O documento discute a natureza dos pensamentos e como eles podem se manifestar fisicamente através dos fluidos. Os pensamentos positivos criam formas fluidas belas enquanto pensamentos negativos criam formas distorcidas. Os fluidos podem afetar o corpo físico e a saúde dependendo de sua qualidade.
3. O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é
um dos mais importantes produtos do fluido
cósmico; é uma condensação desse fluido em
torno de um foco de inteligência ou alma.
Corpo Fluídico
4. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm
pois origem no mesmo elemento primitivo;
ambos são matéria, ainda que em dois
estados diferentes.
E o Corpo Carnal?
5. Pode um fenômeno psicológico transformar-
se em fisiológico?
O pensamento pode fotografar-se e
concretizar-se em materialização plástica,
tanto quanto criar um organismo vivo?
Ernesto Bozzano, Pensamento e Vontade, p. 3
Analisemos os
questionamentos
6. Os fluidos espirituais, que constituem um
dos estados do fluido cósmico universal,
são, a bem dizer, a atmosfera dos seres
espirituais; o elemento donde eles tiram
os materiais sobre que operam.
A Gênese, cap. 14, parágrafo 13.
Vejamos o que Kardec
afirma
7. Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais,
não manipulando-os como os homens
manipulam os gases, mas empregando o
pensamento e a vontade.
A Gênese, cap. 14, parágrafo 14.
8. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são
o que é a mão para o homem.
9. Em três grupos podem ser subdivididas as
“formas-pensamento” por mim percebidas: as
que revestem o aspecto de uma personalidade, as
que representam qualquer objeto e as que
engendram formas especiais...
As inerentes aos dois primeiros grupos explicam-
se por si mesmas; as do terceiro, porém, requerem
esclarecimento.
Ernesto Bozzano, Pensamento e Vontade, p. 15
Relato do Médium, Sr.
E. A. Quinton
10. Um pensamento de paz, quando emitido por alguém
profundamente compenetrado desse sentimento,
torna-se extremamente belo e expressivo. Um
pensamento colérico, ao contrário, torna-se tão
repugnante, quanto horrível.
A avidez e análogas emoções, por sua parte, originam
formas retorcidas, curvas, semelhantes às garras do
falcão, como se as pessoas que as emitem desejassem
algo empalmar em benefício próprio. (Light, 1911, pág.
401).
Relato do Médium, Sr.
E. A. Quinton
11. Todo pensamento cria uma série de vibrações
correspondentes à natureza do mesmo pensamento, e
que se combinam em maravilhoso jogo de cores, tal
como se dá com as gotículas de água desprendidas de
uma cascata, quando atravessadas pelo raio solar,
apenas com a diferença de maior vivacidade e
delicadeza de tons.
Ernesto Bozzano, Pensamento e Vontade, p. 14
Resumo do trecho do
livro (Thought-formes)
12. Ora, esse estado vibratório da fração exteriorizada do
“corpo mental”, tem a propriedade de atrair a si, no
meio etérico, substância sublimada análoga à sua.
Assim é que se produz uma “forma-pensamento”, que
é, de certo modo, uma entidade animada de intensa
atividade, a gravitar em torno do pensamento
gerador...
Resumo do trecho do
livro (Thought-formes)
13. Aprendestes que foi dito aos antigos: “Não
cometereis adultério. Eu, porém, vos digo
que aquele que houver olhado uma mulher,
com mau desejo para com ela, já em seu
coração cometeu adultério com ela.” (S.
MATEUS, 5:27 e 28.)
Jesus nos aconselha
14. Há mais: criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete
no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele
corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem,
por exemplo, a ideia de matar a outro: embora o corpo
material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é
posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os
matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato
que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da
vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal
qual se lhe desenrola no espírito.
A Gênese, cap. 14, parágrafo 15.
15. Quando um Espírito quer agir
sobre uma pessoa, dela se
aproxima e a envolve, por assim
dizer, com o seu perispírito, como
num manto; os fluidos se
interpenetram, os dois
pensamentos e as duas vontades se
confundem e, então, o Espírito
pode servir-se daquele corpo como
se fora o seu próprio, fazê-lo agir à
sua vontade, falar, escrever,
desenhar, etc.
Ação dos Espíritos sobre
os homens
Revista Espírita, Ano V, dezembro de 1862
16. Sendo os fluidos o veículo do pensamento e
podendo este modificar-lhe as propriedades, é
evidente que eles devem achar-se impregnados das
qualidades boas ou más dos pensamentos que os
fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou
impureza dos sentimentos.
Os maus Espíritos corrompem os fluidos pelos seus
pensamentos, tornando-os pestilentos
Os bons Espíritos os eterizam de acordo com sua
elevação moral, tornando-os um remédio salutar
para os que são objeto de sua ação.
Nunca se esquecer
17. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este,
a seu turno, reage sobre o organismo material
com que se acha em contato molecular. Se os
eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente
uma impressão salutar; se são maus, a
impressão é penosa. Se são permanentes e
enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar
desordens físicas; não é outra a causa de certas
enfermidades
18. Respiguei este fato da preciosa obra de Vicent Turvey
The Beginning of Sership, na qual o autor analisa as
próprias faculdades de clarividente sensitivo e médium.
No dia 26 de fevereiro de 1908, bateu-me à porta um
distribuidor de brochuras e revistas da Sociedade de
propaganda cristã, e acabou por conseguir que eu lhe
comprasse um número da revista, a título de experiência.
De pronto, despertou-me atenção um artigo sobre o
Espiritismo, no qual não se contestava a realidade dos
fatos, mas atribuía-se-lhes uma origem diabólica.
19. Mandei entrar o visitante e logo engajamos, a propósito, viva
controvérsia.
Por fim, com sói acontecer nestes casos, cada qual se retirou
na suposição de haver batido os argumentos contrários.
Assim, não se retirou o adversário sem elevar a Deus uma
prece, para que me abrisse os olhos à “verdadeira luz”.
Isto feito, lá se foi, assegurando-me que dali por diante
os diabos ficavam expulsos de minha casa.
Pouco depois, recostava-me ao sofá, para repousar e
meditar, e eis que repentinamente me surgem três
“diabinhos”, absolutamente idênticos ao tipo ortodoxo:
corpo humano, pés de bode, pequenos chifres atrás das
orelhas, cabelos lanudos, quais os dos negros, tez
cobreada.
20. Francamente, confesso haver sido de susto a minha
primeira impressão, e creio que o mesmo sucederia a
qualquer outro observador.
Meu primeiro cuidado foi erguer-me, para melhor
certificar-me de que não estava sonhando.
Concentrei-me, então, no intuito de atingir o estado que
denomino “condição superior”, graças à qual as
faculdades clarividentes se me tornam mais latas do que
quando as utilizo em público.
Conseguido o meu desideratum, não tardou percebesse
que os tais “diabinhos” não passavam de formas
efêmeras, como se fossem figuras de papelão.