O documento discute como as empresas estão enfrentando os riscos e oportunidades das mudanças climáticas. Grandes empresas estão quantificando e reduzindo suas emissões, investindo em tecnologias limpas e divulgando suas ações para investidores. Governos também criaram políticas e incentivos financeiros para apoiar a transição para uma economia de baixo carbono.
3. “Declaramos clara e inequivocamente que o planeta Terra está enfrentando uma
emergência climática”.
“A crise climática chegou e está se acelerando mais rapidamente do que muitos cientistas
esperavam”.
6. Retirando as armas de destruição em massa, todos os outros riscos potencial de
destruição humana estão relacionados a mudanças climáticas
. Secas severas.
. Inundações (Moçambique, Zimbábue, 03/2019).
. Aumento de temperatura (onda de calor na Europa)
. Redução na produção de alimentos (redução de mat. primas).
. Perda de biodiversidade (Melanomys rubicola) e colapso de ecossistemas.
. Aumento de preços.
. Imigração.
. Aumento de doenças.
. Aumento da pobreza.
. Redução da atividade industrial (perda de empregos).
. Realocação de fábricas.
. Aumento no prêmio de seguros.
9. Próximos 5 anos 200 maiores empresas
Custos
decorrente
mudanças
climáticas e preço
das emissões
GEE
10. As empresas estão se MEXENDO com as mudanças climáticas.
i) Seus empreendimentos poderão correr riscos (regulatórios, físicos,
reputacionais, e financeiros) e precisam se prepararem para enfrentá-los se
quiserem sobreviver;
II) Precisam se precaverem e estarem de prontidão para quando chegar uma
política de incentivo ou uma legislação relacionadas as mudanças climáticas
estejam já preparadas. Ex.: Renovabio, Precificação de carbono (taxação,
comércio de carbono)
III) Dar visibilidade aos seus projetos de combate a mudanças climáticas aos
clientes e acionistas. Utilizam instrumentos de comunicação para dar
transparência às ações realizadas.
IV) Identificar potenciais riscos que estarão expostos os investidores que
investem na cadeia de produção (pressão dos acionistas);
11. Elas precisam mudar, mas não é só para sobreviverem. Há um outro motivo muito
forte.
01/08/2019
12.
13. Instrumentos de comunicação
CDP - plataforma global de divulgação ambiental, que mostra as empresas, cidades,
estados e regiões com ações em mudanças climáticas, segurança hídrica e desmatamento.
Permite investidores, compradores e partes interessadas conhecerem melhor as
empresas.
https://www.cdp.net/en/companies/companies-scores
https://www.cdp.net/en/research/global-reports/global-climate-change-report-2018
16. Como as empresas estão se preparando?
Buscando capacitação em mudanças climáticas e profissionais especialista em
ciências do clima.
Inserindo as mudanças climáticas como vetor de competitividade e novas
oportunidades;
Avaliando riscos para seus negócios;
Investindo em ações estruturais e não estruturais, que reduzem a exposição das
operações industriais aos impactos das mudanças climáticas.
Quantificando as emissões de GEE.
Adaptando e desenvolvendo novos processos de produção.
Investindo em processos mais limpos e eficientes.
17. Divulgando relatórios de sustentabilidade e de desempenho aos clientes e acionistas.
Buscando fornecedores de produtos de garantia reconhecida.
Adquirindo marcas de produtos sustentáveis e naturais.
Investindo em tecnologias de captura armazenamento de carbono
Estudando a valoração econômica de serviços ecossistêmicos com foco nos recursos
hídricos.
Implantação de sistema interno de avaliação para apoio no processo decisório de
investimentos, para o caso da precificação do carbono.
Implantando planos de mitigações e de adaptação para enfrentar as mudanças
climáticas.
18. Demandando dos fornecedores de energia elétrica a compra de energia renovável.
Desenvolvimento de plano de ação para aumento de confiabilidade das plantas industriais para
reduzir as emissões de GEE associadas às paradas na produção.
Reduzindo as emissões indiretas (escopo 3) com transporte de insumos, matérias-primas, transporte
de pessoas, utilizando veículos com 95% do combustível renovável (etanol).
Investindo em veículos autônomos – caminhões.
19. O que esperam como resultados?
Reduzir riscos – sobreviverem.
Reduzir as emissões de GEE e estarem prontas para novas regulamentações.
Gerar oportunidade de negócios visando uma economia de baixo carbono
(comércio de emissões, pagamento por serviços ambientais, comercialização de
produtos para o mercado europeus).
Ampliar o acesso aos financiamentos climáticos (capital, subsídios).
Aumentar a competitividade num mercado cada vez mais preocupado com as
mudanças climáticas.
Estarem aptas a recebem incentivos ficais (redução de impostos, tarifas, etc).
20. Oportunidades
O Brasil adotou como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) reduzir
em 37% as emissões até 2025 abaixo do nível existente em 2005 e em 43% em
2030 também abaixo dos níveis de 2005.
21. Isto possibilitará:
Maiores investimentos em pesquisas e desenvolvimento;
Surgimento de novas tecnologias mais eficientes de produção;
Surgimento de novos produtos com baixa intensidade de carbono, e
Aquecimento do mercado verde.
22. Com isso cada vez mais
. Empresas estão se especializando em dar treinamento para outras empresas.
. Empresas estão surgindo na área de prestação de serviços de auditoria,
certificação e levantamento de emissões.
. Empresas de coleta de materiais especiais com eletrônicos estão surgindo.
. Empresas agrícolas de agricultura de precisão tem aumentado.
. Empresas de desenvolvimento de sistemas eletrônicos de mensuração tem
surgido;
. Empresas brasileiras tem desenvolvido parcerias com empresas estrangeiras
no levantamento de dados para inventario de ciclo de vida de produtos
nacionais;
. O programa de ACV brasil tem avançado.
24. Riscos inerentes às mudanças climática - CEMIG
Mudança no padrão de precipitação (risco hidrológico) – redução na capacidade de
geração.
Mudanças extremas de precipitação - assoreamento e redução da vida útil de
reservatórios - aumento dos custos de manutenção.
Excesso de chuvas – problemas estruturais, comprometimento da geração de
energia e riscos de rompimento.
Mudanças de temperaturas – aumento de temperatura e seca pode levar a
incêndios nas faixas de servidão das torres de transmissão.
Aumento da demanda de energia no verão – sobre carga do sistema elétrico,
menor disponibilidade de energia
Eventos extremos com chuvas e ventos fortes – derrubadas de árvores sobre
linhas urbanas, derrubada de torres de transmissão, interrupção no fornecimento
de energia.
25. Oportunidades decorrentes das mudanças climáticas - CEMIG
Pode se tornar um importante fornecedor de certificados de reduções de emissões
caso venha ser estabelecido um comércio de emissões cap-and-trade, o que pode
aumentar as receitas da empresa.
Por ser predominantemente renovável e transparente quanto aos relatórios de
emissões, pode atrair investidores para a empresa – aumento de preço das ações
no mercado e melhorar sua reputação.
Caso haja a rotulagem de energia, por exemplo, energia verde, a cemig poderá
ser beneficiada por ter uma matriz renovável.
Em um cenário de investimentos empresariais em eficientização visando a
redução de energia, a cemig esta preparada para executar projetos industriais de
cogeração, iluminação a base de led e fotovoltaico industrial subsidiária Efficientia.
26. Mas não são somente as empresas que estão preocupadas com as
mudanças climática.
28. Suponha que você trabalhe num banco e seja responsável pela àrea
de Gestão de Risco Socioambiental, que irá orientar as decisões do
banco de se expor a determinados riscos. Você deve analisar um
projeto de milhões de reais que pode ser afetado pelas mudanças
climáticas. O banco não quer correr riscos de créditos, de reputação
e de mercado das instituições financeiras. E aí, o que você vai
fazer?
29. Para evitar os riscos
climáticos no mundo dos
negócios foi criado a Força-
Tarefa sobre Divulgações
Financeiras Relacionadas
com o Clima (TCFD - Task
Force on Climate-related
Financial Disclosures) que
recomenda as organizações
que divulguem como
gerenciam os riscos que as
mudanças climáticas
causam a seus negócios e
como estão cortando as
emissões dos gases de
efeito estufa, a fim de
garantir maior transparência
para que financiadores,
seguradoras e investidores
tomem melhores decisões
de negócios.UNEP FINANCE INITIATIVI
30. Itau-Unibanco está alinhados com as
recomendações do Financial Stability
Board (FSB) e com o Task Force on
Climate-related Financial Disclosures
– TCFD
Itau Unibanco é signatária dos
Princípios para o Investimento
Responsável (PRI) e do Carbon
Disclosure Project (CDP), que solicita
informações de empresas sobre
riscos e oportunidades relacionados
às mudanças climáticas.
31. As recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures e do
Financial Stability Board são:
33. Avaliação da variável “mudanças
climáticas”.
Atribui um preço ao carbono com
base no mercado internacional.
Simula-se a incidência de um
preço sobre as emissões de
CO2.
Com o preço estima-se o custo
das emissões de gases do efeito
estufa (escopo 1) das empresas.
Calcula-se o valor do impacto
financeiro dessas emissões sobre
o valor de mercado das
empresas e, por consequência,
sobre o preço de suas ações.
35. Política Nacional de Mudanças Climáticas
Lei 12.187 de 29/12/2009
Decreto n. 7390, de 09/12/2010 - implantação da PNMC
Cabe a Política Nacional sobre Mudança do Clima estabelecer:
Instrumentos financeiros e econômicos para promover ações de mitigação e
adaptação à mudança do clima;
Medidas fiscais e tributárias destinadas a estimular a redução das emissões e
remoção de gases de efeito estufa, incluindo alíquotas diferenciadas, isenções,
compensações e incentivos, a serem estabelecidos em lei específica.
Ex.: Renovabio – Política Nacional de Biocombustíveis
36. Mobilidade Urbana
Cidade Sustentáveis e Mudança do Clima
Máquinas e Equipamentos Eficientes
Energias Renováveis
Resíduos Sólidos
Carvão Vegetal
Florestas Nativas
Gestão e Serviços de Carbono
Projetos Inovadores
Valor máximo de financiamento por Beneficiário
R$ 30 milhões a cada 12 meses.
Linhas de financiamento – BNDES e MMA
38. Parque eólico Honda Energy do Brasil (2014). Potência total:27,7 MW.
Redução: 24 mil tCO2 e geração de 300 mil MWh.
Em 2018, alcançou 500 mil automóveis produzidos com o uso de energia 100% limpa e renovável.
Adota pintura a base de água associada a tinta ecológica, capaz de reduzir em 10% a emissão de
gás carbônico e de COV em 60%.
820 ha de florestas em pé e 245 ha de reflorestamento (no Amazonas).
Gestão e avaliação de fornecedores - atender critérios da matriz no Japão, de Qualidade, Custo,
Entrega, Meio Ambiente, Financeiro e Segurança, e atuar eticamente. Possuir certificações
ambientais ISO 14.001. Preocupação em assegurar a idoneidade de toda cadeia produtiva.
Compõe o Índice Mundial de Sustentabilidade da Dow Jones (“DJSI World”).
META GLOBAL: reduzir em 50% as emissões em todas as unidades no mundo até 2050.
39. Reduziu de 4,18 kg para 2,79 kg a emissão de GEE para cada kg de produto faturado durante o
período 2006 a 2013 (33,2%).
Inovou ao usar refis em seus produtos.
Substituiu sacola plásticas por sacola de papel 100% reciclável.
Sabonetes com fórmula de origem 100% vegetais.
Não usa animais para testes de produtos.
Inovou ao apresentar tabela ambiental (seis indicadores) nos produtos
Premiação: 2019 UN Global Action Award de mudanças climáticas 2019 - Best for the World.
Desde 2007 – 100% carbono neutro. Programa Carbono neutro: compensação de carbono na
própria cadeia de valor (insetting carbono).
40.
41.
42.
43. Inaugurou fábrica de aditivo (ETBE – Eter etil terbulítico) para gasolina feito a partir de matéria
prima renovável (43% etanol + 57% isobuteno). Evita-se a emissão de 783 kh de CO2/ton
Fabricante de PE verde (biopolímero) e EVA verde (resina). 80% de energia etanol
Adota ferramentas de compras sustentáveis (ISO 20400).
Dow Jones Sustainability Indices.
Adota a ACV desde 2005 para estudos dos impactos ambientais de seus produtos. 57 estudos
concluídos e 7 em andamento.
Economia circular: o polipropileno WCL H 1003 BBM é produzido a partir da reciclagem anual
de cerca de 120 mil big bags, utilizados pela cia no transporte de resinas. O novo produto pode
ser aplicado em itens domésticos e tampas.
Premiação: categoria Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol
Faz parte da A List do CDP Clima
Faz parte do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3 (Brasil)
44.
45. “As categorias de produtos que fazem a maior contribuição para pegada de GEE são
aquelas em que os consumidores precisam de água aquecida para usar nossos
produtos, por exemplo, tomar banho, lavar cabelos e lavar roupas.”
Total GHG: 61 milhões de ton.
“As emissões de GEE de nossos
produtos são em média de 47,3g
CO2e por uso do consumidor”.
https://www.unilever.com/sustainable-living/reducing-environmental-impact/greenhouse-
gases/Our-greenhouse-gas-footprint/
46. Avaliação de ciclo de vida de produtos
Design de produto
Desenvolvimento de produtos novos e/ou melhoramento dos existentes – comparação
de perfis ambientais.
Avaliação de produtos existentes
Utiliza ACVs em produtos e ingredientes existentes para identificar oportunidades para
redução de impactos ambientais. Ex. Surfactantes; óleo de palma; lavagem de roupas.
Estudos científicos e desenvolvimento metodológico
Parceira da Universidade Radboud (Holanda) – apoia estudos de estudantes de
doutorado, trabalhando para melhorar a confiabilidade da ACV na pegada do produto.
48. Utiliza 100% de energia
renovável em todas as
unidades.
Reduziiu em 68% a
emissão de gases
estufa e em 29% a
emissão de gás
carbônico na área de
Transportes em 2018.
Premiação em 2017,
pelo Guia Exame, como
a melhor empresa na
categoria Mudança
Climática.
49. Eventos
Rock in Rio
NORMA ISO 20121 – Sistema de Gestão Sustentável para Eventos
Nico Loco
Mais louco que o Batman
Festa de formatura
Semana do Fazendeiro
50. 1. Adquirir produtos de baixo carbono
2. Ter um plano integrado de gestão de resíduos com foco em redução.
3. Reciclar os resíduos gerados durante o evento, permitindo assim reduzir as emissões
de GEE de aterros sanitários e economia de energia e materiais por reaproveitamento.
4. Entrega de produtos e “processos verdes” por parte dos fornecedores – redução da
pegada de carbono dos fornecedores de alimentos, mercadorias, serviços e outras
emissões que não são de responsabilidade direta da agência promotora de eventos.
5. Ter mecanismo de compensação das emissões – estabelecer um esquema de
compensação de emissões de GEE que não poderão ser mitigadas, por meio de projetos
de compensação utilizando-se de metodologias internacionalmente aceitas com devido
detalhamento das ações de monitoramento e comunicação dos resultados.
6. Quando possível utilização de biocombustíveis e fontes energéticas renováveis ou de
baixo carbono como oportunidade para redução das emissões de GEE.
52. Sistemas de comércio de emissões
Precificação de carbono
Adaptação empresarial às mudanças
climáticas
Programa Brasileiro GHG Protocol
Relatório voluntário de Emissões
53. E vocês, estão preparados para atuarem neste novo cenário?
Vocês incorporam algum tipo de ações climáticas em seus planejamentos quer
pessoais ou corporativos?