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ALEITAMENTO MATERNO
EXCLUSIVO
DRA. HAYDEE POZO SERRANO.
ESF 1
Aleitamento materno exclusivo –
quando a criança recebe somente
leite materno, direto da mama ou
ordenhado, ou leite humano de outra
fonte, sem outros líquidos ou sólidos,
com exceção de gotas ou xaropes
contendo vitaminas, sais de
reidratação oral, suplementos
minerais ou medicamentos.
A OMS, endossada pelo Ministério da Saúde do Brasil,
recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais,
sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens
em se iniciar os
alimentos complementares antes dos seis meses, podendo,
inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a
introdução precoce de outros alimentos está associada a:
• Maior número de episódios de diarréia;
• Maior número de hospitalizações por doença respiratória;
• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem
nutricionalmente inferiores ao
leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são
muito diluídos;
• Menor absorção de nutrientes importantes do leite
materno, como o ferro e o zinco;
• Menor eficácia da amamentação como método
anticoncepcional;
• Menor duração do aleitamento materno.
Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que
protegem contra infecções, ocorrem menos mortes entre as crianças
amamentadas
A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto
menor é a criança. Assim, a mortalidade por doenças infecciosas é
seis vezes maior em crianças menores de 2 meses não amamentadas,
diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda é o dobro no
segundo ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000)
Além de evitar a diarreia, a amamentação também exerce influência
na gravidade dessa doença. Crianças não amamentadas têm um risco
três vezes maior de desidratarem e de morrerem por diarreia quando
comparadas com as amamentadas (VICTORIA, 1992).
A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi
demonstrada em vários estudos realizados em diferentes partes do
mundo, inclusive no Brasil.
O aleitamento materno também previne otites. Estima-se
redução de 50% de episódios de otite média aguda em crianças
amamentadas exclusivamente por 3 ou 6 meses quando
comparadas com crianças alimentadas unicamente com leite de
outra espécie (IP et al., 2009).
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros
meses de vida diminui o risco de alergia à proteína do leite de
vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias,
incluindo asma e sibilos recorrentes (VAN ODIJK, 2003).
Não só o indivíduo que é amamentado adquire proteção contra
diabetes, mas também a mulher que amamenta. Foi descrita
uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo 2 para
cada ano de lactação (STUEBE, 2005). Atribui-se essa proteção a
uma melhor homeostase da glicose em mulheres que
amamentam.
A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos
quatro meses) é considerada um importante
determinante do Diabetes mellitus Tipo I,
podendo aumentar o risco de seu aparecimento
em 50%.
Estima-se que 30% dos casos poderiam ser
prevenidos se 90% das crianças até três meses
não recebessem leite de vaca (GERSTEIN, 1994).
Por ser da mesma espécie, o leite materno
contém todos os nutrientes essenciais para o
crescimento e o desenvolvimento ótimos da
criança pequena, além de ser mais bem digerido,
quando comparado com leites de outras espécies
Na amamentação, o volume de leite produzido varia,
dependendo do quanto a criança mama e da frequência com
que mama. Quanto mais volume de leite e mais vezes a
criança mamar, maior será a produção de leite. Uma nutriz
que amamenta exclusivamente produz, em média, 800 mL
por dia.
Em geral, uma nutriz é capaz de produzir mais leite do que a
quantidade necessária para o seu bebê.
Apesar de a sucção do recém-nascido ser um ato reflexo, ele
precisa aprender a retirar o leite do peito de forma eficiente.
Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer
uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o
mamilo, mas também parte da aréola –,
forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama,
garantindo a formação do vácuo, indispensável
para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca
do bebê.
A técnica de amamentação, ou seja, a maneira
como a dupla mãe/bebê se posiciona para
amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê
são muito importantes para que o bebê
consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da
mama e também para não machucar os
mamilos.
Todo profissional de saúde que faz assistência
a mães e bebês deve saber observar
criticamente uma mamada. A seguir são
apresentados os diversos itens que os
profissionais de saúde devem
conferir na observação de uma mamada
Pontos-chave do posicionamento adequado
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com
nariz na altura do mamilo;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados
(pescoço não torcido);
4. Bebê bem apoiado.
Pontos-chave da pega adequada
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.
É sempre útil lembrar a mãe de que
é o bebê que vai à mama e não a
mama que vai ao bebê.
Para isso, a mãe pode, com um
rápido movimento, levar o bebê ao
peito quando ambos
estiverem prontos
OBRIGADA POR SEU
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Benefícios do aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses

  • 2. Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.
  • 3. A OMS, endossada pelo Ministério da Saúde do Brasil, recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a: • Maior número de episódios de diarréia; • Maior número de hospitalizações por doença respiratória; • Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos; • Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco; • Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional; • Menor duração do aleitamento materno.
  • 4. Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança. Assim, a mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes maior em crianças menores de 2 meses não amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda é o dobro no segundo ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000) Além de evitar a diarreia, a amamentação também exerce influência na gravidade dessa doença. Crianças não amamentadas têm um risco três vezes maior de desidratarem e de morrerem por diarreia quando comparadas com as amamentadas (VICTORIA, 1992). A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários estudos realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil.
  • 5. O aleitamento materno também previne otites. Estima-se redução de 50% de episódios de otite média aguda em crianças amamentadas exclusivamente por 3 ou 6 meses quando comparadas com crianças alimentadas unicamente com leite de outra espécie (IP et al., 2009). Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes (VAN ODIJK, 2003). Não só o indivíduo que é amamentado adquire proteção contra diabetes, mas também a mulher que amamenta. Foi descrita uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo 2 para cada ano de lactação (STUEBE, 2005). Atribui-se essa proteção a uma melhor homeostase da glicose em mulheres que amamentam.
  • 6. A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos quatro meses) é considerada um importante determinante do Diabetes mellitus Tipo I, podendo aumentar o risco de seu aparecimento em 50%. Estima-se que 30% dos casos poderiam ser prevenidos se 90% das crianças até três meses não recebessem leite de vaca (GERSTEIN, 1994). Por ser da mesma espécie, o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança pequena, além de ser mais bem digerido, quando comparado com leites de outras espécies
  • 7. Na amamentação, o volume de leite produzido varia, dependendo do quanto a criança mama e da frequência com que mama. Quanto mais volume de leite e mais vezes a criança mamar, maior será a produção de leite. Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz, em média, 800 mL por dia. Em geral, uma nutriz é capaz de produzir mais leite do que a quantidade necessária para o seu bebê. Apesar de a sucção do recém-nascido ser um ato reflexo, ele precisa aprender a retirar o leite do peito de forma eficiente. Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê.
  • 8. A técnica de amamentação, ou seja, a maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos. Todo profissional de saúde que faz assistência a mães e bebês deve saber observar criticamente uma mamada. A seguir são apresentados os diversos itens que os profissionais de saúde devem conferir na observação de uma mamada
  • 9. Pontos-chave do posicionamento adequado 1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo; 2. Corpo do bebê próximo ao da mãe; 3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido); 4. Bebê bem apoiado. Pontos-chave da pega adequada 1. Mais aréola visível acima da boca do bebê; 2. Boca bem aberta; 3. Lábio inferior virado para fora; 4. Queixo tocando a mama.
  • 10. É sempre útil lembrar a mãe de que é o bebê que vai à mama e não a mama que vai ao bebê. Para isso, a mãe pode, com um rápido movimento, levar o bebê ao peito quando ambos estiverem prontos