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Cap-20
INFLUÊNCIA MORAL DO
MÉDIUM
Questões diversas –
Dissertação de um Espírito sobre a
influência moral
226 1. O desenvolvimento da
mediunidade é proporcional
ao desenvolvimento moral do
médium?
“Não; a faculdade propriamente dita
relaciona-se ao organismo;
É independente da moral;
não acontece o mesmo com o
seu uso, que pode ser bom ou mau,
conforme as qualidades do
médium.”
2.Sempre foi dito que a mediunidade
é um dom de Deus, uma graça,um favor;
por que, então, não é privilégio dos
homens de bem e por que se vêem
pessoas indignas que são dotadas
dela no mais alto grau e a usam para o mal?
“Todas as faculdades são favores pelos
quais se devem render graças a Deus,
uma vez que há homens que são
privados delas. Poderíeis também
perguntar por que Deus concede uma
boa visão aos malfeitores, habilidade
aos gatunos, eloqüência aos que se
servem dela para dizer coisas más.
Acontece o mesmo com a mediunidade;
pessoas indignas são dotadas dela
porque têm mais necessidade que os
outros de melhorar.
Pensais que Deus recusa os meios de
salvação aos culpados? Ele os
multiplica nos seus caminhos, coloca-os
nas mãos deles, para que tirem
proveito. Judas, o traidor, não fez
milagres e curou os doentes como
apóstolo?Deus permitiu que tivesse
esse dom para tornar aos seus próprios
olhos sua traição mais odiosa.”
3. Os médiuns que fazem mau
uso de suas faculdades, que não
se servem dela para o bem ou
que não tiram proveito
delas para sua instrução
sofrerão as conseqüências disso?
“Se as usam mal, serão duplamente
punidos, porque lhes é dado um
meio a mais para se esclarecerem e
não o utilizam convenientemente.
Aquele que vê claramente e tropeça
é mais censurável do que o cego
que cai no fosso.”
4. Há médiuns a quem são dadas
espontaneamente, e quase
constantemente,comunicações sobre
um mesmo assunto, sobre certas
questões morais, por exemplo, sobre
determinados vícios morais;
Há nisso um objetivo?
“Sim, e esse objetivo é de
esclarecê-los sobre um assunto
muitas vezes repetido ou de
corrigi-los de certos erros;
por isso a uns falarão do
orgulho, a um outro, da caridade;
só a insistência pode lhes abrir os
olhos.
Não há médium que empregue mal a sua
faculdade, pela ambição ou pelo
interesse ou por um defeito, como o
orgulho, o egoísmo, a leviandade etc.,
que não receba de tempos em tempos
alguns conselhos da parte dos Espíritos;
o mal é que na maioria das
vezes não os tomam para si.”
Muitas vezes, os Espíritos agem sempre com
muita precaução em suas lições,
eles as passam de uma maneira indireta para
deixar o mérito àquele que sabe aplicar para
si e aproveitar os ensinamentos;
mas a cegueira e o orgulho são tais para
algumas pessoas que não se reconhecem no
quadro que se lhes coloca sob os olhos.
Quando o Espírito lhes dá a entender que é
delas que se trata, irritam-se e o qualificam de
mentiroso ou de maledicente. Isso só prova que o
Espírito tem razão.
5. Quando o médium recebe
lições gerais e sem aplicação pessoal,
não atua nesse caso como
um instrumento passivo
para servir à instruçãode outros?
“Muitas vezes, esses avisos e
esses conselhos não são
dirigidos a ele pessoalmente,
mas a outros, aos quais
podemos nos dirigir somente
por intermédio do médium,
mas eles servem também para ele,
se não estiver cego pelo amor-próprio.
“Não acrediteis que a faculdade mediúnica
tenha sido dada para corrigir somente uma ou
duas pessoas; não; objetivo é muito
maior: trata-se da humanidade.
Um médium é um instrumento muito
pouco importante como indivíduo;
por isso, quando damos instruções que
interessam a todos, nós nos servimos do
que possui as facilidades necessárias.
Mas ficai certos de que
chegará o tempo em que os
bons médiuns serão bastante comuns,
de modo que os bons
Espíritos não necessitarão
de se servir de maus instrumentos.”
6. Uma vez que as qualidades
morais do médium afastam os
Espíritos imperfeitos, como é que
um médium dotado de boas
qualidades transmite respostas
falsas ou grosseiras?
“Conheceis todos os
recantos de sua alma?
Aliás, sem ser vicioso,
pode ser leviano e fútil;
além disso, algumas vezes ele
tem necessidade de uma lição,
a fim de que se mantenha alerta.”
7. Por que os Espíritos
superiores permitem
que pessoas dotadas de um
grande poder, como os
médiuns, e que poderiam fazer
muito de bom,
sejam instrumentos do erro?
“Os Espíritos superiores
esforçam-se para influenciá-las;
mas, quando se deixam arrastar para um
mau caminho, eles as deixam ir.
É por isso que se servem delas
com cautela, pois a verdade não
pode ser interpretada pela mentira.”
8. É absolutamente impossível
ter boas comunicações
por um
médium imperfeito?
“Algumas vezes, um médium imperfeito
pode obter boas coisas,porque, se tiver
uma bela faculdade, bons Espíritos
podem se servir dele na falta de outro ou
numa circunstância particular;
mas sempre momentaneamente, porque,
desde que encontrem um que lhes
convenha melhor, eles lhe dão a
preferência.”
Devemos observar que, quando bons
Espíritos julgam que um médium pára de ser
bem assistido e torna-se, pelas suas imperfeições,
presa dos Espíritos enganadores,
eles fazem surgir quase sempre
circunstâncias que revelam suas manias e o
afastam das pessoas sérias e bemintencionadas,
de cuja boa-fé poderiam abusar. Nesse caso,
quaisquer que sejam suas faculdades, não há
nada a lamentar.
9. Qual seria o médium
que se poderia chamar
de perfeito?
“Perfeito! Sabeis bem que a perfeição
não está sobre a Terra;
De outro modo, não estaríeis
nela; dizei, somente,
bom médium, e já é muito,
pois são raros.
O médium perfeito seria aquele
contra quem os maus Espíritos
nunca se atreveriam a fazer
uma tentativa para enganá-lo.
O melhor é aquele que,
simpatizando apenas com os bons
Espíritos, foi enganado o menos possível.”
10. Se simpatiza, se tem afinidade,
apenas com bons Espíritos,
Como permitem(os bons espiritos)
que seja enganado?
“Os bons Espíritos permitem
algumas vezes que os melhores
médiuns sejam enganados
para aperfeiçoar o seu
julgamento e lhes ensinar a
discernir o verdadeiro do falso;
...depois, por melhor que seja
o médium,ele nunca é tão
perfeito que não seja
vulnerável em algum lado fraco;
isso deve lhe servir de lição.
As comunicações falsas
que recebe de quando em quando
são advertências
para evitar que
se julgue infalível
e se torne orgulhoso.
Porque o médium que recebe as mais
notáveis comunicações não pode se
vangloriar mais do que o tocador de
realejo, que basta virar a manivela do
seu instrumento para obter belas
árias(melodia).
11. Quais são as condições
necessárias para que a
palavra dos Espíritos
superiores chegue até nós
pura de qualquer
alteração?
“Querer o bem e libertar-se
do egoísmo e do orgulho.
Ambas as condições são necessárias.”
12. O fato de a palavra pura dos
Espíritos superiores
chegar até nós apenas em
condições difíceis de se encontrar
não é um obstáculo
para a propagação da verdade?
“Não, porque a luz chega
sempre ao que quer recebê-la.
Todo aquele que quer se
iluminar deve evitar as trevas,
e as trevas estão na impureza
do coração.
“Os Espíritos que considerais
a personificação do bem
não atendem voluntariamente ao
chamado dos que têm o coração
manchado pelo orgulho,
pela ganância e pela falta
de caridade.
“Que aqueles que querem se esclarecer
se despojem de toda vaidade
humana e humilhem sua razão diante do
poder infinito do Criador;
isso será a melhor prova
de sua sinceridade;
essa é a condição, que
todos podem cumprir.”
227. Se o médium, quanto à execução,
é apenas um instrumento,
no tocante à moral exerce
grande influência.
Porque o Espírito comunicante
identifica-se com o Espírito do médium,
e para essa identificação é
necessário haver simpatia entre eles,
e se assim podemos dizer,
afinidade.(4)
A alma exerce sobre o Espírito
comunicante uma espécie de
atração ou de repulsão,
segundo o grau de
semelhança ou dessemelhança
entre eles.
Ora, os bons têm afinidade com
os bons e os maus com os maus,
de onde se segue que as
qualidades morais do médium
têm influência capital sobre a
natureza dos Espíritos que se
comunicam por seu intermédio.
Se o médium é de baixa
moral, os Espíritos inferiores
se agrupam em torno dele e
estão sempre prontos a tomar
o lugar dos bons Espíritos a
que ele apelou.
As qualidades que atraem de
preferência os Espíritos bons são:
a bondade, a benevolência, a
simplicidade de coração, o amor ao
próximo, o desprendimento das
coisas materiais.
Os defeitos que os afastam são:
o orgulho, o egoísmo, a inveja, o
ciúme, o ódio, a cupidez, e
sensualidade e todas as paixões
pelas quais o homem se apega à
matéria
228 Todas as imperfeições morais são
portas abertas aos maus Espíritos.
Mas a que exploram com mais
habilidade é o orgulho, porque é o
que a criatura reconhece menos
em si mesma;
...o orgulho perdeu numerosos
médiuns dotados das mais belas
faculdades e que, não fosse por
isso, teriam podido se tornar
médiuns notáveis e muito úteis;
...transformados em presa dos
Espíritos mentirosos, suas
faculdades são primeiramente
pervertidas, depois aniquiladas,
e mais de um se viu humilhado
pelas mais severas decepções.
O orgulho se manifesta nos médiuns por
sinais inequívocos sobre os quais é
necessário chamar a atenção,
porque é um dos caprichos que mais
devem despertar desconfiança sobre a
veracidade de suas comunicações.
É, primeiramente, uma confiança
cega na superioridade dessas
comunicações e na infalibilidade do
Espírito que as dá;
daí um certo desdém por tudo
o que não vêm deles, pois acreditam
ter o privilégio da verdade.
O prestígio dos grandes nomes com que
se adornam os Espíritos que dizem ser
seus protetores os fascina e,
como seu amor-próprio sofreria em
confessar que são enganados,
recusam toda espécie de conselhos;
eles mesmos os evitam, ao se afastar de
seus amigos e de todo aquele que
poderia abrir-lhes os olhos;
...se cedem a escutá-los, não
levam em consideração suas
advertências, pois duvidar da
superioridade de seu Espírito
protetor é quase uma
profanação, uma irreverência.
Eles se melindram com a menor
contrariedade, com uma simples
observação crítica, e algumas
vezes chegam até a sentir ódio
das pessoas que lhe prestaram esse
favor.
Graças a esse isolamento provocado
pelos Espíritos que não querem ter
contraditores, esses mesmos Espíritos
se comprazem em entretê-los em suas
ilusões, como também os fazem
facilmente tomar os maiores
absurdos por coisas sublimes.
Assim, confiança absoluta na superioridade
do que obtêm, desprezo daquilo que não vêm
deles, importância irrefletida ligada aos
grandes nomes, recusa de conselhos, tomar a
mal qualquer crítica, afastamento daqueles
que podem dar conselhos desinteressados,
crença em sua habilidade, apesar de sua falta
de experiência, essas são as características
dos médiuns orgulhosos.
Também é preciso convir que o orgulho, muitas
vezes, é instigado no médium pelos que o rodeiam.
Se possui faculdades um pouco fora do comum, é
procurado e louvado; acredita-se indispensável, e
logo toma ares de vaidade e de desdém quando
presta sua participação. Mais de uma vez
lamentamos os elogios que demos a alguns
médiuns com o objetivo de encorajá-los.
229 Ao lado disso, mostramos o quadro do médium
verdadeiramente bom, em que se pode confiar.
Primeiramente, deve ter uma facilidade de execução
muito grande para permitir aos Espíritos se
comunicarem livremente e sem encontrar nenhuma
dificuldade material. Depois disso, o que mais
importa considerar é a natureza dos Espíritos que o
assistem habitualmente, e para isso não é ao nome
que devemos nos referir, mas à linguagem.
Ele nunca deve se esquecer de que as simpatias que desfruta
entre os bons Espíritos estarão em razão do que fará para
afastar os maus. Persuadido de que sua faculdade é um dom
que lhe é concedido para o bem, nunca procura se prevalecer
dela e não a apresenta como um mérito seu. Aceita as boas
comunicações, que lhe são transmitidas como uma graça,
devendo se esforçar para se tornar digno delas por sua
bondade, benevolência e modéstia. O outro se orgulha de
suas relações com os Espíritos superiores, enquanto esse se
humilha, porque se considera sempre abaixo desse favor.
230 A instrução seguinte sobre esse assunto nos foi
dada por um Espírito de quem já relatamos muitas
comunicações: “Já dissemos: os médiuns, na
qualidade de médiuns, desempenham apenas uma
influência secundária nas comunicações dos
Espírito; sua tarefa é a de um telégrafo, que
transmite os despachos telegráficos de um ponto a
outro ponto afastado da Terra.
Assim, quando queremos ditar uma comunicação,
agimos sobre o médium como o empregado do
telégrafo age sobre seu aparelho; ou seja, assim
como o tique-tique do telégrafo vai escrevendo, a
milhares de léguas, sobre uma tira de papel, sinais
reprodutores do despacho, do mesmo modo
comunicamos através de distâncias
incomensuráveis, que separam o mundo visível do
mundo invisível, o mundo imaterial do mundo
encarnado, o que queremos vos ensinar por meio do
aparelho mediúnico.
Mas, do mesmo modo que as influências atmosféricas agem
e perturbam muitas vezes as transmissões do telégrafo
elétrico, a influência moral do médium algumas vezes age e
perturba a transmissão de nossas mensagens do
alémtúmulo, porque somos obrigados a fazê-los passar por
um meio que lhes é contrário. Entretanto, muitas vezes essa
influência é anulada pela nossa energia e vontade, e não há
perturbação alguma. De fato, ditados de uma alta importância
filosófica, comunicações de perfeita moralidade são
transmitidas algumas vezes por médiuns pouco apropriados
a esses ensinamentos superiores; enquanto, por outro lado,
comunicações pouco edificantes chegam, algumas vezes,
por médiuns que se envergonham de lhes terem servido de
intérpretes.
Entretanto, muitas vezes essa influência é anulada pela
nossa energia e vontade, e não há perturbação alguma.
De fato, ditados de uma alta importância filosófica,
comunicações de perfeita moralidade são transmitidas
algumas vezes por médiuns pouco apropriados a esses
ensinamentos superiores; enquanto, por outro lado,
comunicações pouco edificantes chegam, algumas vezes,
por médiuns que se envergonham de lhes terem servido de
intérpretes.
“Em tese geral, pode-se afirmar que os Espíritos
atraem Espíritos que lhes são semelhantes e que
raramente os Espíritos das esferas elevadas se
comunicam por aparelhos maus condutores quando
têm à mão bons aparelhos mediúnicos, numa
palavra, bons médiuns.
“Os médiuns levianos e pouco sérios atraem para si Espíritos da mesma
natureza; é por isso que suas comunicações são marcadas por
banalidades, frivolidades, idéias sem seqüência e muitas vezes
heterodoxas*, espiritualmente falando. Certamente podem dizer, e
algumas vezes dizem, boas coisas; mas é nesse caso principalmente que
é preciso fazer um exame sério e escrupuloso; porque, de permeio de
boas coisas, alguns Espíritos hipócritas insinuam com habilidade e com
uma calculada perversidade fatos controvertidos, asserções mentirosas,
a fim de enganar a boa-fé dos que lhes dão atenção.
Deve-se, então, cortar sem piedade qualquer
palavra, qualquer frase equivocada e conservar do
ditado apenas o que a lógica aceita ou o que a
Doutrina Espírita já ensinou. As comunicações
dessa natureza são perigosas só para os espíritas
individualistas, isolados, e para os grupos recentes
ou pouco esclarecidos, visto que, nas reuniões
onde os adeptos são mais avançados e adquiriram
experiência, a gralha que se enfeita com plumas de
pavão sempre é implacavelmente desmascarada.
“Não falarei dos médiuns que se comprazem em solicitar e
escutar comunicações indecentes; deixemos que se
comprazam na sociedade dos Espíritos cínicos. Aliás, os
autores de comunicações dessa natureza procuram a solidão
e o isolamento, porque só causariam desdém e repulsa entre
os membros dos grupos filosóficos e sérios. Mas a influência
moral do médium se faz realmente sentir quando ele
sobrepõe suas idéias pessoais e as substitui pelas que os
Espíritos se esforçam por lhe sugerir; é então que tira da sua
imaginação teorias fantásticas que ele acredita, de boa-fé,
resultar de uma comunicação intuitiva.
Há, nesses casos, mil possibilidades contra
uma de que isso seja apenas o reflexo do
Espírito pessoal do médium, e acontece
mesmo o fato curioso de a mão do médium se
mover, algumas vezes, quase mecanicamente,
impelida que é por um Espírito secundário e
zombeteiro.
É contra esse temível obstáculo que vêm igualmente
se chocar as personalidades ambiciosas, que, na
falta de boas comunicações que os bons Espíritos
lhes recusam, apresentam suas próprias obras
como desses Espíritos. Eis por que é preciso que os
dirigentes dos grupos espíritas estejam munidos de
um tato apurado e de uma rara sagacidade para
discernir as comunicações autênticas das que não o
são e para não ferir os que iludem a si mesmos.
“Na dúvida, abstém-te, diz um de vossos
antigos provérbios. Não admitais, portanto, o
que não for para vós de uma evidência certa.
Desde que uma opinião nova se apresenta,
por pouco que vos pareça duvidosa, passai-a
pelo crivo da razão e da lógica; o que a razão
e o bom senso reprovam, rejeitai-o com
firmeza. Melhor repelir dez verdades do que
admitir uma única mentira, uma única teoria
falsa.
De fato, sobre essa teoria poderíeis edificar
todo um sistema, que desmoronaria ao
primeiro sopro da verdade, como um
monumento construído sobre areia movediça;
enquanto, se rejeitais hoje algumas verdades,
porque não vos são demonstradas lógica e
claramente, logo um fato normal, natural, ou
uma demonstração irrefutável virá vos afirmar
a autenticidade disso.
“Lembrai-vos, contudo, ó espíritas, que não existe o
impossível para Deus e para os bons Espíritos, a
não ser a injustiça e a maldade. “Agora o
Espiritismo está bastante difundido entre os
homens e tem moralizado suficientemente os
seguidores sinceros de sua santa doutrina para que
os Espíritos não sejam obrigados a empregar as
más ferramentas, os médiuns imperfeitos.
Se agora, portanto, um médium, pela sua
conduta ou seus hábitos, por seu orgulho,
por sua falta de amor e caridade, der um
motivo legítimo de suspeita, repeli, repeli
suas comunicações, porque há uma serpente
escondida no meio das flores. Eis minha
conclusão sobre a influência moral dos
médiuns”.
Erasto

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  • 1. Cap-20 INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM Questões diversas – Dissertação de um Espírito sobre a influência moral
  • 2. 226 1. O desenvolvimento da mediunidade é proporcional ao desenvolvimento moral do médium?
  • 3. “Não; a faculdade propriamente dita relaciona-se ao organismo; É independente da moral; não acontece o mesmo com o seu uso, que pode ser bom ou mau, conforme as qualidades do médium.”
  • 4. 2.Sempre foi dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça,um favor; por que, então, não é privilégio dos homens de bem e por que se vêem pessoas indignas que são dotadas dela no mais alto grau e a usam para o mal?
  • 5. “Todas as faculdades são favores pelos quais se devem render graças a Deus, uma vez que há homens que são privados delas. Poderíeis também perguntar por que Deus concede uma boa visão aos malfeitores, habilidade aos gatunos, eloqüência aos que se servem dela para dizer coisas más. Acontece o mesmo com a mediunidade; pessoas indignas são dotadas dela porque têm mais necessidade que os outros de melhorar.
  • 6. Pensais que Deus recusa os meios de salvação aos culpados? Ele os multiplica nos seus caminhos, coloca-os nas mãos deles, para que tirem proveito. Judas, o traidor, não fez milagres e curou os doentes como apóstolo?Deus permitiu que tivesse esse dom para tornar aos seus próprios olhos sua traição mais odiosa.”
  • 7. 3. Os médiuns que fazem mau uso de suas faculdades, que não se servem dela para o bem ou que não tiram proveito delas para sua instrução sofrerão as conseqüências disso?
  • 8. “Se as usam mal, serão duplamente punidos, porque lhes é dado um meio a mais para se esclarecerem e não o utilizam convenientemente. Aquele que vê claramente e tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso.”
  • 9. 4. Há médiuns a quem são dadas espontaneamente, e quase constantemente,comunicações sobre um mesmo assunto, sobre certas questões morais, por exemplo, sobre determinados vícios morais; Há nisso um objetivo?
  • 10. “Sim, e esse objetivo é de esclarecê-los sobre um assunto muitas vezes repetido ou de corrigi-los de certos erros; por isso a uns falarão do orgulho, a um outro, da caridade; só a insistência pode lhes abrir os olhos.
  • 11. Não há médium que empregue mal a sua faculdade, pela ambição ou pelo interesse ou por um defeito, como o orgulho, o egoísmo, a leviandade etc., que não receba de tempos em tempos alguns conselhos da parte dos Espíritos; o mal é que na maioria das vezes não os tomam para si.”
  • 12. Muitas vezes, os Espíritos agem sempre com muita precaução em suas lições, eles as passam de uma maneira indireta para deixar o mérito àquele que sabe aplicar para si e aproveitar os ensinamentos; mas a cegueira e o orgulho são tais para algumas pessoas que não se reconhecem no quadro que se lhes coloca sob os olhos. Quando o Espírito lhes dá a entender que é delas que se trata, irritam-se e o qualificam de mentiroso ou de maledicente. Isso só prova que o Espírito tem razão.
  • 13. 5. Quando o médium recebe lições gerais e sem aplicação pessoal, não atua nesse caso como um instrumento passivo para servir à instruçãode outros?
  • 14. “Muitas vezes, esses avisos e esses conselhos não são dirigidos a ele pessoalmente, mas a outros, aos quais podemos nos dirigir somente por intermédio do médium, mas eles servem também para ele, se não estiver cego pelo amor-próprio.
  • 15. “Não acrediteis que a faculdade mediúnica tenha sido dada para corrigir somente uma ou duas pessoas; não; objetivo é muito maior: trata-se da humanidade. Um médium é um instrumento muito pouco importante como indivíduo; por isso, quando damos instruções que interessam a todos, nós nos servimos do que possui as facilidades necessárias.
  • 16. Mas ficai certos de que chegará o tempo em que os bons médiuns serão bastante comuns, de modo que os bons Espíritos não necessitarão de se servir de maus instrumentos.”
  • 17. 6. Uma vez que as qualidades morais do médium afastam os Espíritos imperfeitos, como é que um médium dotado de boas qualidades transmite respostas falsas ou grosseiras?
  • 18. “Conheceis todos os recantos de sua alma? Aliás, sem ser vicioso, pode ser leviano e fútil; além disso, algumas vezes ele tem necessidade de uma lição, a fim de que se mantenha alerta.”
  • 19. 7. Por que os Espíritos superiores permitem que pessoas dotadas de um grande poder, como os médiuns, e que poderiam fazer muito de bom, sejam instrumentos do erro?
  • 20. “Os Espíritos superiores esforçam-se para influenciá-las; mas, quando se deixam arrastar para um mau caminho, eles as deixam ir. É por isso que se servem delas com cautela, pois a verdade não pode ser interpretada pela mentira.”
  • 21. 8. É absolutamente impossível ter boas comunicações por um médium imperfeito?
  • 22. “Algumas vezes, um médium imperfeito pode obter boas coisas,porque, se tiver uma bela faculdade, bons Espíritos podem se servir dele na falta de outro ou numa circunstância particular; mas sempre momentaneamente, porque, desde que encontrem um que lhes convenha melhor, eles lhe dão a preferência.”
  • 23. Devemos observar que, quando bons Espíritos julgam que um médium pára de ser bem assistido e torna-se, pelas suas imperfeições, presa dos Espíritos enganadores, eles fazem surgir quase sempre circunstâncias que revelam suas manias e o afastam das pessoas sérias e bemintencionadas, de cuja boa-fé poderiam abusar. Nesse caso, quaisquer que sejam suas faculdades, não há nada a lamentar.
  • 24. 9. Qual seria o médium que se poderia chamar de perfeito?
  • 25. “Perfeito! Sabeis bem que a perfeição não está sobre a Terra; De outro modo, não estaríeis nela; dizei, somente, bom médium, e já é muito, pois são raros.
  • 26. O médium perfeito seria aquele contra quem os maus Espíritos nunca se atreveriam a fazer uma tentativa para enganá-lo. O melhor é aquele que, simpatizando apenas com os bons Espíritos, foi enganado o menos possível.”
  • 27. 10. Se simpatiza, se tem afinidade, apenas com bons Espíritos, Como permitem(os bons espiritos) que seja enganado?
  • 28. “Os bons Espíritos permitem algumas vezes que os melhores médiuns sejam enganados para aperfeiçoar o seu julgamento e lhes ensinar a discernir o verdadeiro do falso;
  • 29. ...depois, por melhor que seja o médium,ele nunca é tão perfeito que não seja vulnerável em algum lado fraco; isso deve lhe servir de lição.
  • 30. As comunicações falsas que recebe de quando em quando são advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso.
  • 31. Porque o médium que recebe as mais notáveis comunicações não pode se vangloriar mais do que o tocador de realejo, que basta virar a manivela do seu instrumento para obter belas árias(melodia).
  • 32.
  • 33. 11. Quais são as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores chegue até nós pura de qualquer alteração?
  • 34. “Querer o bem e libertar-se do egoísmo e do orgulho. Ambas as condições são necessárias.”
  • 35. 12. O fato de a palavra pura dos Espíritos superiores chegar até nós apenas em condições difíceis de se encontrar não é um obstáculo para a propagação da verdade?
  • 36. “Não, porque a luz chega sempre ao que quer recebê-la. Todo aquele que quer se iluminar deve evitar as trevas, e as trevas estão na impureza do coração.
  • 37. “Os Espíritos que considerais a personificação do bem não atendem voluntariamente ao chamado dos que têm o coração manchado pelo orgulho, pela ganância e pela falta de caridade.
  • 38. “Que aqueles que querem se esclarecer se despojem de toda vaidade humana e humilhem sua razão diante do poder infinito do Criador; isso será a melhor prova de sua sinceridade; essa é a condição, que todos podem cumprir.”
  • 39. 227. Se o médium, quanto à execução, é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande influência. Porque o Espírito comunicante identifica-se com o Espírito do médium, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se assim podemos dizer, afinidade.(4)
  • 40.
  • 41. A alma exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou de repulsão, segundo o grau de semelhança ou dessemelhança entre eles.
  • 42. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, de onde se segue que as qualidades morais do médium têm influência capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio.
  • 43. Se o médium é de baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou.
  • 44. As qualidades que atraem de preferência os Espíritos bons são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais.
  • 45. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, e sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se apega à matéria
  • 46. 228 Todas as imperfeições morais são portas abertas aos maus Espíritos. Mas a que exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é o que a criatura reconhece menos em si mesma;
  • 47. ...o orgulho perdeu numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, não fosse por isso, teriam podido se tornar médiuns notáveis e muito úteis;
  • 48. ...transformados em presa dos Espíritos mentirosos, suas faculdades são primeiramente pervertidas, depois aniquiladas, e mais de um se viu humilhado pelas mais severas decepções.
  • 49. O orgulho se manifesta nos médiuns por sinais inequívocos sobre os quais é necessário chamar a atenção, porque é um dos caprichos que mais devem despertar desconfiança sobre a veracidade de suas comunicações.
  • 50. É, primeiramente, uma confiança cega na superioridade dessas comunicações e na infalibilidade do Espírito que as dá; daí um certo desdém por tudo o que não vêm deles, pois acreditam ter o privilégio da verdade.
  • 51. O prestígio dos grandes nomes com que se adornam os Espíritos que dizem ser seus protetores os fascina e, como seu amor-próprio sofreria em confessar que são enganados, recusam toda espécie de conselhos; eles mesmos os evitam, ao se afastar de seus amigos e de todo aquele que poderia abrir-lhes os olhos;
  • 52. ...se cedem a escutá-los, não levam em consideração suas advertências, pois duvidar da superioridade de seu Espírito protetor é quase uma profanação, uma irreverência.
  • 53. Eles se melindram com a menor contrariedade, com uma simples observação crítica, e algumas vezes chegam até a sentir ódio das pessoas que lhe prestaram esse favor.
  • 54. Graças a esse isolamento provocado pelos Espíritos que não querem ter contraditores, esses mesmos Espíritos se comprazem em entretê-los em suas ilusões, como também os fazem facilmente tomar os maiores absurdos por coisas sublimes.
  • 55. Assim, confiança absoluta na superioridade do que obtêm, desprezo daquilo que não vêm deles, importância irrefletida ligada aos grandes nomes, recusa de conselhos, tomar a mal qualquer crítica, afastamento daqueles que podem dar conselhos desinteressados, crença em sua habilidade, apesar de sua falta de experiência, essas são as características dos médiuns orgulhosos.
  • 56. Também é preciso convir que o orgulho, muitas vezes, é instigado no médium pelos que o rodeiam. Se possui faculdades um pouco fora do comum, é procurado e louvado; acredita-se indispensável, e logo toma ares de vaidade e de desdém quando presta sua participação. Mais de uma vez lamentamos os elogios que demos a alguns médiuns com o objetivo de encorajá-los.
  • 57. 229 Ao lado disso, mostramos o quadro do médium verdadeiramente bom, em que se pode confiar. Primeiramente, deve ter uma facilidade de execução muito grande para permitir aos Espíritos se comunicarem livremente e sem encontrar nenhuma dificuldade material. Depois disso, o que mais importa considerar é a natureza dos Espíritos que o assistem habitualmente, e para isso não é ao nome que devemos nos referir, mas à linguagem.
  • 58. Ele nunca deve se esquecer de que as simpatias que desfruta entre os bons Espíritos estarão em razão do que fará para afastar os maus. Persuadido de que sua faculdade é um dom que lhe é concedido para o bem, nunca procura se prevalecer dela e não a apresenta como um mérito seu. Aceita as boas comunicações, que lhe são transmitidas como uma graça, devendo se esforçar para se tornar digno delas por sua bondade, benevolência e modéstia. O outro se orgulha de suas relações com os Espíritos superiores, enquanto esse se humilha, porque se considera sempre abaixo desse favor.
  • 59. 230 A instrução seguinte sobre esse assunto nos foi dada por um Espírito de quem já relatamos muitas comunicações: “Já dissemos: os médiuns, na qualidade de médiuns, desempenham apenas uma influência secundária nas comunicações dos Espírito; sua tarefa é a de um telégrafo, que transmite os despachos telegráficos de um ponto a outro ponto afastado da Terra.
  • 60. Assim, quando queremos ditar uma comunicação, agimos sobre o médium como o empregado do telégrafo age sobre seu aparelho; ou seja, assim como o tique-tique do telégrafo vai escrevendo, a milhares de léguas, sobre uma tira de papel, sinais reprodutores do despacho, do mesmo modo comunicamos através de distâncias incomensuráveis, que separam o mundo visível do mundo invisível, o mundo imaterial do mundo encarnado, o que queremos vos ensinar por meio do aparelho mediúnico.
  • 61. Mas, do mesmo modo que as influências atmosféricas agem e perturbam muitas vezes as transmissões do telégrafo elétrico, a influência moral do médium algumas vezes age e perturba a transmissão de nossas mensagens do alémtúmulo, porque somos obrigados a fazê-los passar por um meio que lhes é contrário. Entretanto, muitas vezes essa influência é anulada pela nossa energia e vontade, e não há perturbação alguma. De fato, ditados de uma alta importância filosófica, comunicações de perfeita moralidade são transmitidas algumas vezes por médiuns pouco apropriados a esses ensinamentos superiores; enquanto, por outro lado, comunicações pouco edificantes chegam, algumas vezes, por médiuns que se envergonham de lhes terem servido de intérpretes.
  • 62. Entretanto, muitas vezes essa influência é anulada pela nossa energia e vontade, e não há perturbação alguma. De fato, ditados de uma alta importância filosófica, comunicações de perfeita moralidade são transmitidas algumas vezes por médiuns pouco apropriados a esses ensinamentos superiores; enquanto, por outro lado, comunicações pouco edificantes chegam, algumas vezes, por médiuns que se envergonham de lhes terem servido de intérpretes.
  • 63. “Em tese geral, pode-se afirmar que os Espíritos atraem Espíritos que lhes são semelhantes e que raramente os Espíritos das esferas elevadas se comunicam por aparelhos maus condutores quando têm à mão bons aparelhos mediúnicos, numa palavra, bons médiuns.
  • 64. “Os médiuns levianos e pouco sérios atraem para si Espíritos da mesma natureza; é por isso que suas comunicações são marcadas por banalidades, frivolidades, idéias sem seqüência e muitas vezes heterodoxas*, espiritualmente falando. Certamente podem dizer, e algumas vezes dizem, boas coisas; mas é nesse caso principalmente que é preciso fazer um exame sério e escrupuloso; porque, de permeio de boas coisas, alguns Espíritos hipócritas insinuam com habilidade e com uma calculada perversidade fatos controvertidos, asserções mentirosas, a fim de enganar a boa-fé dos que lhes dão atenção.
  • 65. Deve-se, então, cortar sem piedade qualquer palavra, qualquer frase equivocada e conservar do ditado apenas o que a lógica aceita ou o que a Doutrina Espírita já ensinou. As comunicações dessa natureza são perigosas só para os espíritas individualistas, isolados, e para os grupos recentes ou pouco esclarecidos, visto que, nas reuniões onde os adeptos são mais avançados e adquiriram experiência, a gralha que se enfeita com plumas de pavão sempre é implacavelmente desmascarada.
  • 66. “Não falarei dos médiuns que se comprazem em solicitar e escutar comunicações indecentes; deixemos que se comprazam na sociedade dos Espíritos cínicos. Aliás, os autores de comunicações dessa natureza procuram a solidão e o isolamento, porque só causariam desdém e repulsa entre os membros dos grupos filosóficos e sérios. Mas a influência moral do médium se faz realmente sentir quando ele sobrepõe suas idéias pessoais e as substitui pelas que os Espíritos se esforçam por lhe sugerir; é então que tira da sua imaginação teorias fantásticas que ele acredita, de boa-fé, resultar de uma comunicação intuitiva.
  • 67. Há, nesses casos, mil possibilidades contra uma de que isso seja apenas o reflexo do Espírito pessoal do médium, e acontece mesmo o fato curioso de a mão do médium se mover, algumas vezes, quase mecanicamente, impelida que é por um Espírito secundário e zombeteiro.
  • 68. É contra esse temível obstáculo que vêm igualmente se chocar as personalidades ambiciosas, que, na falta de boas comunicações que os bons Espíritos lhes recusam, apresentam suas próprias obras como desses Espíritos. Eis por que é preciso que os dirigentes dos grupos espíritas estejam munidos de um tato apurado e de uma rara sagacidade para discernir as comunicações autênticas das que não o são e para não ferir os que iludem a si mesmos.
  • 69. “Na dúvida, abstém-te, diz um de vossos antigos provérbios. Não admitais, portanto, o que não for para vós de uma evidência certa. Desde que uma opinião nova se apresenta, por pouco que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica; o que a razão e o bom senso reprovam, rejeitai-o com firmeza. Melhor repelir dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.
  • 70. De fato, sobre essa teoria poderíeis edificar todo um sistema, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento construído sobre areia movediça; enquanto, se rejeitais hoje algumas verdades, porque não vos são demonstradas lógica e claramente, logo um fato normal, natural, ou uma demonstração irrefutável virá vos afirmar a autenticidade disso.
  • 71. “Lembrai-vos, contudo, ó espíritas, que não existe o impossível para Deus e para os bons Espíritos, a não ser a injustiça e a maldade. “Agora o Espiritismo está bastante difundido entre os homens e tem moralizado suficientemente os seguidores sinceros de sua santa doutrina para que os Espíritos não sejam obrigados a empregar as más ferramentas, os médiuns imperfeitos.
  • 72. Se agora, portanto, um médium, pela sua conduta ou seus hábitos, por seu orgulho, por sua falta de amor e caridade, der um motivo legítimo de suspeita, repeli, repeli suas comunicações, porque há uma serpente escondida no meio das flores. Eis minha conclusão sobre a influência moral dos médiuns”. Erasto