SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Turismo – Informação e AnimaçãoTurística
2009/2010
Avaliação Qualitativa dos Mercados
Turísticos
A expansão do turismo e o progressivo desenvolvimento de que
o sector beneficiou nas últimas décadas, foi um fenómeno mais
ou menos comum em todo o mundo. A globalização e a
sociedade da informação contribuíram, sem dúvida, para a sua
expansão que tem como principal motor a mobilidade de pessoas
e recursos, a sua versatilidade e flexibilidade para adaptar-se às
condições próprias de cada território e de cada população. É
precisamente por esse motivo que se fala do turismo
como oportunidade estratégica para o
desenvolvimento local.
Importa, porém, relembrar que esta realidade nem sempre foi
assim.
A evolução do turismo tem a ver com o papel de alguns agentes
económicos que, ao longo dos tempos, contribuiu para a
expansão da posição do sector do turismo. A crise dos sectores
primários como a agricultura, o aparecimento de conceitos como
a sociedade do bem-estar, o aumento do tempo livre, as
reformas trabalhistas com tendência a reduzir as jornadas de
trabalho, a descoberta do potencial dos recursos meio -
ambientais, culturais, patrimoniais... são elementos que foram
perfilando o comportamento do sector e do mercado turístico.
Ao longo da história, as tendências e preferências estiveram
caracterizadas pelas circunstâncias económicas e sociais das
diferentes épocas.
Sistematizando, é possível falar de duas modalidades de
desenvolvimento turístico que representam o comportamento
dos mercados ao longo do século passado:
- Modelo Turismo Quantitativo: Também conhecido por
Modelo 3S (Sun, Sand and Sea – Sol, Areia e Mar);
- Modelo Turismo Qualitativo: Também conhecido por
Modelo 3L (Landscape, Leisure and Learning – Paisagem, Ócio e
Aprendizagem).
O primeiro deles nasceu após a Segunda Guerra Mundial e,
sociologicamente, houve duas circunstâncias que originaram o seu
desenvolvimento e consolidação.
 Por um lado, os países do sul da Europa sofreram de modo muito
peculiar os efeitos devastadores da guerra, que deixaram as suas
economias em estado alarmante. Iniciado o processo de
reconstrução, estimulou-se uma passagem de divisas do norte para o
sul, e um dos métodos usados para isso foi o “turismo”.
Por outro lado, os países do sul contavam com recursos muito
valiosos e escassos nos países do norte, o sol e o mar, sendo que
estes são a forte demanda turística que se mantém até hoje.
As características principais desta modalidade turística são as
mesmas de uma actividade de massas, e mede-se em função da
obtenção de maiores ingressos efectuados pelos turistas. É um
modelo que não levou em conta factores culturais, patrimoniais,
ambientais ou sociais para o seu desenvolvimento e, portanto,
não se pode falar desta modalidade em termos de
sustentabilidade a longo prazo.
 O segundo modelo começou a evidenciar-se nas últimas duas
décadas do século passado, definindo-se essencialmente como
um turismo com respeito pelos valores patrimoniais e meio -
ambientais locais e pela potenciação dos valores intrínsecos de
cada sociedade, procurando a singularidade do lugar turístico,
etc.
É um modelo incipiente, actualmente praticado por um grupo de
minorias que, fundamentalmente, buscam o “diferente”, a
“peculiaridade”.
Apesar da coexistência actual destes dois modelos, cada vez mais se
exige a substituição do Modelo 3S pelo turismo 3L.
Devido à nossa localização geográfica, Portugal regista uma forte
procura no mercado turístico do produto “sol e mar” que, a par de
alguns benefícios, também implica alguns desequilíbrios estruturais,
como por exemplo, a concentração de turistas e infra-estruturas no
litoral e reforço da sazonalidade. Se o objectivo principal se
concentra no aumento dos benefícios do turismo nos planos
económico, social, territorial e patrimonial, a par da valorização e
melhor enquadramento do produto “sol e mar”, ganha importância a
complementaridade, diversidade e promoção de destinos alternativos
– O turismo de motivação cultural!
A medição quantitativa e qualitativa do
impacto turístico
 A utilização de indicadores para a medição do impacto do
turismo no desenvolvimento socioeconómico de um território é
um dos temas sobre os quais os especialistas mostram maior
unanimidade. Eles coincidem que a medição dos indicadores
quantitativos é um trabalho que, por mais que implique certas
dificuldades, não é insolúvel, dado os inúmeros esforços que
várias organizações e instituições têm realizado, a nível nacional e
internacional, para estabelecer modelos de medição que
ofereçam resultados ajustados à realidade.
A Organização Mundial do Turismo, Agência Especializada
das Nações Unidas, criou um potente instrumento denominado
Conta Satélite de Turismo. Com ela, pretende-se responder
às necessidades e características (para o total de um país e
referidas ao período de um ano), num quadro articulado de
informação de carácter económico tanto para os que tomam
decisões políticas como para os que decidem a nível empresarial.
Trata-se de um novo instrumento estatístico cujo desenho,
baseado num conjunto de conceitos, definições, classificações e
tábuas, permite orientar os países sobre a elaboração do seu
próprio Sistema de Estatísticas Turísticas (SET).
 Existem outros observatórios, nos níveis locais, municipais e
regionais, que preferem modelos de medição distintos,
detalhando os critérios que, a seu ver, devem ser incluídos nesta
missão. Entretanto, pode-se afirmar que a existência de
numerosos critérios, e a utilização não unânime dos mesmos,
aumenta a dificuldade para realizar uma análise padronizada e
para poder aceder a um sistema de interpretação único.
 O problema aparece quando o que se pretende é medir dois
aspectos bem diferenciados:
- O impacto socioeconómico do turismo no desenvolvimento local
de um território.
- Os aspectos qualitativos do turismo.
 Muitos países, na hora de avaliar o impacto qualitativo da
actividade turística, no âmbito do desenvolvimento local do
seu território, enfrentam o problema de carecer de base
econométrica para o poder realizar.
 Geralmente, não se medem aspectos tão significativos como o
grau de satisfação do cliente, com uma avaliação de todas as
actividades que, directa ou indirectamente, estão relacionadas à
actividade turística. Não obstante, elas são de extraordinária
importância para detectar e corrigir os possíveis desvios que
estejam ocorrendo na aplicação das políticas turísticas.
 De acordo com os especialistas, uma infra-estrutura
científica de medição, a nível territorial ou local do sector,
deve poder medir os factores tangíveis e os intangíveis, e
identificar as variáveis que incidam directamente no êxito das
políticas turísticas, bem como os efeitos induzidos da actividade.
Em outras palavras, deve-se tender a construir modelos de
medição quantitativos para medir o qualitativo.
 Esta é uma premissa essencial que deve estar presente desde a
concepção até à implementação de um projecto turístico.
É, portanto, relevante, realçar a importância do planeamento
estratégico em turismo.
Planeamento Estratégico em Turismo
 Do ponto de vista do território, tanto naqueles lugares onde há um tecido
empresarial turístico consolidado, como em outros onde este ainda não
existe, o planeamento estratégico é imprescindível, porque através dele será
possível observar os aspectos territoriais, socioeconómicos, culturais e
populacionais necessários, para desenhar, prever e executar os objectivos que
se pretendem alcançar, bem como ter em mente os factores de risco que são
inerentes à actividade.
 Através de um plano estratégico pretende-se conseguir, em última instância,
um contexto territorial definido que saiba aproveitar as suas oportunidades,
neutralize as ameaças que se apresentem no ambiente externo, utilizando os
seus pontos fortes e eliminando e/ou superando as debilidades internas.
Do ponto de vista dos actores, é necessário estabelecer
novas dinâmicas de planeamento e coordenação entre os
sectores público e privado. O diálogo deverá ser fluido entre os
diversos agentes envolvidos na actividade turística e deve ser
estabelecido desde o início, como base para alcançar acordos
sobre o planeamento.
 Os canais de cooperação entre os poderes locais e suas diversas
áreas facilitarão a criação de um processo participativo na
tomada de decisões sobre as questões que possam afectar,
directa ou indirectamente, o turismo, o que equivale a criar
uma coordenação interinstitucional.
 É importante considerar o que significa o planeamento
estratégico em turismo.
 Planeamento estratégico em turismo é sinónimo de visão
integral, é ir além da simples promoção. Maximizar os recursos
disponíveis, arbitrando mecanismos para que cada actor que faça
parte da cadeia de valor assuma as directrizes do enfoque integral
para a criação, a promoção e comercialização do produto.
O diagnóstico prévio
 O diagnóstico é o primeiro passo para estabelecer uma boa política de
planeamento.
 Para conhecer a realidade socioeconómica de um território é essencial
realizar um bom diagnóstico prévio. O diagnóstico requer a
recompilação e análise de uma série de dados que ajudarão a conhecer
mais e melhor a situação real, o estado das coisas e, consequentemente,
contribuirá para prever e dar soluções aos problemas discutidos.
 Um diagnóstico prévio na área de turismo significa analisar a situação
socioeconómica do território, antes de começar a desenhar políticas
estratégicas da actividade turística.
 Existem diversos métodos para realizar o diagnóstico. Talvez o
mais amplamente conhecido por sua eficácia é a análise DAFO
- DEFICIÊNCIAS, AMEAÇAS, VANTAGENS E
OPORTUNIDADES ou em inglês SWOT - Strenghts,
Weaknesses, Opportunities and Threats, que pode ser um bom
ponto de partida para analisar o território num primeiro
momento e, posteriormente, analisar o destino turístico. Ou
seja, observando as Fraquezas, Ameaças, Forças e
Oportunidades, no passado, presente e no futuro, e nos níveis
externo e interno.
SWOT
 Strengths, weaknesses, opportunities and threats.
 Pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças.
- Obriga a focar nas questões-chave.
-Uma vez identificadas, integram-se em objectivos comerciais, de
gestão (por exemplo: de gestão turística).
Turismo e lazer em Portugal
 Procura vs. Oferta : a procura aumentou significativamente
mais do que a oferta na última década,
 Em relação à procura regional, a procura é mais forte em
algumas regiões chave (Algarve, Lisboa e Ilha da Madeira);
 Existe sazonalidade da procura, que é significativamente maior
no Verão. A região de Lisboa é a que demonstra menor
sazonalidade, mantendo uma média menos díspar de visitas ao
longo do ano.
Análise Swot do sector do Turismo
Português
Pontos Fortes
Bom clima;
Boa relação preço/qualidade;
Paisagens atractivas;
Praias bonitas e limpas (um número elevado de bandeiras azuis da União
Europeia);
Património histórico e cultural;
Reconhecido como destino internacional seguro;
Reconhecido como um dos mais importantes destinos de golfe do mundo
(sobretudo a região do Algarve);
Regulamentação do turismo de natureza e actividades de empresas de
animação turísticas (legislação pioneira na Europa).
Análise Swot do sector do Turismo
Português
 Pontos Fracos
Infra-estruturas insuficientes em várias regiões-chave do país;
Grande dependência de quatro grandes mercados emissores(Espanha,
Inglaterra, Alemanha e França);
Poucos esforços de manutenção e melhoria da oferta nacional;
Pequena utilização de novas tecnologias;
Alojamento fortemente dependente de um pequeno número de operadores
turísticos europeus;
Inexistência de um evento, monumento, especificidade cultural ou
MARCA – âncora, para a imagem do País.
 Pontos Fracos(cont.)
Insuficientes voos regulares para o Porto e o Algarve;
Sistema de classificação da oferta turística não baseada na qualidade;
Iniciativas de promoção limitadas;
Falta de recursos humanos qualificados – sobretudo na época alta – e
reduzido profissionalismo;
Forte sazonalidade;
Maior nível de desenvolvimento nos grandes centros;
Falta de actividades de entretenimento cultural, sobretudo na época
baixa;
Vários operadores independentes, de reduzida dimensão e não
organizados;
Análise Swot do sector do Turismo
Português
 Ameaças
Contínua percepção do País enquanto mero destino de sol e praia;
A sobrepromoção do Algarve reduz a atenção sobre outras regiões que
oferecem uma boa relação preço/qualidade;
Poucos projectos novos adaptados às tendências mundiais da procura;
Crescente concorrência ao nível global e regional;
Insuficiente acompanhamento daquilo que se passa a nível mundial em
termos de gestão e qualidade hoteleira, sobretudo no que respeita a
competências financeiras e tecnológicas;
Forte pressão ambiental em algumas áreas do nosso país.
Análise Swot do sector do Turismo
Português
 Oportunidades
Desenvolvimento de uma nova oferta de produtos turísticos de vanguarda;
Atracção de operadores internacionais que possam contribuir para melhorar a qualidade
da oferta;
Introdução de políticas/iniciativas com vista a aumentar a repetição de visitas;
Diversificação de produtos turísticos ( ex: turismo rural, de saúde, “escapadas”internas;
Introdução de tecnologias de ponta.
Aproveitamento das potencialidades oferecidas por recursos turísticos ainda não
devidamente promovidos e dotados das devidas infra-estruturas, tais como as aldeias
preservadas, as casas senhoriais, as estâncias termais;
Promoção dos segmentos de turismo religioso, de saúde, rural, de natureza, e uma
forte aposta no turismo sénior, de negócios e de golfe;
Maior cooperação entre entidades públicas e privadas;
Uso de novos instrumentos financeiros para apoiar o investimento.
Plano de Desenvolvimento
Turístico do Vale do Douro
 Principais recursos e produtos turísticos
Paisagem
Rio
Segurança,
Tranquilidade e
Bem-Estar
Vinho
Património da
Humanidade
História &
Património
Arquitectónico Natureza
 Um rio navegável, com fortes atractivos paisagísticos; Rios afluentes
com paisagens e atractivos consideráveis;
Paisagens naturais e talhadas pelo homem;
Segurança, silêncio, ambiente despoluído, clima ameno, gastronomia
rica;
 Região preservada pela vocação rural e oferecendo redutos em estado
selvagem;
Elevado e diversificado Património histórico-cultural de reconhecida
importância;
Alto Douro Vinhateiro e Arte Rupestre do Vale do Côa e proximidade
a outros locais com mesma classificação – Centro Histórico do Porto;
 Região do Vinho do Porto, dos Vinhos do Douro, dos Espumantes
naturais e das tradições associadas.
 Decorrente dos recursos turísticos existentes na Região, poder-se-
ão identificar os seguintes produtos turísticos prioritários:
- Turismo histórico-cultural – Touring
- Turismo de Natureza
- Gastronomia & Vinhos – Enoturismo
 Os produtos turísticos anteriormente identificados correspondem
ao estabelecido na Agenda Regional de Turismo e no Plano
Estratégico Nacional de Turismo (PENT).
ANÁLISE SWOT
 Pontos fortes
Paisagem única – Património Mundial;
1ª Região vitícola demarcada e regulamentada do mundo (que produz
vinhos de reconhecimento internacional – por ex. Vinho do Porto);
Vasto e rico Património Histórico-cultural e arqueológico, conferido no
estatuto de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro e das Gravuras
de Foz-Côa, em cidades e vilas patrimoniais e na forte densidade que se
verifica por toda a região de património classificado - monumentos
religiosos e museus, que vêm confirmar uma forte identidade regional;
Património Natural e Paisagístico, expresso na sua qualidade e diversidade
de recursos naturais, designadamente nos Planaltos Montanhosos e no
Douro (Exemplos: Parque Natural do Douro Internacional e Parque do
Alvão);
Rio navegável (Rio Douro)
Oferta turística diversificada (Turismo rural, Vinhos e Gastronomia,
Cruzeiros, Cultura, Comboios históricos, etc.)
 Pontos fracos
População envelhecida e desertificação;
Baixos níveis de escolaridade;
Acessibilidades inter e intra-regionais ainda em estado pouco
satisfatório;
Má, quando não ausência, de sinalização turística específica;
Incapacidade de fixação de visitantes (reflectida nas baixas taxas de
ocupação e permanência média);
Insuficiente capacidade de alojamento de qualidade;
Déficit de imagem e de notoriedade nos mercados internacionais;
Dificuldades de articulação e coordenação entre os vários agentes;
Falta de recursos humanos qualificados no sector, tendo implicações a
vários níveis, designadamente, na engenharia e concepção do
produto turístico, prestação de serviços de informação turística,
hotelaria e restauração;
 Oportunidades
Mercado turístico revela novos padrões de consumo e motivações,
privilegiando destinos que ofereçam experiências diversificadas e
com elevado grau de autenticidade e qualidade ambiental (Cultura,
Património, Natureza, Gastronomia, Desporto...);
Compromisso político e mobilização institucional para o
desenvolvimento da Região (Estrutura de Missão para a Região
Demarcada do Douro)
Investimentos turísticos privados em curso
QREN 2007-2013
PDTVD 2007-2103
Aeroporto Francisco Sá Carneiro ampliado e modernizado (novas rotas,
novos mercados e novos segmentos)
Processo de reorganização dos actores institucionais, designadamente,
no que respeita à revisão da Lei Quadro das Regiões de Turismo,
aumentando as possibilidades de intervenção em rede;
Ameaças
Perda de competitividade relativamente a destinos/ regiões
concorrenciais, com a mesma tipologia de oferta, podendo resultar
num decréscimo na quota de mercado da Região
Envelhecimento populacional e contínuo processo de desertificação
Persistência dos principais problemas de condicionamento,
nomeadamente, ao nível de infra-estruturas (acessibilidades), de
ordenamento paisagístico e de qualidade ambiental, traduzidas em
algumas disfunções ambientais ao longo do Vale do Douro
Perda de oportunidades na atracção de promotores e de investimento
a favor de outras regiões (resultante de um “lento” e complexo
processo de aprovação de projectos)
A necessidade da actuação em rede e de escala, não é compatível com
fraqueza da concertação estratégica regional e com a pulverização
de actuações.
Análise da Avaliação Qualitativa dos Mercados Turísticos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Folha de Redação - Fundamental II
Folha de Redação - Fundamental IIFolha de Redação - Fundamental II
Folha de Redação - Fundamental IIHeitor Victor
 
Entendendo o turismo e seus impactos
Entendendo o turismo e seus impactosEntendendo o turismo e seus impactos
Entendendo o turismo e seus impactosPatrícia Ventura
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)GernciadeProduodeMat
 
Pesquisa quantitativa e qualitativa
Pesquisa quantitativa e qualitativaPesquisa quantitativa e qualitativa
Pesquisa quantitativa e qualitativaEduardo Sant'Anna
 
Modulo 1 turismo 1
Modulo 1   turismo 1Modulo 1   turismo 1
Modulo 1 turismo 1Luis Cunha
 
O Turismo
O TurismoO Turismo
O Turismolidia76
 
Empreendimentos turísticos
Empreendimentos turísticosEmpreendimentos turísticos
Empreendimentos turísticosbruno oliveira
 
Português - Crônica - Verbo - Advérbio
Português - Crônica - Verbo - Advérbio Português - Crônica - Verbo - Advérbio
Português - Crônica - Verbo - Advérbio kiimchayene
 
Atividade 4 a importância da tecnologia da educaçao
Atividade 4 a importância da tecnologia da educaçaoAtividade 4 a importância da tecnologia da educaçao
Atividade 4 a importância da tecnologia da educaçaoDamiana Bonifácio
 
História do turismo
História do turismoHistória do turismo
História do turismorosaband
 
Modelo pronto-fichamento-1
Modelo pronto-fichamento-1Modelo pronto-fichamento-1
Modelo pronto-fichamento-1Samuel Robaert
 
#SeLigaNaMidia – LGG.pdf
#SeLigaNaMidia – LGG.pdf#SeLigaNaMidia – LGG.pdf
#SeLigaNaMidia – LGG.pdfFabiano Pessanha
 
Plano de aula construtivista_interacionista
Plano de aula construtivista_interacionistaPlano de aula construtivista_interacionista
Plano de aula construtivista_interacionistadeby-moraes
 
Definição de Objetivos Ciências da Educação
Definição de Objetivos Ciências da Educação Definição de Objetivos Ciências da Educação
Definição de Objetivos Ciências da Educação MelanieMagalhaes
 
Estrutura da Notícia
Estrutura da NotíciaEstrutura da Notícia
Estrutura da NotíciasextoD
 
Plano de aula / Produção de textos: reportagem
Plano de aula / Produção de textos: reportagemPlano de aula / Produção de textos: reportagem
Plano de aula / Produção de textos: reportagemNéia Capitu
 

Mais procurados (20)

Folha de Redação - Fundamental II
Folha de Redação - Fundamental IIFolha de Redação - Fundamental II
Folha de Redação - Fundamental II
 
Entendendo o turismo e seus impactos
Entendendo o turismo e seus impactosEntendendo o turismo e seus impactos
Entendendo o turismo e seus impactos
 
turismo
turismoturismo
turismo
 
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
LÍNGUA PORTUGUESA | 2ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13LGG201)/ (GO-EMLGG201A)
 
Pesquisa quantitativa e qualitativa
Pesquisa quantitativa e qualitativaPesquisa quantitativa e qualitativa
Pesquisa quantitativa e qualitativa
 
Modulo 1 turismo 1
Modulo 1   turismo 1Modulo 1   turismo 1
Modulo 1 turismo 1
 
O Turismo
O TurismoO Turismo
O Turismo
 
Empreendimentos turísticos
Empreendimentos turísticosEmpreendimentos turísticos
Empreendimentos turísticos
 
Slide conceitos
Slide conceitosSlide conceitos
Slide conceitos
 
Português - Crônica - Verbo - Advérbio
Português - Crônica - Verbo - Advérbio Português - Crônica - Verbo - Advérbio
Português - Crônica - Verbo - Advérbio
 
Tipos de Turismo
Tipos de TurismoTipos de Turismo
Tipos de Turismo
 
Atividade 4 a importância da tecnologia da educaçao
Atividade 4 a importância da tecnologia da educaçaoAtividade 4 a importância da tecnologia da educaçao
Atividade 4 a importância da tecnologia da educaçao
 
História do turismo
História do turismoHistória do turismo
História do turismo
 
Roteiros turísticos
Roteiros turísticosRoteiros turísticos
Roteiros turísticos
 
Modelo pronto-fichamento-1
Modelo pronto-fichamento-1Modelo pronto-fichamento-1
Modelo pronto-fichamento-1
 
#SeLigaNaMidia – LGG.pdf
#SeLigaNaMidia – LGG.pdf#SeLigaNaMidia – LGG.pdf
#SeLigaNaMidia – LGG.pdf
 
Plano de aula construtivista_interacionista
Plano de aula construtivista_interacionistaPlano de aula construtivista_interacionista
Plano de aula construtivista_interacionista
 
Definição de Objetivos Ciências da Educação
Definição de Objetivos Ciências da Educação Definição de Objetivos Ciências da Educação
Definição de Objetivos Ciências da Educação
 
Estrutura da Notícia
Estrutura da NotíciaEstrutura da Notícia
Estrutura da Notícia
 
Plano de aula / Produção de textos: reportagem
Plano de aula / Produção de textos: reportagemPlano de aula / Produção de textos: reportagem
Plano de aula / Produção de textos: reportagem
 

Destaque (20)

1607
16071607
1607
 
15
1515
15
 
1606
16061606
1606
 
1603
16031603
1603
 
1605
16051605
1605
 
1707
17071707
1707
 
974
974974
974
 
520
520520
520
 
1704
17041704
1704
 
1710
17101710
1710
 
521
521521
521
 
517
517517
517
 
1705
17051705
1705
 
1708
17081708
1708
 
1711
17111711
1711
 
522
522522
522
 
518
518518
518
 
523
523523
523
 
271
271271
271
 
273
273273
273
 

Semelhante a Análise da Avaliação Qualitativa dos Mercados Turísticos

Proposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de Avaré
Proposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de AvaréProposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de Avaré
Proposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de AvaréJaqueline Leal
 
Inovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada Real
Inovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada RealInovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada Real
Inovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada RealLilianMilena
 
FUNESO - Marketing turistico - 15.08.14 - Apresentação
FUNESO - Marketing turistico  - 15.08.14 - ApresentaçãoFUNESO - Marketing turistico  - 15.08.14 - Apresentação
FUNESO - Marketing turistico - 15.08.14 - ApresentaçãoElton Rodrigues
 
Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05
Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05
Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05Aristides Faria
 
Projeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turísticaProjeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turísticaElizabeth Wada
 
Como avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorio
Como avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorioComo avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorio
Como avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorioTatiana Azenha
 
Projeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdf
Projeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdfProjeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdf
Projeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdfHELENO FAVACHO
 
FUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aula
FUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aulaFUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aula
FUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aulaElton Rodrigues
 
Intervento marcello baroni regione toscana pt
Intervento marcello baroni regione toscana ptIntervento marcello baroni regione toscana pt
Intervento marcello baroni regione toscana ptBrasil_Proximo
 
Regionalização gestor
Regionalização gestorRegionalização gestor
Regionalização gestorKarlla Costa
 
ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)
ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)
ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)wbftur31
 
Gestão Pública: aula 05
Gestão Pública: aula 05Gestão Pública: aula 05
Gestão Pública: aula 05Aristides Faria
 
PI 2012 segundo semestre - Vila Zelina
PI 2012 segundo semestre - Vila ZelinaPI 2012 segundo semestre - Vila Zelina
PI 2012 segundo semestre - Vila Zelinakarolturismo
 
Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)
Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)
Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)Aristides Faria
 
Homoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historiaHomoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historiaNuro Manjate
 
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais Nuno Antão
 
PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...
PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...
PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...humbertodabia
 

Semelhante a Análise da Avaliação Qualitativa dos Mercados Turísticos (20)

Proposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de Avaré
Proposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de AvaréProposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de Avaré
Proposta de Comunição e Marketing Turístico para a Estância Turística de Avaré
 
Inovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada Real
Inovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada RealInovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada Real
Inovação estratégica do setor turístico em Minas Gerais: o caso Estrada Real
 
FUNESO - Marketing turistico - 15.08.14 - Apresentação
FUNESO - Marketing turistico  - 15.08.14 - ApresentaçãoFUNESO - Marketing turistico  - 15.08.14 - Apresentação
FUNESO - Marketing turistico - 15.08.14 - Apresentação
 
Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05
Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05
Ecoturismo e Turismo de Aventura: aula 05
 
Projeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turísticaProjeto inventário da oferta turística
Projeto inventário da oferta turística
 
Como avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorio
Como avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorioComo avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorio
Como avaliar o_potencial_turistico_de_um_territorio
 
Projeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdf
Projeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdfProjeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdf
Projeto de Turismo para sua região - Gestão de Turismo 2º e 3º semestre.pdf
 
Praia sem futuro bb
Praia sem futuro bbPraia sem futuro bb
Praia sem futuro bb
 
FUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aula
FUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aulaFUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aula
FUNESO - Marketing turístico - 15.08 - Planejamento de aula
 
Intervento marcello baroni regione toscana pt
Intervento marcello baroni regione toscana ptIntervento marcello baroni regione toscana pt
Intervento marcello baroni regione toscana pt
 
Regionalização gestor
Regionalização gestorRegionalização gestor
Regionalização gestor
 
ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)
ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)
ApresentaçãO Encontro HumaníStico (1)
 
Gestão Pública: aula 05
Gestão Pública: aula 05Gestão Pública: aula 05
Gestão Pública: aula 05
 
PI 2012 segundo semestre - Vila Zelina
PI 2012 segundo semestre - Vila ZelinaPI 2012 segundo semestre - Vila Zelina
PI 2012 segundo semestre - Vila Zelina
 
Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)
Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)
Disciplina Ecoturismo e Turismo de Aventura (IFSP Campus Cubatao) (aula 05)
 
Turistificação
TuristificaçãoTuristificação
Turistificação
 
Seminário 01 pnt 2003-2007
Seminário 01   pnt 2003-2007Seminário 01   pnt 2003-2007
Seminário 01 pnt 2003-2007
 
Homoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historiaHomoine em chamas nossa historia
Homoine em chamas nossa historia
 
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
APOSTAR NO TURISMO Oportunidades Regionais
 
PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...
PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...
PLANEJAMENTO TURÍSTICO MUNICIPAL: OS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO OU ATUALIZAÇÃO...
 

Mais de Pelo Siro

Mais de Pelo Siro (20)

1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas1195593414 substancias quimicas
1195593414 substancias quimicas
 
11955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 111955889 121.derrames 1
11955889 121.derrames 1
 
1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros1196259117 primeiros socorros
1196259117 primeiros socorros
 
1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais1199995673 riscos profissionais
1199995673 riscos profissionais
 
119625756 motsser2
119625756 motsser2119625756 motsser2
119625756 motsser2
 
119999888 revisoes
119999888 revisoes119999888 revisoes
119999888 revisoes
 
119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos119558341 123.avaliacao de_riscos
119558341 123.avaliacao de_riscos
 
2146
21462146
2146
 
2079
20792079
2079
 
2080
20802080
2080
 
2064
20642064
2064
 
2061
20612061
2061
 
2060
20602060
2060
 
2032
20322032
2032
 
2031
20312031
2031
 
2019
20192019
2019
 
2018
20182018
2018
 
2017
20172017
2017
 
2015
20152015
2015
 
2014
20142014
2014
 

Análise da Avaliação Qualitativa dos Mercados Turísticos

  • 1. Turismo – Informação e AnimaçãoTurística 2009/2010 Avaliação Qualitativa dos Mercados Turísticos
  • 2. A expansão do turismo e o progressivo desenvolvimento de que o sector beneficiou nas últimas décadas, foi um fenómeno mais ou menos comum em todo o mundo. A globalização e a sociedade da informação contribuíram, sem dúvida, para a sua expansão que tem como principal motor a mobilidade de pessoas e recursos, a sua versatilidade e flexibilidade para adaptar-se às condições próprias de cada território e de cada população. É precisamente por esse motivo que se fala do turismo como oportunidade estratégica para o desenvolvimento local.
  • 3. Importa, porém, relembrar que esta realidade nem sempre foi assim. A evolução do turismo tem a ver com o papel de alguns agentes económicos que, ao longo dos tempos, contribuiu para a expansão da posição do sector do turismo. A crise dos sectores primários como a agricultura, o aparecimento de conceitos como a sociedade do bem-estar, o aumento do tempo livre, as reformas trabalhistas com tendência a reduzir as jornadas de trabalho, a descoberta do potencial dos recursos meio - ambientais, culturais, patrimoniais... são elementos que foram perfilando o comportamento do sector e do mercado turístico. Ao longo da história, as tendências e preferências estiveram caracterizadas pelas circunstâncias económicas e sociais das diferentes épocas.
  • 4. Sistematizando, é possível falar de duas modalidades de desenvolvimento turístico que representam o comportamento dos mercados ao longo do século passado: - Modelo Turismo Quantitativo: Também conhecido por Modelo 3S (Sun, Sand and Sea – Sol, Areia e Mar); - Modelo Turismo Qualitativo: Também conhecido por Modelo 3L (Landscape, Leisure and Learning – Paisagem, Ócio e Aprendizagem).
  • 5. O primeiro deles nasceu após a Segunda Guerra Mundial e, sociologicamente, houve duas circunstâncias que originaram o seu desenvolvimento e consolidação.  Por um lado, os países do sul da Europa sofreram de modo muito peculiar os efeitos devastadores da guerra, que deixaram as suas economias em estado alarmante. Iniciado o processo de reconstrução, estimulou-se uma passagem de divisas do norte para o sul, e um dos métodos usados para isso foi o “turismo”. Por outro lado, os países do sul contavam com recursos muito valiosos e escassos nos países do norte, o sol e o mar, sendo que estes são a forte demanda turística que se mantém até hoje.
  • 6. As características principais desta modalidade turística são as mesmas de uma actividade de massas, e mede-se em função da obtenção de maiores ingressos efectuados pelos turistas. É um modelo que não levou em conta factores culturais, patrimoniais, ambientais ou sociais para o seu desenvolvimento e, portanto, não se pode falar desta modalidade em termos de sustentabilidade a longo prazo.
  • 7.  O segundo modelo começou a evidenciar-se nas últimas duas décadas do século passado, definindo-se essencialmente como um turismo com respeito pelos valores patrimoniais e meio - ambientais locais e pela potenciação dos valores intrínsecos de cada sociedade, procurando a singularidade do lugar turístico, etc. É um modelo incipiente, actualmente praticado por um grupo de minorias que, fundamentalmente, buscam o “diferente”, a “peculiaridade”.
  • 8. Apesar da coexistência actual destes dois modelos, cada vez mais se exige a substituição do Modelo 3S pelo turismo 3L. Devido à nossa localização geográfica, Portugal regista uma forte procura no mercado turístico do produto “sol e mar” que, a par de alguns benefícios, também implica alguns desequilíbrios estruturais, como por exemplo, a concentração de turistas e infra-estruturas no litoral e reforço da sazonalidade. Se o objectivo principal se concentra no aumento dos benefícios do turismo nos planos económico, social, territorial e patrimonial, a par da valorização e melhor enquadramento do produto “sol e mar”, ganha importância a complementaridade, diversidade e promoção de destinos alternativos – O turismo de motivação cultural!
  • 9. A medição quantitativa e qualitativa do impacto turístico  A utilização de indicadores para a medição do impacto do turismo no desenvolvimento socioeconómico de um território é um dos temas sobre os quais os especialistas mostram maior unanimidade. Eles coincidem que a medição dos indicadores quantitativos é um trabalho que, por mais que implique certas dificuldades, não é insolúvel, dado os inúmeros esforços que várias organizações e instituições têm realizado, a nível nacional e internacional, para estabelecer modelos de medição que ofereçam resultados ajustados à realidade.
  • 10. A Organização Mundial do Turismo, Agência Especializada das Nações Unidas, criou um potente instrumento denominado Conta Satélite de Turismo. Com ela, pretende-se responder às necessidades e características (para o total de um país e referidas ao período de um ano), num quadro articulado de informação de carácter económico tanto para os que tomam decisões políticas como para os que decidem a nível empresarial. Trata-se de um novo instrumento estatístico cujo desenho, baseado num conjunto de conceitos, definições, classificações e tábuas, permite orientar os países sobre a elaboração do seu próprio Sistema de Estatísticas Turísticas (SET).
  • 11.  Existem outros observatórios, nos níveis locais, municipais e regionais, que preferem modelos de medição distintos, detalhando os critérios que, a seu ver, devem ser incluídos nesta missão. Entretanto, pode-se afirmar que a existência de numerosos critérios, e a utilização não unânime dos mesmos, aumenta a dificuldade para realizar uma análise padronizada e para poder aceder a um sistema de interpretação único.
  • 12.  O problema aparece quando o que se pretende é medir dois aspectos bem diferenciados: - O impacto socioeconómico do turismo no desenvolvimento local de um território. - Os aspectos qualitativos do turismo.  Muitos países, na hora de avaliar o impacto qualitativo da actividade turística, no âmbito do desenvolvimento local do seu território, enfrentam o problema de carecer de base econométrica para o poder realizar.
  • 13.  Geralmente, não se medem aspectos tão significativos como o grau de satisfação do cliente, com uma avaliação de todas as actividades que, directa ou indirectamente, estão relacionadas à actividade turística. Não obstante, elas são de extraordinária importância para detectar e corrigir os possíveis desvios que estejam ocorrendo na aplicação das políticas turísticas.  De acordo com os especialistas, uma infra-estrutura científica de medição, a nível territorial ou local do sector, deve poder medir os factores tangíveis e os intangíveis, e identificar as variáveis que incidam directamente no êxito das políticas turísticas, bem como os efeitos induzidos da actividade. Em outras palavras, deve-se tender a construir modelos de medição quantitativos para medir o qualitativo.
  • 14.  Esta é uma premissa essencial que deve estar presente desde a concepção até à implementação de um projecto turístico. É, portanto, relevante, realçar a importância do planeamento estratégico em turismo.
  • 15. Planeamento Estratégico em Turismo  Do ponto de vista do território, tanto naqueles lugares onde há um tecido empresarial turístico consolidado, como em outros onde este ainda não existe, o planeamento estratégico é imprescindível, porque através dele será possível observar os aspectos territoriais, socioeconómicos, culturais e populacionais necessários, para desenhar, prever e executar os objectivos que se pretendem alcançar, bem como ter em mente os factores de risco que são inerentes à actividade.  Através de um plano estratégico pretende-se conseguir, em última instância, um contexto territorial definido que saiba aproveitar as suas oportunidades, neutralize as ameaças que se apresentem no ambiente externo, utilizando os seus pontos fortes e eliminando e/ou superando as debilidades internas.
  • 16. Do ponto de vista dos actores, é necessário estabelecer novas dinâmicas de planeamento e coordenação entre os sectores público e privado. O diálogo deverá ser fluido entre os diversos agentes envolvidos na actividade turística e deve ser estabelecido desde o início, como base para alcançar acordos sobre o planeamento.  Os canais de cooperação entre os poderes locais e suas diversas áreas facilitarão a criação de um processo participativo na tomada de decisões sobre as questões que possam afectar, directa ou indirectamente, o turismo, o que equivale a criar uma coordenação interinstitucional.
  • 17.  É importante considerar o que significa o planeamento estratégico em turismo.  Planeamento estratégico em turismo é sinónimo de visão integral, é ir além da simples promoção. Maximizar os recursos disponíveis, arbitrando mecanismos para que cada actor que faça parte da cadeia de valor assuma as directrizes do enfoque integral para a criação, a promoção e comercialização do produto.
  • 18. O diagnóstico prévio  O diagnóstico é o primeiro passo para estabelecer uma boa política de planeamento.  Para conhecer a realidade socioeconómica de um território é essencial realizar um bom diagnóstico prévio. O diagnóstico requer a recompilação e análise de uma série de dados que ajudarão a conhecer mais e melhor a situação real, o estado das coisas e, consequentemente, contribuirá para prever e dar soluções aos problemas discutidos.  Um diagnóstico prévio na área de turismo significa analisar a situação socioeconómica do território, antes de começar a desenhar políticas estratégicas da actividade turística.
  • 19.  Existem diversos métodos para realizar o diagnóstico. Talvez o mais amplamente conhecido por sua eficácia é a análise DAFO - DEFICIÊNCIAS, AMEAÇAS, VANTAGENS E OPORTUNIDADES ou em inglês SWOT - Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats, que pode ser um bom ponto de partida para analisar o território num primeiro momento e, posteriormente, analisar o destino turístico. Ou seja, observando as Fraquezas, Ameaças, Forças e Oportunidades, no passado, presente e no futuro, e nos níveis externo e interno.
  • 20. SWOT  Strengths, weaknesses, opportunities and threats.  Pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças. - Obriga a focar nas questões-chave. -Uma vez identificadas, integram-se em objectivos comerciais, de gestão (por exemplo: de gestão turística).
  • 21. Turismo e lazer em Portugal  Procura vs. Oferta : a procura aumentou significativamente mais do que a oferta na última década,  Em relação à procura regional, a procura é mais forte em algumas regiões chave (Algarve, Lisboa e Ilha da Madeira);  Existe sazonalidade da procura, que é significativamente maior no Verão. A região de Lisboa é a que demonstra menor sazonalidade, mantendo uma média menos díspar de visitas ao longo do ano.
  • 22. Análise Swot do sector do Turismo Português Pontos Fortes Bom clima; Boa relação preço/qualidade; Paisagens atractivas; Praias bonitas e limpas (um número elevado de bandeiras azuis da União Europeia); Património histórico e cultural; Reconhecido como destino internacional seguro; Reconhecido como um dos mais importantes destinos de golfe do mundo (sobretudo a região do Algarve); Regulamentação do turismo de natureza e actividades de empresas de animação turísticas (legislação pioneira na Europa).
  • 23. Análise Swot do sector do Turismo Português  Pontos Fracos Infra-estruturas insuficientes em várias regiões-chave do país; Grande dependência de quatro grandes mercados emissores(Espanha, Inglaterra, Alemanha e França); Poucos esforços de manutenção e melhoria da oferta nacional; Pequena utilização de novas tecnologias; Alojamento fortemente dependente de um pequeno número de operadores turísticos europeus; Inexistência de um evento, monumento, especificidade cultural ou MARCA – âncora, para a imagem do País.
  • 24.  Pontos Fracos(cont.) Insuficientes voos regulares para o Porto e o Algarve; Sistema de classificação da oferta turística não baseada na qualidade; Iniciativas de promoção limitadas; Falta de recursos humanos qualificados – sobretudo na época alta – e reduzido profissionalismo; Forte sazonalidade; Maior nível de desenvolvimento nos grandes centros; Falta de actividades de entretenimento cultural, sobretudo na época baixa; Vários operadores independentes, de reduzida dimensão e não organizados;
  • 25. Análise Swot do sector do Turismo Português  Ameaças Contínua percepção do País enquanto mero destino de sol e praia; A sobrepromoção do Algarve reduz a atenção sobre outras regiões que oferecem uma boa relação preço/qualidade; Poucos projectos novos adaptados às tendências mundiais da procura; Crescente concorrência ao nível global e regional; Insuficiente acompanhamento daquilo que se passa a nível mundial em termos de gestão e qualidade hoteleira, sobretudo no que respeita a competências financeiras e tecnológicas; Forte pressão ambiental em algumas áreas do nosso país.
  • 26. Análise Swot do sector do Turismo Português  Oportunidades Desenvolvimento de uma nova oferta de produtos turísticos de vanguarda; Atracção de operadores internacionais que possam contribuir para melhorar a qualidade da oferta; Introdução de políticas/iniciativas com vista a aumentar a repetição de visitas; Diversificação de produtos turísticos ( ex: turismo rural, de saúde, “escapadas”internas; Introdução de tecnologias de ponta. Aproveitamento das potencialidades oferecidas por recursos turísticos ainda não devidamente promovidos e dotados das devidas infra-estruturas, tais como as aldeias preservadas, as casas senhoriais, as estâncias termais; Promoção dos segmentos de turismo religioso, de saúde, rural, de natureza, e uma forte aposta no turismo sénior, de negócios e de golfe; Maior cooperação entre entidades públicas e privadas; Uso de novos instrumentos financeiros para apoiar o investimento.
  • 27. Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro  Principais recursos e produtos turísticos Paisagem Rio Segurança, Tranquilidade e Bem-Estar Vinho Património da Humanidade História & Património Arquitectónico Natureza
  • 28.  Um rio navegável, com fortes atractivos paisagísticos; Rios afluentes com paisagens e atractivos consideráveis; Paisagens naturais e talhadas pelo homem; Segurança, silêncio, ambiente despoluído, clima ameno, gastronomia rica;  Região preservada pela vocação rural e oferecendo redutos em estado selvagem; Elevado e diversificado Património histórico-cultural de reconhecida importância; Alto Douro Vinhateiro e Arte Rupestre do Vale do Côa e proximidade a outros locais com mesma classificação – Centro Histórico do Porto;  Região do Vinho do Porto, dos Vinhos do Douro, dos Espumantes naturais e das tradições associadas.
  • 29.  Decorrente dos recursos turísticos existentes na Região, poder-se- ão identificar os seguintes produtos turísticos prioritários: - Turismo histórico-cultural – Touring - Turismo de Natureza - Gastronomia & Vinhos – Enoturismo  Os produtos turísticos anteriormente identificados correspondem ao estabelecido na Agenda Regional de Turismo e no Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT).
  • 30. ANÁLISE SWOT  Pontos fortes Paisagem única – Património Mundial; 1ª Região vitícola demarcada e regulamentada do mundo (que produz vinhos de reconhecimento internacional – por ex. Vinho do Porto); Vasto e rico Património Histórico-cultural e arqueológico, conferido no estatuto de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro e das Gravuras de Foz-Côa, em cidades e vilas patrimoniais e na forte densidade que se verifica por toda a região de património classificado - monumentos religiosos e museus, que vêm confirmar uma forte identidade regional; Património Natural e Paisagístico, expresso na sua qualidade e diversidade de recursos naturais, designadamente nos Planaltos Montanhosos e no Douro (Exemplos: Parque Natural do Douro Internacional e Parque do Alvão); Rio navegável (Rio Douro) Oferta turística diversificada (Turismo rural, Vinhos e Gastronomia, Cruzeiros, Cultura, Comboios históricos, etc.)
  • 31.  Pontos fracos População envelhecida e desertificação; Baixos níveis de escolaridade; Acessibilidades inter e intra-regionais ainda em estado pouco satisfatório; Má, quando não ausência, de sinalização turística específica; Incapacidade de fixação de visitantes (reflectida nas baixas taxas de ocupação e permanência média); Insuficiente capacidade de alojamento de qualidade; Déficit de imagem e de notoriedade nos mercados internacionais; Dificuldades de articulação e coordenação entre os vários agentes; Falta de recursos humanos qualificados no sector, tendo implicações a vários níveis, designadamente, na engenharia e concepção do produto turístico, prestação de serviços de informação turística, hotelaria e restauração;
  • 32.  Oportunidades Mercado turístico revela novos padrões de consumo e motivações, privilegiando destinos que ofereçam experiências diversificadas e com elevado grau de autenticidade e qualidade ambiental (Cultura, Património, Natureza, Gastronomia, Desporto...); Compromisso político e mobilização institucional para o desenvolvimento da Região (Estrutura de Missão para a Região Demarcada do Douro) Investimentos turísticos privados em curso QREN 2007-2013 PDTVD 2007-2103 Aeroporto Francisco Sá Carneiro ampliado e modernizado (novas rotas, novos mercados e novos segmentos) Processo de reorganização dos actores institucionais, designadamente, no que respeita à revisão da Lei Quadro das Regiões de Turismo, aumentando as possibilidades de intervenção em rede;
  • 33. Ameaças Perda de competitividade relativamente a destinos/ regiões concorrenciais, com a mesma tipologia de oferta, podendo resultar num decréscimo na quota de mercado da Região Envelhecimento populacional e contínuo processo de desertificação Persistência dos principais problemas de condicionamento, nomeadamente, ao nível de infra-estruturas (acessibilidades), de ordenamento paisagístico e de qualidade ambiental, traduzidas em algumas disfunções ambientais ao longo do Vale do Douro Perda de oportunidades na atracção de promotores e de investimento a favor de outras regiões (resultante de um “lento” e complexo processo de aprovação de projectos) A necessidade da actuação em rede e de escala, não é compatível com fraqueza da concertação estratégica regional e com a pulverização de actuações.