Poder desinfetante:
ácido hipocloroso > íon hipoclorito
cloro livre > cloro combinado
Demanda de cloro Cloro residual
Cloro aplicado
CloroResidual
AB: o cloro introduzido na água é inteiramente consumido na oxidação da matéria orgânica.
Enquanto esses compostos não forem totalmente destruídos não ocorrerá desinfecção e o cloro
residual será nulo.
BB’: o cloro combina-se com compostos nitrogenados, produzindo cloro residual combinado.
B’C: o cloro oxida as cloroaminas formadas na fase anterior, reduzindo os teores de cloro residual
combinado.
C em diante: completada a oxidação do cloro residual combinado, elevam-se os teores de cloro
residual livre, mais eficaz como desinfetante.
Reações do cloro na águaReações do cloro na água
Fonte: OPAS
Art.32 - No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração,
cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os
tempos de contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na
saída do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI desta Portaria.
Art. 33 – Os sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água
supridas por manancial subterrâneo com ausência de contaminação por
Escherichia coli devem realizar cloração da água mantendo o residual mínimo do
sistema de distribuição (reservatório e rede), conforme as disposições contidas no
art. 34 desta Portaria.
Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11
Art. 34 – É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre
ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda
a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede).
Art.35 – No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante,
deverá ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo
no sistema de distribuição (reservatório e rede), de acordo com as disposições do
art.34 desta Portaria.
Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11
Clorador de reserva
Desinfecção – boas práticasDesinfecção – boas práticas
Dosagem e medição de cloro através de cloradores
Desinfecção
Boas práticas!!
Desinfecção – boas práticas x perigosDesinfecção – boas práticas x perigos
Aplicação de cloro gás com e sem controle de consumo
Armazenamento incorreto de cilindros de 50 kg
Desinfecção
Perigo !!
Berços para cilindros de 900 kg
Desinfecção
Perigo !!
kit de emergência
Berços para cilindros de 900 kg
Desinfecção
Boas Práticas !!
Armazenamento incorreto de cilindros de 50 kg
Desinfecção
Perigo !!
Isolamento da área de manuseio de cilindros e
pesagem de cilindros
Desinfecção
Boas Práticas !!
Perigo !!
Kit de emergência para cilindros de 50 kg e
ar para máscaras
Desinfecção
Boas Práticas !!
Perigo !!
Descarregamento de
produto químico líquido
Falta de proteção para
os operadores
Desinfecção
Perigo !!
Desinfecção – perigosDesinfecção – perigos
Unidade de desinfecção com hipoclorito de cálcio
dificuldades de controle operacional
Gerador de hipoclorito de sódio utilizando sal de
cozinha (cloreto de sódio)
Desinfecção
Cloro
Cal
Ponto correto de aplicação
Fonte:UFV
Desinfecção
Boas práticas!!
Desinfecção
• conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros
de projeto e de operação (pH, tempo de contato,
dosagens)
• estado de conservação, capacidade e calibração dos
equipamentos de dosagem do desinfetante
• ponto de aplicação do desinfetante
• existência de alternativa de desinfecção na
eventualidade de falhas dos dispositivos em operação
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Tratamento
Tratamento complementar - FluoretaçãoTratamento complementar - Fluoretação
 Fluorsilicato de sódioFluorsilicato de sódio ( Na( Na22SiFSiF66 ))
sólido (em pó)
solubilidade muito baixa
dureza >75 mgCaCO3/L  F + Ca + Mg  precipitado
preparo das soluções (!!!)preparo das soluções (!!!)
 Ácido fluorsilícicoÁcido fluorsilícico ( H( H22SiFSiF66 ))
manipulação mais fácil
ácido corrosivo
Baixa alcalinidade dureza redução pH
estocagem (!!!)estocagem (!!!)
Média anual das
temperaturas
máximas diárias
do ar (ºC)
Limites recomendados para a
concentração do íon fluoreto (mg/L)
Inferior Ótimo Superior
10,0 a 12,1 0,9 1,2 1,7
12,2 a 14,6 0,8 1,1 1,5
14,7 a 17,7 0,8 1,0 1,3
17,8 a 21,4 0,7 0,9 1,2
21,5 a 26,3 0,7 0,8 1,0
26,4 a 32,5 0,6 0,7 0,8
Limites recomendados para a concentração de íon fluoreto
(Portaria n.º 635 /GM/MS de 30 de janeiro de 1976.
FluoretaçãoFluoretação
Portaria MS n.º 2914/2011 : 1,5 mg /L
Cone de saturação de fluossilicato de sódio
Fluoretação
Boas Práticas !!
Esquema de uma ETA convencional
ciclo completo
Correção de pH
• estado de conservação, capacidade e calibração
dos equipamentos de dosagem
• ponto de aplicação
• controle da dosagem
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Correção de pH
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Estado de conservação dos equipamentos de dosagem
Correção de pH
Boas práticas!!! Perigo !!
Correção de pH
Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos
itens a serem verificados na inspeção sanitária
• adequação dos ambientes de armazenamento de produtos
químicos
• controle de qualidade dos insumos químicos - inexistência ou
negligência
armazenamento de produtos
químicos
armazenamento de produtos
químicos
Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos
Boas práticas!!! Perigo !!
Armazenamento de produtos químicos
Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos
Perigo !!
Controle de qualidade
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Controle inadequado da qualidade da água nos processos
unitários de tratamento:
• não observação dos planos de amostragem mínimos exigidos
• controle inadequado da turbidez da água filtrada, em especial
em eventos pós-lavagem dos filtros
• controle inadequado dos residuais desinfetantes na saída do
tanque de contato
Controle de qualidade
Boas Práticas !!
Instalações físicas
itens a serem verificados na inspeção sanitária
• qualificação e nível de conhecimento dos operadores
• segurança do trabalho e dispositivos de prevenção de
acidentes
• conforto e higiene ambiental
• má aparência das instalações da ETA por deficiência de
limpeza ou conservação
Instalações físicas
Antes Depois
Manutenção periódica
Instalações físicas
Perigo !!
A reservação garante a continuidade do
abastecimento evitando a intermitência
Reservação de água tratada
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Reservação de água tratada
• estado de conservação e manutenção dos reservatórios
• operações de limpeza
• controle de qualidade da água na saída
• capacidade adequada ao atendimento das variações de consumo
e garantia do abastecimento contínuo
• controle de acesso de pessoas estranhas
• facilidade de acesso para manutenção
• proteção de tela nos extravasores e respiros
Reservação de água tratada
Perigos !!
Boas práticas!!!
Reservação de água tratada
Verificação das paredes
Perigos !!!
Reservação de água tratadaFonte:SABESP
Reservatório
Rede de distribuição
A operação e manutenção da rede
e o monitoramento da água
distribuída garante a quantidade e
a qualidade da água para consumo
humano
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Rede de distribuição
• cadastro atualizado da rede
• controle de qualidade da água distribuída
• operações de descarga e limpeza da rede
• intermitência no abastecimento
• material e estado de conservação do sistema de
distribuição
• adequada pressurização da rede
• registros de manobra e flexibilidade de operação
• programa de controle de perda
cadastro atualizado da rede
Rede de distribuição
Fonte: Nexus
Controle de qualidade laboratorial
A potabilidade da água é aferida
também pela execução de um bom
controle laboratorial
Fonte:DEMAE
• teste de jarros
• turbidímetro
• pHmetro
• colorímetro (cor, cloro, fluoreto)
• análises microbiológicas
• calibração e manutenção dos equipamentos
• registros dos dados
Controle de qualidade laboratorial
Controle de qualidade laboratorial
• higiene, limpeza e organização
• prazo de validade, identificação e
armazenamento dos reagentes
• normas e procedimentos de segurança
• controle de qualidade interno e/ou externo
• responsabilidade técnica
• armazenamento e descarte de resíduos
• qualificação técnica do pessoal
Gerenciamento
O gerenciamento é a base para a
implementação das boas práticas no
abastecimento de água para consumo
humano
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Gerenciamento
• conhecimento da legislação vigente sobre
abastecimento e qualidade da água
• banco de dados sobre a operação do serviço
• atendimento e informação ao público
• responsabilidades perante à autoridade de
saúde pública
• aperfeiçoamento e qualificação de recursos
humanos
• responsável técnico qualificado
Soluções Alternativas Coletivas
A distribuição de água por meio de poços,
mananciais superficiais, fontes, minas,
sem rede de distribuição e veículos
transportadores, também requer
controle de qualidade exigido pela
legislação
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Manancial Subterrâneo
• Disponibilidade hídrica
- garantia de vazão mínima suficiente para o abastecimento
contínuo de água (incluindo projeções futuras)
• Situação de proteção dos mananciais
- distância de fontes de contaminação
- estado de conservação e proteção dos poços e fontes
- equipamentos e estruturas de captação e recalque
• Qualidade da água bruta
- existência de possíveis fontes de contaminação
Proteção do manancial
Manter a área de captação devidamente cercada (garantindo
uma distância mínima das estruturas de, por exemplo,
15m), limpa e com aparência agradável
Proteção do manancial
Boas Práticas
Posicionar os dispositivos de captação em cota superior à
da localização de possíveis fontes de poluição, garantindo
também afastamentos horizontais mínimos em relação a
essas mesmas possíveis fontes de poluição, observado o
tipo de solo, conforme referências a seguir:
 de fossas secas, tanques sépticos, linhas de esgoto: 15m
 de depósitos de lixo e de estrumeiras: 15m
 de poços absorventes e de linhas de irrigação subsuperficial de
esgotos: 30m
 de estábulos ou currais: 30m
 de fossas negras (fossas cujo fundo atinge o lençol freático): 45m
Proteção do manancial
Proteção do manancial
Proteção do manancial
Conservação ou recomposição da vegetação das áreas de
nascentes e recarga do aqüífero subterrâneo;
Manutenção da vegetação em encostas de morros, além da
implantação de dispositivos que minimizem as enxurradas e
favoreçam a infiltração da água de chuva.
Minas, bicas ou olho d’água
As minas, também conhecidas
como bicas ou olhos d’água não
são passíveis de desinfecção
direta no local. Se faz necessário
que a água seja transferida para
um reservatório e nele seja
desinfetada.
Caso não seja realizada a
transferência para um
reservatório, a desinfecção deve
ser feita no domicílio,
Camadaimpermeável
Aqüífero
Camadaimpermeável
Camada
impermeável
Aqüífero
Camada
impermeável
Fissura
Mina, olho d’água
Ladrão
Fluxo Captação
Reservatório da mina em rua
Detalhe
Poços, fontes e minas
Captação de água
de mina em praça
pública
Detalhe
Poços, fontes e minas
Perigos !!!
Poço profundo
Mina
Poços, fontes e minas
Perigos !!!
Boas práticas!!!
Caixa de
passagem da
água de mina
em condomínio
Detalhe
• proteção e conservação das estruturas de captação
• proximidade a fontes de poluição (atividades
agropecuárias, esgoto sanitário, fossas, lixão, aterro
sanitário)
• comprovação das exigências de tratamento e controle
de qualidade da água
• identificação do responsável
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Poços, fontes e minas
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação de água de chuva
• estado de conservação e manutenção dos dispositivos de coleta
e armazenamento da água
• existência de dispositivos de dispensa das primeiras águas de
chuva
Boas Práticas ! Perigo !!
Itens a serem verificados na inspeção sanitária
Captação de água de chuva
Boas Práticas !
Tela de Proteção
Captação de água de chuva (Cont.)
conservação das estruturas e equipamentos
Identificação de Boas práticas
Veículo transportador
A distribuição de água por meio de
veículo transportador requer atenção
especial
itens a serem verificados na inspeção sanitária
Veículo transportador
• informações sobre a origem e qualidade da água
• uso exclusivo do veículo para o transporte de água
• comprovação do residual mínimo de cloro
• comprovação de autorização para o transporte e
fornecimento de água
• adequação do veículo - estado de conservação e
segurança nas operações de enchimento, transporte
e fornecimento de água
• identificação do responsável
Veículo transportador
Água Potável
Recomendações
1. O reservatório de caminhão pipa deve ser de material adequado e/ou pintado
internamente com tinta aprovada para ter contato com água de beber;
2. Deve ter seu interior lavado e desinfetado periodicamente;
3. A extremidade da mangueira deve ser desinfetada antes da transferência da água do
caminhão para outro recipiente ou reservatório;
4. O cloro para desinfecção da água a ser transportada (caso não esteja transportando
água tratada) deve ser adicionado após enchimento de cerca de 25% do volume ter sido
alimentado no caminhão. Com isso pode-se melhorar a homogeneização do desinfetante.
Veículo transportador
Solução Alternativa Individual
A água proveniente de solução
alternativa individual, também requer
vigilância exigida pela legislação
Art. 4º Toda a água destinada ao consumo humano proveniente de SAI,
independentemente da forma de acesso da população, está sujeita à
vigilância da qualidade da água.
Fonte: CESOL Fonte: ANA Fonte: ANA
Solução Alternativa Individual
Fonte: Luzi et al., 2004
Filtro de areia para único domicílio
Água de poço
Tanque de água
filtrada
Areia
Filtro
de
areiaReservatório
de água filtrada
Coberturas de
proteção
Boas Práticas !
Desinfecção
Para poços profundos e rasos individuais valem as mesmas opções de
desinfecção apontadas para soluções coletivas.
Cabe destacar que no poço raso individual o uso de difusor pode ser
mais eficaz do que em poços coletivos pois o há melhor conhecimento
do volume de água extraído do poço e, consequentemente, maior
facilidade para controlar o residual
Desinfecção domiciliar com hipoclorito de sódio
No caso de desinfecção domiciliar em recipiente específico, pode-se utilizar 2 gotas
de hipoclorito de sódio 2,5 %, para cada litro de água a ser desinfetada.
Fonte: FUNASA, 2004
Solução Alternativa Individual
Fervura
A fervura é uma técnica muito conhecida, simples e bem aceita pelas pessoas. Seu
principal inconveniente é o grande gasto de energia e sua contribuição para o
desmatamento em zonas rurais onde a madeira é usada para o aquecimento.
O tempo recomendado, ao nível do mar, é de 1 minuto após a plena fervura da
água. Mais 1 minuto de fervura deve ser acrescentado a cada 1000 metros de
altitude.
Organismo Temperatura e tempo de
inativação por calor
Campylobacter spp.
E. Coli
Legionella
Salmonella spp
Shigella spp
Vibro cholerae
Cryptosporidium parvum
Giardia lamblia
Poliovírus
Vírus da Hepatite A
Rotavírus
75o
C por 1 min
65o
C por 1 min
66o
C por 0,45 min
65o
C por 1 min
65o
C por 1 min
55o
C por 1 min
72,4o
C por 1 min
50o
C por 1 min
60o
C por 25 min
70o
C em 10 min
50o
C por 30 min
Fonte: Maier et al.,2000
Solução Alternativa Individual
Solução Alternativa Individual
Desinfecção solar
UV (A + B + C)
UV-A
Princípio
A desinfecção solar é resultado da
ação de dois componentes da luz
solar, a radiação UV-A e radiação
infravermelha que leva ao aumento
de temperatura (calor)
Limitações
- Depende das condições climáticas, pois requer luz solar;
- Baixa eficiência para organismos mais resistentes (esporos e
cistos);
- Água com baixa cor e turbidez;
- Não altera características químicas da água;
- Não aplicável a grandes volumes.
Vantagens
- Baixo custo
- Fácil de ser compreendido pela comunidade e de ser utilizado;
- Reduz a necessidade de outras fontes de energia, inclusive
madeira para fervura, diminuindo o uso desse recurso natural.
Aplicabilidade
Domiciliar – Água de beber
Ligações e instalações prediais
A ligação e instalação prediais corretas
garantem a manutenção da qualidade
da água entregue pelo sistema ou
solução alternativa de abastecimento
de água para consumo humano
itens a serem verificados na inspeção sanitária
ligações e instalações prediais
• estado de conservação e manutenção das unidades de
distribuição e reservação da água
• existência de ligações cruzadas
• freqüência de limpeza
ligações e instalações prediais
Ligações e instalações prediais
Boas Práticas
DISPOSITIVO
DE TOMADA
CONDUTO DE ÁGUA
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  • 1. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental INSPEÇÃO SANITÁRIA EM ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
  • 2. MÓDULO II Fundamentos técnicos e conceituais para a realização de inspeções sanitárias
  • 3. Conteúdo da apresentação •mananciais, captação e adução •mistura rápida e coagulação •floculação •decantação •filtração •desinfecção • fluoretação • correção do pH • reservação • estação elevatória • distribuição • ligação predial • reservação intradomicílio • veículo transportador Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água:Sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água: identificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscosidentificação de boas práticas e avaliação de perigos e riscos
  • 4. Na perspectiva da avaliação e gerenciamento de riscos, as inspeções sanitárias visam à verificação de boas práticas em abastecimento de água e à identificação de perigos e pontos críticos em sistemas e soluções de abastecimento de água As boas práticas em abastecimento de água buscam prevenir ou combater os perigos (fatores de risco) e minimizar a probabilidade de ocorrência de efeitos indesejáveis (riscos) à saúde humana Boas Práticas Inspeção Avaliação de Risco↔ ↔Boas Práticas Inspeção Avaliação de Risco↔ ↔
  • 5. Instalação composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição. Sistema de Abastecimento de Água Portaria MS nº 2914/2011 Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água
  • 6. modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável , com captação subterrânea ou superficial com ou sem canalização e sem rede de distribuição. Solução Alternativa Coletiva Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água Portaria MS nº 2914/2011
  • 7. modalidade de abastecimento de água para consumo humano que atenda a domicílios residenciais com uma única famílias, incluindo seus agregados familiares. Solução Alternativa Individual Formas de abastecimento de águaFormas de abastecimento de água Portaria MS nº 2914/2011
  • 8. 1 Componentes de sistemas de abastecimento de água
  • 9. Manancial A atenção ao manancial é a primeira e fundamental garantia da quantidade e da qualidade da água Fonte:SABESP Fonte:SABESP Guarapiranga
  • 10. Tipos de Mananciais  Manancial superficial córregos, ribeirões, rios, lagos, represas (açude)  Manancial subterrâneo nascentes, poços rasos, poços profundos, drenos.  água de chuva cisternas
  • 11. Zona de Captação ETA Reservatório Rede Visão sistêmica sob a perspectiva de risco à saúde 1 Atenção ao manancial – Portaria MS nº 2914/2011 Portaria MS nº 2914/2011
  • 12. Zona de Captação 1 Atenção ao manancial – Portaria MS nº 2914/2011 Avaliação sistemática do SAA, sob a perspectiva dos riscos à saúde Físico – Químico e Biológico Mensal/Semestral Proteção dos mananciais em articulação com o gestores de Recursos Hídricos Cianobacterias N<10.000 células/mL--->Mensal N>10.000 células/mL--->Semanal
  • 13. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Manancial Superficial Disponibilidade hídrica -garantia de vazão suficiente para o abastecimento contínuo de água; -saturação do manancial (projeções futuras);
  • 14. É fundamental o conhecimento da saturação do manancial X Oferta de água (limite de adução) (L/seg) X evolução do consumo (L/hab.dia) Qmin > Qcaptação: captação direta Qmin < Qcaptação: reservatórios de acumulação Qmin e Qméd < Qcaptação: oferta insuficiente Disponibilidade hídrica
  • 15. Medição por obstrução (vertedores e calhas) Disponibilidade hídrica
  • 16. séries históricas de vazão dos mananciais crescimento da população consumo percapita de água extrapolação para o futuro Avaliação do balanço oferta x demanda de água Disponibilidade hídrica
  • 17. A intermitência pode acarretar a deterioração da qualidade da água no sistema de distribuição e/ou levar a população ao uso de fontes de qualidade duvidosa Disponibilidade hídrica Fonte: CGVAM/SVS/MS Fonte: OPAS/OMS Fonte: OPAS/OMS Fonte: CGVAM/SVS/MS
  • 18. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Manancial Superficial • Diagnóstico de uso e ocupação da bacia de captação usos e conflitos abastecimento doméstico e industrial irrigação dessedentação de animais aqüicultura preservação da flora e fauna recreação e lazer navegação diluição de despejos geração de energia
  • 19. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Manancial Superficial Situação de proteção dos mananciais Medidas de ordem geral para proteção de mananciais  leis de proteção de mananciais  zoneamento ambiental  leis de uso e ocupação do solo  criação de Áreas de Proteção Ambiental.
  • 20. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Manancial Superficial Qualidade da água bruta Existência de possíveis fontes de contaminação -esgotos domésticos -efluentes industriais -agrotóxicos e fertilizantes
  • 21. A degradação da qualidade dos mananciais tem ocorrido devido à constante interferência do ser humano na natureza por meio de: Desmatamentos; impermeabilização do solo; alteração do curso natural dos rios; ocupação desordenada das bacias hidrográficas Diagnóstico da bacia de captação
  • 22. A degradação da qualidade dos mananciais tem ocorrido devido à constante interferência do ser humano na natureza por meio de: Lançamento de efluentes domésticos; atividades agropecuárias; atividades industriais, atividades extrativas e garimpos Fonte: Internet Diagnóstico da bacia de captação Fonte: CGVAM/SVS/MSFonte: Internet Fonte: Internet
  • 23. • captação direta • maior turbidez • variação sazonal de qualidade • reservatório de acumulação • eutrofização • proliferação de algas (cianobactérias) • menor concentração de organismos patogênicos (protozoários- sedimentação) Atenção ao manancial – Qualidade da água Epigloeosphaera
  • 24. Mananciais subterrâneos x superficiais: “água de melhor qualidade” Mananciais subterrâneos: mais bem protegidos, porém podem estar sujeitas a: • fontes de poluição química e microbiológica • contaminação natural, decorrente das características do solo, tais como ferro, manganês, arsênico e fluoretos. Qualidade da água • Aqüífero não confinado (freático): mais vulnerável • Aqüífero confinado: (artesiano): mais protegido
  • 25. 2 Componentes de sistemas de abastecimento de água
  • 26. Captação e Adução A escolha do ponto de captação e sua proteção é fundamental para garantir o fornecimento de água em quantidade e qualidade adequada à população Fonte: EMBASA
  • 27. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação e Adução • Capacidade de adução x evolução do consumo • Tomada d’água com dispositivos para impedir a entrada de materiais flutuantes • Dispositivos para controlar a entrada de água • Canais ou tubulações de interligação e acessórios • Poços de sucção e casa de bombas para alojar os conjuntos elevatórios
  • 28. • Facilidade de acesso e identificação do local • Barreira de proteção em relação a acidentes com produtos químicos • Proteção contra enchentes • Entrada de pessoas estranhas e animais • Existência de conjunto motor-bomba de reserva • Manutenção periódica da adutora e das instalações eletro-mecânicas • Manutenção periódica da edificação Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação e Adução
  • 29. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação e Adução captação direta de manancial de superfície com barragem de nível captação de manancial de superfície com barragem de acumulação Fonte: CGVAM/SVS/MS Boas Práticas !
  • 30. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação e Adução captação – Acompanhamento de nível de água captação de manancial de superfície com barragem de acumulação Fonte: EMBASA Fonte: EMBASA Boas Práticas !
  • 31. captação direta de manancial de superfície com barreira de proteção em relação a produtos químicos Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação e AduçãoFonte:CGVAM/SVS/MS estrutura de captação sujeita à inundação Perigo !!Boas Práticas ! Fonte:UFMG
  • 32. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação e Adução (Cont.) Tomada direta de rios, lagos e açudes (mananciais de superfície)
  • 33. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Existência de ventosas na adução Captação e Adução Boas Práticas !
  • 34. 3 Componentes de sistemas de abastecimento de água
  • 35. Tratamento A eficiência do processo de tratamento garante a qualidade da água para consumo humano Fonte: EMBASA Fonte: EMBASA Fonte: SABESP
  • 36. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Tratamento
  • 37. • adequação do processo de tratamento ao tipo de manancial e à qualidade da água bruta (flexibilidade) • controle de qualidade da água bruta, nas diversas etapas do tratamento e da água tratada • registro das informações de controle de qualidade Tratamento Itens a serem verificados na inspeção sanitária
  • 38. chegada da água bruta na ETA Caixa de Chegada Fonte: CORSAN Boas Práticas !
  • 39. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Tratamento
  • 40.  Turbidez: partículas em suspensão (fina ou estado coloidal) com carga negativa  Cor: substâncias em solução (matéria orgânica)  Clarificação da água: agregar as partículas  maior peso e densidade  remoção por sedimentação ou flotação (coagulante)  Mistura:Mistura: processo físico de dispersão do coagulante  Coagulação:Coagulação: fenômeno químico de desestabilização eletrostática das partículas Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação
  • 41. Coagulante Faixa de pH Características Sulfato de alumínio 5,0 – 8,0 Custo relativamente baixo e fácil aquisição Sulfato ferroso 8,5 – 11,0 Próprio para águas de pH elevado Sulfato férrico 5,0 – 11,0 Próprio para águas ácidas e de cor elevada Cloreto férrico 5,0 – 11,0 Produz bons flocos em amplo intervalo de pH Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação Coagulantes mais utilizados
  • 42. Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (HCO3)2  2 Al (OH)3 +3 CaSO4 +18 H2O + 6 CO2 11 mg/L de sulfato de alumínio requer 0,45 mg CaCO3/L de alcalinidade natural Al2 (SO4)3 . 18 H2O + 3 Ca (OH)2  2 Al (OH)3 +3 CaSO4 + 18 H2O 1 mg/L de sulfato de alumínio requer a adição 0,25 mg/L de cal (CaO) Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação Sulfato de alumínioSulfato de alumínio 2 Fe Cl3 + 3 Ca (HCO3)2 → 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2 +6 CO2 2 Fe Cl3 + 3 Ca (OH) 2 → 2 Fe (OH)3 + 3 CaCl2 Cloreto férricoCloreto férrico
  • 43. Mistura rápida e coagulaçãoMistura rápida e coagulação coagulante Al2 (SO4) 3 → Al + + SO4 - Al + Al + Al + Al + Al + Al + reações químicas do coagulante na água: muito rápidas Dose de coagulante em excesso: inversão de cargas (+)
  • 44. Mistura Rápida/ Coagulação • realização de jar-test para determinação da dosagem de coagulante • adequação do ponto de aplicação do coagulante e alcalinizante • adequação dos equipamentos dosadores • estado de conservação, calibração e dispositivos de aplicação do coagulante Itens a serem verificados na inspeção sanitária
  • 45. Medição de Vazão Desconhecimento da vazão desconhecimento dos parâmetros de→ funcionamento da ETA Itens a serem verificados na inspeção sanitária • vazão operacional e vazão de projeto • equipamentos para medição de vazão
  • 46. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Medição de Vazão Fonte:CGVAM/SAS/MS Boas práticas!!!
  • 47. Realização de jar-test Mistura Rápida/ Coagulação Fonte:DEMAE Boas práticas!!!
  • 48. Dosadores de coagulantes – nível constante Boas Práticas !Perigo !! Mistura Rápida/ Coagulação Fonte: EMBASA Fonte: EMBASA
  • 49. Dosadores de coagulantes – Bombas dosadoras Boas Práticas ! Bomba eletromagnética Bomba de diafragma Mistura Rápida/ Coagulação Fonte: CORSAN
  • 53. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Tratamento
  • 54. SVS FloculaçãoFloculação  Mistura lenta : choque entre partículas  agregação partículas desestabilizadas  formação flocos G: 70 → 10 s-1 TDH = 20 - 40 minutos TDH = V /Q (m3 ) / m3 / min) Gradientes de velocidade decrescentes (!)  Parâmetros ótimos: ensaios de tratabilidade  maior vazãomaior vazão  maior gradientemaior gradiente (floculadores hidráulicos)(floculadores hidráulicos)  gradiente baixo demais: má formação dos flocosgradiente baixo demais: má formação dos flocos  gradiente alto demais: quebra dos flocosgradiente alto demais: quebra dos flocos
  • 55. SVS Floculadores hidráulicosFloculadores hidráulicos Água floculada Água coagulada Vista em planta ou perfil
  • 57. • conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de projeto e de operação (tempo de floculação e gradientes de velocidade) • verificação visual do aspecto dos flocos Itens a serem verificados na inspeção sanitária Floculação
  • 58. Canal de Distribuição de água floculada aos decantadores Fonte:VálterLúcioPádua Floculação Boas Práticas !
  • 59. Funcionamento inadequado de floculador: vazão excessiva e transbordamento nas câmaras de floculação Floculação - perigosFloculação - perigos
  • 61. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Tratamento
  • 62. DecantaçãoDecantação vh vs Vh = velocidade horizontal de escoamento Vs = velocidade de sedimentação TAS = taxa de aplicação superficial = velocidade de sedimentação decantadordoárea )dia/m(ETAvazão 3 A Q TAS == TAS = 25 - 40 m3 /m2 . dia (m2 ) Vs = 25 - 40 m/ dia = 0,03 cm/s
  • 65. • conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de projeto e de operação (tempo de detenção e taxa de aplicação superficial) • dispositivos de entrada (distribuição do fluxo) • dispositivos de saída (distribuição do fluxo, nivelamento dos vertedores de coleta da água decantada) • freqüência de limpeza •verificação visual da sedimentabilidade dos flocos Itens a serem verificados na inspeção sanitária Decantação
  • 66. Perigos Distribuição desigual do fluxo Calha de coleta de água decantada afogada Decantação
  • 67. Decantação - detalhe das calhas coletoras Decantação Perigo !! Fonte:CGVAM/SVS/MS
  • 68. Decantação - calhas coletoras Caminhos preferenciais Decantação Fonte:CGVAM/SVS/MS
  • 71. Detalhe das calhas coletoras Decantação Boas Práticas ! Fonte:CGVAM/SVS/MS
  • 72. DECANTAÇÃO Decantação de alta taxaDecantação de alta taxa Decantação tubularDecantação tubular
  • 73. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Tratamento
  • 74. FiltraçãoFiltração  Retenção de partículas e microrganismos (protozoários) não removidos no decantador  Tipos de filtros (técnicas de filtração)  Filtros ascendentes  Filtros descendentes  Filtros rápidos  Filtros lentos  Filtros de camada simples (areia)  Filtros de camada dupla (areia + antracito)
  • 75. FiltraçãoFiltração  Principais parâmetros de projeto e operação qualidade da água técnica de filtração qualidade da água taxa de filtração granulometria do leito filtrante Boas práticas ensaios de tratabilidade (filtros piloto)
  • 76. FiltraçãoFiltração Tf = Vazão (m3 /dia) Área dos filtros (m2 ) Taxa de filtração = velocidade de filtração  Filtros lentos: até 6 m3 /m2 .dia  Filtros rápidos  ascendentes: até 120 m3 /m2 .dia  descendentes • camada simples: até 180 m3 /m2 .dia • camada dupla: até 360 m3 /m2 .dia NBR 12216 ( m3 /m2 .dia = m/dia)
  • 77. Dinâmica da filtraçãoDinâmica da filtração Tf Tf >> taxa de filtração >> perda de carga << granulometria >> perda de carga
  • 78. Operação dos filtrosOperação dos filtros Nível constante Nível variável
  • 79. Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas Operação adequada de lavagem com ar e água
  • 80. Filtração • estado de conservação do leito filtrante • dispositivos de controle da vazão afluente da água filtrada e de lavagem dos filtros • controle das carreiras de filtração • controle das operações de lavagem dos filtros Itens a serem verificados na inspeção sanitária
  • 81. conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de projeto e de operação (taxa de filtração) Itens a serem verificados na inspeção sanitária Filtração Fonte:CGVAM/SVS/MS
  • 82. Leito filtrante deteriorado com formação de bolas de lodo e operação de recomposição Filtração – boas práticas x perigosFiltração – boas práticas x perigos
  • 83. Deterioração do leito filtrante Perigo !! Filtração Fonte:CASAL
  • 85. Lavagem de filtro Durante a lavagem Depois da lavagem Boas práticas!! Filtração
  • 86. Sala de controle de lavagem de filtros Filtração Boas práticas!!
  • 87. Filtração – boas práticasFiltração – boas práticas Operação adequada de limpeza de filtro lento
  • 88. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Tratamento
  • 89. DesinfecçãoDesinfecção Requisitos para um bom desinfetante  Destruir, em tempo razoável, os organismos patogênicos.  Não devem ser tóxicos ao ser humano e animais nas dosagens usuais.  Não introduzir gosto e odor à água a ponto de prejudicar o consumo.  Fácil disponibilidade para aquisição, custo acessível, facilidade e segurança no transporte e manuseio.  Fácil determinação de sua concentração na água.  Produzir residuais como forma de prevenção a eventual recontaminação da água tratada.
  • 90. Desinfetante Vantagens Desvantagens CloroCloro Elevada eficiência na inativação de bactérias e vírus. Efeito residual relativamente estável. Baixo custo. Manuseio relativamente simples. Grande disponibilidade no mercado. Limitada eficiência na inativação de cistos de protozoários e ovos de helmintos. Na presença de matéria orgânica pode formar subprodutos tóxicos, principalmente trihalometanos (THM). Em doses elevadas pode produzir forte odor e sabor. Alguns subprodutos como clorofenóis provocam também odor e sabor. Dióxido de cloro Desinfetante mais potente, inclusive na inativação de cistos de protozoários CT inferiores aos do cloro. Não forma trihalometanos (THM). Eficiência estável em amplas faixas de pH. Na presença de matéria orgânica pode formar outros subprodutos tóxicos (clorito). Residuais desinfetantes menos estáveis Em doses elevadas pode produzir forte odor e sabor. Operação mais delicada e complexa. Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes
  • 91. Principais desinfetantesPrincipais desinfetantes Ozônio Desinfetante mais potente, inclusive na inativação de cistos de protozoários. Menor risco de formação de subprodutos tóxicos. Não provoca odor e sabor. CT inferiores aos do cloro. Pode formar outros subprodutos tóxicos (bromatos e bromofórmio). Não apresenta poder residual. Custos elevados. Técnicas de aplicação mais sofisticadas. Radiação ultravioleta Elevada eficiência na destruição dos mais diversos microrganismos em tempo de contato reduzido. Não forma subprodutos. Não provoca odor e sabor. Não apresenta poder residual. Redução significativa da eficiência com o aumento da cor ou turbidez da água. Custos elevados. Controle menos preciso das doses aplicadas. Desinfetante Vantagens Desvantagens
  • 92.
  • 94.
  • 95. Subprodutos da desinfecçãoSubprodutos da desinfecção Desinfetantes e produtos secundários da desinfecção – Portaria MS nº 2914/2011 Parâmetro Precursor VMP (mg/L) Ácidos haloacéticos total Cloro 0,08 Bromato Ozônio 0,01 Clorito Dióxido de cloro 1 Cloro residual livre Cloro 5 Cloraminas total Cloro 4,0 2,4,6 Triclorofenol Cloro 0,2 Trihalometanos total Cloro 0,1 Sob nenhuma condição a desinfecção de água deve ser comprometida por suspeita de formação de subprodutos (OMS)
  • 96. CloraçãoCloração  O cloro reage com a água e a matéria orgânica  Parte do cloro será consumido como desinfetante e parte na reação com a matéria orgânica (demanda de cloro)  Residuais de cloro  cloro livre e cloro combinado.  Cloro livre  desinfetante mais potente  pH > 8  diminuição da ação desinfetante
  • 97. Ca(OCl)2 + 2H2O Ca(OH)2 + 2HOCl→ hipoclorito de cálcio NaOCl + H2O NaOH + HOCl hipoclorito de sódio → Cl2 + H2O HOCl + H+ + Cl- H+ + OCl-→ ácido hipocloroso ácido clorídrico → ← Íon hipoclorito Reações do cloro na águaReações do cloro na água HOCl e OCl - = cloro livre
  • 98. pH < 5,0: cloro molecular (Cl- ) 5,0 < pH < 7,5: ácido hipocloroso pH > 7,5: íon hipoclorito Dissociação do HOCl em função do pH HOCl(%) OCl- (%) pH
  • 99. NH3 + HOCl  NH2 Cl + H2 O (monocloroamina) NH2 Cl + HOCl  NHCl2 + H2 O (dicloroamina) NHCl2 + HOCl  NCl3 + H2 O (tricloroamina) Cloroaminas = cloro combinado pH > 9,0: monocloroaminas pH < 5,0: dicloroaminas e tricloroaminas. 5,0 < pH < 9,0: mono e dicloroaminas, com predominância das monocloraminas para pH mais elevado Reações do cloro na águaReações do cloro na água Poder desinfetante: ácido hipocloroso > íon hipoclorito cloro livre > cloro combinado
  • 100. Demanda de cloro Cloro residual Cloro aplicado CloroResidual AB: o cloro introduzido na água é inteiramente consumido na oxidação da matéria orgânica. Enquanto esses compostos não forem totalmente destruídos não ocorrerá desinfecção e o cloro residual será nulo. BB’: o cloro combina-se com compostos nitrogenados, produzindo cloro residual combinado. B’C: o cloro oxida as cloroaminas formadas na fase anterior, reduzindo os teores de cloro residual combinado. C em diante: completada a oxidação do cloro residual combinado, elevam-se os teores de cloro residual livre, mais eficaz como desinfetante. Reações do cloro na águaReações do cloro na água Fonte: OPAS
  • 101. Art.32 - No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração, cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os tempos de contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na saída do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI desta Portaria. Art. 33 – Os sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água supridas por manancial subterrâneo com ausência de contaminação por Escherichia coli devem realizar cloração da água mantendo o residual mínimo do sistema de distribuição (reservatório e rede), conforme as disposições contidas no art. 34 desta Portaria. Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11
  • 102. Art. 34 – É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede). Art.35 – No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante, deverá ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo no sistema de distribuição (reservatório e rede), de acordo com as disposições do art.34 desta Portaria. Portaria MS 2914/11Portaria MS 2914/11
  • 103.
  • 104.
  • 105. Clorador de reserva Desinfecção – boas práticasDesinfecção – boas práticas
  • 106. Dosagem e medição de cloro através de cloradores Desinfecção Boas práticas!!
  • 107. Desinfecção – boas práticas x perigosDesinfecção – boas práticas x perigos Aplicação de cloro gás com e sem controle de consumo
  • 108. Armazenamento incorreto de cilindros de 50 kg Desinfecção Perigo !!
  • 109. Berços para cilindros de 900 kg Desinfecção Perigo !! kit de emergência
  • 110. Berços para cilindros de 900 kg Desinfecção Boas Práticas !!
  • 111. Armazenamento incorreto de cilindros de 50 kg Desinfecção Perigo !!
  • 112. Isolamento da área de manuseio de cilindros e pesagem de cilindros Desinfecção Boas Práticas !! Perigo !!
  • 113. Kit de emergência para cilindros de 50 kg e ar para máscaras Desinfecção Boas Práticas !! Perigo !!
  • 114. Descarregamento de produto químico líquido Falta de proteção para os operadores Desinfecção Perigo !!
  • 115.
  • 116. Desinfecção – perigosDesinfecção – perigos Unidade de desinfecção com hipoclorito de cálcio dificuldades de controle operacional
  • 117. Gerador de hipoclorito de sódio utilizando sal de cozinha (cloreto de sódio) Desinfecção
  • 118. Cloro Cal Ponto correto de aplicação Fonte:UFV Desinfecção Boas práticas!!
  • 119. Desinfecção • conhecimento e compatibilidade entre os parâmetros de projeto e de operação (pH, tempo de contato, dosagens) • estado de conservação, capacidade e calibração dos equipamentos de dosagem do desinfetante • ponto de aplicação do desinfetante • existência de alternativa de desinfecção na eventualidade de falhas dos dispositivos em operação Itens a serem verificados na inspeção sanitária
  • 120. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Tratamento
  • 121. Tratamento complementar - FluoretaçãoTratamento complementar - Fluoretação  Fluorsilicato de sódioFluorsilicato de sódio ( Na( Na22SiFSiF66 )) sólido (em pó) solubilidade muito baixa dureza >75 mgCaCO3/L  F + Ca + Mg  precipitado preparo das soluções (!!!)preparo das soluções (!!!)  Ácido fluorsilícicoÁcido fluorsilícico ( H( H22SiFSiF66 )) manipulação mais fácil ácido corrosivo Baixa alcalinidade dureza redução pH estocagem (!!!)estocagem (!!!)
  • 122. Média anual das temperaturas máximas diárias do ar (ºC) Limites recomendados para a concentração do íon fluoreto (mg/L) Inferior Ótimo Superior 10,0 a 12,1 0,9 1,2 1,7 12,2 a 14,6 0,8 1,1 1,5 14,7 a 17,7 0,8 1,0 1,3 17,8 a 21,4 0,7 0,9 1,2 21,5 a 26,3 0,7 0,8 1,0 26,4 a 32,5 0,6 0,7 0,8 Limites recomendados para a concentração de íon fluoreto (Portaria n.º 635 /GM/MS de 30 de janeiro de 1976. FluoretaçãoFluoretação Portaria MS n.º 2914/2011 : 1,5 mg /L
  • 123. Cone de saturação de fluossilicato de sódio Fluoretação Boas Práticas !!
  • 124. Esquema de uma ETA convencional ciclo completo Correção de pH
  • 125. • estado de conservação, capacidade e calibração dos equipamentos de dosagem • ponto de aplicação • controle da dosagem itens a serem verificados na inspeção sanitária Correção de pH
  • 126. itens a serem verificados na inspeção sanitária Estado de conservação dos equipamentos de dosagem Correção de pH
  • 127. Boas práticas!!! Perigo !! Correção de pH
  • 128. Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos itens a serem verificados na inspeção sanitária • adequação dos ambientes de armazenamento de produtos químicos • controle de qualidade dos insumos químicos - inexistência ou negligência
  • 129. armazenamento de produtos químicos armazenamento de produtos químicos Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos Boas práticas!!! Perigo !!
  • 130. Armazenamento de produtos químicos Controle e Armazenamento dos Produtos Químicos Perigo !!
  • 131. Controle de qualidade itens a serem verificados na inspeção sanitária Controle inadequado da qualidade da água nos processos unitários de tratamento: • não observação dos planos de amostragem mínimos exigidos • controle inadequado da turbidez da água filtrada, em especial em eventos pós-lavagem dos filtros • controle inadequado dos residuais desinfetantes na saída do tanque de contato
  • 132. Controle de qualidade Boas Práticas !!
  • 133. Instalações físicas itens a serem verificados na inspeção sanitária • qualificação e nível de conhecimento dos operadores • segurança do trabalho e dispositivos de prevenção de acidentes • conforto e higiene ambiental • má aparência das instalações da ETA por deficiência de limpeza ou conservação
  • 136. A reservação garante a continuidade do abastecimento evitando a intermitência Reservação de água tratada
  • 137. itens a serem verificados na inspeção sanitária Reservação de água tratada • estado de conservação e manutenção dos reservatórios • operações de limpeza • controle de qualidade da água na saída • capacidade adequada ao atendimento das variações de consumo e garantia do abastecimento contínuo • controle de acesso de pessoas estranhas • facilidade de acesso para manutenção • proteção de tela nos extravasores e respiros
  • 138. Reservação de água tratada Perigos !! Boas práticas!!!
  • 139. Reservação de água tratada Verificação das paredes Perigos !!!
  • 140. Reservação de água tratadaFonte:SABESP Reservatório
  • 141. Rede de distribuição A operação e manutenção da rede e o monitoramento da água distribuída garante a quantidade e a qualidade da água para consumo humano
  • 142. itens a serem verificados na inspeção sanitária Rede de distribuição • cadastro atualizado da rede • controle de qualidade da água distribuída • operações de descarga e limpeza da rede • intermitência no abastecimento • material e estado de conservação do sistema de distribuição • adequada pressurização da rede • registros de manobra e flexibilidade de operação • programa de controle de perda
  • 143. cadastro atualizado da rede Rede de distribuição Fonte: Nexus
  • 144. Controle de qualidade laboratorial A potabilidade da água é aferida também pela execução de um bom controle laboratorial Fonte:DEMAE
  • 145. • teste de jarros • turbidímetro • pHmetro • colorímetro (cor, cloro, fluoreto) • análises microbiológicas • calibração e manutenção dos equipamentos • registros dos dados Controle de qualidade laboratorial
  • 146. Controle de qualidade laboratorial • higiene, limpeza e organização • prazo de validade, identificação e armazenamento dos reagentes • normas e procedimentos de segurança • controle de qualidade interno e/ou externo • responsabilidade técnica • armazenamento e descarte de resíduos • qualificação técnica do pessoal
  • 147. Gerenciamento O gerenciamento é a base para a implementação das boas práticas no abastecimento de água para consumo humano
  • 148. itens a serem verificados na inspeção sanitária Gerenciamento • conhecimento da legislação vigente sobre abastecimento e qualidade da água • banco de dados sobre a operação do serviço • atendimento e informação ao público • responsabilidades perante à autoridade de saúde pública • aperfeiçoamento e qualificação de recursos humanos • responsável técnico qualificado
  • 149. Soluções Alternativas Coletivas A distribuição de água por meio de poços, mananciais superficiais, fontes, minas, sem rede de distribuição e veículos transportadores, também requer controle de qualidade exigido pela legislação
  • 150. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Manancial Subterrâneo • Disponibilidade hídrica - garantia de vazão mínima suficiente para o abastecimento contínuo de água (incluindo projeções futuras) • Situação de proteção dos mananciais - distância de fontes de contaminação - estado de conservação e proteção dos poços e fontes - equipamentos e estruturas de captação e recalque • Qualidade da água bruta - existência de possíveis fontes de contaminação
  • 151. Proteção do manancial Manter a área de captação devidamente cercada (garantindo uma distância mínima das estruturas de, por exemplo, 15m), limpa e com aparência agradável
  • 153. Posicionar os dispositivos de captação em cota superior à da localização de possíveis fontes de poluição, garantindo também afastamentos horizontais mínimos em relação a essas mesmas possíveis fontes de poluição, observado o tipo de solo, conforme referências a seguir:  de fossas secas, tanques sépticos, linhas de esgoto: 15m  de depósitos de lixo e de estrumeiras: 15m  de poços absorventes e de linhas de irrigação subsuperficial de esgotos: 30m  de estábulos ou currais: 30m  de fossas negras (fossas cujo fundo atinge o lençol freático): 45m Proteção do manancial
  • 155. Proteção do manancial Conservação ou recomposição da vegetação das áreas de nascentes e recarga do aqüífero subterrâneo; Manutenção da vegetação em encostas de morros, além da implantação de dispositivos que minimizem as enxurradas e favoreçam a infiltração da água de chuva.
  • 156. Minas, bicas ou olho d’água As minas, também conhecidas como bicas ou olhos d’água não são passíveis de desinfecção direta no local. Se faz necessário que a água seja transferida para um reservatório e nele seja desinfetada. Caso não seja realizada a transferência para um reservatório, a desinfecção deve ser feita no domicílio, Camadaimpermeável Aqüífero Camadaimpermeável Camada impermeável Aqüífero Camada impermeável Fissura Mina, olho d’água Ladrão Fluxo Captação
  • 157. Reservatório da mina em rua Detalhe Poços, fontes e minas
  • 158. Captação de água de mina em praça pública Detalhe Poços, fontes e minas Perigos !!!
  • 159. Poço profundo Mina Poços, fontes e minas Perigos !!! Boas práticas!!! Caixa de passagem da água de mina em condomínio Detalhe
  • 160.
  • 161.
  • 162. • proteção e conservação das estruturas de captação • proximidade a fontes de poluição (atividades agropecuárias, esgoto sanitário, fossas, lixão, aterro sanitário) • comprovação das exigências de tratamento e controle de qualidade da água • identificação do responsável itens a serem verificados na inspeção sanitária Poços, fontes e minas
  • 163. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação de água de chuva • estado de conservação e manutenção dos dispositivos de coleta e armazenamento da água • existência de dispositivos de dispensa das primeiras águas de chuva Boas Práticas ! Perigo !!
  • 164. Itens a serem verificados na inspeção sanitária Captação de água de chuva Boas Práticas ! Tela de Proteção
  • 165. Captação de água de chuva (Cont.) conservação das estruturas e equipamentos Identificação de Boas práticas
  • 166. Veículo transportador A distribuição de água por meio de veículo transportador requer atenção especial
  • 167. itens a serem verificados na inspeção sanitária Veículo transportador • informações sobre a origem e qualidade da água • uso exclusivo do veículo para o transporte de água • comprovação do residual mínimo de cloro • comprovação de autorização para o transporte e fornecimento de água • adequação do veículo - estado de conservação e segurança nas operações de enchimento, transporte e fornecimento de água • identificação do responsável
  • 169. Recomendações 1. O reservatório de caminhão pipa deve ser de material adequado e/ou pintado internamente com tinta aprovada para ter contato com água de beber; 2. Deve ter seu interior lavado e desinfetado periodicamente; 3. A extremidade da mangueira deve ser desinfetada antes da transferência da água do caminhão para outro recipiente ou reservatório; 4. O cloro para desinfecção da água a ser transportada (caso não esteja transportando água tratada) deve ser adicionado após enchimento de cerca de 25% do volume ter sido alimentado no caminhão. Com isso pode-se melhorar a homogeneização do desinfetante. Veículo transportador
  • 170. Solução Alternativa Individual A água proveniente de solução alternativa individual, também requer vigilância exigida pela legislação Art. 4º Toda a água destinada ao consumo humano proveniente de SAI, independentemente da forma de acesso da população, está sujeita à vigilância da qualidade da água. Fonte: CESOL Fonte: ANA Fonte: ANA
  • 171. Solução Alternativa Individual Fonte: Luzi et al., 2004 Filtro de areia para único domicílio Água de poço Tanque de água filtrada Areia Filtro de areiaReservatório de água filtrada Coberturas de proteção Boas Práticas !
  • 172.
  • 173. Desinfecção Para poços profundos e rasos individuais valem as mesmas opções de desinfecção apontadas para soluções coletivas. Cabe destacar que no poço raso individual o uso de difusor pode ser mais eficaz do que em poços coletivos pois o há melhor conhecimento do volume de água extraído do poço e, consequentemente, maior facilidade para controlar o residual Desinfecção domiciliar com hipoclorito de sódio No caso de desinfecção domiciliar em recipiente específico, pode-se utilizar 2 gotas de hipoclorito de sódio 2,5 %, para cada litro de água a ser desinfetada. Fonte: FUNASA, 2004 Solução Alternativa Individual
  • 174. Fervura A fervura é uma técnica muito conhecida, simples e bem aceita pelas pessoas. Seu principal inconveniente é o grande gasto de energia e sua contribuição para o desmatamento em zonas rurais onde a madeira é usada para o aquecimento. O tempo recomendado, ao nível do mar, é de 1 minuto após a plena fervura da água. Mais 1 minuto de fervura deve ser acrescentado a cada 1000 metros de altitude. Organismo Temperatura e tempo de inativação por calor Campylobacter spp. E. Coli Legionella Salmonella spp Shigella spp Vibro cholerae Cryptosporidium parvum Giardia lamblia Poliovírus Vírus da Hepatite A Rotavírus 75o C por 1 min 65o C por 1 min 66o C por 0,45 min 65o C por 1 min 65o C por 1 min 55o C por 1 min 72,4o C por 1 min 50o C por 1 min 60o C por 25 min 70o C em 10 min 50o C por 30 min Fonte: Maier et al.,2000 Solução Alternativa Individual
  • 175. Solução Alternativa Individual Desinfecção solar UV (A + B + C) UV-A Princípio A desinfecção solar é resultado da ação de dois componentes da luz solar, a radiação UV-A e radiação infravermelha que leva ao aumento de temperatura (calor) Limitações - Depende das condições climáticas, pois requer luz solar; - Baixa eficiência para organismos mais resistentes (esporos e cistos); - Água com baixa cor e turbidez; - Não altera características químicas da água; - Não aplicável a grandes volumes. Vantagens - Baixo custo - Fácil de ser compreendido pela comunidade e de ser utilizado; - Reduz a necessidade de outras fontes de energia, inclusive madeira para fervura, diminuindo o uso desse recurso natural. Aplicabilidade Domiciliar – Água de beber
  • 176. Ligações e instalações prediais A ligação e instalação prediais corretas garantem a manutenção da qualidade da água entregue pelo sistema ou solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano
  • 177. itens a serem verificados na inspeção sanitária ligações e instalações prediais • estado de conservação e manutenção das unidades de distribuição e reservação da água • existência de ligações cruzadas • freqüência de limpeza
  • 178. ligações e instalações prediais Ligações e instalações prediais Boas Práticas DISPOSITIVO DE TOMADA CONDUTO DE ÁGUA HIDRÔMETRO DE PASSEIO REGISTRO RAMAL PREDIAL
  • 179.
  • 180.
  • 181. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental

Notas do Editor

  1. Inspeção Sanitária em Abastecimento de Água para Consumo