E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
História da Arte: Pintura mural
1.
2. Pintura
(superfícies)
Pintura é a atividade artística que consiste na
aplicação de pigmentos coloridos em um plano
bidimensional, geralmente em uma superfície
previamente preparada para tal uso.
A superfície de aplicação dos pigmentos também pode
variar, desde murais e paredes até as telas próprias
para pintura.
A pintura pode ser vinculada tanto à produção de
imagens decorativas quanto imagens de
reapresentação, seja esta figurativa ou abstrata.
3. A pintura mural constitui pois, uma das
primeiras formas de expressão artística
do homem, já nas cavernas observamos
desenhos e pinturas rupestres, a pintura
mural tem raízes no instinto primitivo
dos povos de decorar seu ambiente e de
usar as superfícies das paredes para
expressar idéias, emoções e crenças.
4. Uma das primeiras formas que o ser humano encontrou para
deixar seus vestígios foi a pintura. A arte rupestre consistiu na
maneira utilizada para se ilustrar sonhos e cenas do cotidiano.
Símbolos da vida, da morte, de céu e da terra foram
encontrados nas paredes das cavernas.
5. Pintura Rupestre é um tipo de arte
feita pelos homens pré-históricos nas
paredes das cavernas. Como os
homens desta época não tinham um
sistema de escrita desenvolvido,
utilizam os desenhos como uma
forma de comunicação. Retratavam
nestas pinturas cenas do cotidiano
como, por exemplo, a caça, animais,
descobertas, plantas, rituais etc.
Toca do Morcego –
Serra da Capivara - PI
Toca do Salitre - Serra da Capivara - PI
6. Aqui no Brasil existem vários exemplos deste tipo de
arte no estado do Piauí, no sítio arqueológico do Parque
Nacional da Serra da Capivara, localizado no município
de São Raimundo Nonato.
Toca do Boqueirão da Pedra Furada
Serra da Capivara - PI
Xique-xique IV
Seridó - RN
7. Figuras de animais, GO
Lapa do Rezar, em Januária/MG
Monte Alegre - Paraíba
Pintura rupestre do parque nacional da Serra da
Capivara, no Piauí.
Parque Nacional da Serra da
Capivara, Piauí.
8. Entre os egípcios os murais
eram empregados para decorar
palácios e monumentos
funerários.
A pintura Egípcia se destaca em
procurar refletir os movimentos
dos corpos e por apresentar
preocupação com a delicadeza
das formas.
A decoração colorida era um
poderoso elemento de
complementação das atitudes
religiosas.
9. Suas características gerais são:
* ausência de profundidade;
* colorido com tinta chapada,
sem claro-escuro e sem
indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que
determinava que o tronco da
pessoa fosse representado
sempre de frente, enquanto sua
cabeça, suas pernas e seus pés
eram vistos de perfil.
10. O tamanho das pessoas e
objetos não caracterizavam
necessariamente a distância
um do outro e sim a
importância do objeto, o poder
e o nível social.
O Faraó representava os
homens junto aos deuses e os
deuses junto aos homens,
assim como era responsável
pelo bem-estar do povo, sendo
considerado também como um
próprio Deus.
11. A maior parte das pinturas
romanas que conhecemos hoje
provém das cidades de
Pompéia e Herculano, que
foram soterradas pela erupção
do Vesúvio em 79 a.C. Os
estudiosos da pintura existente
em Pompéia classificam a
decoração das paredes
internas dos edifícios em
quatro estilos:
12. Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma
sala com uma camada de gesso pintado; que
dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: os artistas começaram então a
pintar painéis que criavam a ilusão de janelas
abertas por onde eram vistas paisagens com
animais, aves e pessoas, formando um grande
mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da
realidade e valorizou a delicadeza dos
pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho,
tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia
de obra grega, imitando um cenário teatral.
13. A nitidez da cor e a
precisão do traçado dos
perfis caracterizou a pintura
mural da Idade Média e, em
especial, a das construções
românicas, nas quais
costumavam receber
afrescos as abóbadas e os
painéis laterais das igrejas,
com figuras religiosas. No
século XIII, os trabalhos de
Gioto deram extraordinário
impulso à pintura mural e, a
partir de então, surgiram
grandes mestres dessa
técnica.
Cenas da vida de Cristo Lamentação,
Giotto - afresco, 200 x 185 cm,
Cappela Scrovegni, Pádua.
14. No Renascimento, foram criadas algumas obras-primas do
muralismo, como os afrescos da capela Sistina, por
Michelangelo, e a “Última ceia”, de Leonardo da Vinci.
15. Principais características:
perspectiva, uso do claro-escuro
(para reforçar a sugestão de volume
dos corpos), realismo (mundo é
pensado como uma realidade a ser
compreendida cientificamente, e não
apenas admirada), inicia-se o uso da
tela e da tinta à óleo, pintura e
escultura que antes eram detalhes
de obras arquitetônicas, tornam-se
independentes, surgimento de
artistas com um estilo pessoal,
diferente dos demais, já que o
período é marcado pelo ideal de
liberdade e, conseqüentemente, pelo
individualismo.
17. Com o interesse progressivo por
tapeçarias e vitrais para uso na
decoração de interiores, a pintura
mural entrou em decadência no
Ocidente. Depois dos murais pintados
por Rubens, Tiepolo e Delacroix, houve
poucas obras importantes após o
Renascimento. No século XX, no
entanto, a pintura mural ressurgiu, com
todo vigor. O muralismo ressurgia com
um gênero mais expressionista e
abstrato a partir de grupos cubistas e
fauvistas, em Paris, e se manifestou
nos trabalhos de Picasso, Matisse,
Léger, Miró e Chagall;
Janela - Matisse
19. Wall of the Sun (Parede do sol) – 1500 x 220 cm – Miró
Wall of the Moon (Parede da lua) – 750x220cm – Miró
Murais produzidos por Miró para a sede da UNESCO
20. A pintura mural, ressurgiu nas primeiras décadas do século XX no
México, coincidente com um movimento revolucionário. Um dos
principais artistas deste movimento foi Diego Rivera, que tivera contato
direto com uma vanguarda artística européia e se impressionara
profundamente com os afrescos renascentistas italianos. A temática da
maioria dos murais era relacionada com a situação política do México.
Os revolucionários (1957-65)
David Siqueiros
Sonho de uma tarde de domingo no
parque central – Diego Rivera,
afresco, (1947-8)
O banquete dos ricos, enquanto
os trabalhadores lutam – Orozco,
afresco, (1923)
21. Siqueiros e Rivera, juntos com
José Clemente Orozco,
dominaram a pintura muralista
mexicana. Orozco era o mais
manifestamente expressionista
dos três e entre seus temas
figuram a conquista e a
evangelização do país. A obra
de Rivera, o mais conhecido
internacionalmente, tem como
tema mais freqüentes o
indigenismo, a industrialização
e a história do México.
Siqueiros, o mais revolucionário
e inconformista, imprimiu a sua
obra uma exaltação da liberdade
e um sentido anti-capitalista.
Mural de Diego Rivera
22. O graffiti é uma forma de arte
contemporânea de características
essencialmente urbanas. São
pinturas e desenhos feitos nos
muros e paredes públicos. Não é
simplesmente uma pichação, mas
uma expressão artística. Tem a
intenção de interferir na paisagem
da cidade, transmitindo diferentes
idéias. Não se trata, portanto, de
poluição visual.
Nas Artes Visuais, a palavra grafite,
ou graffito (em italiano), significa
marca ou inscrição feita em um
muro, e é o nome dado às inscrições
feitas em paredes desde o Império
Romano. Grafismo, por sua vez, é a
maneira de traçar linhas e curvas
sob um ponto de vista estético.
23. No período contemporâneo, as primeiras manifestações dessa
forma de arte surgiram em Paris, durante a chamada revolução
cultural, em maio de 1968. A estética do grafite é bastante
associada ao hip-hop, uma forma de expressão artística que
também surgiu nas ruas.
24. Nos Estados Unidos, um
importante artista grafiteiro foi
Jean-Michel Basquiat (1960-
1988). Original de uma família
haitiana, Basquiat buscou, para
sua arte, raízes na experiência
da exclusão social, no universo
dos migrantes e no repertório
cultural dos afro-americanos. Ao
longo da década de 1970, seus
"textos pintados" tomam os
muros de Nova York,
principalmente nos bairros que
eram redutos de intelectuais e
artistas, tornando Basquiat
conhecido.
Graffiti de Basquiat
26. O grafite foi introduzido no Brasil no
final da década de 1970, em São
Paulo. Os brasileiros por sua vez não
se contentaram com o grafite norte-
americano, então começaram a
incrementar a arte com um toque
brasileiro, o estilo do grafite brasileiro
é reconhecido entre os melhores de
todo o mundo. Muitas polêmicas
giram em torno desse movimento
artístico, pois de um lado o grafite é
desempenhado com qualidade
artística, e do outro não passa de
poluição visual e vandalismo. A
pichação ou vandalismo é
caracterizado pelo ato de escrever em
muros, edifícios, monumentos e vias
públicas.
27. Alex Vallauri (1949-1987) é
considerado um dos
precursores do grafite no
Brasil. Etíope, chegou a São
Paulo em 1965. Estudou
gravura e formou-se em
Comunicação Visual pela
FAAP. Em 1978, passou a
fazer grafites em espaços
públicos da cidade. Produziu
silhuetas de figuras,
utilizando tinta spray sobre
moldes de papelão. Em sua
produção destaca-se a série
A Rainha do Frango Assado
Uma das reproduções da série A Rainha do
Frango Assado – Alex Vallauri
28. Outros
Grafiteiros
Ficou anonimamente famoso
com a sua streetart, com os
seus graffiti inicialmente
pintados em Bristol na
Inglaterra, mas depois em várias
outras cidades do mundo. Sua
técnica é a do estêncil (molde
vazado) que ele prepara
cuidadosamente em casa e na
rua basta o tempo para fixá-los e
utilizar o spray.
29.
30. Gêmeos idênticos, Gustavo
e Otávio começaram sua
trajetória na street art em
meados dos anos 1980,
retratando as culturas
regionais do Brasil nos
muros de São Paulo. O
trabalho da dupla está
ligado a sua vivência na
cidade e mescla elementos
do folclore nacional com
outros ligados ao
desenvolvimento da arte
nascida nas ruas.
31.
32. • Os materiais utilizados pelos
grafiteiros vão desde
tradicionais latas de spray até o
látex.
• Principais termos e gírias
utilizadas nessa arte;
• Grafiteiro/writter: o artista
que pinta.
• Bite: imitar o estilo de outro
grafiteiro.
• Crew: é um conjunto de
grafiteiros que se reúnem
para pintar juntos.
• Tag: é assinatura de
grafiteiro.
• Toy: é o grafiteiro iniciante.
• Spot: lugar onde é praticada
a arte do graffiti.
Luminárias
inspiradas no
Graffiti
33.
34. Links com moldes para imprimir:
www.spraypaintstencils.com
www.momentodaarte.com.br/cursos/dicas
www.fazfacil.com.br/artesanato/estencil.html
Estêncil (do inglês stencil), chamado também de Molde Vazado, é
um desenho ou ilustração que representa um número, letra,
símbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem, figurativa
ou abstrata, que possa ser delineada por corte ou perfuração em
papel, papelão, plástico, radiografia, metal ou em outros materiais.
Podem ser aplicados nas mais variadas superfícies, como tecidos,
móveis, paredes, vasos, objetos de madeira, gesso, cerâmica etc.