8. Problema: Atraso das métricas
Infecta Sintomas Exames Interna Morre
5 dias 1 – 15 d -7 a +10d 10 – 20d
6 – 20d
10 15d
15 – 30d
9. Como falar do futuro?
• Previsão (forecast)
• Estimativa baseada em dados prévios
• Predição (prediction)
• Probabilidade de algo acontecer no futuro
• Mudanças nas condições atuais tem pouca influência
• Projeção (projection)
• Mudanças nos parametros podem ter grande influência
• Possibilidade de algo acontecer que é pode ser influenciada por quem toma
decisões
• Cenários (scenario)
• Descrição de possíveis alternativas de futuro
• Incluem várias projeções
10. Evolução da Pandemia
• Casos importados
• Transmissão local
• Transmissão comunitária
1. Fase de transmissão localizada
2. Fase de aceleração descontrolada
3. Fase de desaceleração
4. Fase de controle
Meses
https://www.cdc.gov/csels/dsepd/ss1978/lesson1/section11.html
1 2 3 4
12. Infectividade:
Número básico de reprodução (R0)
Delamater PL et al. Emerg Infect Dis. 2019;25(1):1-4
• Risco de contaminação
Varia com o tipo de doença e contato
• # contatos/unidade tempo
Depende da rota de transmissão e densidade populacional
• Duração da infectividade (COVID-19: 9 dias)
Constante para doença
R0 = 2 R0 = 5
13. • Validade externa do R0:
• Densidade demográfica
• Contato entra as pessoas
• Sazonalidade
• Comportamento e organização social humana
• Circunstâncias socioeconômicas e ambientais
Variação e limitações do R0
Delamater PL et al. Emerg Infect Dis. 2019;25(1):1-4
14. Com a progressão da epidemia, diminuem o numero de susceptíveis
Número de reprodução efetivo (Re)
19. R: risco de contaminação, contatos/tempo e duração da infectividade
Estratégias epidemiológicas
• Fechar escolas
• Home office
• Cancelar eventos
• Restrições de viagem
• Redução de contato físico
(manter distância)
• Sequestro de proteção
DISTANCIAMENTO
FÍSICO
MEDIDAS DE BLOQUEIO DE
TRANSMISSÃO
IDENTIFICAÇÃO E
ISOLAMENTO DE CASOS
QUARENTENA DE
CONTATOS
• Lavar as mãos
• Sabão ou álcool gel
• Máscaras
• Etiqueta da tosse
• Evitar tocar face
• Limpeza de superfícies
• Manter casos em isolamento
INDIVIDUAL para evitar
contágio
• Cordon sanitaire: isolar
cidade inteira, locais de
tratamento, cemitérios
• Restringir movimentação
dos expostos a doença
• Observar evolução para
casos
• Evitar contágio
assintomático
PREPARAR SISTEMA DE SAÚDE
22. • 8 pandemias desde 1700
• Primeiro ciclo não costuma ter sazonalidade
• Duraram em média 18 a 24 meses (até imunidade coletiva ou vacina)
• 7 com pico inicial controlado SEM intervenções
• Todas as 7 com segunda onda aproximadamente 3 – 12 meses após a primeira
• 1968 duas ondas no inverno
• Segunda onda mais letal
• 1918 EUA
• 1968 Europa
• Maioria virou endêmico após
Pandemias prévias (influenza)
23. • Sazonalidade
• Intervenções mantidas
• Nível de imunidade já atingido
• Atingir imunidade coletiva (rebanho)
• Duração da imunidade
• Expectativa 1 – 2 anos
• Parcial vs. total
• Reinfecções
• Vacinas e sua efetividade
Os Cenários dependem
28. Mas tem a imunidade de céluas T
Implicações epidemiológicas
1.
Menos hospitalizações e mortes
Sem mudança em via respiratória ou
memória imunológica
2.
Menos hospitalizações e mortes
Discreta redução de transmissão
Maior heterogeneidade da infectividade
3.
Menos hospitalizações e mortes
Redução de transmissão (R0)
Maior heterogeneidade da infectividade
Nature reviews immunology, 6/10/20
39. Mas e se tiver vacina não muda tudo?
Características da vacina
• Eficácia
• Quanto reduz de infecção
• Cobertura vacinal
• Quantos são vacinados
• Quem é vacinado
• Qual o benefício principal
• Reduz infecção (e transmissão)
• Reduz gravidade (morte e internação
Características da população
• Quantos infectados prévios
• Quem foi infectado
• Duração da imunidade natural
• Estrutura do sistema de saúde
43. Vida a frente
• Controle de aeroporto
• Checagem de temperatura
• Medidas de distanciamento
• Abertura escalonada
• Fechamento
• Redução de clientes
• Higienização
• Ao ar livre
47. O que eu acho
• Redução progressiva no Brasil nas próximas semanas e meses
• Aumento do contingente imune
• Aumentos possíveis pós reabertura, com menor intensidade
• Persistência de casos em número elevado na comunidade
• Imunidade coletiva inexistente, inconsistente ou insuficiente na maior parte
do país
• Provável sazonalidade
• Risco no próximo ciclo
• Imunidade temporária e parcial?
• Novos ciclos / surtos no futuro
• Vacinas?
48. Conclusão Final
• Muita coisa (e muitos casos) acontecem depois do pico (e do rebanho)
• Garantia da imunidade ainda incerta
• Cuidados devem ser mantidos e calibrados
• A corrida é uma maratona, não 100 metros rasos
“Hoping for the best, prepared for the worst, and unsurprised by
anything in between.”
Maya Angelou
“O preço da Liberdade é a eterna vigilância”
(John Philpot Curran, atribuída a Thomas Jefferson)
Notas do Editor
Curva de Gompertz
Mencionar R0 controle
The timing and effectiveness of interventions strongly impact future COVID-19 cases. A: We assume three different scenarios for interventions starting on March 16: (I, red) no social distancing, (II, orange) mild social distancing, or (III, green) strict social distancing. B: Delaying the restrictions has a major impact on case numbers: strict restrictions starting on March 16 (green), five days later (magenta) or five days earlier (gray). C: Comparison of the time span over which interventions ramp up to full effect. For all ramps that are centered around the same day, the resulting case numbers are fairly similar. However, a sudden change of the spreading rate can cause a temporary decrease of daily new cases, although λ>μ at all times (brown).
Susceptibilidade biologica ou exposicao
CV nao ‘e conhecido em SARSCOV2
Infeccao natural nao eh randomica
Distanciamento social pode aumentar o coeficiente de variabilidade
Não tem heterogeneidade de susceptibilidade, so muda limiar se for cenário 4
Pico grande seguido de pequenos. Podem precisar de fechamento ou não
Pico grande no outono. 6/7 pandemias influenza assim. 18, 57 e 2009
Nunca aconteceu antes.
Transmission model fits for HCoV-OC43 and HCoV-HKU1. (A) Weekly percent positive laboratory tests multiplied by percent influenza-like illness (ILI) for the human betacoronaviruses HCoV-OC43 (blue) and HCoV-HKU1 (red) in the United States between 5 July 2014 and 29 June 2019 (solid lines) with simulated output from the best-fit SEIRS transmission model (dashed lines). (B and C) Weekly effective reproduction numbers (Re) estimated using the Wallinga-Teunis method (points) and simulated Re from the best-fit SEIRS transmission model (line) for HCoVs OC43 and HKU1. The opacity of each point is determined by the relative percent ILI multiplied by percent positive laboratory tests in that week relative to the maximum percent ILI multiplied by percent positive laboratory tests for that strain across the study period, which reflects uncertainty in the Re estimate; estimates are more certain (darker points) in weeks with higher incidence.
Effects of depletion of susceptibles and seasonality on the effective reproduction number by strain and season. Estimated multiplicative effects of HCoV-HKU1 incidence (red), HCoV-OC43 incidence (blue), and seasonal forcing (gold) on weekly effective reproduction numbers of HCoV-HKU1 (top panels) and HCoV-OC43 (bottom), with 95% confidence intervals. The black dot (with 95% confidence interval) plotted at the start of each season is the estimated coefficient for that strain and season compared to the 2014-15 HCoV-HKU1 season. The seasonal forcing spline is set to 1 at the first week of the season (no intercept). On the x-axis, the first “week in season” corresponds to epidemiological week 40.