2. O que é Agricultura de Precisão?
Fonte: www.revistaplantar.com.br
É um sistema de gerenciamento agrícola baseado na
variação espacial e temporal da unidade produtiva que visa
o aumento da produtividade e da qualidade, o retorno
econômico, à sustentabilidade e à minimização do efeito ao
ambiente (MAPA, 2012).
3. Histórico
Em 1929, num boletim do campo experimental de
Illinois, Linsley e Bauer recomendavam ao
produtor desenhar um mapa com testes de acidez
em solos amostrados em grade para aplicação de
calcário.
Segundo Stafford (2000), os agricultores
consideravam há séculos a variabilidade espacial
na implantação da lavoura.
4. O primeiro sistema global de navegação por
satélite (Global Navigation Satellite Systems -
GNSS) desenvolvido pelos EUA e denominado
de GPS (Global Positioning System) iniciou as
primeiras operações em 1978, e foi considerado
operacional em 1995.
Em 1996, surge no mercado colhedoras com
capacidade de mapeamento da produção,
gerando o boom da agricultura de precisão no
mundo, tornando possível a prática de
mapeamento e aplicação de insumos à taxa
variada por meio de máquinas.
5. Brasil
Na década de 90, abre-se o mercado e o setor de
veículos inicia a incorporação das tecnologias da
eletrônica, da informática e da robótica.
O setor acadêmico inicia atividades em agricultura
de precisão, em 1996, com o primeiro simpósio em
Agricultura de Precisão realizado na ESALQ
(BALASTREIRE, 2000).
14. Observação
Medição
Imagem
Contagem
Identificação
Amostragem
Produtividade
Sensoriamento
Sistema de informação geográfica
(SIG)
Sistema de suporte à decisão
Análise topológica e de paisagem
Análise geoestatística
Análise agronômica
Análise Histórica
Processamento
Análise de ambiente externo
Aplicação de insumos
Semeadura
Adubação
Quimigação
Irrigação
Correção
Pulverização
Colheita seletiva
Leitura Interpretação
e
Planejamento
Atuação
15. Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT)
Segundo a ABA - (Associação Brasileira de
Aeromodelismo), a definição para Veículo Aéreo
Não Tripulado (VANT) é: “um veículo capaz de voar
na atmosfera, fora do efeito de solo, que foi
projetado ou modificado para não receber um piloto
humano e que é operado por controle remoto ou
autônomo”.
O Japão se destaca com mais de 2000 VANTs
aplicados em pulverização e outras aplicações na
agricultura (SIMPSON, 2003; DE GARMO, 2004).
16. De acordo com Medeiros (2007), os principais
trabalhos com VANT’s no Brasil, tem no escopo as
aplicações civis, como vigilância policial de áreas
urbanas e de fronteira, inspeções de linhas de
transmissão de energia, monitoramento, atividades de
áreas agrícolas, acompanhamento de safra, controle
de pragas e de queimada.
18. Fotos obtidas por VANT por Lúcio André de Castro Jorge.
Fonte: EMBRAPA, 2014.
19. Imagens típicas de VANT com sensor NIR, adaptada por Lúcio André de Castro Jorge.
Fonte: EMBRAPA, 2014.
20. Etapas para utilizar o VANT em agricultura de precisão
Planejamento de voo;
Voo com sobreposição;
Obtenção das imagens georreferenciadas;
Processamento das imagens;
Geração de mosaico;
Análise em uma ferramenta SIG;
Geração de relatórios;
Tomada de decisão.
21. Legislação sobre VANTs no Brasil
A legislação brasileira caracteriza como VANT toda
aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, mas de
caráter não-recreativo e com carga útil embarcada.
A outra subcategoria de VANT é a chamada "Aeronave
Autônoma" que, uma vez programada, não permite
intervenção externa durante a realização do voo. No Brasil,
as aeronaves autônomas têm o seu uso proibido.
O termo Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) é a
terminologia correta para se referir a aeronaves
remotamente pilotadas de caráter não-recreativo - um
drone que deve se submeter à legislação vigente.
22. Nos casos de pesquisa em Universidades, existe uma
autorização própria chamada de Certificado de Autorização
de Voo Experimental (CAVE).
Para fazer a filmagem de um casamento, entrega de algum
produto ou exibir uma faixa de protesto durante uma
manifestação é preciso fazer uma solicitação formal de uso
específico para a Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC).
As ARPs são regulamentados por uma Circular de
Informações Aeronáuticas (AIC) que determina que o
interessado encaminhe uma solicitação de autorização de
voo com 15 dias de antecedência, com uma série de
informações (características da aeronave, trajeto do voo,
capacidade de comunicação etc).
23.
24.
25. Referências
ANDRADE, R. O. O voo do Falcao. Pesquisa FAPESP, n. 11, 2013.
BALASTREIRE, L. A. . A Estado-da-Arte da Agricultura de Precisão no Brasil. 1. ed. Piracicaba: L.A. Balastreire, 2000. v. 1. 224 p.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 852 - Art. 1º Criar a Comissão Brasileira de Agricultura
de Precisão – CBAP. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 set. 2012. Seção 1, n. 184. Disponível em:
<http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do42.htm>.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agricultura de Precisão - Boletim Técnico, Brasília, DF, 2013.
DE GARMO, M. T. Issues concerning integration of nmanned aerial vehicles in civil airspace. McLean: Center for Advanced
Aviation System Development-Mitre, 2004.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Base de informações georreferenciada de solos: metodologia e guia básico do
aplicativo SigSolos. Versão 1.0. Rio de Janeiro, 2004. (Embrapa CNPS. Boletim de Pesquisa, 11). CD-ROM.
INAMASU, R. Y.; BERNARDI, A.C.C. Agricultura de Precisão. Embrapa Instrumentação, São Carlos – SP, Embrapa Pecuária
Sudeste, São Carlos – SP. Agricultura de Precisão: Resultados de Um Novo Olhar, 2014.
MEDEIROS, F. A. Desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado para aplicação em agricultura de precisão. 2007. 102 f.
Dissertacao (Mestrado em Engenharia Agricola)- Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2007.
SIMPSON, A. D. Development of an unmanned aerial vehicle for low-cost remote sensing and aerial photography. 2003. Tese
(Mestrado em Ciencia)-University of Kentucky, Lexington, 2003.
STAFFORD, J. V. Implementing Precision Agriculture in the 21st Century. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 76, p.
267-275, 2000. http://dx.doi.org/10.1006/jaer.2000.0577