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2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 1 de 7
Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa
ESCOLA BÁSICA DE PIAS
2.º TESTE DE AVALIAÇÃO SUMATIVA
9.º Ano de Escolaridade
Português
Ano Letivo 2012/2013 | 04 de dezembro de 2012
9.º B Duração: 85 minutos
 Todas as questões devem ser respondidas na folha de respostas (folha de teste da escola), com caneta azul ou
preta. As questões cuja resposta for dada no enunciado não serão alvo de correção.
 Não é permitido o uso de dicionário.
 Não é permitido o uso de corretor.
GRUPO I
(Leitura)
PARTE A
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado após o texto. De seguida,
responde aos itens que se lhe seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
Grandes primeiras frases
1 Conseguir prender o leitor desde a linha inicial de um livro é uma arte difícil. Eis oito
exemplos de mestria.
5
«Chamem-me Ismael.»
Moby Dick
Herman Melville (1819-1891)
Esta é talvez a mais famosa de todas as primeiras frases da literatura mundial. No início da
louca aventura em que o capitão Ahab precipita os seus homens, em busca da mítica baleia
branca, o narrador apresenta-se da forma mais simples que imaginar se possa: «Call me
Ishmael.». E o resto é uma vertigem que só poderia acabar como acaba: em tragédia.
10 «Esta é a história mais triste que alguma vez ouvi.»
O Bom Soldado
Ford Madox Ford (1873-1939)
Apetece dizer: esta é a primeira frase do romance mais triste que alguma vez li. E depois
dela, que leitor seria capaz de largar o livro?
15 «Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano
Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou a
conhecer o gelo.»
Cem Anos de Solidão
Gabriel García Márquez (n. 1928)
20 Experimente ler alto esta frase célebre, pórtico
1
por onde se entra num romance magistral.
Depois releia. Depois releia outra vez. Com uma terceira releitura, já a saberá de cor. O mais
certo é ficar gravada na memória, como se fosse um poema. De certa maneira, é o que ela é.
2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 2 de 7
25
«Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim,
isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.»
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Machado de Assis (1839-1908)
Mestre da ironia e da invenção narrativa, o maior escritor brasileiro de todos os tempos
diverte-se a desconcertar, logo de entrada, os seus leitores. Um desconcerto que nunca se
atenua, antes se agrava, para visível gozo do narrador.
30 «Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz
é infeliz à sua maneira.»
Anna Karenina
Lev Tolstoi (1828-1910)
35
O grande escritor russo começa aquele que é talvez o seu melhor romance (mais equilibrado
do que Guerra e Paz) como deviam começar todos os romances. Isto é, com uma frase ao
mesmo tempo arrebatadora e capaz de transmitir uma verdade inquestionável.
40
«Da porta do La Crónica, Santiago contempla a Avenida Tacna, sem amor:
automóveis, edifícios desiguais e desbotados, esqueletos de anúncios
luminosos a flutuar na neblina, o meio-dia cinzento.»
Conversa na Catedral
Mario Vargas Llosa (n. 1936)
Quarenta e um anos antes de ganhar, com inteira justiça, o Nobel de Literatura, Vargas Llosa
começava assim, em tom melancólico, a sua obra-prima.
45
«A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era
conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o
bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o
Ramalhete.»
Os Maias
Eça de Queirós (1845-1900)
50 Quem, onde e quando. Está lá tudo, muito bem explicadinho. Eça entra na história de Carlos
da Maia com o esmero de um jornalista que cumpre à risca as regras da pirâmide invertida.
«No dia seguinte ninguém morreu.»
As Intermitências da Morte
José Saramago (1922-2010)
55 Não há maior acicate
2
para a curiosidade do que a estranheza. Ao anunciar de chofre a
súbita ausência da morte, uma impossibilidade fascinante, Saramago induz no leitor a mais
básica das perguntas: «porquê?». É uma espécie de armadilha. E sem saber como, o leitor já
está preso.
José Mário Silva, Revista Única, Expresso, 16 de outubro de 2010 (imagens e texto adaptados)
GLOSSÁRIO:
1
pórtico: entrada monumental.
2
acicate: estímulo, incentivo.
2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 3 de 7
1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com
o sentido do texto.
Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Romance que é, provavelmente, o melhor do seu
autor e cuja primeira frase poderia servir de
modelo.
(b) Obra-prima de um autor galardoado com um Nobel
e cuja primeira frase expressa um sentimento de
melancolia.
(c) Romance cujo narrador se apresenta com
simplicidade.
(d) Narrativa que apresenta marcas da ironia do seu
autor e cuja primeira frase é desconcertante para o
leitor.
(e) Obra cuja primeira frase poderá ficar gravada na
memória de quem a ler em voz alta.
(1)Anna Karenina
(2)As Intermitências da Morte
(3)Cem Anos de Solidão
(4)Conversa na Catedral
(5)Memórias Póstumas de Brás Cubas
(6)Moby Dick
(7)O Bom Soldado
(8)Os Maias
2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1. a 2.3.), a opção que permite obter uma informação
adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2.1. Os excertos apresentados a propósito de cada grande primeira frase têm em comum o facto de
todos incluírem…
(A) …a data de publicação da obra e o nome da personagem principal.
(B) …o nome do autor, a sua nacionalidade e um retrato.
(C) …o título da obra, a data de nascimento do autor e um retrato.
(D) …a data de publicação da obra referida e o seu título.
2.2. Considerando a informação biográfica sobre os autores, o escritor Machado de Assis nunca poderia
ter lido a primeira frase do livro de…
(A) …Herman Melville.
(B) …Mario Vargas Llosa.
(C) …Eça de Queirós.
(D) …Lev Tolstoi.
2.3. A obra cuja primeira frase é comparada a uma notícia é…
(A) …As Intermitências da Morte.
(B) …Conversa na Catedral.
(C) …Moby Dick.
(D) …Os Maias.
3. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
(A) «em que» (linha 16) refere-se a «aquela tarde remota».
(B) «o» (linha 16) refere-se a «o coronel Aureliano Buendía».
(C) «a» (linha 21) refere-se a «uma terceira releitura».
(D) «o que» (linha 22) refere-se a «um poema».
2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 4 de 7
PARTE B
Lê o excerto apresentado do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Se necessário, consulta o
vocabulário fornecido.
De seguida, responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens apresentados. Salvo indicação em
contrário, utiliza as tuas próprias palavras.
O primeiro entrelocutor é um Fidalgo que
chega com um Paje, que lhe leva um rabo mui
comprido e ũa cadeira de espaldas. E começa o
Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha.
35
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60
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FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
Parece-me isso cortiço11
…
Porque a vedes lá de fora.
Porém, a que terra passais?
Pera o Inferno, senhor.
Terra é bem sem-sabor.
Quê? E também cá zombais?
E passageiros achais
pera tal habitação?
Vejo-vos eu em feição
pera ir ao nosso cais…
Parece-te a ti assi.
Em que esperas ter guarida12
?
Que leixo na outra vida
quem reze sempre por mi.
Quem reze sempre por ti!?...
Hi hi hi hi hi hi hi hi hi!...
E tu viveste a teu prazer,
cuidando cá guarecer13
porque rezam lá por ti?
Embarcai! Hou! Embarcai,
que havês de ir à derradeira14
.
Mandai meter a cadeira,
que assi passou vosso pai.
Quê? Quê? Quê? Assi lhe vai?
Vai ou vem, embarcai prestes!
Segundo lá escolhestes,
Assi cá vos contentai.
Pois que já a morte passastes,
havês de passar o rio.
Não há aqui outro navio?
Não, senhor, que este fretastes,
e primeiro15
que espirastes
me destes logo sinal.
Que sinal foi esse tal?
Do que vós vos contentastes16
.
1
5
10
15
20
DIABO
COMP.
DIABO
COMP.
DIABO
COMP.
DIABO
À barca, à barca, houlá!
que temos gentil maré!
-Ora venha o caro1
à ré2
!
Feito, feito!
Bem está!
Vai tu muitieramá3
,
atesa aquele palanco4
e despeja aquele banco
pera a gente que vinrá.
À barca, à barca, hu-u!
Asinha, que se quer ir!
Oh! que tempo de partir,
louvores a Berzebu!
-Ora, sus!, que fazes tu?
Despeja todo esse leito!
Em boa hora! Feito, feito!
Abaxa má-hora esse cu!
Faze aquela poja5
lesta6
e alija aquela driça7
.
Ô-ô, caça! Ô-ô, iça! iça!
Oh, que caravela esta!
Põe bandeiras, que é festa.
Verga8
alta! Âncora a pique!
-Ó poderoso Dom Anrique,
cá vindes vós? Que cousa é esta?
Vem o Fidalgo e, chegando ao batel infernal,
diz:
25
30
FIDALGO
DIABO
FIDALGO
DIABO
Esta barca onde vai ora,
que assi está apercebida9
?
Vai pera a ilha perdida
E há de partir logo ess’ora10
.
Pera lá vai a senhora?
Senhor, a vosso serviço.
Vocabulário:
1
caro: parte inferior das vergas das velas.
2
à ré: em direção à popa.
3
muitieramá: em muito má hora.
4
palanco: corda da vela.
5
poja: corda para esticar ou afrouxar a vela.
6
lesta: frouxa.
7
driça: cabo para içar as velas.
8
verga: pau onde se amarra a vela.
9
apercebida: aparelhada; pronta para a partida.
10
ess’ora: sem demora.
11
cortiço: embarcação pobre.
12
guarida: proteção; refúgio.
13
guarecer: salvar-te.
14
à derradeira: por fim.
15
primeiro: antes.
6
contentastes: da vida de prazer que vivestes.
2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 5 de 7
4. A didascália inicial fornece informações sobre as personagens.
Explicita três das indicações fornecidas.
5. No diálogo que mantém com o Companheiro, o Diabo revela duas preocupações.
Indica essas preocupações, ilustrando cada uma delas com uma frase do texto.
6. O Diabo, dirigindo-se ao Fidalgo, afirma “Vejo-vos eu em feição / pera ir ao nosso cais…” (versos 39-40).
6.1. Explica o significado dos versos transcritos.
6.2. Indica, justificando, o recurso expressivo utilizado na expressão “nosso cais”.
7. A fala do Diabo compreendida entre os versos 55 e 59 revela a irremediabilidade do destino do Fidalgo.
7.1. Transcreve outras duas passagens das falas do arrais do Inferno que indiciem o destino final da
personagem em julgamento.
7.2. Explicita o único argumento evocado pelo Fidalgo para não entrar na barca do Inferno.
PARTE C
8. Lê o excerto do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, e responde, de forma completa e bem
estruturada, ao item que se lhe segue. Em caso de necessidade, consulta as notas apresentadas.
5
10
15
ONZENEIRO
DIABO
ONZENEIRO
DIABO
ONZENEIRO
DIABO
ONZENEIRO
DIABO
Oh, que barca tão valente!
Pera onde caminhais?
Oh, que má hora venhais,
onzeneiro, meu parente!
Como tardastes vós tanto?
Mais quisera eu lá tardar.
Na safra1
do apanhar
me deu Saturno2
quebranto.
Ora mui muito m’espanto
não vos livrar o dinheiro.
Nem tão sois3
pera o barqueiro,
não me deixaram nem tanto.
Ora entrai, entrai aqui.
Não hei eu i d’embarcar.
Oh, que gentil recear,
e que cousas pera mi!
1
colheita; azáfama.
2
deus romano responsável
pela duração das vidas
humanas
3
só.
Gil Vicente, Copilaçam de Todalas Obras de Gil Vicente, vol. I,
ed. de Maria Leonor Carvalhão Buescu, Lisboa, IN-CM, 1984
2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 6 de 7
Escreve um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual apresentes
linhas fundamentais de leitura do excerto da peça Auto da Barca do Inferno.
O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão.
Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os sete tópicos apresentados a
seguir. Se não mencionares ou se não tratares corretamente os dois primeiros tópicos, a tua resposta será
classificada com zero pontos.
 Referência ao local onde as personagens se encontram.
 Identificação do que é referido pelo advérbio «lá» (verso 6).
 Indicação da intenção do Diabo ao dirigir-se ao Onzeneiro como «meu parente» (verso 4).
 Explicitação da reação do Diabo à demora do Onzeneiro.
 Explicação do sentido dos versos «Ora mui muito m’espanto / não vos livrar o dinheiro.» (versos 9 e 10).
 Referência ao sentido da fala do Onzeneiro «Nem tão sois pera o barqueiro, / não me deixaram nem
tanto.» (versos 11 e 12).
 Explicação, com base no teu conhecimento da obra, da intenção de crítica social, feita através do
Onzeneiro.
Observações relativas ao item 8:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma
única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2012/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados (um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras), há
que atender ao seguinte: a um texto com extensão inferior a 23 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero)
pontos; nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até
um ponto) do texto produzido.
GRUPO II
(Funcionamento da Língua)
1. Lê as frases apresentadas.
Indica a classe a que pertence cada palavra sublinhada.
(a) Gil Vicente é considerado o pai do nosso teatro.
(b) Aquela personagem tem mais símbolos cénicos do que esta.
(c) O Fidalgo representa a nobreza, a sua classe social.
2. Reescreve as frases seguintes, substituindo os grupos nominais sublinhados pelas formas adequadas dos
pronomes pessoais. Procede às alterações necessárias.
(a) O cenário tem duas barcas.
(b) O Pajem acompanha o Fidalgo.
(c) O Onzeneiro traz um bolsão.
(d) O Parvo não tem símbolos cénicos.
3. Qual das frases apresentadas (A a D) inclui uma forma verbal no pretérito imperfeito do indicativo?
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
(A) Antigamente lia-se mais.
(B) Lê-se cada vez menos obras de Gil Vicente.
(C) Se o Ricardo lesse a obra com atenção, percebê-la-ia melhor.
(D) Esperemos que a peça vos agrade!
2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 7 de 7
4. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a
identificares o processo de formação da palavra sublinhada em cada frase.
Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) O Auto da Barca do Inferno poderia ser considerado
uma obra-prima.
(b) –Vais reler a obra?
(c) O Fidalgo representa a nobreza.
(d) Já o Sapateiro representa os artesãos.
(1) Derivação por parassíntese.
(2) Derivação por prefixação.
(3) Derivação por sufixação.
(4) Derivação por prefixação e sufixação.
(5) Composição por aglutinação.
(6) Composição por justaposição.
5. Lê a frase seguinte:
O Pajem transporta a cadeira do Fidalgo.
Reescreve a frase na forma passiva, respeitando, na frase que escreveres, o tempo e o modo verbais.
GRUPO III
(Escrita)
Há quem considere que a sociedade em que vivemos é marcada por grandes contrastes: por um lado,
aqueles que só adquirem bens dos mais caros, que vivem em habitações de luxo e que frequentam os
melhores restaurantes; por outro, os que lutam diariamente por comida, um teto e outras condições
básicas.
Redige um texto, que possa ser publicado no jornal da tua Escola, em que apresentes a tua opinião
sobre os contrastes acima descritos.
O teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras.
Observações relativas ao Grupo III:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma
única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2012/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras –,
há que atender ao seguinte:
-um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até dois pontos);
-um texto com extensão inferior a 60 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.
FIM

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  • 1. 2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 1 de 7 Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS 2.º TESTE DE AVALIAÇÃO SUMATIVA 9.º Ano de Escolaridade Português Ano Letivo 2012/2013 | 04 de dezembro de 2012 9.º B Duração: 85 minutos  Todas as questões devem ser respondidas na folha de respostas (folha de teste da escola), com caneta azul ou preta. As questões cuja resposta for dada no enunciado não serão alvo de correção.  Não é permitido o uso de dicionário.  Não é permitido o uso de corretor. GRUPO I (Leitura) PARTE A Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado após o texto. De seguida, responde aos itens que se lhe seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. Grandes primeiras frases 1 Conseguir prender o leitor desde a linha inicial de um livro é uma arte difícil. Eis oito exemplos de mestria. 5 «Chamem-me Ismael.» Moby Dick Herman Melville (1819-1891) Esta é talvez a mais famosa de todas as primeiras frases da literatura mundial. No início da louca aventura em que o capitão Ahab precipita os seus homens, em busca da mítica baleia branca, o narrador apresenta-se da forma mais simples que imaginar se possa: «Call me Ishmael.». E o resto é uma vertigem que só poderia acabar como acaba: em tragédia. 10 «Esta é a história mais triste que alguma vez ouvi.» O Bom Soldado Ford Madox Ford (1873-1939) Apetece dizer: esta é a primeira frase do romance mais triste que alguma vez li. E depois dela, que leitor seria capaz de largar o livro? 15 «Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou a conhecer o gelo.» Cem Anos de Solidão Gabriel García Márquez (n. 1928) 20 Experimente ler alto esta frase célebre, pórtico 1 por onde se entra num romance magistral. Depois releia. Depois releia outra vez. Com uma terceira releitura, já a saberá de cor. O mais certo é ficar gravada na memória, como se fosse um poema. De certa maneira, é o que ela é.
  • 2. 2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 2 de 7 25 «Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.» Memórias Póstumas de Brás Cubas Machado de Assis (1839-1908) Mestre da ironia e da invenção narrativa, o maior escritor brasileiro de todos os tempos diverte-se a desconcertar, logo de entrada, os seus leitores. Um desconcerto que nunca se atenua, antes se agrava, para visível gozo do narrador. 30 «Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.» Anna Karenina Lev Tolstoi (1828-1910) 35 O grande escritor russo começa aquele que é talvez o seu melhor romance (mais equilibrado do que Guerra e Paz) como deviam começar todos os romances. Isto é, com uma frase ao mesmo tempo arrebatadora e capaz de transmitir uma verdade inquestionável. 40 «Da porta do La Crónica, Santiago contempla a Avenida Tacna, sem amor: automóveis, edifícios desiguais e desbotados, esqueletos de anúncios luminosos a flutuar na neblina, o meio-dia cinzento.» Conversa na Catedral Mario Vargas Llosa (n. 1936) Quarenta e um anos antes de ganhar, com inteira justiça, o Nobel de Literatura, Vargas Llosa começava assim, em tom melancólico, a sua obra-prima. 45 «A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete.» Os Maias Eça de Queirós (1845-1900) 50 Quem, onde e quando. Está lá tudo, muito bem explicadinho. Eça entra na história de Carlos da Maia com o esmero de um jornalista que cumpre à risca as regras da pirâmide invertida. «No dia seguinte ninguém morreu.» As Intermitências da Morte José Saramago (1922-2010) 55 Não há maior acicate 2 para a curiosidade do que a estranheza. Ao anunciar de chofre a súbita ausência da morte, uma impossibilidade fascinante, Saramago induz no leitor a mais básica das perguntas: «porquê?». É uma espécie de armadilha. E sem saber como, o leitor já está preso. José Mário Silva, Revista Única, Expresso, 16 de outubro de 2010 (imagens e texto adaptados) GLOSSÁRIO: 1 pórtico: entrada monumental. 2 acicate: estímulo, incentivo.
  • 3. 2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 3 de 7 1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto. Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez. Coluna A Coluna B (a) Romance que é, provavelmente, o melhor do seu autor e cuja primeira frase poderia servir de modelo. (b) Obra-prima de um autor galardoado com um Nobel e cuja primeira frase expressa um sentimento de melancolia. (c) Romance cujo narrador se apresenta com simplicidade. (d) Narrativa que apresenta marcas da ironia do seu autor e cuja primeira frase é desconcertante para o leitor. (e) Obra cuja primeira frase poderá ficar gravada na memória de quem a ler em voz alta. (1)Anna Karenina (2)As Intermitências da Morte (3)Cem Anos de Solidão (4)Conversa na Catedral (5)Memórias Póstumas de Brás Cubas (6)Moby Dick (7)O Bom Soldado (8)Os Maias 2. Seleciona, para responderes a cada item (2.1. a 2.3.), a opção que permite obter uma informação adequada ao sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. 2.1. Os excertos apresentados a propósito de cada grande primeira frase têm em comum o facto de todos incluírem… (A) …a data de publicação da obra e o nome da personagem principal. (B) …o nome do autor, a sua nacionalidade e um retrato. (C) …o título da obra, a data de nascimento do autor e um retrato. (D) …a data de publicação da obra referida e o seu título. 2.2. Considerando a informação biográfica sobre os autores, o escritor Machado de Assis nunca poderia ter lido a primeira frase do livro de… (A) …Herman Melville. (B) …Mario Vargas Llosa. (C) …Eça de Queirós. (D) …Lev Tolstoi. 2.3. A obra cuja primeira frase é comparada a uma notícia é… (A) …As Intermitências da Morte. (B) …Conversa na Catedral. (C) …Moby Dick. (D) …Os Maias. 3. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. (A) «em que» (linha 16) refere-se a «aquela tarde remota». (B) «o» (linha 16) refere-se a «o coronel Aureliano Buendía». (C) «a» (linha 21) refere-se a «uma terceira releitura». (D) «o que» (linha 22) refere-se a «um poema».
  • 4. 2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 4 de 7 PARTE B Lê o excerto apresentado do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Se necessário, consulta o vocabulário fornecido. De seguida, responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens apresentados. Salvo indicação em contrário, utiliza as tuas próprias palavras. O primeiro entrelocutor é um Fidalgo que chega com um Paje, que lhe leva um rabo mui comprido e ũa cadeira de espaldas. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha. 35 40 45 50 55 60 65 FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO Parece-me isso cortiço11 … Porque a vedes lá de fora. Porém, a que terra passais? Pera o Inferno, senhor. Terra é bem sem-sabor. Quê? E também cá zombais? E passageiros achais pera tal habitação? Vejo-vos eu em feição pera ir ao nosso cais… Parece-te a ti assi. Em que esperas ter guarida12 ? Que leixo na outra vida quem reze sempre por mi. Quem reze sempre por ti!?... Hi hi hi hi hi hi hi hi hi!... E tu viveste a teu prazer, cuidando cá guarecer13 porque rezam lá por ti? Embarcai! Hou! Embarcai, que havês de ir à derradeira14 . Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai. Quê? Quê? Quê? Assi lhe vai? Vai ou vem, embarcai prestes! Segundo lá escolhestes, Assi cá vos contentai. Pois que já a morte passastes, havês de passar o rio. Não há aqui outro navio? Não, senhor, que este fretastes, e primeiro15 que espirastes me destes logo sinal. Que sinal foi esse tal? Do que vós vos contentastes16 . 1 5 10 15 20 DIABO COMP. DIABO COMP. DIABO COMP. DIABO À barca, à barca, houlá! que temos gentil maré! -Ora venha o caro1 à ré2 ! Feito, feito! Bem está! Vai tu muitieramá3 , atesa aquele palanco4 e despeja aquele banco pera a gente que vinrá. À barca, à barca, hu-u! Asinha, que se quer ir! Oh! que tempo de partir, louvores a Berzebu! -Ora, sus!, que fazes tu? Despeja todo esse leito! Em boa hora! Feito, feito! Abaxa má-hora esse cu! Faze aquela poja5 lesta6 e alija aquela driça7 . Ô-ô, caça! Ô-ô, iça! iça! Oh, que caravela esta! Põe bandeiras, que é festa. Verga8 alta! Âncora a pique! -Ó poderoso Dom Anrique, cá vindes vós? Que cousa é esta? Vem o Fidalgo e, chegando ao batel infernal, diz: 25 30 FIDALGO DIABO FIDALGO DIABO Esta barca onde vai ora, que assi está apercebida9 ? Vai pera a ilha perdida E há de partir logo ess’ora10 . Pera lá vai a senhora? Senhor, a vosso serviço. Vocabulário: 1 caro: parte inferior das vergas das velas. 2 à ré: em direção à popa. 3 muitieramá: em muito má hora. 4 palanco: corda da vela. 5 poja: corda para esticar ou afrouxar a vela. 6 lesta: frouxa. 7 driça: cabo para içar as velas. 8 verga: pau onde se amarra a vela. 9 apercebida: aparelhada; pronta para a partida. 10 ess’ora: sem demora. 11 cortiço: embarcação pobre. 12 guarida: proteção; refúgio. 13 guarecer: salvar-te. 14 à derradeira: por fim. 15 primeiro: antes. 6 contentastes: da vida de prazer que vivestes.
  • 5. 2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 5 de 7 4. A didascália inicial fornece informações sobre as personagens. Explicita três das indicações fornecidas. 5. No diálogo que mantém com o Companheiro, o Diabo revela duas preocupações. Indica essas preocupações, ilustrando cada uma delas com uma frase do texto. 6. O Diabo, dirigindo-se ao Fidalgo, afirma “Vejo-vos eu em feição / pera ir ao nosso cais…” (versos 39-40). 6.1. Explica o significado dos versos transcritos. 6.2. Indica, justificando, o recurso expressivo utilizado na expressão “nosso cais”. 7. A fala do Diabo compreendida entre os versos 55 e 59 revela a irremediabilidade do destino do Fidalgo. 7.1. Transcreve outras duas passagens das falas do arrais do Inferno que indiciem o destino final da personagem em julgamento. 7.2. Explicita o único argumento evocado pelo Fidalgo para não entrar na barca do Inferno. PARTE C 8. Lê o excerto do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, e responde, de forma completa e bem estruturada, ao item que se lhe segue. Em caso de necessidade, consulta as notas apresentadas. 5 10 15 ONZENEIRO DIABO ONZENEIRO DIABO ONZENEIRO DIABO ONZENEIRO DIABO Oh, que barca tão valente! Pera onde caminhais? Oh, que má hora venhais, onzeneiro, meu parente! Como tardastes vós tanto? Mais quisera eu lá tardar. Na safra1 do apanhar me deu Saturno2 quebranto. Ora mui muito m’espanto não vos livrar o dinheiro. Nem tão sois3 pera o barqueiro, não me deixaram nem tanto. Ora entrai, entrai aqui. Não hei eu i d’embarcar. Oh, que gentil recear, e que cousas pera mi! 1 colheita; azáfama. 2 deus romano responsável pela duração das vidas humanas 3 só. Gil Vicente, Copilaçam de Todalas Obras de Gil Vicente, vol. I, ed. de Maria Leonor Carvalhão Buescu, Lisboa, IN-CM, 1984
  • 6. 2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 6 de 7 Escreve um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual apresentes linhas fundamentais de leitura do excerto da peça Auto da Barca do Inferno. O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão. Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os sete tópicos apresentados a seguir. Se não mencionares ou se não tratares corretamente os dois primeiros tópicos, a tua resposta será classificada com zero pontos.  Referência ao local onde as personagens se encontram.  Identificação do que é referido pelo advérbio «lá» (verso 6).  Indicação da intenção do Diabo ao dirigir-se ao Onzeneiro como «meu parente» (verso 4).  Explicitação da reação do Diabo à demora do Onzeneiro.  Explicação do sentido dos versos «Ora mui muito m’espanto / não vos livrar o dinheiro.» (versos 9 e 10).  Referência ao sentido da fala do Onzeneiro «Nem tão sois pera o barqueiro, / não me deixaram nem tanto.» (versos 11 e 12).  Explicação, com base no teu conhecimento da obra, da intenção de crítica social, feita através do Onzeneiro. Observações relativas ao item 8: 1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2012/). 2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados (um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras), há que atender ao seguinte: a um texto com extensão inferior a 23 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos; nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até um ponto) do texto produzido. GRUPO II (Funcionamento da Língua) 1. Lê as frases apresentadas. Indica a classe a que pertence cada palavra sublinhada. (a) Gil Vicente é considerado o pai do nosso teatro. (b) Aquela personagem tem mais símbolos cénicos do que esta. (c) O Fidalgo representa a nobreza, a sua classe social. 2. Reescreve as frases seguintes, substituindo os grupos nominais sublinhados pelas formas adequadas dos pronomes pessoais. Procede às alterações necessárias. (a) O cenário tem duas barcas. (b) O Pajem acompanha o Fidalgo. (c) O Onzeneiro traz um bolsão. (d) O Parvo não tem símbolos cénicos. 3. Qual das frases apresentadas (A a D) inclui uma forma verbal no pretérito imperfeito do indicativo? Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. (A) Antigamente lia-se mais. (B) Lê-se cada vez menos obras de Gil Vicente. (C) Se o Ricardo lesse a obra com atenção, percebê-la-ia melhor. (D) Esperemos que a peça vos agrade!
  • 7. 2.º Teste de Avaliação de Português | 9.º B | Página 7 de 7 4. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a identificares o processo de formação da palavra sublinhada em cada frase. Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez. Coluna A Coluna B (a) O Auto da Barca do Inferno poderia ser considerado uma obra-prima. (b) –Vais reler a obra? (c) O Fidalgo representa a nobreza. (d) Já o Sapateiro representa os artesãos. (1) Derivação por parassíntese. (2) Derivação por prefixação. (3) Derivação por sufixação. (4) Derivação por prefixação e sufixação. (5) Composição por aglutinação. (6) Composição por justaposição. 5. Lê a frase seguinte: O Pajem transporta a cadeira do Fidalgo. Reescreve a frase na forma passiva, respeitando, na frase que escreveres, o tempo e o modo verbais. GRUPO III (Escrita) Há quem considere que a sociedade em que vivemos é marcada por grandes contrastes: por um lado, aqueles que só adquirem bens dos mais caros, que vivem em habitações de luxo e que frequentam os melhores restaurantes; por outro, os que lutam diariamente por comida, um teto e outras condições básicas. Redige um texto, que possa ser publicado no jornal da tua Escola, em que apresentes a tua opinião sobre os contrastes acima descritos. O teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras. Observações relativas ao Grupo III: 1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2012/). 2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras –, há que atender ao seguinte: -um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até dois pontos); -um texto com extensão inferior a 60 palavras é classificado com 0 (zero) pontos. FIM