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ENQUADRAMENTO DOS
CORPOS D’ÁGUA
UNIVERSIDADE FEDERALRURALDO SEMI-ÁRIDO
CAMPUS PAU DOS FERROS
DISCIPLINA: RECURSOS HÍDRICOS
Pau dos Ferros – 2022.1
4
Estabelecimento da meta de qualidade da água a
ser alcançada ou mantida em um segmento de
corpo d’água de acordo com os usos
pretendidos.
Fonte: Resolução CONAMA357
Definição de
enquadramento
O rio que temos
Condição atual
O rio que queremos
Vontade
O rio que podemos ter
Limitações (técnicas, econômicas)
Os “3 rios” do
enquadramento
Proteção/Preservação das
comunidades aquáticas
Abastecimento
doméstico
Usos mais exigentes
Recreação
Contato primário
Contato secundário
Irrigação
Navegação
Usos menos exigentes
Dessedentação
animal
Usos da água e requisitos de
qualidade
QUALIDADE DA ÁGUA
EXCELENTE
USOS
MAIS EXIGENTES
Classe especial
Classe 1
Classe especial
Classe 1
USOS
MENOS EXIGENTES
QUALIDADE DA ÁGUA
RUIM
Classe 2
Classe 3
Classe 4
Classe 2
Classe 3
Classes de enquadramento dos corpos
d’água
Geração hidrelétrica: devem ser controladas as substâncias
que afetem a durabilidade dos equipamentos (ex: turbinas),
causem eutrofização ou assoreamento do reservatório.
Diluição de efluentes: não tem requisitos de qualidade
Usos não mencionados
na Resolução CONAMA nº 357
Uso industrial: requisitos de qualidade
podem variar bastante conforme o tipo
de indústria. (ex: indústrias de
alimentos, indústria siderúrgica).
Área de preservação
Área agrícola
Figura:AWAG – Arkansas WatershedAdvisory Group
Área urbana
Reservatório
Usos múltiplos da água
Classe especial
Classe 1
Trecho preservado
Classe 4
Classe 2
Classe 3
Trecho agrícola
Trecho urbano
* Não é regra geral, depende de cada situação
Pior que Classe 4
Algumas classes de
enquadramento possíveis
CLASSES
2 3
14
PARÂMETROS Unidade
1 4
Oxigênio Dissolvido mg/L > 6 > 5 > 4 > 2
Demanda Bioquímica
de Oxigênio
mg/L 3 5 10 -
Turbidez UNT 40 100 100 -
Cobre mg/L 0,009 0,009 0,013 -
Nas águas de Classe Especial deverão ser mantidas as
condições naturais do corpo d’água
Padrões de qualidade da água
Usos da água
Valor máximo para
Cobre (mg/L)
Abastecimento doméstico 2
Recreação (contato primário) 1
Dessedentação de animais 0,500
Irrigação 0,013
Preservação da vida aquática 0,009
Para garantir simultaneamente todos os usos
previstos nas classes adota-se o valor mais baixo:
Limite de Cobre para as classes 1 e
2.........0,009 mg/L Limite de Cobre para a classe
3...................0,013 mg/L
Fonte: adaptado de Umbuzeiro & Lorenzetti, 2009
Definição dos padrões de qualidade
18
1976 – Portaria n°13 do Ministério do Interior
1955 – 1°Sistema de Classificação Decreto
Estadual de São Paulo nº 24.806
2008 - Resolução CNRH nº 91 – substitui a resolução nº 12
2008 – Resolução CONAMA nº 396 - Águas subterrâneas
2005 – Resolução CONAMA nº 357 2000 – Resolução
CNRH nº 12 - Procedimentos
1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos 1986 –
Resolução CONAMA nº 20
1981 – Política Nacional de Meio Ambiente
Histórico do Enquadramento
Plano
Diretor
Municipal
22
Plano de Saneamento
Enquadramento dos corpos
d’água
Articulações do
planejamento
O enquadramento representa, indiretamente, um mecanismo
de controle do uso e ocupação do solo.
O Município estabelece as condições de ocupação do solo
através de seu plano diretor e da lei de zoneamento.
Reservatório Santa Cruz - RN
Interface Enquadramento - Uso do
solo
CNRH ANA
Nacional IBAMA
Órgão
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rec. Hidr.
Comitê da
Bacia
Agência da
Bacia
Estadual
Bacia
CERH
Na existência de agência Na ausência de agência Na ausência de comitê
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Quais os usos dos recursos hídricos (atuais
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enquadramento) ?
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É o uso mais restritivo, já que nas águas de
classe especial é vedado o lançamento de
efluentes, mesmo que tratados.
Geralmente este uso é restrito a Unidades
de Conservação de Proteção Integral
As Unidades de Conservação de Proteção
Integral foram estabelecidas pela Lei nº
9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o
Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza (SNUC).
Preservação dos ambientes
aquáticos
É o uso que melhor representa a “saúde” de um corpo d’água, pois não
se pode considerar saudável um corpo d’água no qual não existam e
proliferem os organismos aquáticos.
Em vários programas de despoluição, o retorno dos peixes foi utilizado
como uma meta.
Proteção da vida aquática
Para cada cidade da bacia devem ser identificados os
tipos de captação (superficial ou subterrânea) e o tipo de
tratamento da água (simplificado, convencional ou
avançado).
Estas informações podem ser obtidas na Pesquisa
Nacional de Saneamento Básico (PNSB) elaborada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As áreas de mananciais devem ter uma atenção especial.
Abastecimento para consumo
humano
Recreação de contato primário é quando existe o contato direto e prolongado do
usuário com a água (natação, mergulho, esqui aquático).
Recreação de contato secundário é quando o contato com a água é esporádico
ou acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena, como na pesca e na
navegação.
A Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000, estabelece os
padrões de balneabilidade dos corpos d’água.
Recreação
Em áreas em que o uso predominante é a pecuária extensiva, o uso para
dessedentação animal pode ser significativo.
Em áreas com criação intensiva de animais (ex: suinocultura), devem ser
identificados os pontos de captação e de lançamento de resíduos.
Dessedentação de animais
Devem ser obtidas informações sobre a
existência de colônias de pescadores ou
de áreas em que se pratica a pesca
esportiva.
As áreas de aqüicultura, como a criação
de peixes em tanques-rede em
reservatórios de hidrelétricas, devem ser
identificadas.
Pesca e aquicultura
Para o diagnóstico da irrigação devem ser
consultados os cadastros de outorga do órgão
gestor de recursos hídricos para obtenção dos
usuários.
Deve ser identificado que tipo de cultura é irrigada (hortaliças consumidas
cruas, hortaliças não consumidas cruas, frutíferas, parques, culturas
arbóreas, cereais, forrageiras).
Irrigação
É um dos usos que requer o mínimo de qualidade, sendo em alguns casos uma fonte
de poluição.
O odor e o aspecto da água não devem ser objetáveis, ou seja, não devem causar
desconforto para as pessoas.
As substâncias sedimentáveis que contribuam para o
assoreamento de canais de navegação devem estar ausentes.
Navegação
O objetivo é a
propriedade estética
proteção da
da água,
direcionado para aspectos visuais.
Por este motivo, na classe 4 os
materiais flutuantes, inclusive
espumas não naturais, devem estar
ausentes.
O odor e o aspecto da água não
devem ser objetáveis.
Harmonia paisagística
Matéria orgânica: ocasiona o consumo de oxigênio dissolvido, tem como
origem mais comum o esgoto doméstico.
Nutrientes (fósforo e nitrogênio): causam a eutrofização do corpo d’água.
Organismos patogênicos: causam doenças de veiculação hídrica;
Substâncias orgânicas (ex: agrotóxicos): provocam efeito tóxico nos
organismos aquáticos e podem se acumular em seus tecidos.
Substâncias inorgânicas (ex: metais): provocam efeito tóxico nos
organismos aquáticos e podem se acumular em seus tecidos.
Sólidos em suspensão: aumentam a turbidez da água afetando a biota
aquática e causando assoreamento do corpo d’água.
Grupos de parâmetros
poluidores da água
Alex Pinheiro Feitosa
e-mail: alex.feitosa@ufersa.edu.br

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Enquadramento dos corpos d'água da Bacia Hidrográfica do Rio X

  • 1. ENQUADRAMENTO DOS CORPOS D’ÁGUA UNIVERSIDADE FEDERALRURALDO SEMI-ÁRIDO CAMPUS PAU DOS FERROS DISCIPLINA: RECURSOS HÍDRICOS Pau dos Ferros – 2022.1
  • 2. 4 Estabelecimento da meta de qualidade da água a ser alcançada ou mantida em um segmento de corpo d’água de acordo com os usos pretendidos. Fonte: Resolução CONAMA357 Definição de enquadramento
  • 3. O rio que temos Condição atual O rio que queremos Vontade O rio que podemos ter Limitações (técnicas, econômicas) Os “3 rios” do enquadramento
  • 4. Proteção/Preservação das comunidades aquáticas Abastecimento doméstico Usos mais exigentes Recreação Contato primário Contato secundário Irrigação Navegação Usos menos exigentes Dessedentação animal Usos da água e requisitos de qualidade
  • 5. QUALIDADE DA ÁGUA EXCELENTE USOS MAIS EXIGENTES Classe especial Classe 1 Classe especial Classe 1 USOS MENOS EXIGENTES QUALIDADE DA ÁGUA RUIM Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 2 Classe 3 Classes de enquadramento dos corpos d’água
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Geração hidrelétrica: devem ser controladas as substâncias que afetem a durabilidade dos equipamentos (ex: turbinas), causem eutrofização ou assoreamento do reservatório. Diluição de efluentes: não tem requisitos de qualidade Usos não mencionados na Resolução CONAMA nº 357 Uso industrial: requisitos de qualidade podem variar bastante conforme o tipo de indústria. (ex: indústrias de alimentos, indústria siderúrgica).
  • 10. Área de preservação Área agrícola Figura:AWAG – Arkansas WatershedAdvisory Group Área urbana Reservatório Usos múltiplos da água
  • 11. Classe especial Classe 1 Trecho preservado Classe 4 Classe 2 Classe 3 Trecho agrícola Trecho urbano * Não é regra geral, depende de cada situação Pior que Classe 4 Algumas classes de enquadramento possíveis
  • 12. CLASSES 2 3 14 PARÂMETROS Unidade 1 4 Oxigênio Dissolvido mg/L > 6 > 5 > 4 > 2 Demanda Bioquímica de Oxigênio mg/L 3 5 10 - Turbidez UNT 40 100 100 - Cobre mg/L 0,009 0,009 0,013 - Nas águas de Classe Especial deverão ser mantidas as condições naturais do corpo d’água Padrões de qualidade da água
  • 13. Usos da água Valor máximo para Cobre (mg/L) Abastecimento doméstico 2 Recreação (contato primário) 1 Dessedentação de animais 0,500 Irrigação 0,013 Preservação da vida aquática 0,009 Para garantir simultaneamente todos os usos previstos nas classes adota-se o valor mais baixo: Limite de Cobre para as classes 1 e 2.........0,009 mg/L Limite de Cobre para a classe 3...................0,013 mg/L Fonte: adaptado de Umbuzeiro & Lorenzetti, 2009 Definição dos padrões de qualidade
  • 14. 18 1976 – Portaria n°13 do Ministério do Interior 1955 – 1°Sistema de Classificação Decreto Estadual de São Paulo nº 24.806 2008 - Resolução CNRH nº 91 – substitui a resolução nº 12 2008 – Resolução CONAMA nº 396 - Águas subterrâneas 2005 – Resolução CONAMA nº 357 2000 – Resolução CNRH nº 12 - Procedimentos 1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos 1986 – Resolução CONAMA nº 20 1981 – Política Nacional de Meio Ambiente Histórico do Enquadramento
  • 15. Plano Diretor Municipal 22 Plano de Saneamento Enquadramento dos corpos d’água Articulações do planejamento
  • 16. O enquadramento representa, indiretamente, um mecanismo de controle do uso e ocupação do solo. O Município estabelece as condições de ocupação do solo através de seu plano diretor e da lei de zoneamento. Reservatório Santa Cruz - RN Interface Enquadramento - Uso do solo
  • 17. CNRH ANA Nacional IBAMA Órgão gestor rec. Hidr. Comitê da Bacia Agência da Bacia Estadual Bacia CERH Na existência de agência Na ausência de agência Na ausência de comitê Órgão meio ambiente Atribuições para o enquadramento Resolução CNRH nº 91
  • 18. e futuros) Quais os usos dos recursos hídricos (atuais pretendidos pela sociedade para o corpo d’água ? Qual a condição de qualidade atual do corpo d’água (classe de enquadramento) ? Qual a classe de enquadramento necessária para atender os usos pretendidos ? Quais parâmetros de qualidade da água são prioritários para atender os usos pretendidos ? Principais questões do processo de enquadramento
  • 19. Quais as fontes de poluição que causam a alteração destes parâmetros? Quais as ações necessárias para reduzir a poluição à um nível compatível com os usos pretendidos ? Quais os custos e o tempo necessário para implementação destas ações ? Quais as fontes de recursos ? Principais questões do processo de enquadramento
  • 20. Base técnica: avaliação das condições atuais de qualidade da água e o potencial de atendimento aos usos pretendidos. Base institucional e legal: mecanismos e instrumentos que permitam a realização das ações necessárias para alcançar as metas. processo participativo para definir os usos Base política: pretendidos. Bases para o enquadramento
  • 21. Etapas dos processo de enquadramento Diagnóstico da bacia Prognóstico (cenários futuros) Elaboração do Enquadramento Análise e Deliberações do Comitê e do Conselho de RH Implementação do Programa de Efetivação
  • 23. É o uso mais restritivo, já que nas águas de classe especial é vedado o lançamento de efluentes, mesmo que tratados. Geralmente este uso é restrito a Unidades de Conservação de Proteção Integral As Unidades de Conservação de Proteção Integral foram estabelecidas pela Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Preservação dos ambientes aquáticos
  • 24. É o uso que melhor representa a “saúde” de um corpo d’água, pois não se pode considerar saudável um corpo d’água no qual não existam e proliferem os organismos aquáticos. Em vários programas de despoluição, o retorno dos peixes foi utilizado como uma meta. Proteção da vida aquática
  • 25. Para cada cidade da bacia devem ser identificados os tipos de captação (superficial ou subterrânea) e o tipo de tratamento da água (simplificado, convencional ou avançado). Estas informações podem ser obtidas na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As áreas de mananciais devem ter uma atenção especial. Abastecimento para consumo humano
  • 26. Recreação de contato primário é quando existe o contato direto e prolongado do usuário com a água (natação, mergulho, esqui aquático). Recreação de contato secundário é quando o contato com a água é esporádico ou acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena, como na pesca e na navegação. A Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000, estabelece os padrões de balneabilidade dos corpos d’água. Recreação
  • 27. Em áreas em que o uso predominante é a pecuária extensiva, o uso para dessedentação animal pode ser significativo. Em áreas com criação intensiva de animais (ex: suinocultura), devem ser identificados os pontos de captação e de lançamento de resíduos. Dessedentação de animais
  • 28. Devem ser obtidas informações sobre a existência de colônias de pescadores ou de áreas em que se pratica a pesca esportiva. As áreas de aqüicultura, como a criação de peixes em tanques-rede em reservatórios de hidrelétricas, devem ser identificadas. Pesca e aquicultura
  • 29. Para o diagnóstico da irrigação devem ser consultados os cadastros de outorga do órgão gestor de recursos hídricos para obtenção dos usuários. Deve ser identificado que tipo de cultura é irrigada (hortaliças consumidas cruas, hortaliças não consumidas cruas, frutíferas, parques, culturas arbóreas, cereais, forrageiras). Irrigação
  • 30. É um dos usos que requer o mínimo de qualidade, sendo em alguns casos uma fonte de poluição. O odor e o aspecto da água não devem ser objetáveis, ou seja, não devem causar desconforto para as pessoas. As substâncias sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de canais de navegação devem estar ausentes. Navegação
  • 31. O objetivo é a propriedade estética proteção da da água, direcionado para aspectos visuais. Por este motivo, na classe 4 os materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais, devem estar ausentes. O odor e o aspecto da água não devem ser objetáveis. Harmonia paisagística
  • 32. Matéria orgânica: ocasiona o consumo de oxigênio dissolvido, tem como origem mais comum o esgoto doméstico. Nutrientes (fósforo e nitrogênio): causam a eutrofização do corpo d’água. Organismos patogênicos: causam doenças de veiculação hídrica; Substâncias orgânicas (ex: agrotóxicos): provocam efeito tóxico nos organismos aquáticos e podem se acumular em seus tecidos. Substâncias inorgânicas (ex: metais): provocam efeito tóxico nos organismos aquáticos e podem se acumular em seus tecidos. Sólidos em suspensão: aumentam a turbidez da água afetando a biota aquática e causando assoreamento do corpo d’água. Grupos de parâmetros poluidores da água
  • 33. Alex Pinheiro Feitosa e-mail: alex.feitosa@ufersa.edu.br