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Problemas sobre professores principiantes em seus processos de inserção
profissional
INFORME DE INVESTIGAÇÃO
PROFESSORES INICIANTES E AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DE
DOCÊNCIA: O PAPEL DA ESCOLA NO PROCESSO DE
INSERÇÃO/INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR
SOUSA, Rozilene de Morais
rozedemorais@gmail.com
Universidade Federal de Mato Grosso
RAMPAZO, Vilma de Souza
vilmarampazo@hotmail.com
Profa. Educação Básica /OBEDUC
ROCHA, Simone Albuquerque da
sa.rocha@terra.com.br
Universidade Federal de Mato Grosso
Palavras-chave: Formação de Professores. Professor iniciante. Inserção do professor
iniciante na escola.
Introdução
A formação continuada de professores tem sido uma temática bastante recorrente
nas pesquisas educacionais, pois a sociedade contemporânea exige um professor
que consiga efetivar um processo de ensino e aprendizagem que atenda a nova
demanda do século XXI. As mudanças ocorridas devido a fatores econômicos,
políticos, culturais e sociais tem afetado diretamente o cenário educacional o que
tem demandado nos últimos cinco anos (2008-2012) estudos e pesquisas que
versam sobre essa temática. É exatamente nesse contexto permeado de
mudanças, desafios e dilemas que o professor em início de carreira, ou seja, o
professor iniciante precisa ser inserido.
O presente texto aborda sobre o professor iniciante e sua inclusão/inserção na
escola nas primeiras experiências de docência, trazendo o relato de suas
expectativas quanto à profissão e seus impactos nos primeiros dias de docência.
Os sujeitos são professores que nunca tiveram qualquer experiência de docência,
daí ser importante observar, tomar conhecimento e trazer para o estudo, que
ideias, anseios e expectativas, perpassam os iniciantes na fase que precede e
nos primeiros dias de sua inserção na escola e na sala de aula, seu novo espaço
de trabalho. Um dado que merece destaque na pesquisa é que ela contempla
também dados do professor experiente, ou seja, aquele responsável na escola,
pelo acompanhamento nesse processo inicial do egresso da Pedagogia. Assim, o
trabalho do professor experiente, no assessoramento e orientação aos desafios
do professor iniciante também estão contemplados nesta pesquisa vinculada ao
Projeto Observatório da Educação que tem como título: “Egressos da Licenciatura em
Pedagogia e os Desafios da Prática em Narrativas: a Universidade e a Escola em um
processo interdisciplinar de inserção do professor iniciante na carreira docente”.
Em uma abordagem qualitativa e apoiada no método (auto)biográfico, a coleta de dados
está sendo desenvolvida com a adoção de memoriais de formação. Associamos alguns
relatos e entrevistas de duas professoras iniciantes, egressas do Curso de Pedagogia da
Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis e uma docente da
educação básica com experiência na profissão que as acompanha na rede municipal de
ensino.
De acordo com o artigo de Sousa e Rocha (2013) sobre pesquisa no banco de dados da
Capes em produções científicas que focam o tema - professor iniciante - nos últimos
cinco anos no Brasil, evidenciou-se que as produções em nível de mestrado cresceram
em 13%, e no que se refere as de doutorado 70, 33%.
Ao afunilar o foco para as produções científicas centradas no - professor iniciante e a sua
inserção na escola - esse quadro muda significativamente, pois apenas 0,93% das
dissertações e 0,47% das teses produzidas nesses últimos cinco anos abordam a
temática em estudo. Dessa forma, emerge a nossa preocupação com estudos e
pesquisas focados na inserção do professor iniciante na escola, pois segundo Marcelo
(1999, p. 113), “os primeiros anos de ensino são especialmente importantes porque os
professores devem fazer a transição de estudantes para professores e, por isso, surgem
dúvidas, tensões […]”. Além disso, o autor afirma que as condições encontradas pelos
professores no local de trabalho, o apoio que recebem e as relações mais ou menos
favoráveis que irão vivenciar, influenciam a fase de iniciação na profissão docente,
podendo torná - la mais fácil ou mais difícil. Depreende-se , que é nesse processo inicial
que as marcas, as lembranças vão formando as bases para o exercício da prática da
docência, sendo então, interessante, ter alguém para subsidiar, orientar, acompanhar os
desafios, necessidades e complexidades que se apresentam no início da profissão.
Diante desse contexto, há algumas questões que mobilizam a pesquisa, as quais são:
como ocorre o processo de inserção do professor iniciante na escola? Que dilemas e
desafios permeiam os primeiros anos da carreira docente do iniciante? Que papel está
exercendo o professor experiente para a inserção desses egressos no ambiente escolar?
Como esse processo de acompanhamento é visto pelos sujeitos da pesquisa?
Com o intuito de respondermos a essas indagações, nos propusemos a realizar a
pesquisa com abordagem qualitativa, sobre a qual as autoras Gatti e André (2010, p. 30)
afirmam este tipo de abordagem “se consolidou para responder ao desafio da
compreensão dos aspectos formadores/formantes do humano, de suas relações e
construções culturais, em suas dimensões grupais, comunitárias ou pessoais”.
Com relação às considerações sobre os memoriais de formação nos subsidiamos
teoricamente em Bueno (2002), Rocha e André (2009), Nóvoa (2010), Souza (2006), e
Passeggi (2008).
Para realizarmos as reflexões e análises referentes aos professores iniciantes e sua
inserção na escola, nos embasamos teoricamente nas considerações de Cavaco (1993),
Franco (2000), Bueno (2002), Tardif (2002), Pienta (2006), Josso (2004), Carlos Marcelo
(1999,2009), Vaillant (2009), Romanowski (2012), entre outros.
Dessa forma, procuramos identificar junto aos professores iniciantes, por meio de suas
narrativas e relatos, como estão percebendo suas primeiras experiências docentes e
esse processo de inserção na escola tendo como auxilio um professor experiente. Esses
são os fios que tecerão o presente trabalho.
Um dos maiores desafios para a formação de professores: a iniciação à docência, os
professores iniciantes...
Refletir sobre o início da carreira docente exige estudos do campo da formação de
professores. Não poderíamos deixar de destacar a importância de pesquisar, estudar e
refletir sobre esse período de inserção do professor no trabalho docente, pois é a partir
desse momento, que começamos a desenvolver nosso trabalho como profissionais da
educação, pois segundo Pienta (2006), “a iniciação docente é uma fase crítica em
relação às experiências anteriores e aos reajustes a serem feitos em função da realidade
do trabalho e do confronto inicial com a dura e complexa realidade do exercício da
profissão”. Isso quer dizer que mesmo tendo o período de estágio durante a sua
formação inicial, ao se colocar como professor titular ou regente de uma turma, o
contexto muda totalmente, o início da docência geralmente é marcado por um choque
com a realidade vivenciada pelo professor iniciante.
Para Cavaco (1993, p. 114), “os primeiros anos parecem efetivamente deixar marcas
profundas na maneira como se pratica a profissão”. É interessante porque nesse período
o professor, muitas vezes, acaba fazendo uma escolha: permanecer ou não na profissão
docente. Ao dialogar com algum ex- professor, sobre sua desistência da docência,
sempre vem à tona os primeiros traumas na fase inicial da carreira e o desprestígio da
profissão, assim como a falta de apoio para as dificuldades enfrentadas.
Nessa perspectiva, compartilhamos com Tardif (2002, p.84) quando afirma que esse “é
um período muito importante da história profissional do professor, determinando inclusive
seu futuro e sua relação com o trabalho”. Por isso, se esses professores iniciantes forem
bem acolhidos pela equipe gestora e obtiver como subsídio o acompanhamento
pedagógico de um profissional mais experiente, a inserção na carreira docente poderá
ser facilitada e o desejo de ser um bom professor alimentado por mais expectativas
positivas.
A escola e os protagonistas da prática docente: professores iniciantes e professores
experientes
Inicialmente precisamos considerar que os estudos nos mostram que também a prática
vai se constituindo como lugar onde se aprendem e se constroem os saberes da
profissão (MIZUKAMI, 2000; MIZUKAMI et al.,2002; NÓVOA, 1992). E é exatamente na
escola, ao assumir a função de professor que a prática ocupa esse lugar de construção
de saberes da profissão docente. A presente pesquisa traz para a tela uma escola
Pública municipal, situada no em Rondonópolis/ MT, que funciona desde 1997. Até o ano
de 2012 integrou o organograma da Secretaria Municipal de Educação na qualidade de
Coordenadoria Administrativa, quando as atividades de gestão/direção da escola,
desenvolvem-se por profissionais de diversas formações, sendo todos eles enquadrados
como cargo de confiança, indicados pelo poder político. Esse processo de indicação cede
lugar à gestão democrática em 2000,quando a comunidade escolar passa a decidir pelo
voto, quem ocupa o cargo de direção da escola. Essa instituição de ensino oferta o II
Ciclo da Educação Infantil (crianças de 04 a 05 anos) e o I Ciclo do Ensino fundamental (
atende a crianças de 06 a 08 anos), nos turnos matutino e vespertino. Como o espaço
físico é insuficiente para atender a demanda, a escola possui duas salas anexas cedidas
pela Comunidade Eclesial de Base (CEB). Assim, a escola atende a um total de 667
alunos, possui um quadro de funcionários composto por 35 professores e 43 funcionários.
A formação continuada dos professores ocorre semanalmente, às segundas – feiras das
17h00min às 19h00min. Esses momentos formativos são denominados de horas de
trabalho pedagógico coletivo (HTPC), conduzidos pelos coordenadores pedagógicos.
De acordo Romanowski (2012, p.1), “a formação assume maior relevância” para os
professores principiantes, pois é “neste período que ocorre uma intensificação do
aprendizado profissional e pessoal, a transição de estudante para professor, a condição
de trabalho leigo para profissional [...]”. Assim o professor iniciante assume o papel
principal e não de coadjuvante no processo de ensino aprendizagem e esse é o maior
desafio.
Nesse palco, atuam os três principais atores de nossa pesquisa, que são duas
professoras egressas do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso,
Campus de Rondonópolis para as quais utilizaremos os nomes fictícios Sol e Lua e
Estrela, para a docente da educação básica com experiência, a qual possui Mestrado em
Educação na referida Instituição Superior.
As professoras iniciantes concluíram a graduação em 2012 e ingressaram por meio de
concurso na rede municipal no ano de 2013. Portanto, esse é o primeiro ano na carreira
docente dessas egressas nessa escola, sendo os dados aqui apresentados, extraídos da
fase do primeiro mês de trabalho docente.
Conforme Vaillant (2009), os três primeiros anos de trabalho docente constitui uma etapa
de forte compromisso na qual o professor iniciante precisa muito do apoio de diretores e
supervisores, ou seja, os docentes que já são experientes atuantes em uma escola
precisam ajudar os egressos nesse período. Isso justifica o fato de termos o
acompanhamento do professor experiente na inserção desses novos profissionais. Mas
quem é esse outro protagonista?
Em nosso contexto de pesquisa Estrela é uma professora que atua na Rede Pública
Municipal de Ensino há 20 anos e durante doze anos, exerce a função de coordenadora
pedagógica. De acordo com o seu relato, compreende esta tarefa como uma
responsabilidade imensurável, cujo papel primordial é o acolhimento, o assessoramento e
as orientações norteadoras que irão complementar cotidianamente a formação e a
constituição da identidade profissional docente.
Conforme já anunciamos, os dados são coletados em memoriais de formação redigidos
no primeiro semestre da docência e contemplam eixos de escrita, quais sejam: Trajetória
de Vida Pessoal e Familiar- expectativas de inserção na docência; Atividade docente na
escola- primeiras imagens, primeiras experiências; Aprendizagens da docência e
Identidade Profissional. Já para o professor experiente, os eixos foram: minha
experiência profissional e as possibilidades de orientação ao professor iniciante; como
interagir no cenário da docência junto ao iniciante; o processo de ensinar para aprender e
aprender para ensinar (eu na frente do espelho);o papel do professor experiente no
processo de inserção/inclusão do professor iniciante na escola. Assim, tomando como
sugestão tais eixos construídos em conjunto com os sujeitos, passamos as leituras e
análises dos dados.
As escritas de si: o desvelar das primeiras experiências dos professores iniciantes
presentes em seus memoriais
Antes de iniciarmos as análises dos memoriais dos professores iniciantes, diremos o que
despertou nossa atenção para escolhermos o método (auto) biográfico, em especial as
narrativas escritas no gênero memorial de formação, porque essas narrativas de si
constituem - se como elementos reveladores dos processos da vida, dos percursos
formativos e do desenvolvimento profissional.
Essa característica estabelece um elo entre o ato de escrever e a sua realização
enquanto função social, pois pode instigar a perspectiva de “transformar a vida
socioculturalmente programada numa obra inédita a construir” (JOSSO, 2004, p. 58).
Entendido por Passeggi (2008) como um gênero acadêmico autobiográfico, o memorial
autobiográfico se constitui na arte de tecer publicamente a figura de si, descrevendo
aspectos da vida familiar, escolar e profissional. E, conforme propõem Nóvoa e Finger
(2010), as narrativas autobiográficas são vias passíveis de produzir conhecimentos que
favorecem o aprofundamento teórico sobre a formação do humano e, enquanto prática de
formação conduz o diálogo de modo mais proveitoso consigo mesmo, com o outro e com
a vida.
Dessa forma, buscamos nas narrativas desses sujeitos elementos que desvelassem a
sua inserção na escola durante o primeiro ano de docência: dificuldades, desafios,
sentimentos, dentre outros.
A resolução de vários problemas é constituinte dos dilemas que marcam
significativamente a atuação do professor iniciante. Vejamos a narrativa da professora
Sol, regente de uma turma de 04 anos (primeiro agrupamento do 2º Ciclo da educação
infantil).
Os desafios foram muitos, começando pela falta de experiência. Como é o meu primeiro ano na
docência e fui trabalhar em uma sala anexa que fica distante da escola. A ansiedade e o medo
eram ainda maiores. Mesmo contando com o apoio da gestão escolar e do professor experiente,
minhas primeiras experiências como docente não tem sido fáceis. (Memorial 1- Sol/2013).
O trecho acima nos revela a angústia do professor iniciante que vive o momento de
transição, “como se da noite para o dia deixasse subitamente de ser estudante e sobre os
seus ombros caísse uma responsabilidade profissional, cada vez mais acrescida, para
qual percebe não estar preparado.” (SILVA, 1997, p.53).
Segundo Huberman (1992) a iniciação na docência é um período de aprendizagens
intensas, que pode traumatizar, mas também despertar no professor a necessidade de
sobreviver aos desafios da profissão.
A outra professora iniciante, que trabalha também com a mesma faixa etária, escreveu:
O maior desafio foi lidar com os alunos em sala, pois muitos deles era a primeira vez que estava
indo a escola, apresentando dificuldade para se adaptar ao ambiente escolar. Outros são arredios
e agressivos. O material didático pedagógico é insuficiente para a quantidade de alunos. Falta
tempo para dialogar melhor com a equipe gestora sobre as angustias do dia a dia da escola.
(Memorial 1, Lua/2013).
Nessa descrição, evidenciamos alguns pontos destacados por Franco (2000, p.34) como
“problemas em conduzir o processo de ensino e da aprendizagem, considerando as
etapas de desenvolvimento de seus alunos e o conteúdo a ser desenvolvido e problemas
com a disciplina dos alunos e com a organização da sala de aula”. Verificamos que o
manejo de sala, é um dos elementos constituintes dos dilemas e desafios enfrentados
pelos professores em início de carreira.
De acordo com as professoras iniciantes, o apoio da professora experiente que está
subsidiando- as pedagogicamente no nesse início da profissão docente, tem sido muito
importante. É o que nos comprova o seguinte trecho:
Alguns problemas são solucionados com a ajuda do auxilio do professor experiente, que dá dicas
como preparar uma aula, como lidar com os alunos mais arredios em sala. (Lua/2013). Tive muita
dificuldade com relação a planejamento de aula, relatórios, diários. Contudo tenho que agradecer
ao apoio que tenho recebido principalmente no acompanhamento que estou tendo da professora
experiente, que me ajuda muito, ainda mais sendo minha coordenadora pedagógica, porque ela
conhece e acompanha a turma em que trabalho. (Memorial 1, Lua/2013).
Podemos perceber que as relações interpessoais influenciam a formação desses
professores iniciantes, pois conforme Nóvoa (1992, p. 26) “[...] a troca de experiências e a
partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é
chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de formando”. Desse
modo, esses sujeitos vão se constituindo em meio aos dilemas, complexidades e
desafios da prática, trilhando os (des)caminhos para constituição de sua identidade
docente nesse início de carreira.
Esses relatos são validados ao analisarmos a narrativa da professora experiente que
acompanha e assessora essas professoras:
Tenho trabalhado na perspectiva de assessorar e subsidiar estes profissionais de modo que
sintam se muito a vontade para buscarem as orientações necessárias, nas inúmeras vezes em
que encontram em crises da docência e que se depara com as dúvidas, os temores, as incertezas
e dificuldades, comuns e inerentes ao processo de inserção de todos os profissionais iniciantes.
Considero de grande relevância este assessoramento quando também podemos orientá-los com
relação à elaboração e execução dos planejamentos e manejo de sala. Tarefas que considero
muito complexas para os profissionais iniciantes, conforme tenho observado e acompanhado.
(Memorial 1, Estrela/2013)
Ao pesquisarmos o processo de inserção dessas professoras iniciantes na escola
obtivemos as seguintes narrativas:
Fui bem acolhida pelos colegas que ali se encontravam e pela equipe gestora. Me sinto integrada
nos momentos de formação. Agradeço principalmente pelo acompanhamento que estou tendo nas
idas e vindas da professora experiente que trabalha na escola há muito tempo, ela me ajuda e
acompanha a turma em que trabalho. Participo da formação continuada na escola (Memorial
1,Sol/ 2013).
Me considero parte da escola, incluída. Faço parte de todas as atividades e projetos da escola.
não há distinção entre veteranos e iniciantes. Além disso, temos os momentos de formação que
ajuda bastante. (Memorial 1,Lua/ 2013).
Compreendemos que nas interações entre professores iniciantes, professores
experientes e equipe gestora reforça a ideia de que ensinar e aprender é um processo
dialógico que envolve reflexão permanente, capaz de criar ambientes de aprendizagem
que promova o avanço na construção dos saberes docente. De acordo com Silva e
Almeida (2006, p.17) “ao fazer da reflexão fundamentada da prática pedagógica
individual e coletiva o cerne do processo formativo na escola”. Por isso, a interação entre
os pares propicia o entrelaçamento das redes de aprendizagem dos docentes.
Nesse contexto, corroboramos com Marcelo (1999, p. 21) que consolida a formação
"como um conjunto de condutas, de interações entre formadores e formandos que pode
ter múltiplas finalidades explícitas ou não, e em relação às quais existe uma
intencionalidade de mudança". Por isso acreditamos no trabalho coletivo entre equipe
gestora, professores experientes e professores iniciantes com essa perspectiva de
formação: partilha de saberes, do trabalho com as múltiplas aprendizagens e tomadas de
decisões nos contextos de atuação profissional docente.
Ainda sem concluir ...
Esta pesquisa consiste em uma investigação em andamento e abordou nesta etapa/fase,
o processo de inserção de duas egressas no Curso de Pedagogia da UFMT/CUR, no
início da carreira de professor, que aprovadas em concurso público encontram-se
vivenciando um período de transição e passagem de estudantes à professoras. Enfatizou
as experiências narradas em seus memoriais com o intuito desvelar, analisar e discutir a
trajetória desses sujeitos nas vivências que caracterizam a fase inicial de inserção à
docência. O Trabalho empreendido coaduna com os pressupostos apresentados por
Ciampa (2001) quando afirma que enquanto narram, esses atores se constituem em
autores, concluindo o feito e o dito.
Trabalhos recentes, como a dissertação de Rampazo (2013), trouxeram dados muito
relevantes sobre as licenciandas do Curso de Pedagogia da UFMT/CUR e os processos
formativos docentes narrados pelos licenciandos em seus memoriais de formação.
Assim, os mesmos sujeitos, em pesquisa longitudinal agora na fase da docência, dão
continuidade às investigações. Segundo Huberman (1992), as experiências iniciais da
docência são caracterizadas pela descoberta, pela percepção da complexidade da
profissão e o choque entre o ideal e o real. Buscamos além das narrativas das egressas
e iniciantes na carreira docente, a narrativa de uma professora experiente, que descreveu
como foi esse processo de inserção na escola em que atua, evidenciando suas
contribuições e percepções.
Os iniciantes então, ao narrarem sobre os desafios com os quais se deparam em suas
primeiras experiências na docência, revelam suas dificuldades e os enfrentamentos
advindos da inexperiência com a prática de sala de aula. Nesta fase, sobressaíram-se as
dificuldades com o manejo de sala, as dúvidas relacionadas ao planejamento, à
elaboração dos diagnósticos de aprendizagem e relatórios descritivos de desempenho
dos alunos, seguidos das dificuldades pela insuficiência de materiais pedagógicos e
ainda por aquilo que um de nossos sujeitos identificou como uma das suas maiores
dificuldades, o fato de atuar em uma sala anexa situada distante da escola, recebendo de
forma esporádica, o apoio da equipe pedagógica escolar.
Outro dado evidenciado pela pesquisa foi o apoio recebido do docente da educação
básica experiente com relação à inserção desses profissionais nos momentos de
formação continuada e nos projetos da escola. Esse profissional foi caracterizado na
pesquisa como aquele que acompanha, assessora e subsidia o professor iniciante
quando eles se sentem atônitos e desanimados nos momentos de crise da docência.
Além disso, também aprende enquanto questiona, propõe e orienta para que o iniciante
vá se constituindo como docente, em um sentimento de pertença. Muitas vezes, o
experiente se via diante do espelho ao deparar-se com os dilemas do iniciante.
Os achados da pesquisa evidenciaram o acolhimento das professoras egressas e sua
inserção no espaço de efetivação da prática docente, que de acordo com Nóvoa (2000),
é favorável a essas aprendizagens, pelas experiências tanto individuais quanto
partilhadas que propicia.
As narrativas das professoras iniciantes revelaram a importância desse acolhimento por
parte da escola e do apoio recebido pelos pares, principalmente daquele profissional
mais experiente. Nesse cenário no qual novas experiências, novas responsabilidades e
novos papéis vão sendo colocados em prática.
Nessa perspectiva, sem desconsiderar a importância da teoria e da formação inicial,
Tardif (2008, p.244) afirma que “[...] seremos reconhecidos socialmente como sujeitos do
conhecimento e verdadeiros atores do processo quando começarmos a reconhecer-nos
uns com os outros como pessoas e pares iguais que podem aprender uns como os
outros”. Ainda referendadas em Tardif (2008, p.261), concluímos nossa pesquisa
afirmando que “a aprendizagem profissional docente, especificamente a inicial, ocorre
também pelo tateamento no próprio trabalho, “às apalpadelas, por tentativa e erro”.
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TARDIF, Maurice. (2008). Saberes docentes e formação profissional. 9. ed. Petrópolis –
RJ: Vozes.

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PROFESSORES INICIANTES E AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DE DOCÊNCIA: O PAPEL DA ESCOLA NO PROCESSO DE INSERÇÃO/INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

  • 1. Problemas sobre professores principiantes em seus processos de inserção profissional INFORME DE INVESTIGAÇÃO PROFESSORES INICIANTES E AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DE DOCÊNCIA: O PAPEL DA ESCOLA NO PROCESSO DE INSERÇÃO/INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR SOUSA, Rozilene de Morais rozedemorais@gmail.com Universidade Federal de Mato Grosso RAMPAZO, Vilma de Souza vilmarampazo@hotmail.com Profa. Educação Básica /OBEDUC ROCHA, Simone Albuquerque da sa.rocha@terra.com.br Universidade Federal de Mato Grosso Palavras-chave: Formação de Professores. Professor iniciante. Inserção do professor iniciante na escola. Introdução A formação continuada de professores tem sido uma temática bastante recorrente nas pesquisas educacionais, pois a sociedade contemporânea exige um professor que consiga efetivar um processo de ensino e aprendizagem que atenda a nova demanda do século XXI. As mudanças ocorridas devido a fatores econômicos, políticos, culturais e sociais tem afetado diretamente o cenário educacional o que tem demandado nos últimos cinco anos (2008-2012) estudos e pesquisas que versam sobre essa temática. É exatamente nesse contexto permeado de mudanças, desafios e dilemas que o professor em início de carreira, ou seja, o professor iniciante precisa ser inserido. O presente texto aborda sobre o professor iniciante e sua inclusão/inserção na escola nas primeiras experiências de docência, trazendo o relato de suas expectativas quanto à profissão e seus impactos nos primeiros dias de docência. Os sujeitos são professores que nunca tiveram qualquer experiência de docência, daí ser importante observar, tomar conhecimento e trazer para o estudo, que ideias, anseios e expectativas, perpassam os iniciantes na fase que precede e
  • 2. nos primeiros dias de sua inserção na escola e na sala de aula, seu novo espaço de trabalho. Um dado que merece destaque na pesquisa é que ela contempla também dados do professor experiente, ou seja, aquele responsável na escola, pelo acompanhamento nesse processo inicial do egresso da Pedagogia. Assim, o trabalho do professor experiente, no assessoramento e orientação aos desafios do professor iniciante também estão contemplados nesta pesquisa vinculada ao Projeto Observatório da Educação que tem como título: “Egressos da Licenciatura em Pedagogia e os Desafios da Prática em Narrativas: a Universidade e a Escola em um processo interdisciplinar de inserção do professor iniciante na carreira docente”. Em uma abordagem qualitativa e apoiada no método (auto)biográfico, a coleta de dados está sendo desenvolvida com a adoção de memoriais de formação. Associamos alguns relatos e entrevistas de duas professoras iniciantes, egressas do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis e uma docente da educação básica com experiência na profissão que as acompanha na rede municipal de ensino. De acordo com o artigo de Sousa e Rocha (2013) sobre pesquisa no banco de dados da Capes em produções científicas que focam o tema - professor iniciante - nos últimos cinco anos no Brasil, evidenciou-se que as produções em nível de mestrado cresceram em 13%, e no que se refere as de doutorado 70, 33%. Ao afunilar o foco para as produções científicas centradas no - professor iniciante e a sua inserção na escola - esse quadro muda significativamente, pois apenas 0,93% das dissertações e 0,47% das teses produzidas nesses últimos cinco anos abordam a temática em estudo. Dessa forma, emerge a nossa preocupação com estudos e pesquisas focados na inserção do professor iniciante na escola, pois segundo Marcelo (1999, p. 113), “os primeiros anos de ensino são especialmente importantes porque os professores devem fazer a transição de estudantes para professores e, por isso, surgem dúvidas, tensões […]”. Além disso, o autor afirma que as condições encontradas pelos professores no local de trabalho, o apoio que recebem e as relações mais ou menos favoráveis que irão vivenciar, influenciam a fase de iniciação na profissão docente, podendo torná - la mais fácil ou mais difícil. Depreende-se , que é nesse processo inicial que as marcas, as lembranças vão formando as bases para o exercício da prática da docência, sendo então, interessante, ter alguém para subsidiar, orientar, acompanhar os desafios, necessidades e complexidades que se apresentam no início da profissão. Diante desse contexto, há algumas questões que mobilizam a pesquisa, as quais são: como ocorre o processo de inserção do professor iniciante na escola? Que dilemas e desafios permeiam os primeiros anos da carreira docente do iniciante? Que papel está exercendo o professor experiente para a inserção desses egressos no ambiente escolar? Como esse processo de acompanhamento é visto pelos sujeitos da pesquisa? Com o intuito de respondermos a essas indagações, nos propusemos a realizar a pesquisa com abordagem qualitativa, sobre a qual as autoras Gatti e André (2010, p. 30) afirmam este tipo de abordagem “se consolidou para responder ao desafio da compreensão dos aspectos formadores/formantes do humano, de suas relações e construções culturais, em suas dimensões grupais, comunitárias ou pessoais”. Com relação às considerações sobre os memoriais de formação nos subsidiamos teoricamente em Bueno (2002), Rocha e André (2009), Nóvoa (2010), Souza (2006), e Passeggi (2008).
  • 3. Para realizarmos as reflexões e análises referentes aos professores iniciantes e sua inserção na escola, nos embasamos teoricamente nas considerações de Cavaco (1993), Franco (2000), Bueno (2002), Tardif (2002), Pienta (2006), Josso (2004), Carlos Marcelo (1999,2009), Vaillant (2009), Romanowski (2012), entre outros. Dessa forma, procuramos identificar junto aos professores iniciantes, por meio de suas narrativas e relatos, como estão percebendo suas primeiras experiências docentes e esse processo de inserção na escola tendo como auxilio um professor experiente. Esses são os fios que tecerão o presente trabalho. Um dos maiores desafios para a formação de professores: a iniciação à docência, os professores iniciantes... Refletir sobre o início da carreira docente exige estudos do campo da formação de professores. Não poderíamos deixar de destacar a importância de pesquisar, estudar e refletir sobre esse período de inserção do professor no trabalho docente, pois é a partir desse momento, que começamos a desenvolver nosso trabalho como profissionais da educação, pois segundo Pienta (2006), “a iniciação docente é uma fase crítica em relação às experiências anteriores e aos reajustes a serem feitos em função da realidade do trabalho e do confronto inicial com a dura e complexa realidade do exercício da profissão”. Isso quer dizer que mesmo tendo o período de estágio durante a sua formação inicial, ao se colocar como professor titular ou regente de uma turma, o contexto muda totalmente, o início da docência geralmente é marcado por um choque com a realidade vivenciada pelo professor iniciante. Para Cavaco (1993, p. 114), “os primeiros anos parecem efetivamente deixar marcas profundas na maneira como se pratica a profissão”. É interessante porque nesse período o professor, muitas vezes, acaba fazendo uma escolha: permanecer ou não na profissão docente. Ao dialogar com algum ex- professor, sobre sua desistência da docência, sempre vem à tona os primeiros traumas na fase inicial da carreira e o desprestígio da profissão, assim como a falta de apoio para as dificuldades enfrentadas. Nessa perspectiva, compartilhamos com Tardif (2002, p.84) quando afirma que esse “é um período muito importante da história profissional do professor, determinando inclusive seu futuro e sua relação com o trabalho”. Por isso, se esses professores iniciantes forem bem acolhidos pela equipe gestora e obtiver como subsídio o acompanhamento pedagógico de um profissional mais experiente, a inserção na carreira docente poderá ser facilitada e o desejo de ser um bom professor alimentado por mais expectativas positivas. A escola e os protagonistas da prática docente: professores iniciantes e professores experientes Inicialmente precisamos considerar que os estudos nos mostram que também a prática vai se constituindo como lugar onde se aprendem e se constroem os saberes da profissão (MIZUKAMI, 2000; MIZUKAMI et al.,2002; NÓVOA, 1992). E é exatamente na escola, ao assumir a função de professor que a prática ocupa esse lugar de construção de saberes da profissão docente. A presente pesquisa traz para a tela uma escola Pública municipal, situada no em Rondonópolis/ MT, que funciona desde 1997. Até o ano
  • 4. de 2012 integrou o organograma da Secretaria Municipal de Educação na qualidade de Coordenadoria Administrativa, quando as atividades de gestão/direção da escola, desenvolvem-se por profissionais de diversas formações, sendo todos eles enquadrados como cargo de confiança, indicados pelo poder político. Esse processo de indicação cede lugar à gestão democrática em 2000,quando a comunidade escolar passa a decidir pelo voto, quem ocupa o cargo de direção da escola. Essa instituição de ensino oferta o II Ciclo da Educação Infantil (crianças de 04 a 05 anos) e o I Ciclo do Ensino fundamental ( atende a crianças de 06 a 08 anos), nos turnos matutino e vespertino. Como o espaço físico é insuficiente para atender a demanda, a escola possui duas salas anexas cedidas pela Comunidade Eclesial de Base (CEB). Assim, a escola atende a um total de 667 alunos, possui um quadro de funcionários composto por 35 professores e 43 funcionários. A formação continuada dos professores ocorre semanalmente, às segundas – feiras das 17h00min às 19h00min. Esses momentos formativos são denominados de horas de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), conduzidos pelos coordenadores pedagógicos. De acordo Romanowski (2012, p.1), “a formação assume maior relevância” para os professores principiantes, pois é “neste período que ocorre uma intensificação do aprendizado profissional e pessoal, a transição de estudante para professor, a condição de trabalho leigo para profissional [...]”. Assim o professor iniciante assume o papel principal e não de coadjuvante no processo de ensino aprendizagem e esse é o maior desafio. Nesse palco, atuam os três principais atores de nossa pesquisa, que são duas professoras egressas do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis para as quais utilizaremos os nomes fictícios Sol e Lua e Estrela, para a docente da educação básica com experiência, a qual possui Mestrado em Educação na referida Instituição Superior. As professoras iniciantes concluíram a graduação em 2012 e ingressaram por meio de concurso na rede municipal no ano de 2013. Portanto, esse é o primeiro ano na carreira docente dessas egressas nessa escola, sendo os dados aqui apresentados, extraídos da fase do primeiro mês de trabalho docente. Conforme Vaillant (2009), os três primeiros anos de trabalho docente constitui uma etapa de forte compromisso na qual o professor iniciante precisa muito do apoio de diretores e supervisores, ou seja, os docentes que já são experientes atuantes em uma escola precisam ajudar os egressos nesse período. Isso justifica o fato de termos o acompanhamento do professor experiente na inserção desses novos profissionais. Mas quem é esse outro protagonista? Em nosso contexto de pesquisa Estrela é uma professora que atua na Rede Pública Municipal de Ensino há 20 anos e durante doze anos, exerce a função de coordenadora pedagógica. De acordo com o seu relato, compreende esta tarefa como uma responsabilidade imensurável, cujo papel primordial é o acolhimento, o assessoramento e as orientações norteadoras que irão complementar cotidianamente a formação e a constituição da identidade profissional docente. Conforme já anunciamos, os dados são coletados em memoriais de formação redigidos no primeiro semestre da docência e contemplam eixos de escrita, quais sejam: Trajetória de Vida Pessoal e Familiar- expectativas de inserção na docência; Atividade docente na escola- primeiras imagens, primeiras experiências; Aprendizagens da docência e Identidade Profissional. Já para o professor experiente, os eixos foram: minha
  • 5. experiência profissional e as possibilidades de orientação ao professor iniciante; como interagir no cenário da docência junto ao iniciante; o processo de ensinar para aprender e aprender para ensinar (eu na frente do espelho);o papel do professor experiente no processo de inserção/inclusão do professor iniciante na escola. Assim, tomando como sugestão tais eixos construídos em conjunto com os sujeitos, passamos as leituras e análises dos dados. As escritas de si: o desvelar das primeiras experiências dos professores iniciantes presentes em seus memoriais Antes de iniciarmos as análises dos memoriais dos professores iniciantes, diremos o que despertou nossa atenção para escolhermos o método (auto) biográfico, em especial as narrativas escritas no gênero memorial de formação, porque essas narrativas de si constituem - se como elementos reveladores dos processos da vida, dos percursos formativos e do desenvolvimento profissional. Essa característica estabelece um elo entre o ato de escrever e a sua realização enquanto função social, pois pode instigar a perspectiva de “transformar a vida socioculturalmente programada numa obra inédita a construir” (JOSSO, 2004, p. 58). Entendido por Passeggi (2008) como um gênero acadêmico autobiográfico, o memorial autobiográfico se constitui na arte de tecer publicamente a figura de si, descrevendo aspectos da vida familiar, escolar e profissional. E, conforme propõem Nóvoa e Finger (2010), as narrativas autobiográficas são vias passíveis de produzir conhecimentos que favorecem o aprofundamento teórico sobre a formação do humano e, enquanto prática de formação conduz o diálogo de modo mais proveitoso consigo mesmo, com o outro e com a vida. Dessa forma, buscamos nas narrativas desses sujeitos elementos que desvelassem a sua inserção na escola durante o primeiro ano de docência: dificuldades, desafios, sentimentos, dentre outros. A resolução de vários problemas é constituinte dos dilemas que marcam significativamente a atuação do professor iniciante. Vejamos a narrativa da professora Sol, regente de uma turma de 04 anos (primeiro agrupamento do 2º Ciclo da educação infantil). Os desafios foram muitos, começando pela falta de experiência. Como é o meu primeiro ano na docência e fui trabalhar em uma sala anexa que fica distante da escola. A ansiedade e o medo eram ainda maiores. Mesmo contando com o apoio da gestão escolar e do professor experiente, minhas primeiras experiências como docente não tem sido fáceis. (Memorial 1- Sol/2013). O trecho acima nos revela a angústia do professor iniciante que vive o momento de transição, “como se da noite para o dia deixasse subitamente de ser estudante e sobre os seus ombros caísse uma responsabilidade profissional, cada vez mais acrescida, para qual percebe não estar preparado.” (SILVA, 1997, p.53). Segundo Huberman (1992) a iniciação na docência é um período de aprendizagens intensas, que pode traumatizar, mas também despertar no professor a necessidade de sobreviver aos desafios da profissão. A outra professora iniciante, que trabalha também com a mesma faixa etária, escreveu:
  • 6. O maior desafio foi lidar com os alunos em sala, pois muitos deles era a primeira vez que estava indo a escola, apresentando dificuldade para se adaptar ao ambiente escolar. Outros são arredios e agressivos. O material didático pedagógico é insuficiente para a quantidade de alunos. Falta tempo para dialogar melhor com a equipe gestora sobre as angustias do dia a dia da escola. (Memorial 1, Lua/2013). Nessa descrição, evidenciamos alguns pontos destacados por Franco (2000, p.34) como “problemas em conduzir o processo de ensino e da aprendizagem, considerando as etapas de desenvolvimento de seus alunos e o conteúdo a ser desenvolvido e problemas com a disciplina dos alunos e com a organização da sala de aula”. Verificamos que o manejo de sala, é um dos elementos constituintes dos dilemas e desafios enfrentados pelos professores em início de carreira. De acordo com as professoras iniciantes, o apoio da professora experiente que está subsidiando- as pedagogicamente no nesse início da profissão docente, tem sido muito importante. É o que nos comprova o seguinte trecho: Alguns problemas são solucionados com a ajuda do auxilio do professor experiente, que dá dicas como preparar uma aula, como lidar com os alunos mais arredios em sala. (Lua/2013). Tive muita dificuldade com relação a planejamento de aula, relatórios, diários. Contudo tenho que agradecer ao apoio que tenho recebido principalmente no acompanhamento que estou tendo da professora experiente, que me ajuda muito, ainda mais sendo minha coordenadora pedagógica, porque ela conhece e acompanha a turma em que trabalho. (Memorial 1, Lua/2013). Podemos perceber que as relações interpessoais influenciam a formação desses professores iniciantes, pois conforme Nóvoa (1992, p. 26) “[...] a troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de formando”. Desse modo, esses sujeitos vão se constituindo em meio aos dilemas, complexidades e desafios da prática, trilhando os (des)caminhos para constituição de sua identidade docente nesse início de carreira. Esses relatos são validados ao analisarmos a narrativa da professora experiente que acompanha e assessora essas professoras: Tenho trabalhado na perspectiva de assessorar e subsidiar estes profissionais de modo que sintam se muito a vontade para buscarem as orientações necessárias, nas inúmeras vezes em que encontram em crises da docência e que se depara com as dúvidas, os temores, as incertezas e dificuldades, comuns e inerentes ao processo de inserção de todos os profissionais iniciantes. Considero de grande relevância este assessoramento quando também podemos orientá-los com relação à elaboração e execução dos planejamentos e manejo de sala. Tarefas que considero muito complexas para os profissionais iniciantes, conforme tenho observado e acompanhado. (Memorial 1, Estrela/2013) Ao pesquisarmos o processo de inserção dessas professoras iniciantes na escola obtivemos as seguintes narrativas: Fui bem acolhida pelos colegas que ali se encontravam e pela equipe gestora. Me sinto integrada nos momentos de formação. Agradeço principalmente pelo acompanhamento que estou tendo nas idas e vindas da professora experiente que trabalha na escola há muito tempo, ela me ajuda e acompanha a turma em que trabalho. Participo da formação continuada na escola (Memorial 1,Sol/ 2013).
  • 7. Me considero parte da escola, incluída. Faço parte de todas as atividades e projetos da escola. não há distinção entre veteranos e iniciantes. Além disso, temos os momentos de formação que ajuda bastante. (Memorial 1,Lua/ 2013). Compreendemos que nas interações entre professores iniciantes, professores experientes e equipe gestora reforça a ideia de que ensinar e aprender é um processo dialógico que envolve reflexão permanente, capaz de criar ambientes de aprendizagem que promova o avanço na construção dos saberes docente. De acordo com Silva e Almeida (2006, p.17) “ao fazer da reflexão fundamentada da prática pedagógica individual e coletiva o cerne do processo formativo na escola”. Por isso, a interação entre os pares propicia o entrelaçamento das redes de aprendizagem dos docentes. Nesse contexto, corroboramos com Marcelo (1999, p. 21) que consolida a formação "como um conjunto de condutas, de interações entre formadores e formandos que pode ter múltiplas finalidades explícitas ou não, e em relação às quais existe uma intencionalidade de mudança". Por isso acreditamos no trabalho coletivo entre equipe gestora, professores experientes e professores iniciantes com essa perspectiva de formação: partilha de saberes, do trabalho com as múltiplas aprendizagens e tomadas de decisões nos contextos de atuação profissional docente. Ainda sem concluir ... Esta pesquisa consiste em uma investigação em andamento e abordou nesta etapa/fase, o processo de inserção de duas egressas no Curso de Pedagogia da UFMT/CUR, no início da carreira de professor, que aprovadas em concurso público encontram-se vivenciando um período de transição e passagem de estudantes à professoras. Enfatizou as experiências narradas em seus memoriais com o intuito desvelar, analisar e discutir a trajetória desses sujeitos nas vivências que caracterizam a fase inicial de inserção à docência. O Trabalho empreendido coaduna com os pressupostos apresentados por Ciampa (2001) quando afirma que enquanto narram, esses atores se constituem em autores, concluindo o feito e o dito. Trabalhos recentes, como a dissertação de Rampazo (2013), trouxeram dados muito relevantes sobre as licenciandas do Curso de Pedagogia da UFMT/CUR e os processos formativos docentes narrados pelos licenciandos em seus memoriais de formação. Assim, os mesmos sujeitos, em pesquisa longitudinal agora na fase da docência, dão continuidade às investigações. Segundo Huberman (1992), as experiências iniciais da docência são caracterizadas pela descoberta, pela percepção da complexidade da profissão e o choque entre o ideal e o real. Buscamos além das narrativas das egressas e iniciantes na carreira docente, a narrativa de uma professora experiente, que descreveu como foi esse processo de inserção na escola em que atua, evidenciando suas contribuições e percepções. Os iniciantes então, ao narrarem sobre os desafios com os quais se deparam em suas primeiras experiências na docência, revelam suas dificuldades e os enfrentamentos advindos da inexperiência com a prática de sala de aula. Nesta fase, sobressaíram-se as dificuldades com o manejo de sala, as dúvidas relacionadas ao planejamento, à elaboração dos diagnósticos de aprendizagem e relatórios descritivos de desempenho dos alunos, seguidos das dificuldades pela insuficiência de materiais pedagógicos e ainda por aquilo que um de nossos sujeitos identificou como uma das suas maiores
  • 8. dificuldades, o fato de atuar em uma sala anexa situada distante da escola, recebendo de forma esporádica, o apoio da equipe pedagógica escolar. Outro dado evidenciado pela pesquisa foi o apoio recebido do docente da educação básica experiente com relação à inserção desses profissionais nos momentos de formação continuada e nos projetos da escola. Esse profissional foi caracterizado na pesquisa como aquele que acompanha, assessora e subsidia o professor iniciante quando eles se sentem atônitos e desanimados nos momentos de crise da docência. Além disso, também aprende enquanto questiona, propõe e orienta para que o iniciante vá se constituindo como docente, em um sentimento de pertença. Muitas vezes, o experiente se via diante do espelho ao deparar-se com os dilemas do iniciante. Os achados da pesquisa evidenciaram o acolhimento das professoras egressas e sua inserção no espaço de efetivação da prática docente, que de acordo com Nóvoa (2000), é favorável a essas aprendizagens, pelas experiências tanto individuais quanto partilhadas que propicia. As narrativas das professoras iniciantes revelaram a importância desse acolhimento por parte da escola e do apoio recebido pelos pares, principalmente daquele profissional mais experiente. Nesse cenário no qual novas experiências, novas responsabilidades e novos papéis vão sendo colocados em prática. Nessa perspectiva, sem desconsiderar a importância da teoria e da formação inicial, Tardif (2008, p.244) afirma que “[...] seremos reconhecidos socialmente como sujeitos do conhecimento e verdadeiros atores do processo quando começarmos a reconhecer-nos uns com os outros como pessoas e pares iguais que podem aprender uns como os outros”. Ainda referendadas em Tardif (2008, p.261), concluímos nossa pesquisa afirmando que “a aprendizagem profissional docente, especificamente a inicial, ocorre também pelo tateamento no próprio trabalho, “às apalpadelas, por tentativa e erro”. Bibliografia ALMEIDA, M. I. (2006). Apontamentos a respeito da formação de professores. In: BARBOSA, R. L. L. (Org.). Formação de Educadores: Artes e Técnicas – Ciências e Políticas. São Paulo: Editora UNESP. BUENO, B. O. (2002). O método autobiográfico e os estudos com histórias de vida de professores: a questão da subjetividade. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28,( n. 1), p. 11-30. CAVACO, M. H. (1995). O ofício do professor: o tempo e as mudanças. In: NÓVOA, A (org.) Profissão professor. Lisboa: Porto, p.155-177. CIAMPA, A.C. (2001). A estória do Severino e a História da Severina. São Paulo: Brasiliense. FRANCO, F. C. (2000). O coordenador pedagógico e o professor iniciante. In: ____. ALMEIDA, L.R. B, E. B. C; CHRISTOV, L.H. da S. O coordenador pedagógico e a formação docente. São Paulo: Loyola, p.33-36. GATTI, B. & ANDRÉ, M. (2010). A relevância dos métodos de pesquisa qualitativa em Educação no Brasil. In:WELLER, W.; PFAFF, N. (Org.). Metodologias da pesquisa qualitativa em educação: teoria e prática. Petrópolis: Vozes,p. 29-38.
  • 9. HUBERMAN, M. (1992). O Ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (org.). Vidas de professores. 2. ed. Portugal: Porto Editora, p. 31-61. JOSSO, M. C. (2004). Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez. MARCELO, C. (1999). Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora. MARCELO, C. (2009). Desenvolvimento profissional docente: passado e futuro. In: Revista de Ciência da Educação, Sevilha, n. 08, p. 7-22, jan/abr. NÓVOA, A. (1992). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, Instituto de Inovação Educacional. NÓVOA, A (2000). Vida de professores. Porto, Portugal: Porto Editora. NÓVOA, A. (2010). A formação tem que passar por aqui: as histórias de vida no Projeto Prosalus. In: FINGER, Matthias; NÓVOA, António. O método (auto) biográfico e a formação. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo: Paulus. PIENTA, A. C. G. (2006). Aprendendo a ser professor: dilemas e dificuldades na construção da práxis pedagógica do professor iniciante. PUCPR, Curitiba. RAMPAZO, V. S. (2013). O Estagio Curricular Supervisionado na Formação de Licenciandos de Pedagogia: Os Movimentos da Constituição da Identidade Docente em Narrativas de Si. Dissertação de Mestrado, Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Universidade Federal de Mato Grosso, Rondonópolis. ROCHA, S. A. & ANDRÉ, M.E. (2009). A. Os memoriais como narrativas dos entre espaços da formação docente. In: X Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores – Formação de professores e a Prática Docente: Os Dilemas Contemporâneos. São Paulo: Águas de Lindóia, p. 8594-8605. ROMANOWSKI, J. P. (2012). Professores principiantes no Brasil: questões atuais. In: III Congresso Internacional sobre Profesorado Principiante e Inserción profesional a la docência, Santiago do Chile. SILVA, J. F & ALMEIDA, L.A.A. (2010). Política Permanente de Formação Continuada de Professores: entraves possibilidades. In: Andrea Tereza Brito Ferreira, Shirlei de Pereira da Silva Cruz. Formação continuada de professores: reflexões sobre a prática. Recife. Ed. Universitária da UFPE. SILVA, M.C.M. (1997). O primeiro ano da docência: o choque com a realidade. In: ESTRELA M. T. Viver e construir a função docente. Lisboa: Porto, p.51 – 80. SOUSA, R. M. & ROCHA, S. A. (2013). O Panorama das Pesquisas em Educação: Professores Iniciantes e sua inclusão na carreira docente no período de 2008 a 2012. In:Seminário Educação, set,2013. SOUZA, E. C. (2006). Narrativas, estágio supervisionado e formação inicial de professores. In: BARBOSA, Raquel Lazzari Leite (Org.) Formação de Educadores: Artes e Técnicas – Ciências e Políticas. São Paulo: Editora UNESP. TARDIF, M. (2002). Saberes docentes e formação profissional. 2ªed. Petrópolis: Vozes. TARDIF, Maurice. (2008). Saberes docentes e formação profissional. 9. ed. Petrópolis – RJ: Vozes.