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BELO HORIZONTE, 29 DE FEVEREIRO DE 2016 - ANO XXI - Nº 224
AS FORÇAS ARMADAS TÊM O DEVER SAGRADO DE IMPEDIR,
A QUALQUER CUSTO, A IMPLANTAÇÃO DO COMUNISMO NO BRASIL.
Site: www.jornalinconfidencia.com.br
E-mail: jornal@jornalinconfidencia.com.br
No próximo mês, apresentaremos mais uma Edição Histórica da Revolução de 31 de
Março de 1964, dedicada à população brasileira, especialmente à sua juventude.
É mais uma iniciativa do Jornal Inconfidência, no sentido de difundir a verdade
histórica dos fatos ocorridos naquela época e nos tempos seguintes àquele acontecimen-
to que salvou o nosso país da investida comunista que nos ameaçava e continua a nos
ameaçar, cada vez mais. A exemplo da Edição Histórica sobre a Intentona Comunista
de 1935, editada em 27 de novembro de 2015, as matérias e os fatos ali narrados são
VERDADEIROS e podem ser perfeitamente confirmados através das edições dos
principais jornais e revistas da época.
52º ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO
DE 31 DE MARÇO
DE 1964
São Paulo
Rio de Janeiro
ConviteConviteConviteConviteConvite
Os presidentes do Círculo Militar, Grupo Inconfidência, AOR-EB - Associação
dos Oficiais da Reserva/BH, ANVFEB/BH - Associação Nacional dos Veteranos
da FEB, ABEMIFA - Associação Beneficente dos Militares das Forças Armadas,
Associação dos Ex-Combatentes do Brasil/BH, AREB/BH - Associação dos
Reservistas do Brasil, Círculo Monárquico/MG, Clube de Subtenentes e
Sargentos/BH e ABMIGAer - Associação Beneficente dos Militares Inativos e
Graduados da Aeronáutica convidam seus assinantes, associados e
integrantes para assistir a palestra
"COMEMORAÇÃODAREVOLUÇÃODE31DEMARÇODE1964".
Data: 31 de Março - Quinta-Feira - Hora:19:30
Local: Círculo Militar de Belo Horizonte/MG
COMPAREÇA E CONVIDE SEUS PARENTES E AMIGOS.
Estacionamento no local Quando serão responsabilizados e presos?
ESQUECER, TAMBÉM É TRAIR! TOMADA DE MONTE CASTELLO
A ESTRADA 47
EXÉRCITO OCO
1964 – PRESENÇA!
2016 – ??
O INFERNO DE LULA
PÁGINA 14
PÁGINA 14
PÁGINA 5
PÁGINA 13
Em solenidade realizada na manhã de 24 de fevereiro, a 4ª Região Militar
comemorou o 71º aniversário da Tomada de Monte Castello, uma das mais
notáveis façanhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na campanha
da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial.
O presidente da ANVFEB/BH Marcos Renault, os Veteranos Mario Secundino Barbosa,
Hélio do Espírito Santo, Paulo Santana, Flávio da Mata Moreira, Rafael Inácio Braz,
Manoel Gerônimo Campos e Mario Couto e ao centro,
o General Scheneider, Comandante da 4ª RM PÁGINA 15
8Nº 224 - Fevereiro/2016 2
*MarcoAntonio
FelíciodaSilva
* A. C. Portinari
Greggio
*General de Brigada - Cientista Político, ex-Oficial de Ligação ao Comando e Armas
Combinadas do Exército Norte Americano, ex-Assessor do Gabinete do Ministro do Exército,
Analista de Inteligência - E-mail: marco.felicio@yahoo.com* Economista
OBrasil caminha pa-
ra a revolução.
Acostumem-se com a
ideia. Não há volta. Não há como impedi-
la. Nem seria o caso, porque será contra
nossos adversários.
Revoluções não são planejadas, cro-
nometradas ou controladas. Tal como erup-
ções vulcânicas ou tempestades, podem-
se prever, mas é impossível marcar data
e hora. Cabe a nós aproveitá-la e tentar
orientá-la. Se o conseguirmos, só então
poderemos dizer que, além de ser contra
nossos adversários, é revolução a nosso
favor.
Em artigos anteriores arrisquei pre-
visão quanto ao que poderá acontecer até
2018, Insha Allah, como dizem os árabes.
Se o sistema político permanecer parali-
sado com os golpes da Lava-Jato, o dile-
ma do impeachment de Dilma e o
esvaziamento dos candidatos
oficiais – Aécio, Marina, Serra,
Alckmin, Gomes e outros – a
crise geral se agravará e, no
vácuo, a candidatura de
Jair Bolsonaro à Pre-
sidência poderá
crescer até tornar-se
imbatível. Essa seria
a forma mais civiliza-
da e ordeira de fazer
a revolução antes
que o povo a fa-ça,
comodiziameusá-bio
xará mineiro na dé-
cada de 1930.
Na História re-
cente do Brasil tivemos quatro grandes cri-
ses que resultaram em revoluções: a de
1889, que causou a queda do Império; a
de 1930, que derrubou a I República; a de
1964, que resultou no regime militar; a de
1985, que instaurou a Nova República.
Todas se manifestavam como crises eco-
nômicas, mas a economia era apenas o
sintoma mais visível de profundas ruptu-
ras políticas, culturais e sociais.
Para saber se a atual crise brasileira
levará ou não à revolução, basta respon-
der: o sistema político poderá resolvê-la?
Não, não poderá, porque ele, o sistema
político, é a própria causa da crise. É co-
mo querer que os bicheiros que acabem
com o jogo do bicho. Para entender essa
impossibilidade, façamos uma lista – in-
completa, exemplificativa e improvisa-
da, já se vê – dos problemas e respecti-
vas soluções.
Crise fiscal – Nos últimos anos pu-
blicaram-se excelentes análises e proje-
ções da crise fiscal brasileira, que tem
QUEIRAM OU NÃO,
HAVERÁ REVOLUÇÃO
Os políticos não podem resolver o problema,
porque o problema são eles.
duas componentes principais: a dívida pú-
blica e as despesas “sociais” (previdência,
saúde, educação, bolsa família, etc.). Até
agora, o governo tem conseguido aguen-
tar-se mediante aumentos de tributos e
de endividamento. Tais expedientes se es-
gotaram. Para resolver a dívida pública,
só há duas soluções: calote parcial ou des-
valorização via inflação. Para as despe-
sas previdenciárias, seria necessário redu-
zir o valor das aposentadorias, aumentar
a idade mínima, cortar benefícios. É duro,
mas esse é o ponto a que chegamos. Per-
gunta: você acha, caro leitor, que os po-
líticos aguentariam?
Crise econômica – Inverter a estra-
tégia do protecionismo, de reserva do mer-
cado interno para agressiva política de ex-
portação. Criar zonas econômicas espe-
ciais, com exclusão ou redução de en-
cargos trabalhistas e tributá-
rios. Liquidar as quadrilhas
sindicais e movimentos ter-
roristas no campo. Incen-
tivar e atrair investi-
mentos privados em
infraestrutura e logís-
tica. Novamente a per-
gunta: o sistema po-
lítico teria coragem?
Crise política
– A causa da crise po-
lítica brasileira é a
constituição de 1988.
Que fazer? Mudá-la?
Sem dúvida. Mas se-
ria preciso muito mais:
uma nova constitui-
ção que, em vez de copiar modelos estran-
geiros, seja a epítome das nossas tradi-
ções e da nossa História, expurgada de
ideologias estranhas, de agendas ocul-
tas, de modismos acadêmicos e de inser-
ções suspeitas. Uma constituição que te-
nha, como ideia central a pervadir to-
dos os seus artigos, a defesa, o fortaleci-
mento e a exaltação da Nação. Como che-
gar lá? Francamente, não sei. Fica a in-
dagação.
A lista iria longe, muito além do es-
paço permitido pelo INCONFIDÊNCIA.
Propositadamente, deixei as três ques-
tões mais importantes para o fim, prome-
tendo voltar a elas nos próximos núme-
ros: demografia, educação e cultura. Es-
pecialmente a questão da cultura. Acre-
ditem: de todas, é a mais importante. Não
se iludam: a guerra acontecerá nesse cam-
po, no campo cultural. Pois foi justamen-
te nele que a perdemos no passado, sem
saber sequer como reagir.
Quem assistiu, antes da sua primeira
eleição, palestra de Lula para os milita-
res, no Rio de Janeiro, emoldurada pela
assertiva “paz e amor”, e o conhecia, via
imagem antagônica a sua história quando
sindicalista de então passado recente. Bem
vestido, falava, suavemente, apenas o que
a platéia queria ouvir, embora, por vezes,
tropeçando na concordância. Porém, ape-
sar do esforço próprio e de seus marque-
teiros, não conseguia enganar a todos, pois,
quando saia do ensaiado, captava-se o ver-
dadeiro Lula e seu intento de conquistar, a
qualquer preço, o Poder, embora não de-
monstrasse ter um projeto de Nação.
A primeira revelação do verdadeiro
Lula ocorreu quando lhe perguntaram se
não seria difícil implementar as mudanças
que propunha, sem maioria no Congresso.
Respondeu que isso era desculpa de
governante para não realizar o que o povo
necessitava. Isto não ocorreria com ele,
Lula, pois, seria o único candidato com com
partido organizado e ideológico, de grande
militância com capacidade de pressão. Len-
do nas entrelinhas, para quem conhece a
“práxis” comunista, significava que, se elei-
to, iria atingir seu objetivo de conquista de
poder, mesmo ao arrepio da lei, pois os fins
justificariam os meios. Era consciente de
que não seria difícil fazê-lo, tendo a máquina
governamental na mão, o domínio da CUT
e do MST, Forças Armadas neutralizadas e
polícias desmoralizadas. O já existente e
multimilionário esquema financeiro, chama-
do “Valerioduto”, surgido antes da eleição
com desvio de dinheiro do FAT, denuncia-
do por seu coordenador da campanha elei-
toral, César Benjamim, era desconhecido da
opinião pública. Perguntado quanto à atu-
ação das Forças Armadas Revolucionárias
Colombianas , disse que as via como defen-
soras do povo e da parcela mais pobre da
população. Defendia, portanto, a guerrilha,
a violência, o seqüestro e o terrorismo, ma-
neira de atuar das FARC, como forma de
mudança política. Defendia a guerrilha as-
sociada ao narcotráfico. Defendia, implici-
tamente, o crime organizado. Quanto às
ligações do PT com as FARC, enrolou e não
respondeu, pois, se o fizesse, mostraria a
A ÉTICA DO EX-PRESIDENTE
“Contribuir para a defesa da Democracia e da
liberdade, traduzindo um País com projeção de poder
e soberano, deve ser o nosso NORTE!”
realidade do que pen-
sava o candidato em
razão dos acordos, vi-
sando apoio recíproco,
assinados pelo PT e diversas organizações
comunistas e revolucionárias, da América
Latina, entre elas as FARC, nos diversos
“Foro de São Paulo”. Há que recordar que
o Sr. Antonio Palocci Filho, coordenador da
campanha e futuro ministro, havia criado,
em Ribeirão Preto, SP, um Comitê de Apoio
às FARC.
Este é o Presidente que, em meio ao
mar de lama em que se afogou o PT, afirmava
que errar em prol do partido é desculpável.
Este é o Presidente que, em meio a crimes
cometidas por petistas, dizia ser normal o
uso do “Caixa 2”, isto é, de “recursos não
contabilizados”, aquilo que o seu Ministro
da Justiça chamava de crime eleitoral (sone-
gação de informações à Justiça Eleitoral),
crime fiscal (sonegação de impostos) e trá-
fico de influência. É este o ex-Presidente que
diz ser normal o contrato feito pela empresa
do seu filho, no valor de 5 milhões, com uma
das telefônicas, tendo esta interesses junto
ao governo. É este o ex-Presidente que se
solidariza com os deputados do PT, presos
por desvio do dinheiro público, dizendo
que erraram, mas que não são corrup-
tos. Faz-se mister lembrar que a soli-
dariedade irrestrita, o corporativismo
e o silêncio dos cúmplices, ao contrá-
rio das regras morais da sociedade,
são regras morais dos bandos ma-
fiosos. É este o ex-Presidente que afir-
ma vivermos época de denuncismos
sem fundamentos, quando dirigen-
tes do PT estão presos e outros pro-
cessados, acusados por pelo me-
nos 12 tipos de crimes previstos no
Código Penal, envolvendo funcionários
públicos, empresários, representantes de
bancos e parlamentares da base do gover-
no. É este ex-presidente que acusa as eli-
tes de conspirarem contra o governo do
PT, quando ele próprio, possuidor de pa-
trimônio inexplicável e sob investigação,
pertence a esta elite como os banqueiros
que se aproveitam de política econômica
desastrada com ganhos extraordinários.
É este o ex-presidente que se coloca aci-
ma da lei, acusado e investigado por fal-
catruas diversas, e que afirma não exis-
tir ninguém mais ético do que ele, ofen-
dendo grande parcela do povo brasilei-
ro que, até mesmo para sobreviver, jamais
praticou qualquer ato desonesto ou an-
tiético.
Seesteéumex-Presidenteético,exem-
plo a ser seguido, como ele próprio afirma,
pobre deste Brasil e do seu povo. Chefe
mafioso, merece estar na prisão!
MAR DE LAMA Internet
2
Nº 224 - Fevereiro/2016
3
Meus comandados!
Comemoramos hoje, com grande
orgulho pela participação decisi-
va que nela tivemos, o décimo quinto
aniversário da Revolução Democrática
de 31 de Março de 1964, um dos mais
belos e autênticos movimentos cívicos
que a História do Brasil registra.
As gerações mais jovens certa-
mente não se recordam do clima de
desagregação política, econômica e so-
cial que reinava à época de sua eclosão.
Os desmandos e a irresponsabili-
dade campeavam. Inflação descontro-
lada, greves de natureza político-ideo-
lógica, passeatas perturbadoras da or-
dem, crescente escassez de gêneros ali-
mentícios, desvio de verbas públicas
para fins demagógicos e, principalmen-
te, uma intensa pregação de ódio entre
as classes sociais, permitiam antever o
colapso da estrutura de nossa socieda-
de em curto prazo.
A Nação, aturdida e desesperada,
assistia entorpecida o trabalho de des-
truição do nosso regime político pelo
próprio Governo, que havia jurado pre-
servá-lo e defendê-lo.
Os adeptos da ideologia marxis-
ta-leninista agiam nesse tumultuado
ambiente com a desenvoltura própria
dos que se julgam acima da Lei e da Mo-
ral, visando a efetiva tomada do poder,
através da implantação de uma Repú-
blica Sindicalista, passo decisivo para
a imposição do regime comunista ao
nosso bom e generoso povo.
Indignada, a Nação despertou ao
ver, no célebre comício de 13 de mar-
ço de 1964, na presença do próprio Pre-
sidente da República, a Bandeira Na-
cional - Símbolo Maior da nossa Pátria
- ser grosseiramente profanada com a
ORDEM DO DIA
ANO XXII -:- Brasília, sábado, 31 de março de 1979 -:- Nº 5279
Sexta-feira, 13. O Brasil vivia momentos semelhantes aos que, na Rússia,
precederam a queda do Czar e a implantação do caos bolchevista. Na Central,
milhares de figurantes, transportados de todo o país a expensas do erário público,
exibiam faixas e cartazes com as palavras de ordem do extinto Partido Comunista
Brasileiro, que já estava no Poder, como disse Prestes, mas reclamava a legalidade
que lhe permitira instituir-se sôbre a nação à deriva. Grupos de marinheiros,
gritando "slogans" revolucionários, mostravam que a subversão já minava as
Fôrças Armadas, solapando a hierarquia e a disciplina
substituição do globo azul por uma es-
fera vermelha com a inscrição “Repú-
blica Socialista do Brasil” encimada pe-
la foice e o martelo.
Quando a catástrofe parece imi-
nente e irremediável e o processo de
deterioração ameaçava já a própria dis-
ciplina das Forças Armadas, o povo
brasileiro como um todo, apoiado pe-
los setores mais representativos da
nacionalidade, resolveu dar um basta
àquele estado de coisas.
O Movimento tornou-se vitorio-
so em pouco mais de quarenta e oito
horas, o que bem demonstra a repulsa
da comunidade nacional pelo rumo dos
acontecimentos.
A Revolução de 31 de Março de
1964 não se limitou apenas a pôr térmi-
no à anarquia reinante. Sua ação pro-
longou-se no tempo, permitindo que o
País se reerguesse do caos em que
estava mergulhado e retomasse com
firmeza a marcha do progresso sob a
égide da ordem e da paz social. Os re-
sultados, graças às medidas saneado-
ras adotadas pelos diversos governos
revolucionários, não se fizeram espe-
rar, e aí estão, a vista de todos, ates-
tando a grandeza deste país e o espírito
patriótico e empreendedor do seu povo.
Soldado Brasileiro!
Você não pode nem deve olvi-
dar os acontecimentos que precede-
ram o 31 de março de 1964. Seus au-
tores visavam aos mesmos fins que os
assassinos frios e covardes de 1935:
subverter o sistema democrático e im-
plantar no Brasil um regime totalmente
incompatível com a formação históri-
ca e com as tradições de sua gente.
Hoje, aqueles maus brasileiros,
indignos da convivência nacional, bus-
cam por todos os meios desacreditar
nossas instituições e solapar os valores
mais caros da nacionalidade.
Você, Soldado do Brasil, imbu-
ído dos mais puros ideais da Revolução
de 1964, está alerta e plenamente cons-
ciente de suas graves responsabilida-
des perante a Pátria, a quem continua
servindo com lealdade e abnegação,
Enganam-se aqueles que, conhecen-
do-o mal, pretendem, através de mani-
pulações ideológicas e de provocações
de toda espécie, desviá-lo do caminho
do dever.
O Brasil, conduzido pelas mãos
firmes e serenas do Presidente João
Baptista de Oliveira Figueiredo, pros-
seguirá no seu feliz, tranqüilo e profí-
cuo caminhar em direção ao seu gran-
de destino de nação livre, próspera, jus-
ta, independente e soberana.
Brasília, DF, 31 de março de 1979.
Walter Pires de Carvalho e Albuquerque
Ministro do Exército.
O COMÍCIO DA CENTRAL DO BRASIL
ESQUECER, TAMBÉM É TRAIR!
3
8Nº 224 - Fevereiro/2016 4
O ÚLTIMO SALTO DE UMA LENDA DO PARAQUEDISMO MILITAR
Em 2 de feve-
reirode2016,
oCapitãoCasemiro
Scepaniuk, aos 94
anos, realizou seu
derradeiro salto.
Um dos pioneiros
do paraquedismo
militar brasileiro,
Scepaniuk era o pa-
raquedista militar de nº 44 e um dos qua-
tro que ainda estavam vivos.
Nascido em Erechim-RS, em 1921,
fez o serviço militar obrigatório em 1939,
servindo, durante dois anos como Solda-
do no 5º Regimento de Cavalaria, em Cu-
ritiba, dando baixa em 1941. De volta ao
Sul, trabalhava como motorista de ôni-
bus em Porto Alegre, quando foi reconvo-
cado como voluntário, em face da possi-
bilidadedeoBrasilparticipardaIIGuerra
Mundial.
Após frequentar um curso de for-
mação de Sargentos, foi designado para
* Leonardo Araujo
O General Mourão, Comandante Militar do Sul, também
paraquedista cumprimentando o Pqdt 44 no Encontro Anual
de Paraquedistas Militares, em comemoração ao padroeiro
São Miguel Arcanjo, realizado em São Leopoldo-RS,
no 19º BI Mtz, em 08 de outubro de 2015
a Escola de Educação
FísicadoExército,pois
era uma atleta nato,
tendointegradoaequi-
pedeatletismodoExér-
cito, em corridas de
fundo e meio-fundo.
Mas o esperado cha-
mado para participar
da guerra não veio.
Terminada a
guerra, Scepaniuk re-
cebeu um radiograma
doMinistériodaGuer-
ra, nestes termos: “O
Coronel Nestor Pe-
nha Brasil, coman-
dante da Escola de
Pára-quedistas, con-
vida o 3º Sargento Cav Casemiro Sce-
paniuk a prestar exame nesta institui-
ção, para, após ser aprovado, cursar no
Fort Benning/Georgia/USA, o curso de
Pára-quedista Militar”.
Aceitando o desafio, Scepaniuk foi
fazer o curso e se tornou o Paraquedista
nº 44 em um total de 47 Oficiais e Sargen-
tos que foram para os Estados Unidos e
setornaramospioneirosdoparaquedismo
militarbrasileiro.
De volta ao Brasil, sempre esteve
ligado à área da Educação Física, na qual
atuou como treinador de várias equipes
de futebol, como o Clube Botafogo de
Futebol e Regatas, e como instrutor de
atletismo do Núcleo da Divisão de Pa-
raquedistas do 1º Exército (hoje Coman-
do Militar do Leste).
Já como 2º Sargento, Scepaniuk
pesquisou e descobriu uma falha em um
gancho do paraquedas, que fazia este
se abrir, mesmo depois de ser devida-
mente colocado no cabo de ancoragem
das aeronaves, tendo já ocasionado
uma morte e alguns feridos. Ciente dis-
so, criou um “pino de segurança”, que, ao
ser inserido no referido gancho, não per-
mitia sua abertura acidental. Posta em
prática na Brigada Paraquedista, a genial
invenção salvou a vida de muitos para-
quedistas militares e civis.
A importância de sua invenção fê-
loserchamadoaosEs-
tados Unidos, onde
os fabricantes de pa-
raquedas, maravilha-
dos, cientificaram-no
sobre a difusão de sua
ideia pelo mundo, fi-
cando o importante
dispositivo de segu-
rançaemformadepino
conhecido mundialmente como “chi-
panique”, embora seu inventor nunca
tenha querido requerer-lhe a patente.
Após ir para a Reserva e fixar resi-
dência em Porto Alegre, o Capitão Sce-
paniuk passou a integrar o Grupo Gra-
fonsos, que congrega paraquedistas de
todo o Brasil.
Na capital gaúcha, Scepaniuk ini-
ciou construção do próprio túmulo há 10
anos. Dizia que não queria dar trabalho à
mulher, Ruth Scepaniuk, 90 anos, que
também teve seu lugar reservado no mes-
mojazigo,juntoaomarido.Eleacreditava
que “iria antes dela”. Não deixou filhos.
Aos poucos, acrescentou detalhes
que remetiam a sua trajetória na então
Brigada Paraquedista. Sua marcial está-
tua, com farda e equipamento paraque-
dista, tem, à esquerda, a de Piloto, o pri-
meiro cão paraquedista da América do
Sul. À direita, a imagem de uma águia, em
homenagem ao curso que realizou nos
Estados Unidos.
Foi sepultado com honras militares
prestadas pelo Comando Militar do Sul e
com a presença de inúmeros companhei-
ros, que entoaram a canção dos Para-
quedistas: Eterno Herói.
Ao velho Soldado Paraquedista,
a mais caprichada continência!
Brasil acima de tudo!
Adaptado do texto do jornalista Lino
Tavares, com pesquisas do Paraquedista
Ricardo Freire, do Grupo Grafonsos.
* Coronel Paraquedista.
Historiador, membro da AHMTB
Túmulo do Capitão Casemiro Scepaniuk, em Porto Alegre/RS
A página de Jair Messias Bolsonaro obteve
amarcade6.338novascurtidas,ultrapassandoa
páginadeRomárioFariaesetornandoa5ªmaior
página de um político, no Brasil!
Já no ranking mundial, Bolsonaro subiu para a
67ª posição! Um fato curioso é que, dentre as 100
maiores páginas de políticos, no mundo, a do bra-
sileiro é a única que apresenta a avaliação máxima
dos internautas.
Aexpectativa,agora,équeapáginadeBolsona-
roultrapasseadeMarinaSilvaentreofimdaprimeira
e o começo da segunda semana do mês de março.
Bolsonaro pede desfiliação
do Partido Progressista
Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o filho, o também de-
putado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP),
passaram a manhã do dia 24 de fevereiro, a última
quarta-feira, com o Pastor Everaldo, presidente do
Partido Social Cristão e bateram o martelo.
Bolsonaro filia-se ao PSC em breve e será o
candidato ao Planalto em 2018.
4
Nº 224 - Fevereiro/2016
5
*Aileda
de Mattos Oliveira
*Professora Universitária, ESG/2010
Doutora em Língua Portuguesa, ADESG 2008
Vice-presidente da Academia Brasileira de Defesa.
ailedamo@gmail.com
Falar de conexão entre esquerda e caos; des-
nacionalização e entreguismo; ‘aparelhamen-
to’ de instituições e descaracterização das atribui-
ções daquelas, que já atuaram como óbices respei-
táveis à desintegração do país, é insistir na reali-
dade irrefutável em que o Brasil vive, sem que haja
reação vigorosa de qualquer setor da vida pública
e privada.
Não podemos es-
quecer o mercenário Pres-
tes, em 1935; os cunha-
dos João Goulart e Leonel
Brizola, em 1964, incita-
dores do conflito armado,
a fim de desestabilizar o
país, com apoio de milita-
res vermelhos.
Falemos da guerrilha
urbana,naqualDilmaemui-
tos dos asseclas que com-
põem e compuseram o seu
ministério e o deLula, eram
agentes ativos da desor-
dem político-social. Rene-
garam, publicamente, a ter-
ra brasileira, ao fazerem da
ideologia bastarda a ban-
deira de luta, manipulados e servis coadjuvantes
de países dominados por sanguinários ditadores.
A vitória de 1964 não se reduziu à derrota da
SegundaIntentona,queestimulouaquebradahierar-
quia militar, a indisciplina de superiores e subalter-
nos,talcomoem1935,estampadanadeprimentefoto
(ao lado) de militares, sorrindo, dólmãs abertos, de
braços dados, indo em direção à prisão, após deixa-
rem, mortos, por traição, seus colegas de caserna.
Foi uma vitória diária; vitória do desenvolvi-
mento que mudava a fisionomia do país; vitória do
direito de trânsito pelas ruas da cidade, perturbada,
não pelos bandidos comuns, mas pela hoje
presidente e seus aliados, que não medi-
am esforços em impedir que o país alças-
se voo em direção ao mundo civilizado.
Vitória dos programas sociais, ain-
da em vigor, focos de interesse da mão
ladina e corrupta dessa senhora, como o
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS), e do qual finge ignorar o autor de
sua criação, o Presidente Médici. O que
deseja é o dinheiro, não importa de onde
venha, nem se os donos sejam os verda-
deiros trabalhadores.
Assaltos a bancos com vítimas fa-
tais, sequestros de embaixadores estran-
geiros,roubodearmas,explosõesemquar-
tel, em aeroporto e em consulado america-
Como ter programa de governo se o objetivo é justamente
não ter programa, para levar o Brasil à bancarrota e entregar
a sua soberania a países de doutrinas afins a dela,
criminosa lesa-pátria, cínica ré confessa?
1964 – PRESENÇA!
2016 – ??
Avenida Pasteur, 28/11/35: Oficiais e praças insurretos do 3º RI
quando, em atitude de zombaria, deixam, presos, o quartel.
O chefe do movimento, Agildo Barata está assinalado com um X
Revista "O Cruzeiro" 07/12/1935
no, todos esses atos representam o plano posto em
prática pela, agora, Primeira Servidora Pública do
País e seus camaradas das antigas células comu-
nistas.
À frente do governo, fatalidade que somente a
Sociopolítica explica, se é que há explicação pelo
inverossímildofato,essahojematronanãoconsegue
planejarocardápiodesuacasa
e ainda muitos se espantam de
não ter programa de governo.
Como ter programa de
governo se o objetivo é jus-
tamentenãoterprograma,pa-
ra levar o Brasil à bancarrota
e entregar a sua soberania a
países de doutrinas afins a
dela,criminosalesa-pátria,cí-
nica ré confessa?
O grosseiro hábito do
fuzil, o menosprezo às cores
nacionais tornaram-lhe inca-
paz de construir uma estrutu-
ra infantil de frase em portu-
guês ou de organizar um raci-
ocínio na logicidade de uma
criança do curso fundamen-
tal.
Pelas constantes notícias, não desmenti-
das pelas instituições devidas e que se mantêm
num silêncio cúmplice, sabemos que o futuro do
país, se não reagirmos de imediato, é submeter-
se ao tacão estrangeiro que, segundo consta, es-
tá próximo às nossas portas, abertas, por acor-
dos irresponsavelmente assinados pela criatu-
ra maldita.
Se é que, na surdina, já não esteja entre nós.
Jango no Automóvel Clube
a 30 de março - 1964
ALei nº 9.455, de 7/4/1997, que criminaliza a tortura no Brasil, foi
aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo,
quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma
barreira policial.
Os métodos de tortura incluem choque elétrico, espancamento,
“pau-de-arara”, afogamento, asfixia, “telefone”, fuzilamentos simulados
junto a pessoas executadas, empalação, dissolução de pés e mãos em ácido
sulfúrico.
Segundo Olavo de Carvalho, “o requinte soviético foi que os candi-
datos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em
potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-
los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar
o cristianismo da face da terra”.
No Brasil, a tortura existiu durante os governos militares, como
reconhecem alguns oficiais-generais. No entanto, o general Leônidas Pires
Gonçalves garantiu que “ela nunca foi política, nem norma, nem ordem dos
escalões superiores”.
Os terroristas, processados pela Justiça Militar, eram instruídos por
advogados para declarar em juízo que as confissões tinham sido obtidas sob
tortura. Assim, custa acreditar que Dilma Rousseff foi de fato torturada,
como afirmou várias vezes, por se tratar de uma mentirosa contumaz, como
todo esquerdista.
O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra afirma, em depoimento à
História Oral do Exército/1964: “Depois, ele ia para o inquérito policial,
no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), e confirmava o que
havia dito no DOI. Posteriormente, era levado para a Auditoria. Na Au-
ditoria, negava tudo. Negava e, se lembrado do que declarara antes, no
DOI, alegava que falava sob tortura. (...) Não conseguimos nunca tes-
temunhas oculares. Assaltavam bancos, os bancários viam, sabiam quem
eram, mas, quando chamados, não os reconheciam, não sabiam de nada,
por quê? Porque os primeiros bancários que fizeram o reconhecimento
foram assassinados; ameaçados, sabiam que todos aqueles que reconhe-
cessem os assaltantes teriam o mesmo destino. Nunca mais ninguém neste
País quis depor contra os terroristas”.
“Torturador” é a palavra logomáquica mais utilizada pela esquerda
brasileira, para satanizar os integrantes das Forças Armadas que comba-
teram os terroristas. Não que a esquerda seja contra a tortura, pois nunca
repudiou a tortura praticada em países comunistas, como Cuba, porque
esse país lhe serve de modelo. A esquerda não teve remorsos em trucidar
a golpes de coronhadas de fuzil o crânio do tenente Alberto Mendes Júnior,
da PM de São Paulo. Nem em torturar psicologicamente seus reféns, como
o embaixador americano Charles Elbrick.
Quando a presidente Dilma criou a Comissão Nacional da Verdade,
em vez de mandar apurar as violações contra os direitos humanos cometidos
por ambos os lados – dos militares e dos terroristas, como preconizava a
lei que ela mesma assinou – os “comissários do povo” se ativeram apenas
à demonização dos militares. Classificaram 377 agentes de Estado como
torturadores, incluindo todos os presidentes militares, mas nenhum terro-
rista torturador de esquerda.
Isso pro-
va que além de
querer alcançar
a “hegemonia”
em todos os se-
toresdasocieda-
de, pregada por
Gramsci, o atu-
al governo quer
também exercer
o monopólio da
tortura.
A ESQUERDA QUER TAMBÉM O
MONOPÓLIO DA TORTURACapitão Félix Maier
O PT nunca se posicionou contra as torturas
praticadas em países comunistas, como Cuba,
porque este país é governado por um sistema
totalitário que lhe serve de modelo.
Tortura: “Suplício
ou tormento
violento infligido a
alguém”(Dicionário
Aurélio).
5
8Nº 224 - Fevereiro/2016 6AIMPRENSANOTICIOU
Eis o motivo de Marina Silva não fazer
oposição a Dilma, pelo contrário, assi-
na manifesto contra o impeachment dela.
Também se calou diante do escânda-
lo do rompimento da barragem, em Minas.
Logo ela, que sempre se promoveu defen-
dendo o meio ambiente.
PARTIDO DE MARINA
GANHA 23 CARGOS NA
CÂMARA AO CUSTO DE
R$ 3 MILHÕES POR ANO...
ANTENA PERTO DE SÍTIO
FOIUM'PRESENTE'
DA OI PARA LULAFSP - 17/02
Após seu partido, que virou um abrigo de petistas e demais comunistas,
ganharunscarguinhosnacâmara,Marina“Melancia”Silva,Ex-PT,Ex-PV,Ex-PSB,
e agora Rede Sustentabilidade, faz de conta que não existem acusações pesadas
e sérias contra Lula e Dilma, mirando Eduardo Cunha e Renan Calheiros, num
verdadeiro circo cínico montado para enganar a trouxas. (www.epoca.globo)
Câmara e senado abrigam 28.762 funcionários, superior ao
número de habitantes de 79% das cidades do país
CONGRESSO TEM O DOBRO DE
FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA FEDERAL
DIRCEU RECEBEU R$ 48 MILHÕES
12/02
Relatório da PF. Odebrecht teria repassado os recursos
ao ex-ministro da Casa Civil entre 2009 e 2010 26/02
PARA70%, LULAÉ O CULPADO
Corrupção. Pesquisa feita em 25 Estados mostra que,
para 75% dos brasileiros, petista poderá ser investigado
25/02
TSE REPROVA CONTAS DE PIMENTEL
Mais uma. Decisão do Tribunal Regional Eleitoral de
Minas Gerais foi confirmada pela Corte Superior 26/02
JURO DE CARTÃO DE CRÉDITO
DISPARA E VAI A 439% AO ANO25/02
RENAN MOVIMENTOU R$ 5,7 MILHÕES
Investigação da PGR
No novo pedido de abertura de inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal
(STF), a Procuradoria Geral da República quer investigar uma movimentação financeira de R$
5,7 milhões ligada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), supostamente
incompatível com a renda do parlamentar.
A PGR acusa Renan de suposto recebimento de dinheiro da Construtora Mendes Junior
para pagar despesas referentes a pensão de sua filha tida com a amante, a jornalista Mônica
Veloso.
LAVA JATO
João Santana não declarou
firmas e contas no exterior
Empresas em quatro países só fo-
ram declaradas após início da operação.
Em depoimento ontem, a mulher dele ad-
mitiu conta ilegal. 25/02
Nova evidência prorroga
prisão de João Santana
Marqueteiro recebeu R$ 4 milhões
da Empreiteira Odebrecht no período em
que trabalhou na reeleição de Dilma
Rousseff. 27/02
ESTADO ATRASA PAGAMENTO DE
REAJUSTE DO PISO A PROFESSORES
Acordo em xeque. Aumento de 11,36% era para ter sido
depositado na folha de fevereiro, o que não ocorreu.
NR: Fomos procurados por professoras que recebem o nosso jornal revoltadas com
o acontecido e trazendo seus contracheques. Apesar de possuírem cursos superiores seus
salários não ultrapassam R$ 2 mil e não recebem vale transporte e nem refeição.
Sugerimos fazer greve e ir para a rua no dia 13 de março e lembramos que foram elas
mesmas que votaram no PT do governador Pimentel. 12/02
POLÍCIA FEDERAL CONVOCARÁ PIMENTEL
PARA EXPLICAR PAGAMENTOS INDEVIDOS
FEITOS POR EMPRESAS À MULHER DELE
Determinação foi feita pela Procuradoria-Geral da
República, que também quer explicações do governador
sobre irregularidades encontradas na prestação de
contas da campanha de 2014E ele não
usa telefone
celular...
6
Nº 224 - Fevereiro/2016
7
QUE PARTIDO É ESSE?
P T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I S
PT - O PARTIDO MAIS CORRUPTO E MENTIROSO DA HISTÓRIA UNIVERSAL
CURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULA
· em cujo governo se institucionalizou o maior esquema de
corrupção da história do mundo, conhecido como petrolão, além
do esquema de compra de apoio parlamentar conhecido como
mensalão, do qual ele era, politicamente, o maior beneficiário;
· suspeito de tráfico nacional (no
BNDES) e internacional de influência
para favorecer a empreiteira Odebrecht,
cujodonoacaboupreso,acusadodeorga-
nizaçãocriminosa,lavagemdecapitaise
corrupção, inclusive em contratos com a
Petrobras;
· suspeito de ter vendido a Medida
Provisória 471 durante o seu mandato
presidencial para favorecer montadoras
de veículos com a prorrogação de incen-
tivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano;
· cujo filho Luiz Cláudio tem uma
empresa, a LFT Marketing Esportivo,
que recebeu R$ 2,4 milhões de Mauro
Marcondes,umdoslobistasinvestigados
por negociar a edição e a aprovação da MP 471;
· cujo filho Luiz Cláudio, formado em educação física e ex-
auxiliar de preparadores físicos, conseguiu ainda a proeza de
atrair para um torneio de futebol americano o patrocínio milio-
nário de empresas como Budweiser (grupo Inbev), Energético
TNT(CervejariaPetrópolis),CaoaHyndai,Tigre,SustentaEner-
gia(grupoJHSF),QualicorpeGol,algumasdasquaisdevemmuito
ao governo do partido do pai;
· cujo melhor amigo, José Carlos Bumlai, que tinha trânsito
livre em seu gabinete, é investigado pela Polícia Federal após ser
acusadoporumpagadordepropinasdeterrecebidoR$2milhões
para intermediar negócios no setor de petróleo;
· cujanorateriasidoabeneficiáriadessesR$2milhões,como
possívelformadepagamentopelolobbyqueosogroteriafeitona
empresaSeteBrasil–emreuniõesconfessadamentemarcadaspor
Bumlai – a favor do estaleiro de Eike Batista;
· que, segundo o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA),
“colocouumaquadrilhadoseupartidopararoubarcarteiroeviúva
de carteiro” nos fundos de pensão, o que resultou em nova CPI,
paraaqualoPTbarrouaconvocaçãodeBumlaievidentementecom
medo das consequências;
· cujo filho Fábio Luís era, nas palavras do deputado federal
Jair Bolsonaro (PP-RJ), “limpador de estrume de elefante no
Zoológico de São Paulo” e, após a posse do pai como presidente,
tornou-seummegaempresário,quefoienriquecendoconformesua
produtora recebia milhões de reais da Telemar, empresa depois
favorecidapelaalteraçãodeumaleimediantedecretoassinadopelo
presidente papai;
· cujo sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos, era um
pequenoempresárioemSantos-SP, até que uma de suas empre-
sasdeengenharia,aExergiaBrasil,foicontratadapelaOdebrecht
para uma obra em Angola, no mesmo ano em que a empreiteira
Reproduzido abaixo o currículo resumido de
Lula, conforme publicado neste blog em outubro,
embora ele precise ser atualizado constantemente,
como feito agora.
conseguiu no BNDES um financiamento para esse projeto;
· cujosobrinhoTaiguaraganhoucontratosdeobrasjustamen-
teapósotitioex-presidenteterviajado,comdinheirodaOdebrecht,
para negociar transações para a empreiteira; e acabou recebendo
dela,aolongodequatroanos,2milhõesde
dólares, conforme o próprio Taiguara ad-
mitiuàCPIdobanco,semconseguircom-
provarascredenciaisquelheaproximaram
dos contratos milionários;
· dono de uma cobertura tríplex no
edifício Solaris, no Guarujá (SP), uma das
oito obras assumidas por uma empreiteira
envolvida no petrolão, a OAS, depois da
quebra em 2006 da Bancoop, então presi-
didaporseuamigoJoãoVaccariNeto,ex-
tesoureiro do PT atualmente preso pela
Operação Lava Jato;
· cujo tríplex e cujo sítio tiveram suas
reformas pagas pela mesma OAS, cujo
presidente,LéoPinheiro,queochamavade
“chefe”, também está preso;
· cujonomeestavajuntoaodeGilbertoCarvalhoeJoséDirceu
nalistadepolíticosqueumempresárioameaçavaenvolvernateia
criminosa que resultou no assassinato, em 2001, do petista Celso
Daniel, então prefeito de Santo André;
· cujo partido usou a Petrobras, segundo o operador do men-
salão Marcos Valério, para levantar 6 milhões de reais e comprar
o silêncio do chantagista citado no item anterior;
· cujo emissário teria sido imbuído com a missão de ar-
ranjar serviço e dinheiro para o marido de sua famigerada
amante, Rosemary Noronha, que ameaçava contar tudo que
sabia dos esquemas dele após ser abandonada;
· que disse, em evento partidário, que o seu ex-ministro
e antigo braço-direito José Dirceu, duplamente preso pelo
mensalão e pelo petrolão, “tem o meu aval”, e depois mentiu
em entrevista à TV sobre os condenados pelo mensalão, di-
zendo que “não se trata de gente da minha confiança”;
· que deu apoio eleitoral ao ditador Nicolás Maduro, da
Venezuela, cujo governo foi acusado por um promotor de
Justiça foragido de tê-lo pressionado para forjar provas que
justificassem a prisão e a condenação do opositor político Leo-
poldo López, a quem senadores brasileiros foram proibidos
de prestar uma visita na cadeia quando estiveram no país;
· que se negou a extraditar o criminoso italiano Cesare
Battisti, acusado de matar quatro pessoas, para um país demo-
crático que o julgou e condenou democraticamente;
· que foi informante (o “Barba”) do Dops durante a regime
militar, segundo Romeu Tuma Júnior;
· que legitimou moralmente os crimes fiscais da sucessora
e afilhada política, Dilma Rousseff, com a mentira de que as
chamadas “pedaladas” foram destinadas a pagar programas
sociais como o Bolsa Família, quando, na verdade, elas ban-
caram grandes empresas e produtores rurais, segundo os
próprios dados do BNDES e do Banco do Brasil enviados ao
jornal Folha de S. Paulo;
·cujasucessoraeafilhadatevesuascontaspúblicasreprova-
das pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mentiu para a po-
pulação cometendo uma série de estelionatos eleitorais e ainda
quebrou o país, após ter sido eleita e reeleita com dinheiro su-
postamenteroubadodaPetrobrasnoesquemamontadonogover-
no do padrinho e continuado durante o seu mandato;
· que, apesar das prisões de seus amigos, companheiros
e contratantes; das citações de seu nome e de seus parentes nas
investigações dos escândalos de corrupção; do depoimento do
doleiro Alberto Yousseff para quem ele sabia de tudo do pe-
trolão; e de mais um monte de passagens nebulosas de sua
biografia que não caberiam no presente questionário, sempre
alega descaradamente que não sabia de nada, enquanto trama
golpe atrás de golpe para salvar a própria pele.
(Publicado no "O ANTAGONISTA" de 21/02)
LULA É AQUELE…LULA É AQUELE…LULA É AQUELE…LULA É AQUELE…LULA É AQUELE…
SUA SANTIDADE
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8Nº 224 - Fevereiro/2016 8
CLUBE DE AERONÁUTICA
* Luís Mauro
Ferreira Gomes
* Coronel-Aviador, Presidente da Academia Brasileira de Defesa, Vice-Presidente do Clube
de Aeronáutica e do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos e Membro Efetivo do
Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.
BRASIL EXPORTA PORNOGRAFIA PARA A FRANÇA
As línguas não são imutáveis, mas o que lhes determina a evolução é o uso que delas fazem os grandes escritores. Seguramente, não é por decreto que
as alterações devem ser impostas. Estes servem, somente, para oficializar aquilo que já foi consagrado pelo uso.
O nosso idioma é assunto muito sério para ser tratado apenas por meia dúzia de acadêmicos desavisados e burocratas governamentais
mal-intencionados. Ferreira Gomes, L. M. Reforma Pornográfica. Revista Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 268 p. 24, mar./jun. 2009
Ouvi, nesta segunda-feira, dia 8 de fevereiro de 2016, num programa de televisão, em
um dos raros momentos em que não se falava de carnaval ou futebol, que a França
estava implantando uma reforma ortográfica, até onde pudemos perceber, muito parecida
com a que fora imposta aos brasileiros pelo Decreto Legislativo n.º 54, de 1995.
Segundo o que foi noticiado, algumas palavras francesas perderão letras, como
“oinion” (cebola), que passará a “onion”, outras terão suprimida a acentuação gráfica, co-
mo “maître” (mestre, professor) que se escreverá “Maitre”, outras, ainda, se verão privadas
do hífen, como “porte-monnaie” (porta-moedas, carteira, pequena bolsa), que se grafará
“portemonnaie”.
Talvez, o “i”, o acento circunflexo e
o hífen dos exemplos sejam inúteis, como
absolutamente inúteis são as suas supres-
sões. Mais do que inúteis, elas são preju-
diciais, pois empobrecem a língua, destro-
em mais uma tradição e contribuem para a
ruptura de mais uma ligação entre o pre-
sente dos franceses e o passado dos que os
antecederam.
E não se veja na pretendida “simplifica-
ção” alguma facilidade para quem escreve.
Qualquer corretor ortográfico barato ou,
mesmo, gratuito como esses que acompa-
nham telefones celulares e editores de texto
em geral, corrige, automaticamente, tais “er-
ros” que se pretendem evitar.
Além disso, aqueles que já escrevem
bem, continuarão a fazê-lo com as noves
regras, às quais, infelizmente, terminarão por
sucumbir. Os que, hoje, escrevem “onion”,
“maitre” ou “portemonnaie” talvez não co-
metam mais esses “erros eliminados por de-
creto”, mas continuarão a cometer uma infi-
nidade de outros, e não haverá Reforma Or-
tográfica que dê jeito.
Vantagem somente levarão aqueles que
aproveitarão a oportunidade para lucrar com
a venda de novos dicionários e de novas edi-
ções de livros adaptados à nova ortografia.
Também se beneficiará o esquerdismo, essa
praga que, com diferentes codinomes, infes-
ta o mundo, nele, incluído o Brasil, e que pro-
cura, por todos os meios, destruir os nossos
valores, as nossas tradições, enfim a nossa
cultura.
Parece irônico, mas nós, que, em pas-
sado não muito distante, importamos cultura e produtos manufaturados da Europa e,
posteriormente, passamos a importar produtos industrializados e lixo cultural dos Estados
Unidos (o Samba foi quase totalmente substituído, nos morros, pela vertente musical desse
lixo), depois de desenvolvermos uma indústria poderosa, que nos tornou exportadores,
agora, voltamos a importar, desta vez, da China, os produtos industrializados e manufatu-
rados que deixamos de produzir.
Ah! Mas não podemos esquecer! Ainda exportamos matérias primas baratas para
compensar os produtos caros que importamos.
E, aí, vem a maior das ironias! Pelo que vemos, em vez de devolvermos o benefício
da cultura que importamos da Europa, exportando-lhe o melhor da cultura que desenvol-
vemos aqui, exportamos o pior lixo cultural que produzimos até hoje, a reforma pornográfica,
para (quem diria) a França, tão zelosa com o seu idioma, um dos mais belos do mundo.
É o preço caríssimo que pagamos por permitirmos que tenha durado tanto a aventura
petista no Brasil.
Não bastasse tentarem, incansavelmente, destruir todos os nossos valores, todos
os nossos princípios, todas as nossas tradições, para implantar a ditadura da ideologia
(*) The creatures outside looked from pig to man, and from man to pig, and from pig to man again; but already it
was impossible to say which was which (Frase final de Animal Farm – A Revolução dos Bichos – livro escrito do fim
de 1943 para o começo de 1944, por Eric Arthur Blair, sob o pseudônimo de George Orwell, pelo qual se tornou
mundialmente conhecido.
França vai ter o seu acordo
ortográfico e há quem não
goste da ideia
Por Pedro Filipe Pina
http://e-ipol.org/imprensa-achou-que-o-acordo-ortografico/
O acento circunflexo é a principal
‘vítima’ das alterações que serão
introduzi-das.
A partir do próximo ano letivo, os
livros adotados nas escolas primárias fran-
cesasvãocontarcomalgumasmudançasem
relação a outros anos.
Tal como o Acordo Ortográfico de
1990, que tem sido motivo de polémi-
ca em Portugal e noutros países dos
PALOP’s nos anos mais recentes, tam-
bém em França há normas acordadas em
1990 pela Academia Francesa que vão
começar a ser cada vez mais visíveis. (...)
O acento circunflexo, por exem-
plo, é visto como uma das principais ra-
zões para erros ortográficos no francês.
Com estas mudanças, vai surgir cada vez
menos. Maîtresse (amante), por exem-
plo, ficará só maitresse.
No Twitter, esta questão já levou
mesmo à proliferação de uma curiosa
hashtag,#JeSuisCirconflexe,expressãoque
recupera o #JeSuisCharlie, que se popula-
rizou após o ataque à redação do jornal
satíricoCharlieHebdo,emjaneirode2015.
Fonte: Notícias ao Minuto, Portugal
Declaração da Academia
Francesa Sobre a "reforma
ortográfica" aprovada na
sessão de quinta-feira,
11 de fevereiro de 2016 (*)
Extrato
Em três textos sucessivos, a Academia
Francesa se expressou sobre este assunto.
Na sua reunião de 16 de novembro de
1989, (...) a ela aprovou por unanimidade uma
declaração que lembrou fortemente sua oposi-
ção a qualquer mudança autoritária de ortogra-
fia. A Academia reafirmou que não cabe nem ao
poder político, nem a administração legislarou
regularemmatériadelinguagem(...).
Depois, (...) informada somente dos prin-
cípios orientadores do trabalho (...), votou, na
reunião de 3 de Maio de 1990, um segundo texto,
expressandosuaconcordânciacomasdiretrizesdo
projeto em preparação. (...)
A Academia se pergunta sobre as razões
para a exumação pelo Ministério da Educação de
um projeto antigo de um quarto de século e, com
algumas exceções, ainda não recebeu a sanção do
uso. (...) Recentes pesquisas internacionais reali-
zadas nos últimos anos (...) atestam o forte recuo
da França em relação com outros países europeus
nodomíniodalinguagem.
Comoconclusão,paraaAcademia,éurgen-
te orientar o ensinamento, na direção pretendida,
para muitos dos nossos cidadãos, restabelecendo
as condições para uma verdadeira transmissão de
conhecimento.(...)
(*) Fonte: http://www.academie-francaise.fr/actualites/declaration-de-lacademie-
francaise-sur-la-reforme-de-lorthographe
espúria que professam, muito provavelmente, de propósito, arruinaram a economia do País
e nos rebaixaram da condição de potência industrializada à de meros exportadores de
“commodities”.
Também atentaram contra a nossa língua como parte do projeto orwelliano de
dominação.
Custa crer que a França venha a copiar de nós, justamente, o que não presta.
Mas lá, eles também têm essa catástrofe que é o comunismo escondido pelo eufe-
mismo de socialismo.
Quem sabe, eles também tenham pro-
pina, eufemismo para suborno, e pixuleco,
e corrupção!
Desejo intensamente que a França
reencontre o seu caminho e salve a sua lín-
gua.
Quanto a nós, temos de salvar o que
resta do nosso grande Brasil.
A tarefa não é simples. O primeiro e
mais fácil passo é livrar-nos desse gover-
no deletério. Depois vem a parte mais
difícil e demorada: resgatar os valores,
recuperar a economia e sanear as institui-
ções, corrompidas e infiltradas por mais
de vinte anos de subversão governamen-
tal socialista.
Mas, entre os legados malditos dos
governos petistas, existe um de muito di-
fícil solução.
Muitos brasileiros, que se dizem con-
tra o petismo, talvez como uma forma de
síndrome de Estocolmo, assumiram algu-
mas características da administração
petistas: tornaram-se arbitrários e donos
da verdade; esqueceram seus compro-
missos com a Nação e com as Institui-
ções, para usá-las em função de seus in-
teresses; não hesitam em distorcer os fa-
tos para atingir seus objetivos; são exa-
geradamente indulgentes com os alia-
dos, mas veem como inimigo a ser des-
truído quem quer discorde de suas “ver-
dades”; omitem-se quando se trata de
atacar o governo e tudo fazem para evitar
que seus correligionários o façam; querem
o poder pelo poder, mais interessados em
empolgar a chave do cofre e a caneta, que
lhes permitam ser donos de tudo.
A semelhança é tanta que, aproveitando-nos da extraordinária comparação com a
qual Eric Blair terminou o seu genial “A Revolução dos Bichos”, poderíamos dizer que, se
olhássemos “de um petista para um deles, e de um deles para um petista, e de um petista
para um deles novamente, seria impossível dizer qual era qual.” (*)
Não queremos petista de esquerda, mas, igualmente, não queremos petistas de
direita.
Precisamos livrar-nos destes também, mas isso deixaremos para as próximas eleições.
Esperamos que todos tenhamos aprendido a votar, depois dessas experiências
desastrosas.
8
Nº 224 - Fevereiro/2016
9
* É jornalista independente, estudiosa do Foro de São Paulo e do regime castro-comunista e
de seus avanços na América Latina, especialmente em Cuba, Venezuela, Argentina e Brasil. É
articulista, revisora e tradutora do Mídia Sem Máscara e proprietária do blog Notalatina.
*Aristóteles
Drummond
*Graça Salgueiro
* Jornalista - Vice- Presidente da ACM/RJ
aristotelesdrummond@mls.com.br -
www.aristotelesdrummond.com.br
Os mais jovens desco-
nhecem o que aconte-
ceuem31demarçode1964.
São informados de maneira
distorcida de que foi um
“golpe militar”. Temos de
restabelecer a verdade, esclarecer e temos li-
vros e depoimentos suficientes, além dos
jornais da época.
A Revolução foi iniciada em Minas, em
manifesto conjunto do governador Magalhães
Pinto e do comandante militar da área, na época
4ª Região Militar, com sede em Juiz de Fora,
General Mourão Filho e a guarnição de BH,
general Carlos Luiz Guedes. Logo, manifesta-
ram-se os governadores da Guanabara, Carlos
Lacerda,doParaná,NeiBraga,doRioGrandedo
Sul, Ildo Meneguettui, e o principal apoiador da
conspiraçãocívico-militar,AdhemardeBarros,
deSãoPaulo.E,assim,veioaadesãodosgenerais
Amaury Kruel, do II Exército, São Paulo e de
Justino Alves Bastos do IV Exército, Nordeste,
com sede em Recife. E as demais forças da
Marinha e da Aeronáutica. Não houve a menor
resistência,anãoserumfatoisoladonaAeronáu-
MUTIRÃO PELAVERDADE
Foram anos de competência e coragem.
tica, em Porto Alegre, e tênue, no Rio.
Nomais,todaaimprensasaudouomovi-
mento. Antes, os senhores Nascimento Brito,
Jornal do Brasil, Assis Chateaubriand, dos Di-
áriosAssociados,eRobertoMarinho,deOGlo-
bo,quetinhamprofundasdivergênciaspessoais,
se uniram na Rede da Democracia. Lá, este re-
pórterteveoprivilégiodefalarna
aberturaaconvitedeRobertoMa-
rinho.
O Brasil se tornou moder-
nocomCastelloBranco,na refor-
ma do Estado com o Decreto Lei
200, criação do BNH e do Banco
Central, sob o comando do gran-
de Roberto Campos. Com Cos-
ta e Silva, foi dada a arrancada
para as grandes obras, sendo que
Mário Andreazza, no Ministé-
rio dos Transportes, tratou logo de duplicar
a Via Dutra, asfaltar a Belém-Brasília, cons-
truir a subida da serra das Araras. Com Médici
e a genialidade de Delfim Netto, vivemos o
milagre brasileiro, saudado em todo o mundo,
quando crescemos mais de dez por cento ao
ano. O maior projeto social do mundo foi o
FUNRURAL com que se protegeu todos os
trabalhadoresruraisaos70anos.E,porfim,com
JoãoFigueiredo,enfrentamosevencemosacrise
do petróleo, a inflação, sem parar as grandes
obras, como Itaipú, Tucuruí, triplicada a produ-
ção nacional do petróleo, sob o comando do
dedicado ministro César Cals.
Foram anos de competên-
ciaecoragem.Umapequenapara-
da nos anos Geisel, que não era
bemumrevolucionário,relaxouno
combate à subversão e criou um
projeto de abertura sem abrir mão
do AI-5, vigente até o final de seu
governo.
Cadabrasileiro,paioumãe,
avô ou avó, tem o dever moral de
explicar a filhos e netos que a
Revolução mudou o Brasil, e que tivemos um
período autoritário, mas não de ditadura. O
Congresso funcionou a maior parte do tempo.
Sofreu perdas, mas ficou aberto e com figuras
exaltadas pelos pregadores da mentira, como os
parlamentares Ulysses Guimarães, Tancredo
Neves, Itamar Franco, Franco Montoro, Paulo
Brossard e dezenas de membros da oposição
democrática. O direito de ir e vir nunca foi cer-
ceado, nem a propriedade privada. A censura,
desnecessária, desfalcou o noticiário muito me-
nos do que o patrulhamento atual, em que só se
publica uma única versão, que, aliás, une fra-
ternalmente o atual governo e boa parte da
oposição, pelas origens comuns. E vale lem-
brar que os aliados preferenciais dos tucanos
são do PPS, partido que não esconde suceder
o velho Partido Comunista Brasileiro, tendo,
inclusive, o mesmo presidente.
Enfim, neste momento em que todos sa-
bem quem são e qual a postura ética e moral dos
governantesdoPT.Restarestabeleceraverdade
para as novas gerações, o que permitirá que a
reconstrução nacional saiba valorizar os exem-
plosdedignidade,patriotismo,honestidadedos
militares e seus aliados na bela jornada para o
progresso dos governos Castello Branco, Costa
e Silva, Emílio Médici e João Figueiredo.
Cada brasileiro,
pai ou mãe, avô ou
avó, tem o dever
moral de explicar
a filhos e netos que
a Revolução
mudou o Brasil
A CHAPA ESTÁ ESQUENTANDO
No artigo anterior eu
havia comentado que
o ano de 2015 havia fecha-
do com reveses para o Foro de São Paulo e
agora parece que o cerco está se fechando,
embora isso não signifique, de maneira algu-
ma, que o fim dessa organização criminosa
esteja chegando.
Aqui no Brasil as operações de incon-
táveis nomes e etapas realizadas pela Polícia
Federal, estão chegando perto do chefão mas
ainda é cedo para contar vitória. Entretanto,
embora tenha sido divulgado no Brasil mas
semqualquer repercussão (oxalá,fizeramuma
“operação abafa”), o delegado que assina o
relatório da “Operação Acarajé” cita com
firme convicção que a empresa Odebrecht
pagou propina ao ex-secretário de Transpor-
tes do governo Cristina Kirchner, Ricardo
Jaime - que hoje (25.02) foi processado por
“malversação de dinheiro público” em irregu-
laridades no reparo de vagões de trem da
empresa Belgrano Norte -, e Ollanta Humala,
ninguém menos que o presidente do Peru,
apadrinhado e eleito pelo Foro de São Paulo.
Não há confirmação em nenhum dos
dois casos ainda, porém o delegado afirma que
através da análise de e-mails encontraram
“provas robustas” do “pagamento de vanta-
gemindevida”, ou seja: propina.Humalaman-
dou seu embaixador no Brasil emitir uma nota
de repúdio mas até o momento isso foi tudo
o que fez para se defender da acusação. Não
é segredo para ninguém que, quando o FSP
apadrinhaumcandidato,malasdedinheiropas-
seiam até chegar aos apadrinhados, como foi o
casodaprimeiraeleiçãodeCristinaKirchnerque
recebeupetrodólaresdeChavezeomesmoLula,
que na primeira eleição em 2002 recebeu das
Não é segredo para ninguém que, quando o FSP apadrinha um candidato, malas de dinheiro passeiam até chegar aos apadrinhados,
como foi o caso da primeira eleição de Cristina Kirchner que recebeu petro-dólares de Chavez e o mesmo Lula, que na primeira eleição
em 2002 recebeu das FARC alguns milhares de dólares para sua campanha. Antes o que era encoberto, agora está vindo à tona.
Guerrilheiros das FARC chegam a El Conejo armados até os dentes
FARCalgunsmilharesdedólaresparasuacam-
panha. Antes o que era encoberto, agora está
vindo à tona.
NaBolíviaoíndiococaleroEvoMorales
perdeu um referendo que pedia a autorização
para sua reeleição indefinida. O povo está farto
de tanto comunismo, corrupção e de ver seu
suado dinheiro não ser revertido em seu favor,
mas nas eleições passadas em que Morales saía
vencedor,haviaportrásumChávezquecompra-
va consciências e fraudes (embora lá a votação
aindasejanopapel)comospetrodólaresquehoje
nãoexistemmais.Nãofoiopovoque“acordou”
mas o dinheiro que acabou: a Venezuela está
falida e Chávez morto, mas Morales culpou as
“redes sociais” e o “império” por sua derrota.
A situação da Venezuela é desespera-
dora, pois o desabastecimento já atinge os
hospitais, onde não há sequer material des-
cartável e medicamentos. A gasolina, que de-
veria ser abundante no país do petróleo, há
anos vem sendo importada da Rússia e agora
está vindo também do “império”. As horas de
Maduro estão começando a ser contadas, pois
segundo presidente da Assembleia Nacional,
Ramos Allup, o Parlamento tem autonomia
para destituí-lo, mesmo com maioria simples
de votos, por “abandono de cargo”, figura
contemplada na Constituição quando o man-
datário não cumpre suas
funções, ou não exerce
muitas das suas facul-
dades por inação. E,
nesse caso, não há ne-
cessidade de interven-
ção do Tribunal Supre-
mo de Justiça, pois esse
caso é o único onde ex-
pressamente a Consti-
tuição não assinala in-
tervenção da Sala Cons-
titucional.
E há rumores de
que Maduro conversou
com Ernesto Samper,
atual presidente da
UNASUR, para reque-
rer asilo político na Colômbia e assim escapar
de um julgamento por seus incontáveis cri-
mes, inclusive eleitorais.
A situação da Colômbia é a mais crítica
uma vez que Juan Manuel Santos, que só tem
olhos para o Prêmio Nobel da Paz, tem dado
asas demais às FARC com esse conto de
“negociações de paz”. No dia 18 de fevereiro
este bando narcoterrorista esteve no municí-
pio El Conejo, com aval de Santos e levado
pela Cruz Vermelha Internacional, fazendo,
segundoeles,“pedagogia”.Armaramumenor-
me palanque onde puseram música e fizeram
discursos, enquanto 300 guerrilheiros arma-
dos até os dentes distribuíam panfletos, in-
clusive em escolas, falando das maravilhas
que farão quando o acordo for assinado.
Isto não é permitido e todos os promo-
tores sabem, mas como as críticas choveram
de todos os lados, inclusive da Promotoria
Geral da Nação, os militares que esvaziaram
a área para os que terroristas fizessem seu
proselitismo afirmaram que “não sabiam” que
o evento iria ser daquele porte nem com
guerrilheiros armados assustando e pressio-
nando a população.
Santos tem dito que o “acordo” será
assinado no dia 23 de março mas as FARC
negam, porque ainda não conseguiram tudo o
quedesejam.Elesjáconseguiramnãoentregar
as armas, não indenizar suas vítimas, não
devolver o patrimônio roubado de tantos agri-
cultores, não prestar contas de sua situação
financeira nem entregar suas vítimas seques-
tradas. Mas as FARC só vão assinar o “acor-
do” quando for para a rendição total do país
aos seus pés. Quando eles possam se candi-
datar aos mais altos cargos políticos e quando
puderem aniquilar totalmente as Forças Mi-
litares da Colômbia. Enquanto isso não chega,
vão continuar assassinando militares e civis,
se unindo com o ELN para praticar atos de
terrorismo, sequestrando pessoas inocentes e
traficando drogas e armas. E o Brasil, através
do Foro de São Paulo, aplaudindo e apoiando
incondicionalmente.
9
8Nº 224 - Fevereiro/2016 10
* Manoel Soriano Neto
“Árdua é a missão de desenvolver e defender a
Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos
antepassados em conquistá-la e mantê-la.”
A AMAZÔNIA E A HIDRELETRICIDADE
* Coronel, Historiador Militar e Advogado
msorianoneto@hotmail.com
(continua)
General Rodrigo Octávio / 1º Comandante Militar da Amazônia (1968/1970)
(XXV)
Cel Osmar José
de Barros Ribeiro
Arecessão profunda (quase “depres-
são econômica”) vem afetando to-
dos os setores produtivos como o de for-
necimento de energia elétrica. O nosso
sistema energético se baseia na hidre-
letricidade - uma matriz invejável, se a
compararmos com a do resto do mundo,
por ser limpa, renovável e barata -, mas
que necessita ser complementada pela
termeletricidade, assaz poluente e cara. E
esse sistema de energia deve, outrossim,
ser diversificado com fontes alternativas
como a eólica, a solar, a da biomassa, a
nuclear, etc., eis que por volta da década
de 2020, os nossos recursos hídricos se
esgotarão e é certo que a energia do
petróleo está sendo aos poucos abando-
nada,mundialmente,máxi-
me pela poluição que pro-
duz, apesar de o preço do
barril ter sofrido acentua-
da baixa. Desafortunada-
mente, isso poderá com-
prometer ou até mesmo
inviabilizar o pré-sal. En-
tretanto, só poderemos so-
nhar com um cenário real-
mente otimista, quando a
economia se recuperar,
pois foi impiedosamente
destroçada pela deletéria
governança lulodilmista,
que nos assola há muito tempo (e já pade-
cemos com dois anos consecutivos de
terrível contração econômica, já estando
previsto, por quem entende do riscado,
um terceiro ano). Sim, eis que o PIB, em
2015, caiu cerca de 4%; o desemprego
vem aumentando, já atingindo a elevada
cifra de 11% nos principais centros urba-
nos; a indústria acumulou uma perda, no
ano transato, de 8,3% e até o setor de
serviços encontra-se em queda – o que é
umfatoraro.Ainflação,jáamargandoum
índice de 12%, é outro fator muito preo-
cupante; e como o Banco Central não
aumentou a taxa de juros (“selic”), hou-
ve, sem dúvida, um afrouxamento de seu
controle em benefício do desenvolvimen-
to, a fim de que o PIB cresça concomitan-
temente com o aumento dos preços e de
impostos escorchantes (e esse gover-
nicho deseja nos enfiar, goela abaixo, a
abominável CPMF) ... A par de tudo isso
e muito mais, continua grassando, de-
senfreada, a corrupção. Estupefacientes
são os escândalos que envolvem Lula,
O Brasil possui aquelas condições
humanas e territoriais que, devida-
mente trabalhadas poderão, um dia, levá-
lo a posição de destaque no universo das
nações. A tais condições dá-se o nome de
potencial nacional, ou seja, o somatório
daqueles meios humanos e materiais que,
hoje em estado latente, amanhã poderão
ser transformados em poder nacional.
Dentre os poucos que se dedicam ao es-
tudo do problema, sobressai o nome do
Professor Oliveiros S. Ferreira* que, em
seu artigo O árduo ca-
minho rumo ao poder
(O Estado de São Paulo,
08/01/2016), assinala
que Um Estado sem po-
der é um Estado sub-
misso ao poder de ou-
tros, acrescentando que o prestígio, além
de auxiliar na caminhada em busca de
poder, dá condições ao Estado de alcan-
çar uma posição de destaque no concerto
das nações.
Infelizmente, falta aos nossos go-
vernantes uma visão de grandeza que os
leve a buscar tal posição, se não entre as
potências mundiais, ao menos entre seus
vizinhos sul-americanos. Embalados pe-
los sonhos do socialismo fabiano ou dos
inspirados pelo Foro de São Paulo, os su-
cessivos dirigentes nacionais, esquecidos
dos ensinamentos do Barão do Rio Bran-
co, acreditam em utopias tipo Governo Mun-
dial e Pátria Grande, com evidentes preju-
ízos para a Nação.
Muito acertadamente o Professor Oli-
veiros assinalou que a assinatura do Tra-
tado de Não Proliferação Nuclear soma-
do ao do Acordo Internacional sobre Mís-
seis (ao Brasil não é facultado construir
mísseis com alcance superior a 300 km)
demonstraram, aos eventualmente preo-
cupados com a nossa transformação em
BRASIL: POTENCIAL E PODER
Há necessidade de um órgão semelhante ao extinto
Conselho de Segurança Nacional – se a cega
hostilidade às FFAA não o tivesse substituído por
um inócuo Conselho da República e um ineficiente
Ministério da Defesa
potência, que não havia razão para isso,
posto que os grupos políticos que as-
sumiram o poder esmeraram-se em re-
duzir o papel das Forças Armadas e em
desvirtuar o da diplomacia, além de se des-
preocuparem com o nosso desenvolvi-
mento econômico sustentável, impres-
cindível para que se possa iniciar a lon-
ga e penosa caminhada do prestígio ao
poder.
Após os governos militares e sem
qualquer reação digna de nota, assisti-
mos além do desvirtu-
amento da ação diplo-
mática brasileira ao
crescente enfraqueci-
mento das Forças Ar-
madas, cada vez mais
empregadas em ativi-
dades que pouca ou nenhuma relação
guardam com a sua missão principal. É
bem verdade que seus comandantes fa-
zem, no mais das vezes, das tripas cora-
ção, mas sem meios e recursos, terminam
por assistir sua marcha para a total ino-
perância quanto ao cumprimento da sua
finalidade.
Há, paralelamente, necessidade de
um órgão semelhante ao extinto Conse-
lho de Segurança Nacional – se a cega
hostilidade às FFAA não o tivesse subs-
tituído por um inócuo Conselho da Re-
pública e um ineficiente Ministério da
Defesa. O temor contra a presença os-
tensiva das FFAA como defensoras do in-
teresse nacional não é o de que se retro-
ceda no campo das ditas conquistas de-
mocráticas, mas sim que o País se afirme
internacionalmente como um polo de
poder e não apenas como uma grande fá-
brica à maneira chinesa, um grande mer-
cado consumidor ou uma chave para fa-
zer negócios de empreiteiras na periferia
do sistema.
sua família e amigos íntimos, como os do
triplex de Guarujá e do sito de Atibaia,
para apenas citar os principais. E o ape-
deuta ainda teve o topete de fazer uma
patética declaração, ao afirmar que não
há na PF, no Ministério Público, etc.,
“uma viva alma” mais honesta do que ele.
Isso foi motivo de chacota na grande
Imprensa e em redes sociais, tendo o
mentiroso, “ipso facto”, sido tachado,
jocosamente, de “Papa Luiz 51” e de
“Madre Teresa de Guarujá” (rsssss). Mas
apesar de todas as provas coligidas nas
investigações acerca desse apedeuta, o
presidentedoPT,RuiFalcão,afirmou,em
defesa do “pixuleco”, em uma das dema-
gógicas propagandas do PT, que “a Ver-
dade vencerá a Mentira!”, perdendo, as-
sim, uma ótima oportunidade de ficar ca-
lado. E mais: a presidente declarou pela
televisão, recentemente, que o seu “lí-
der” - cujo conceito se derrete junto à
população, diga-se -, sofre uma “grande
injustiça”. Ora, ora, os romanos já afirma-
vam: “est modus in rebus” (as coisas têm
limites!). Não se deve zombar da inteli-
gência do homem do povo, daí o bai-
xíssimo índice de aprovação dessa infeliz
governanta e do corruPTo partideco ao
qual ela pertence.
As novas fontes renováveis de ener-
gia (provindas de usinas eólicas, solares,
da biomassa, etc) vem crescendo em nos-
so País, felizmente. A participação é ain-
da bem diminuta, mas elas já concorrem
para que o Brasil reduza as emissões de
gases do efeito estufa, conforme aven-
çado na Conferência do Clima, ocorrida
em Paris, em dezembro do ano passado.
Os grupos políticos que
assumiram o poder esmeraram-se
em reduzir o papel das Forças
Armadas e em desvirtuar
o da diplomacia.
*A matéria em itálico foi retirada de artigo do Prof. Oliveiros S. Ferreira,
conforme assinalado no parágrafo inicial.
A indicação do general-de-Exército Marco Antônio de Fa-
rias para o cargo de ministro do Superior Tribunal Militar foi
aprovada pelo Plenário do Senado a 17 de fevereiro. A vaga foi
aberta com a aposentadoria do general Fernando Sergio Galvão.
Militar há 48 anos, o general comandou a Academia Militar
das Agulhas Negras (Aman) e assumiu, entre outros cargos, a
subchefia do Estado-Maior do Exército em Brasília.
Na foto ao lado, o General Farias, Comandante da
AMAN, acompanhado do Engº. Roberto Médici, presta ho-
menagem ao Presidente Emílio Garrastazu Médici, por
ocasião do centenário de seu nascimento, a 28 de novembro
de 2005.
STM - SUPERIOR TRIBUNALMILITAR
Nº 224 - Fevereiro/2016
11
“Para mim, isso já é uma guerra.
Não é mais um delito, é uma guerra”
Levantamento dos problemas enfrentados pelo Exército Brasileiro
para proteger as fronteiras nacionais, especialmente na região Norte
do País, e a consequente necessidade de investimentos em tecnologia
e pesquisas pra combater o crime, fizeram parte da palestra aplicada pelo
cmt CMA, gen-ex Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. realiza-
da na sede da unidade militar, na zona Oeste de Manaus-AM.
O militar mostrou o painel “Guerra na Fronteira”. Sem poupar
palavras nem minimizar impactos, o gen Theophilo mostrou que a Ama-
zônia está aberta pra crimes como exploração e contrabando de minerais,
entrada de armamento pela fronteira com a Venezuela que, segundo ele,
“está inundada por fuzis Kalashinikov”, a imigração ilegal tanto vinda
do Haiti como, recentemente, do Senegal (de Jan-Mai 15, 30.000 estran-
geiros entraram no País de forma não autorizada).
“A Colômbia está usando o desfolhante ‘agente laranja’ pra
acabar com plantações de coca, mas está poluindo gravemente o rio
Solimões”... ...revelou o general, acrescentando que a guerrilha Sen-
dero Luminoso está voltando à ação com força total, desta x associado
ao narcotráfico. “Pra mim, isso já é uma guerra. Não é mais um delito,
é uma guerra”... ...disse o Comandante, que mostrou-se preocupado
com o que chamou de “grande vazio”, ou seja, a falta de órgãos de se-
gurança que, de forma efetiva possam monitorar as fronteiras, e, asse-
gurar segurança ao País.
“Temos um grande vazio de órgãos da segurança em compara-
ção com o Sul-Sudeste, e, parte do Centroeste”... ...declarou.
Além dos criminosos, as fronteiras brasileiras enfrentam a falta de
recursos, e, tecnologia pra protegê-las, apontou o gen.
“Não temos tecnologia. As naves pequenas, de voo baixo, não
são captadas pelos radares do SIPAM/SIVAM, e, Cindacta. Precisa-
mos de radares que alcancem essas aeronaves”... ...exemplificou.
O próprio TCU confirmou que o Plano Nacional de Fronteiras, que
permitira ao Planalto coordenar a proteção da soberania nacional,
“simplesmente não existe”, apontou o gen Theophilo.
“Nós (o Exército) já levantamos todos os dados. Sabemos onde
estão, e, o que está acontecendo em cada ponto das fronteiras amazô-
nicas. Mas, como vamos fiscalizar tudo isso? Precisamos de recursos
pra investir em tecnologia-pesquisa. O EB não poderia sofrer nenhum
corte de orçamento, sob risco de ficar até sem combustível pra voa-
deiras, e, hoje já estamos sofrendo cortes”... ...disse o palestrante.
“Estamos perdendo pouco a pouco a soberania do nosso País”...
...resumiu.
!! ESTAMOS PERDENDO
POUCO A POUCO A
SOBERANIA DO NOSSO PAÍS !!*Guilherme Cals Theophilo
* General de Exército - Comandante Militar da Amazônia
Diário do Brasil - 19 Fev 16
* Paulo Henrique
Chaves
* Jornalista, Autor de "Agropecuária: Atividade de alto risco"
e colaborador da Agência Boa Imprensa
Em palestra em Manaus, o Comandante Militar da
Amazônia, General de Exército Guilherme Cals
Theophilo Gaspar de Oliveira, voltou a tratar dos
problemas enfrentados pelo Exército Brasileiro na sua
ingente tarefa de proteger fronteiras, onde há falta de
investimentos em pesquisas e téc-
nicas para combater os crimes.
Segundo o “Diário do Brasil”
(19/02/16), o general mostrou que a
“Amazônia está aberta para crimes,
como exploração e contrabando de
minerais, entrada de armamento pela
fronteira venezuelana que ‘está
inundada por fuzis Kalashinikov’,
imigraçãoilegal,tantodoHaiticomo
do Senegal”. De janeiro a maio de
2015, trinta mil estrangeiros entra-
ram no País ilegalmente.
O Comandante revelou que a
Colômbia tem utilizado um des-
folhante para pôr fim às plantações
de coca, mas com resultado ruim
para o Brasil, pois o produto utiliza-
do vem poluindo o rio Solimões.
Disse também que o grupo guerrilheiro peruano Sen-
dero Luminoso está voltando com força total, desta
vez associado ao narcotráfico, o que para o general “já
representa uma guerra”.
O Gen. Teophilo Gas-
par mostrou-se preocupado
com o que chamou de ‘gran-
de vazio’, isto é, a falta de
órgãos especializados que
possam monitorar as fron-
teiras e garantir a segurança.
Para ele, além dos crimino-
sos, as fronteiras enfrentam
dificuldades como falta de
tecnologia, pois naves pe-
quenas, de voo baixo, não
são captadas pelos radares.
Ele acrescentou que o pró-
prio TCU confirmou que o
Plano Nacional de Frontei-
ras “simplesmente não exis-
te”.
Informa o general que
o Exército já levantou os
dados: “Sabemos onde es-
tão e o que está acontecen-
do em cada ponto das fron-
teiras amazônicas. Mas, co-
mo vamos fiscalizar tudo is-
so? Precisamos de recursos
para investir em tecnologia e
pesquisa. Estamos perden-
do pouco a pouco a soberania do nosso País”, con-
cluiu.
Tal preocupação não se restringe aos militares.
Não sem visão de estadistas, os portugueses e, mais
tarde, o Imperador Dom Pedro II, muito zelaram pela
região amazônica. Em nossos dias, vários pareceres
de juristas como Ives Gandra e Celso Bastos advertem
também nesse mesmo sentido.
Quando da homologação da RI Raposa/Serra
ACOBIÇAINTERNACIONAL
DA AMAZÔNIA
do Sol pelo STF (2009), o Ministro
Marco Aurélio de Mello, único voto
contrário à demarcação, ressaltou a previsão do autor
do livro “Tribalismo Indígena”: “Vale registrar que,
em 1987, o professor Plinio Corrêa de Oliveira,
diante dos trabalhos de elaboração
da Carta de 1988, advertiu: ‘O Pro-
jeto de Constituição, a adotar-se em
uma concepção tão hipertrofiada
dos direitos dos índios, abre cami-
nho a que se venha a reconhecer aos
vários agrupamentos indígenas uma
como que soberania diminutae
rationis”.
Para o historiador Riobranco
Brasil, fato semelhante ao da Rapo-
sa/Serra do Sol aconteceu há mais de
100 anos, quando o Brasil perdeu pa-
ra a Inglaterra um naco de 19.630 km²
na questão do Pirara, região localiza-
da em Roraima. A Inglaterra começou
enviando missionários para “traba-
lhar” com os índios. Em 1835, alegan-
do a exploração de riqueza, os ingle-
ses enviaram para lá o explorador Robert Hermam
Schonburk, que em 1842 delimitou a fronteira entre a
Guiana e o Brasil sem a anuência de nosso governo.
Diante do argumento britânico de que o territó-
rio seria ocupado por tribos in-
dependentes que reclamavam
proteção inglesa, o Brasil reco-
nheceu provisoriamente a neu-
tralidade da área em litígio, reti-
rando os seus funcionários e o
destacamentomilitar,comacon-
dição de que as tribos continu-
assem independentes.
A questão se prolongou
até 1904, quando o Brasil acei-
tou o laudo arbitral do rei italia-
noVítorEmanuelIII,dandogan-
ho de causa à Inglaterra. Perde-
mos com essa penada 19.630
km², além dos afluentes da bacia
do Esequibo, dando acesso à
Inglaterra as águas do Rio Ama-
zonas pelos rios Ireng e Tacutu.
Tão velha como a desco-
berta de Cabral é a cobiça es-
trangeira pela Amazônia. Este
imenso território, arduamente
conquistado por nossos ante-
passados, precisa ser povoado,
guardado e defendido, sobretu-
do nos dias atuais, quando tal
cupidez se tornou indisfarçável.
A Amazônia é a maior floresta tropical do globo,
dispondo de 20% das reservas mundiais de água
doce. Sua biodiversidade é quase sem medidas. Lá se
encontram o maior banco genético e a mais vasta pro-
víncia mineralógica planetária, os quais encerram
jazidas de ouro, cassiterita e minérios de terceira ge-
ração, como o urânio, o titânio e o nióbio.
NR: O General Theophilo, já apresentou essa palestra na
Câmara de Deputados, no Parlamento Amazônico, no Alto Co-
mando do Exército, em faculdades da região e constantemente
para o público interno. Semanalmente participa do programa
"Café com a Imprensa", onde apresentou-a e o repórter da Rede
Globo a divulgou.
Recentemente, o General Theophilo foi transferido para o
Comando Logístico em Brasília, devendo em breve passar o Co-
mando para o General de Exército Geraldo Antonio Miotto.
A Amazônia está aberta para crimes, como exploração e contrabando
de minerais, entrada de armamento pela fronteira venezuelana
que ‘está inundada por fuzis Kalashinikov’
Que providências serão tomadas pelo sinistro comunista da Defesa?
A "questão do Pirara" - Precedente de 1904
Fato semelhante ao ocorrido na
Raposa Serra do Sol aconteceu há
104 anos, quando o Brasil perdeu para
a Inglaterra uma gleba de 19.630 km²
8Nº 224 - Fevereiro/2016 12
* Ernesto Caruso
*Coronel QEMA, Administrador,
Membro da AHMTB
Publicado no Pampulha - BH - 13 a 19/02
Tsunami petista na política da terra arra-
sada. Um país sem rumo na economia,
na segurança, na educação. Pior de tudo, na
assistência médica da população mais ca-
rente que paga ao SUS como plano de saúde
e quando precisa não tem. Junção da incom-
petência na administração pública e da ele-
vada eficiência na desconstrução da socie-
dade. Corrupção como meio e fim. Ações di-
retas, nítidas e mais fáceis de contestar e as
sub-reptícias, dissimuladas, no arcabouço
da família, nas alterações do senso comum
e nos valores cristãos sedimentados na for-
mação da nacionalidade.
No campo econômico causa repulsa
ao cidadão não só o preço do legume nas
feiras, mas do combustível que influencia
toda a cadeia produtiva e de transporte dos
alimentos. A lembrar o “preço” do etanol —
milagre brasileiro no emprego automotivo,
advindo da cana de açúcar, ciclo marcante
na História — que supera o da gasolina
nesta fase do valor do barril de petróleo bem
baixonocomerciointernacional.Valorquan-
do elevado, “justifica” o aumento para o
consumo interno. A pujante Petrobras la-
deira abaixo.
Oh pré-sal do ufanismo lulista onde
estás que não respondes? Pré-sal que iria
impulsionar a educação, quem sabe se apro-
ximar do primeiro mundo. Pobre Pátria Edu-
cadora!
Patropi abençoado por Deus, que be-
leza, dos recursos abundantes. Japão de
terras e minerais e, rico em educação e pro-
bidade. Na nossa BR, extrema corrupção e
impunidade. Lá haraquiri de quem se enver-
gonha; aqui ostentação, desdenha e vaida-
de. Investimentos duvidosos no exterior em
detrimento da já precária infra-estrutura lo-
cal, rodovias, ferrovias, portos e aeropor-
tos.ExemploPortodeMarielemCuba.Dese-
quilíbrio orçamentário, juros elevadíssimos.
Impostos que estremecem os ossos de
Tiradentes. Ainda querem ressuscitar
aCPMFparacobriraineficiênciaeoesbulho.
Indústria e comércio encerrando as
atividades. Em 2015, quase 100 mil lojas
computadas. Grande rede de supermerca-
do, em Campo Grande/MS, fechou três das
suas lojas. No setor de alimentos é prog-
Os treze anos desse modelo são uma fraude. O Brasil não
está em boas mãos. Ainda querem ressuscitar a CPMF
para cobrir a ineficiência e o esbulho.
BRASIL SOB MÁ DIREÇÃO
“LUTA DE CLASSES”
Abro o jornal e leio a coluna do filósofo e teólogo Leonardo Boff. Referendando Engels
na introdução do livro de Marx sobre a luta de classes, ele transcreve: “Se houver
alguma possibilidade de as massas trabalhadoras chegarem ao poder, a burguesia não
admitirá a democracia, sendo até capaz de golpeá-la”. Diz ainda que Lula sofre perseguição
judicial movida pela vontade de desfigurar seu carisma e liquidar sua liderança. E ainda que
os “donos do poder” acham inadmissível que o PT e seus aliados tenham chegado ao poder
e que, por isso, tentam inviabilizar o governo de cunho popular. Por sua vez, o presidente
petista, Rui Falcão, diz na TV que Lula sofre ataques e perseguições pelos preconceituosos
de sempre, que também não aceitam que ele continue morando no coração do povo.
COMOSE VÊ, a “luta de classes”
continua sendo explorada por políticos
interesseiros e usada como argumento
por socialistas equivocados, ambos inú-
teis ao bem-estar social. Marx pregava
que a exploração do proletariado é peça
fundamental para o sustento da burgue-
sia capitalista. No entanto, o capitalismo
foioprimeirosistemaeconômicoapermi-
tir a melhora do poder aquisitivo do “pro-
letariado”. Oeterno experimento socia-
lista não engole o fato de que foi graças
ao regime capitalista que os pobres se
beneficiaram com o aumento do consu-
mo e a queda da pobreza extrema, que
caiu da metade para menos de 18%. A
realidade é uma só, devemos ter muito
cuidado com os que manipulam a luta de
classes, foi assim que o comunismo con-
seguiu prosperar.
SÓEXISTEUMCAMINHOparame-
lhorar as condições sociais dos menos fa-
vorecidos,eelepassapeloexercíciodemo-
crático atuandoemconjunto com a iniciati-
vadolivremercadosem,éclaro,apresença
intervencionista do Estado. Este sim, um-
predador insaciável que nada produz. Te-
mos de continuar batendo na tecla do des-
pertarnacionalparaofatodeque,enquanto
o governo continuar transferindo a renda
dosqueproduzemparamanterseudomínio
elitista, o conflito de classes irá persistir.
Precisamosvalorizaraliberdadeindividual,
e mostrar aos socialistas que Karl Marx
não passava deumparasita mimado e ir-
responsável, contrário às forças produti-
vas. Quanto ao Lula, por que ele continua
comsuademagogiadepalavrasdistorcidas,
emvez de se defender com os legítimos
meios de defesa a que tem direito
A “luta de classes” continua sendo explorada
por políticos interesseiros
nóstico muito grave.
O governo Dilma,
nota baixa no desempenho geral, coloca
o Brasil como mau pagador, ao lado de paí-
ses como Bolívia, Paraguai e Guatemala,
por conta da instabilidade econômica e po-
lítica, como anunciado pela agência de
classificação de risco Standard & Poors; o
segundo rebaixamento e com perspectivas
de piorar.
Na política, o governo central, muito
impregnado de ideologia totalitária, está
desmoralizado diante de tantas denúncias a
envolver o Partido dos Trabalhadores. Pro-
cessos de impeachment na Câmara dos De-
putados e no Tribunal Superior Eleitoral por
denúncias de emprego de recursos
escusos na eleição de 2014. Des-
crédito nos políticos, na quantida-
de de ministérios, no número exa-
gerados de senadores, deputados
e vereadores, estes por vezes com
um dia de sessão (?!) e muita mor-
domia.
Em adendo vale lembrar. Os
Estados Unidos mantêm dois se-
nadores por estado, aqui são três.
Lá são 435 deputados, aqui 513. Se
extinguir o cargo de vice nos vários
níveis, seria uma boa economia, em
especial nos municípios (5.570).
Quantos gabinetes seriam fecha-
dos, carros, motoristas, secretárias, ar con-
dicionado... E como se cria município; o
povo vota; a população de um município ar-
cava com as despesas de um conjunto po-
lítico-administrativo e “sabiamente” passa
a gastar com dois conjuntos.
Os reflexos da má gestão pública re-
crudescem nos fatores psicossociais a des-
tacar de início na saúde, caótica no atendi-
mento nos postos e hospitais públicos, on-
de faltam até vacinas contra hepatite A
infantil, raiva, difteria e tétano... No desem-
prego função do baixo crescimento e re-
cessão, com desdobramento na educação
de qualidade encontrada na atividade pri-
vada com a natural evasão e maior procura
na pública que remunera mal os professo-
res. Greve e mais greve. Ensino prejudi-
cado.
A previdência social está longe de
proporcionar melhores condições de vida.
Cada vez mais, ao aposentado se impõe con-
tinuar trabalhando pelo resto da vida. E sem
a correspondente assistência que devia usu-
fruir. Desequilíbrios sociais, drogas, meno-
res inimputáveis, aumento da criminalidade,
descontrole.
A par de uma legislação afinada com
a ideologia que bloqueia no Senado o pro-
jeto de lei que faz do menor que queima uma
dentista no local de trabalho, um criminoso.
Os treze anos desse modelo são uma fraude.
O Brasil não está em boas mãos.
Domingo -13 de março - 10 horas
Praça da Liberdade
Belo Horizonte/MG
Nº 224 - Fevereiro/2016
13
* Maria Lucia
Victor Barbosa
* Socióloga e articulista.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com.br
* Ipojuca
Pontes
* Cineasta, escritor,
ex-Secretário de Cultura e
Jornalista
Esta é uma per-
gunta extrema-
mente complexa que
diz respeito não só
ao Brasil, mas ao con-
texto mundial, sen-
do impossível de ser respondida num bre-
ve artigo.
Darei apenas breves pinceladas so-
bre o tema sem tratar da revolução dos
meios de comunicação eletrônicos, da imi-
nente era dos robôs dotados de inteligência
emocional, da modificação genética de em-
briões, dos avanços da ciência que nos pos-
sibilitarão viver bem mais e morrer com cara
de 30 anos.
Isso e muito mais não é
ficção e trará grandes mudan-
ças ao planeta. Entretanto, se
o futuro está acelerado e só
será interrompido se algum
maluco cismar de fazer uma
demonstração atômica aca-
bando de vez com o mundo,
meu interesse é por outros
tipos de mudança, aquelas que alteram va-
lores, comportamentos e atitudes.
O tema mudança social é amplo e
existem variadas análises elaboradas por
filósofos, sociólogos, historiadores, cada
qual com seu enfoque. Aqui cito apenas o
filósofoehistoriadoralemão,OswaldArnold
GottfriedSpengler(29/05/1880–08/05/1936),
que entre outras obras escreveu The Decli-
ne of West, ou seja, O Declínio do Ocidente.
Spengler, como tantos outros que se
debruçaram sobre o estudo da mudança
social pensava que sociedades são como
organismos humanos que nascem, crescem
e morrem. Não vou discutir se sociedades
morrem ou apenas se transformam, mas
penso ser interessante citar o pensamento
do autor alemão que afirmou no início do
século XX: “A civilização ocidental está
agora em declínio e sua desintegração é ine-
vitável, pois ela deve percorrer o caminho
de todas as civilizações extintas”.
Isso pode parecer drástico e, claro,
não acontece de uma hora para outra, pois
processos históricos são longos diante da
brevidade de nossas vidas. Contudo, já se
percebe o declínio ocidental, especialmente
na Europa com a entrada dos mulçu-ma-
nos, não só os que já tinham se radicado
especialmente na França e na Bélgica, co-
mo através dos milhões de refugiados que
estão sendo acolhidos na Alemanha e nos
demais países europeus.
Explicando melhor, como as popula-
ções europeias estão envelhecidas e a na-
talidade daqueles países é baixa, em tem-
po relativamente curto os mulçumanos se-
rão maioria e, obviamente farão prevale-
cer sua cultura político-religiosa como de
certo modo já o fazem. Então, a sharia será
amplamente implementada e não haverá
mais infiéis Lembremos ainda, que sendo
o Islã expansionista a ideia é a de se impor
globalmente.
AONDE ESTAMOS INDO?
Já houve tempos e lugares em que ju-
deus, cristãos e mulçumanos convive-
ram de forma pacífica como na Espanha
antes da Nova Inquisição dos reis católicos
Fernando e Isabel. Hoje isso é difícil uma vez
que está havendo um choque de visões de
mundo opostas, sendo que o grande alvo
do ódio terrorista são os judeus.
Para ficar mais claro tomo o exemplo
das mulheres: Entre mulçumanos a mulher é
inferiorizada, coisificada. Há países em que
não podem estudar ou sequer dirigir um
carro. Vestem o xador ou a burca, roupas nas
quais apenas os olhos aparecem.
No ocidente as mulheres trabalham,
estudam, ocupam empregos
antes só desempenhados por
homens. Contudo, muitas se
coisificamaoficarpraticamen-
te nuas nas praias e vestir
roupas que mais mostram que
escondem certas partes do
corpo.
Recentemente, em Co-
lônia – Alemanha, jovens ale-
mãs foram estupradas por refugiados.
Elas portavam minúsculas minissaias e
andavam sozinhas. Para a cultura mulçu-
mana elas eram solteiras e estavam dis-
poníveis e mulçumanos só obedecem a
suas próprias leis e não as dos países que
os acolhem. Para nós ocidentais foi um
ato brutal e reprovável como são os ata-
ques terroristas.
Onde estavam os homens alemães
para defender suas mulheres? Perguntou
uma entrevistadora a uma jornalista dina-
marquesa. Esta respondeu dizendo que
os homens europeus foram efeminados,
ensinados a ser corteses, a não protestar,
a se adequar a tudo e isso produziu um de-
sequilíbrio no qual os homens perderem
seus valores.
Acrescento que esse desequilíbrio
se deve em grande parte ao nefando po-
liticamente correto, que impõe a auto-
censura por temor à opinião pública. A so-
ciedade ocidental está sufocada por essa
excrescência ideológica, de matriz esquer-
dista e com viés de dominação, pois tudo
que se diz pode ser interpretado com pre-
conceito, racismo ou crime passível de se-
vera punição.
Muitos outros exemplos de choque
de civilizações podem ser dados, quem sa-
be em outros artigos, mas o fato é que
valores ocidentais estão se perdendo e
expressões da vida, incluindo a arte, vão
se tornando vulgares e banalizadas.
No Brasil acentua-se não o declínio,
mas a degradação social e econômica co-
mandada em larga medida por um governo
que institucionalizou a corrupção como
nunca antes nesse país.
Aonde estamos indo? Regredirá o
mundo a uma sombria Idade das Trevas? To-
mara que não.
No seu poema clássico
“A Divina Comédia”,
Dante Alighieri, o gigante da literatura uni-
versal, sai à procura de Beatriz, sua musa,
símbolo da perfeição, da pureza e da verda-
de revelada. Tendo o poeta Virgílio como
guia, o pai da língua italiana atravessa o In-
ferno, o Purgatório e chega ao Paraíso, vi-
venciando, na dramática trajetória, o que os
estudiosos consideram a “árdua transição
da servidão das paixões para a liberdade e
a perfeição moral”. Na ambiciosa obra, de
tessitura poética complexa, são múltiplos
os planos de leitura, entre
eles, o histórico, o moral, o
alegórico e o místico.
Nas três partes que for-
mam o poema, a do Inferno,
pelo rigor e minúcia da descrição, é tido co-
mo o canto melhor acabado. Nele, o poeta
empreendeu esforço colossal e deu asas ao
seu enorme poder de imaginação. Em resu-
mo, a travessia do Inferno, além de doloro-
sa, intimida e assombra. De fato, toda a mi-
tologia que hoje circunscreve o universo de-
moníaco está contida neste canto de leitura
obrigatória, difícil e cada vez mais atual.
O Inferno de Dante, um tenebroso
abismo em forma de cone, compreende nove
círculos e o Anteinferno (ou Vestíbulo). Os
cinco primeiros círculos formam o Alto In-
ferno. Os quatro restantes compõem o Bai-
xo Inferno, em cujas profundezas impera
Lúcifer, glutão insaciável, barbudo, narinas
frementes, rosto vermelho de ira e fonte
inesgotável do Mal. Em todos os círculos
agonizam legiões de almas penadas, na re-
verberação de gritos, lamentos e impre-
cações, padecendo sob as labaredas do fo-
go eterno e de tempestades de gelo, mer-
gulhados em tachos de lavas fumegantes,
atormentados todos pelo odor do enxofre e
pelo acicate de tridentes pontiagudos mane-
jados sem descanso por mil demônios.
No oitavo círculo - o que mais desper-
ta atenção - dez fossos isolam em padeci-
mentos os sedutores, os aduladores, os si-
moníacos, os fraudulentos, os hipócritas, os
ladrões, os maus conselheiros, os fundado-
res de seitas e os falsários – em suma, a
A degradação social e econômica é comandada por um governo
que institucionalizou a corrupção como nunca antes nesse país.
A sociedade
ocidental está
sufocada por essa
excrescência
ideológica, de
matriz esquerdista.
O INFERNO DE LULA
Com efeito, há uma enorme semelhança entre o Inferno de Dante
e o inferno atiçado no Brasil pelo Dr. Lula, o Anjo Decaído
trombeteado pelos comunistas de todos os matizes.
caterva que todos nós por essas bandas co-
nhecemos bem.
Com efeito, há uma enorme semelhan-
ça entre o Inferno de Dante e o inferno ati-
çado no Brasil pelo Dr. Lula, o Anjo Decaído
trombeteado pelos comunistas de todos os
matizes.Nãoseriaexageroafirmarqueopaís
triturado pelo PT é um fac-símile do Inferno
percorrido pelo poeta florentino e, em cer-
tos aspectos, ainda mais doloroso.
Duvida? Bem, basta olhar em derre-
dor: em todo o espaço brasileiro (círculos)
prevalecem a violência, o medo, o sofrimen-
to e a aflição. Nas cidades
poluídas, em cada esqui-
na, calçada, ponto de ôni-
bus, saída de banco, etc.,
o sujeito pode ser assal-
tado, vilipendiado, esfaqueado e levar pe-
los cornos um tiro definitivo. Correntes de
lama contaminada levam de roldão vidas,
municípios, rios e mares. Enchentes tem-
pestuosas e secas inclementes massacram
populações inteiras em meio ao desamparo
da Providência. No ar, nuvens negras de
mosquitos viróticos provocam o desespero
de mães deserdadas e crianças indefesas,
com muito choro e sem vela. Nas praças pú-
blicas, açoitados pelo desemprego, pela
miséria e pelo vicio da droga, multidões de
mendigos errantes (“população de rua”)
agonizam entre impropérios e mútuas agres-
sões. E no vestíbulo do inferno tupiniquim,
as almas penadas que padecem no limbo e
procuram escapar e produzir, são castiga-
das pelos impostos sufocantes para usu-
fruto do vosso Lúcifer caboclo e sua estu-
penda legião de demônios.
Há, no entanto, que se fazer uma res-
salva na simétrica relação entre o Inferno de
Dante e o Inferno de Lula. Por aqui, ao con-
trário dos que padecem no oitavo círculo
dantesco, a caterva de ladrões, hipócritas,
fraudulentos, corruptos em geral, minis-
tros conselheiros e ideólogos fundadores
de seitas etc. etc., não só não é penitenciada,
mas elevada à condição de uma legião de
querubins no eterno gozo de manjares rega-
dos a amantes clandestinas e taças de
“Romanée Conti”.
PS - Muita boa gen-
te acredita que logo che-
gará o dia do Juízo Final
e Lúcifer e seus demônios
serão punidos e nos dei-
xarão em paz. Pode ser.
Mas, no nosso caso, co-
nhecendo as figuras di-
abólicas instaladas nas
profundezas do Planal-
to, acredito mais na le-
genda que Satã mandou
colocar no portal do seu
Inferno, epígrafe do pre-
sente artigo.
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Inconfidência nº 224 de 29 de fevereiro‏

  • 1. BELO HORIZONTE, 29 DE FEVEREIRO DE 2016 - ANO XXI - Nº 224 AS FORÇAS ARMADAS TÊM O DEVER SAGRADO DE IMPEDIR, A QUALQUER CUSTO, A IMPLANTAÇÃO DO COMUNISMO NO BRASIL. Site: www.jornalinconfidencia.com.br E-mail: jornal@jornalinconfidencia.com.br No próximo mês, apresentaremos mais uma Edição Histórica da Revolução de 31 de Março de 1964, dedicada à população brasileira, especialmente à sua juventude. É mais uma iniciativa do Jornal Inconfidência, no sentido de difundir a verdade histórica dos fatos ocorridos naquela época e nos tempos seguintes àquele acontecimen- to que salvou o nosso país da investida comunista que nos ameaçava e continua a nos ameaçar, cada vez mais. A exemplo da Edição Histórica sobre a Intentona Comunista de 1935, editada em 27 de novembro de 2015, as matérias e os fatos ali narrados são VERDADEIROS e podem ser perfeitamente confirmados através das edições dos principais jornais e revistas da época. 52º ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO DE 31 DE MARÇO DE 1964 São Paulo Rio de Janeiro ConviteConviteConviteConviteConvite Os presidentes do Círculo Militar, Grupo Inconfidência, AOR-EB - Associação dos Oficiais da Reserva/BH, ANVFEB/BH - Associação Nacional dos Veteranos da FEB, ABEMIFA - Associação Beneficente dos Militares das Forças Armadas, Associação dos Ex-Combatentes do Brasil/BH, AREB/BH - Associação dos Reservistas do Brasil, Círculo Monárquico/MG, Clube de Subtenentes e Sargentos/BH e ABMIGAer - Associação Beneficente dos Militares Inativos e Graduados da Aeronáutica convidam seus assinantes, associados e integrantes para assistir a palestra "COMEMORAÇÃODAREVOLUÇÃODE31DEMARÇODE1964". Data: 31 de Março - Quinta-Feira - Hora:19:30 Local: Círculo Militar de Belo Horizonte/MG COMPAREÇA E CONVIDE SEUS PARENTES E AMIGOS. Estacionamento no local Quando serão responsabilizados e presos? ESQUECER, TAMBÉM É TRAIR! TOMADA DE MONTE CASTELLO A ESTRADA 47 EXÉRCITO OCO 1964 – PRESENÇA! 2016 – ?? O INFERNO DE LULA PÁGINA 14 PÁGINA 14 PÁGINA 5 PÁGINA 13 Em solenidade realizada na manhã de 24 de fevereiro, a 4ª Região Militar comemorou o 71º aniversário da Tomada de Monte Castello, uma das mais notáveis façanhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na campanha da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. O presidente da ANVFEB/BH Marcos Renault, os Veteranos Mario Secundino Barbosa, Hélio do Espírito Santo, Paulo Santana, Flávio da Mata Moreira, Rafael Inácio Braz, Manoel Gerônimo Campos e Mario Couto e ao centro, o General Scheneider, Comandante da 4ª RM PÁGINA 15
  • 2. 8Nº 224 - Fevereiro/2016 2 *MarcoAntonio FelíciodaSilva * A. C. Portinari Greggio *General de Brigada - Cientista Político, ex-Oficial de Ligação ao Comando e Armas Combinadas do Exército Norte Americano, ex-Assessor do Gabinete do Ministro do Exército, Analista de Inteligência - E-mail: marco.felicio@yahoo.com* Economista OBrasil caminha pa- ra a revolução. Acostumem-se com a ideia. Não há volta. Não há como impedi- la. Nem seria o caso, porque será contra nossos adversários. Revoluções não são planejadas, cro- nometradas ou controladas. Tal como erup- ções vulcânicas ou tempestades, podem- se prever, mas é impossível marcar data e hora. Cabe a nós aproveitá-la e tentar orientá-la. Se o conseguirmos, só então poderemos dizer que, além de ser contra nossos adversários, é revolução a nosso favor. Em artigos anteriores arrisquei pre- visão quanto ao que poderá acontecer até 2018, Insha Allah, como dizem os árabes. Se o sistema político permanecer parali- sado com os golpes da Lava-Jato, o dile- ma do impeachment de Dilma e o esvaziamento dos candidatos oficiais – Aécio, Marina, Serra, Alckmin, Gomes e outros – a crise geral se agravará e, no vácuo, a candidatura de Jair Bolsonaro à Pre- sidência poderá crescer até tornar-se imbatível. Essa seria a forma mais civiliza- da e ordeira de fazer a revolução antes que o povo a fa-ça, comodiziameusá-bio xará mineiro na dé- cada de 1930. Na História re- cente do Brasil tivemos quatro grandes cri- ses que resultaram em revoluções: a de 1889, que causou a queda do Império; a de 1930, que derrubou a I República; a de 1964, que resultou no regime militar; a de 1985, que instaurou a Nova República. Todas se manifestavam como crises eco- nômicas, mas a economia era apenas o sintoma mais visível de profundas ruptu- ras políticas, culturais e sociais. Para saber se a atual crise brasileira levará ou não à revolução, basta respon- der: o sistema político poderá resolvê-la? Não, não poderá, porque ele, o sistema político, é a própria causa da crise. É co- mo querer que os bicheiros que acabem com o jogo do bicho. Para entender essa impossibilidade, façamos uma lista – in- completa, exemplificativa e improvisa- da, já se vê – dos problemas e respecti- vas soluções. Crise fiscal – Nos últimos anos pu- blicaram-se excelentes análises e proje- ções da crise fiscal brasileira, que tem QUEIRAM OU NÃO, HAVERÁ REVOLUÇÃO Os políticos não podem resolver o problema, porque o problema são eles. duas componentes principais: a dívida pú- blica e as despesas “sociais” (previdência, saúde, educação, bolsa família, etc.). Até agora, o governo tem conseguido aguen- tar-se mediante aumentos de tributos e de endividamento. Tais expedientes se es- gotaram. Para resolver a dívida pública, só há duas soluções: calote parcial ou des- valorização via inflação. Para as despe- sas previdenciárias, seria necessário redu- zir o valor das aposentadorias, aumentar a idade mínima, cortar benefícios. É duro, mas esse é o ponto a que chegamos. Per- gunta: você acha, caro leitor, que os po- líticos aguentariam? Crise econômica – Inverter a estra- tégia do protecionismo, de reserva do mer- cado interno para agressiva política de ex- portação. Criar zonas econômicas espe- ciais, com exclusão ou redução de en- cargos trabalhistas e tributá- rios. Liquidar as quadrilhas sindicais e movimentos ter- roristas no campo. Incen- tivar e atrair investi- mentos privados em infraestrutura e logís- tica. Novamente a per- gunta: o sistema po- lítico teria coragem? Crise política – A causa da crise po- lítica brasileira é a constituição de 1988. Que fazer? Mudá-la? Sem dúvida. Mas se- ria preciso muito mais: uma nova constitui- ção que, em vez de copiar modelos estran- geiros, seja a epítome das nossas tradi- ções e da nossa História, expurgada de ideologias estranhas, de agendas ocul- tas, de modismos acadêmicos e de inser- ções suspeitas. Uma constituição que te- nha, como ideia central a pervadir to- dos os seus artigos, a defesa, o fortaleci- mento e a exaltação da Nação. Como che- gar lá? Francamente, não sei. Fica a in- dagação. A lista iria longe, muito além do es- paço permitido pelo INCONFIDÊNCIA. Propositadamente, deixei as três ques- tões mais importantes para o fim, prome- tendo voltar a elas nos próximos núme- ros: demografia, educação e cultura. Es- pecialmente a questão da cultura. Acre- ditem: de todas, é a mais importante. Não se iludam: a guerra acontecerá nesse cam- po, no campo cultural. Pois foi justamen- te nele que a perdemos no passado, sem saber sequer como reagir. Quem assistiu, antes da sua primeira eleição, palestra de Lula para os milita- res, no Rio de Janeiro, emoldurada pela assertiva “paz e amor”, e o conhecia, via imagem antagônica a sua história quando sindicalista de então passado recente. Bem vestido, falava, suavemente, apenas o que a platéia queria ouvir, embora, por vezes, tropeçando na concordância. Porém, ape- sar do esforço próprio e de seus marque- teiros, não conseguia enganar a todos, pois, quando saia do ensaiado, captava-se o ver- dadeiro Lula e seu intento de conquistar, a qualquer preço, o Poder, embora não de- monstrasse ter um projeto de Nação. A primeira revelação do verdadeiro Lula ocorreu quando lhe perguntaram se não seria difícil implementar as mudanças que propunha, sem maioria no Congresso. Respondeu que isso era desculpa de governante para não realizar o que o povo necessitava. Isto não ocorreria com ele, Lula, pois, seria o único candidato com com partido organizado e ideológico, de grande militância com capacidade de pressão. Len- do nas entrelinhas, para quem conhece a “práxis” comunista, significava que, se elei- to, iria atingir seu objetivo de conquista de poder, mesmo ao arrepio da lei, pois os fins justificariam os meios. Era consciente de que não seria difícil fazê-lo, tendo a máquina governamental na mão, o domínio da CUT e do MST, Forças Armadas neutralizadas e polícias desmoralizadas. O já existente e multimilionário esquema financeiro, chama- do “Valerioduto”, surgido antes da eleição com desvio de dinheiro do FAT, denuncia- do por seu coordenador da campanha elei- toral, César Benjamim, era desconhecido da opinião pública. Perguntado quanto à atu- ação das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas , disse que as via como defen- soras do povo e da parcela mais pobre da população. Defendia, portanto, a guerrilha, a violência, o seqüestro e o terrorismo, ma- neira de atuar das FARC, como forma de mudança política. Defendia a guerrilha as- sociada ao narcotráfico. Defendia, implici- tamente, o crime organizado. Quanto às ligações do PT com as FARC, enrolou e não respondeu, pois, se o fizesse, mostraria a A ÉTICA DO EX-PRESIDENTE “Contribuir para a defesa da Democracia e da liberdade, traduzindo um País com projeção de poder e soberano, deve ser o nosso NORTE!” realidade do que pen- sava o candidato em razão dos acordos, vi- sando apoio recíproco, assinados pelo PT e diversas organizações comunistas e revolucionárias, da América Latina, entre elas as FARC, nos diversos “Foro de São Paulo”. Há que recordar que o Sr. Antonio Palocci Filho, coordenador da campanha e futuro ministro, havia criado, em Ribeirão Preto, SP, um Comitê de Apoio às FARC. Este é o Presidente que, em meio ao mar de lama em que se afogou o PT, afirmava que errar em prol do partido é desculpável. Este é o Presidente que, em meio a crimes cometidas por petistas, dizia ser normal o uso do “Caixa 2”, isto é, de “recursos não contabilizados”, aquilo que o seu Ministro da Justiça chamava de crime eleitoral (sone- gação de informações à Justiça Eleitoral), crime fiscal (sonegação de impostos) e trá- fico de influência. É este o ex-Presidente que diz ser normal o contrato feito pela empresa do seu filho, no valor de 5 milhões, com uma das telefônicas, tendo esta interesses junto ao governo. É este o ex-Presidente que se solidariza com os deputados do PT, presos por desvio do dinheiro público, dizendo que erraram, mas que não são corrup- tos. Faz-se mister lembrar que a soli- dariedade irrestrita, o corporativismo e o silêncio dos cúmplices, ao contrá- rio das regras morais da sociedade, são regras morais dos bandos ma- fiosos. É este o ex-Presidente que afir- ma vivermos época de denuncismos sem fundamentos, quando dirigen- tes do PT estão presos e outros pro- cessados, acusados por pelo me- nos 12 tipos de crimes previstos no Código Penal, envolvendo funcionários públicos, empresários, representantes de bancos e parlamentares da base do gover- no. É este ex-presidente que acusa as eli- tes de conspirarem contra o governo do PT, quando ele próprio, possuidor de pa- trimônio inexplicável e sob investigação, pertence a esta elite como os banqueiros que se aproveitam de política econômica desastrada com ganhos extraordinários. É este o ex-presidente que se coloca aci- ma da lei, acusado e investigado por fal- catruas diversas, e que afirma não exis- tir ninguém mais ético do que ele, ofen- dendo grande parcela do povo brasilei- ro que, até mesmo para sobreviver, jamais praticou qualquer ato desonesto ou an- tiético. Seesteéumex-Presidenteético,exem- plo a ser seguido, como ele próprio afirma, pobre deste Brasil e do seu povo. Chefe mafioso, merece estar na prisão! MAR DE LAMA Internet 2
  • 3. Nº 224 - Fevereiro/2016 3 Meus comandados! Comemoramos hoje, com grande orgulho pela participação decisi- va que nela tivemos, o décimo quinto aniversário da Revolução Democrática de 31 de Março de 1964, um dos mais belos e autênticos movimentos cívicos que a História do Brasil registra. As gerações mais jovens certa- mente não se recordam do clima de desagregação política, econômica e so- cial que reinava à época de sua eclosão. Os desmandos e a irresponsabili- dade campeavam. Inflação descontro- lada, greves de natureza político-ideo- lógica, passeatas perturbadoras da or- dem, crescente escassez de gêneros ali- mentícios, desvio de verbas públicas para fins demagógicos e, principalmen- te, uma intensa pregação de ódio entre as classes sociais, permitiam antever o colapso da estrutura de nossa socieda- de em curto prazo. A Nação, aturdida e desesperada, assistia entorpecida o trabalho de des- truição do nosso regime político pelo próprio Governo, que havia jurado pre- servá-lo e defendê-lo. Os adeptos da ideologia marxis- ta-leninista agiam nesse tumultuado ambiente com a desenvoltura própria dos que se julgam acima da Lei e da Mo- ral, visando a efetiva tomada do poder, através da implantação de uma Repú- blica Sindicalista, passo decisivo para a imposição do regime comunista ao nosso bom e generoso povo. Indignada, a Nação despertou ao ver, no célebre comício de 13 de mar- ço de 1964, na presença do próprio Pre- sidente da República, a Bandeira Na- cional - Símbolo Maior da nossa Pátria - ser grosseiramente profanada com a ORDEM DO DIA ANO XXII -:- Brasília, sábado, 31 de março de 1979 -:- Nº 5279 Sexta-feira, 13. O Brasil vivia momentos semelhantes aos que, na Rússia, precederam a queda do Czar e a implantação do caos bolchevista. Na Central, milhares de figurantes, transportados de todo o país a expensas do erário público, exibiam faixas e cartazes com as palavras de ordem do extinto Partido Comunista Brasileiro, que já estava no Poder, como disse Prestes, mas reclamava a legalidade que lhe permitira instituir-se sôbre a nação à deriva. Grupos de marinheiros, gritando "slogans" revolucionários, mostravam que a subversão já minava as Fôrças Armadas, solapando a hierarquia e a disciplina substituição do globo azul por uma es- fera vermelha com a inscrição “Repú- blica Socialista do Brasil” encimada pe- la foice e o martelo. Quando a catástrofe parece imi- nente e irremediável e o processo de deterioração ameaçava já a própria dis- ciplina das Forças Armadas, o povo brasileiro como um todo, apoiado pe- los setores mais representativos da nacionalidade, resolveu dar um basta àquele estado de coisas. O Movimento tornou-se vitorio- so em pouco mais de quarenta e oito horas, o que bem demonstra a repulsa da comunidade nacional pelo rumo dos acontecimentos. A Revolução de 31 de Março de 1964 não se limitou apenas a pôr térmi- no à anarquia reinante. Sua ação pro- longou-se no tempo, permitindo que o País se reerguesse do caos em que estava mergulhado e retomasse com firmeza a marcha do progresso sob a égide da ordem e da paz social. Os re- sultados, graças às medidas saneado- ras adotadas pelos diversos governos revolucionários, não se fizeram espe- rar, e aí estão, a vista de todos, ates- tando a grandeza deste país e o espírito patriótico e empreendedor do seu povo. Soldado Brasileiro! Você não pode nem deve olvi- dar os acontecimentos que precede- ram o 31 de março de 1964. Seus au- tores visavam aos mesmos fins que os assassinos frios e covardes de 1935: subverter o sistema democrático e im- plantar no Brasil um regime totalmente incompatível com a formação históri- ca e com as tradições de sua gente. Hoje, aqueles maus brasileiros, indignos da convivência nacional, bus- cam por todos os meios desacreditar nossas instituições e solapar os valores mais caros da nacionalidade. Você, Soldado do Brasil, imbu- ído dos mais puros ideais da Revolução de 1964, está alerta e plenamente cons- ciente de suas graves responsabilida- des perante a Pátria, a quem continua servindo com lealdade e abnegação, Enganam-se aqueles que, conhecen- do-o mal, pretendem, através de mani- pulações ideológicas e de provocações de toda espécie, desviá-lo do caminho do dever. O Brasil, conduzido pelas mãos firmes e serenas do Presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, pros- seguirá no seu feliz, tranqüilo e profí- cuo caminhar em direção ao seu gran- de destino de nação livre, próspera, jus- ta, independente e soberana. Brasília, DF, 31 de março de 1979. Walter Pires de Carvalho e Albuquerque Ministro do Exército. O COMÍCIO DA CENTRAL DO BRASIL ESQUECER, TAMBÉM É TRAIR! 3
  • 4. 8Nº 224 - Fevereiro/2016 4 O ÚLTIMO SALTO DE UMA LENDA DO PARAQUEDISMO MILITAR Em 2 de feve- reirode2016, oCapitãoCasemiro Scepaniuk, aos 94 anos, realizou seu derradeiro salto. Um dos pioneiros do paraquedismo militar brasileiro, Scepaniuk era o pa- raquedista militar de nº 44 e um dos qua- tro que ainda estavam vivos. Nascido em Erechim-RS, em 1921, fez o serviço militar obrigatório em 1939, servindo, durante dois anos como Solda- do no 5º Regimento de Cavalaria, em Cu- ritiba, dando baixa em 1941. De volta ao Sul, trabalhava como motorista de ôni- bus em Porto Alegre, quando foi reconvo- cado como voluntário, em face da possi- bilidadedeoBrasilparticipardaIIGuerra Mundial. Após frequentar um curso de for- mação de Sargentos, foi designado para * Leonardo Araujo O General Mourão, Comandante Militar do Sul, também paraquedista cumprimentando o Pqdt 44 no Encontro Anual de Paraquedistas Militares, em comemoração ao padroeiro São Miguel Arcanjo, realizado em São Leopoldo-RS, no 19º BI Mtz, em 08 de outubro de 2015 a Escola de Educação FísicadoExército,pois era uma atleta nato, tendointegradoaequi- pedeatletismodoExér- cito, em corridas de fundo e meio-fundo. Mas o esperado cha- mado para participar da guerra não veio. Terminada a guerra, Scepaniuk re- cebeu um radiograma doMinistériodaGuer- ra, nestes termos: “O Coronel Nestor Pe- nha Brasil, coman- dante da Escola de Pára-quedistas, con- vida o 3º Sargento Cav Casemiro Sce- paniuk a prestar exame nesta institui- ção, para, após ser aprovado, cursar no Fort Benning/Georgia/USA, o curso de Pára-quedista Militar”. Aceitando o desafio, Scepaniuk foi fazer o curso e se tornou o Paraquedista nº 44 em um total de 47 Oficiais e Sargen- tos que foram para os Estados Unidos e setornaramospioneirosdoparaquedismo militarbrasileiro. De volta ao Brasil, sempre esteve ligado à área da Educação Física, na qual atuou como treinador de várias equipes de futebol, como o Clube Botafogo de Futebol e Regatas, e como instrutor de atletismo do Núcleo da Divisão de Pa- raquedistas do 1º Exército (hoje Coman- do Militar do Leste). Já como 2º Sargento, Scepaniuk pesquisou e descobriu uma falha em um gancho do paraquedas, que fazia este se abrir, mesmo depois de ser devida- mente colocado no cabo de ancoragem das aeronaves, tendo já ocasionado uma morte e alguns feridos. Ciente dis- so, criou um “pino de segurança”, que, ao ser inserido no referido gancho, não per- mitia sua abertura acidental. Posta em prática na Brigada Paraquedista, a genial invenção salvou a vida de muitos para- quedistas militares e civis. A importância de sua invenção fê- loserchamadoaosEs- tados Unidos, onde os fabricantes de pa- raquedas, maravilha- dos, cientificaram-no sobre a difusão de sua ideia pelo mundo, fi- cando o importante dispositivo de segu- rançaemformadepino conhecido mundialmente como “chi- panique”, embora seu inventor nunca tenha querido requerer-lhe a patente. Após ir para a Reserva e fixar resi- dência em Porto Alegre, o Capitão Sce- paniuk passou a integrar o Grupo Gra- fonsos, que congrega paraquedistas de todo o Brasil. Na capital gaúcha, Scepaniuk ini- ciou construção do próprio túmulo há 10 anos. Dizia que não queria dar trabalho à mulher, Ruth Scepaniuk, 90 anos, que também teve seu lugar reservado no mes- mojazigo,juntoaomarido.Eleacreditava que “iria antes dela”. Não deixou filhos. Aos poucos, acrescentou detalhes que remetiam a sua trajetória na então Brigada Paraquedista. Sua marcial está- tua, com farda e equipamento paraque- dista, tem, à esquerda, a de Piloto, o pri- meiro cão paraquedista da América do Sul. À direita, a imagem de uma águia, em homenagem ao curso que realizou nos Estados Unidos. Foi sepultado com honras militares prestadas pelo Comando Militar do Sul e com a presença de inúmeros companhei- ros, que entoaram a canção dos Para- quedistas: Eterno Herói. Ao velho Soldado Paraquedista, a mais caprichada continência! Brasil acima de tudo! Adaptado do texto do jornalista Lino Tavares, com pesquisas do Paraquedista Ricardo Freire, do Grupo Grafonsos. * Coronel Paraquedista. Historiador, membro da AHMTB Túmulo do Capitão Casemiro Scepaniuk, em Porto Alegre/RS A página de Jair Messias Bolsonaro obteve amarcade6.338novascurtidas,ultrapassandoa páginadeRomárioFariaesetornandoa5ªmaior página de um político, no Brasil! Já no ranking mundial, Bolsonaro subiu para a 67ª posição! Um fato curioso é que, dentre as 100 maiores páginas de políticos, no mundo, a do bra- sileiro é a única que apresenta a avaliação máxima dos internautas. Aexpectativa,agora,équeapáginadeBolsona- roultrapasseadeMarinaSilvaentreofimdaprimeira e o começo da segunda semana do mês de março. Bolsonaro pede desfiliação do Partido Progressista Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o filho, o também de- putado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), passaram a manhã do dia 24 de fevereiro, a última quarta-feira, com o Pastor Everaldo, presidente do Partido Social Cristão e bateram o martelo. Bolsonaro filia-se ao PSC em breve e será o candidato ao Planalto em 2018. 4
  • 5. Nº 224 - Fevereiro/2016 5 *Aileda de Mattos Oliveira *Professora Universitária, ESG/2010 Doutora em Língua Portuguesa, ADESG 2008 Vice-presidente da Academia Brasileira de Defesa. ailedamo@gmail.com Falar de conexão entre esquerda e caos; des- nacionalização e entreguismo; ‘aparelhamen- to’ de instituições e descaracterização das atribui- ções daquelas, que já atuaram como óbices respei- táveis à desintegração do país, é insistir na reali- dade irrefutável em que o Brasil vive, sem que haja reação vigorosa de qualquer setor da vida pública e privada. Não podemos es- quecer o mercenário Pres- tes, em 1935; os cunha- dos João Goulart e Leonel Brizola, em 1964, incita- dores do conflito armado, a fim de desestabilizar o país, com apoio de milita- res vermelhos. Falemos da guerrilha urbana,naqualDilmaemui- tos dos asseclas que com- põem e compuseram o seu ministério e o deLula, eram agentes ativos da desor- dem político-social. Rene- garam, publicamente, a ter- ra brasileira, ao fazerem da ideologia bastarda a ban- deira de luta, manipulados e servis coadjuvantes de países dominados por sanguinários ditadores. A vitória de 1964 não se reduziu à derrota da SegundaIntentona,queestimulouaquebradahierar- quia militar, a indisciplina de superiores e subalter- nos,talcomoem1935,estampadanadeprimentefoto (ao lado) de militares, sorrindo, dólmãs abertos, de braços dados, indo em direção à prisão, após deixa- rem, mortos, por traição, seus colegas de caserna. Foi uma vitória diária; vitória do desenvolvi- mento que mudava a fisionomia do país; vitória do direito de trânsito pelas ruas da cidade, perturbada, não pelos bandidos comuns, mas pela hoje presidente e seus aliados, que não medi- am esforços em impedir que o país alças- se voo em direção ao mundo civilizado. Vitória dos programas sociais, ain- da em vigor, focos de interesse da mão ladina e corrupta dessa senhora, como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e do qual finge ignorar o autor de sua criação, o Presidente Médici. O que deseja é o dinheiro, não importa de onde venha, nem se os donos sejam os verda- deiros trabalhadores. Assaltos a bancos com vítimas fa- tais, sequestros de embaixadores estran- geiros,roubodearmas,explosõesemquar- tel, em aeroporto e em consulado america- Como ter programa de governo se o objetivo é justamente não ter programa, para levar o Brasil à bancarrota e entregar a sua soberania a países de doutrinas afins a dela, criminosa lesa-pátria, cínica ré confessa? 1964 – PRESENÇA! 2016 – ?? Avenida Pasteur, 28/11/35: Oficiais e praças insurretos do 3º RI quando, em atitude de zombaria, deixam, presos, o quartel. O chefe do movimento, Agildo Barata está assinalado com um X Revista "O Cruzeiro" 07/12/1935 no, todos esses atos representam o plano posto em prática pela, agora, Primeira Servidora Pública do País e seus camaradas das antigas células comu- nistas. À frente do governo, fatalidade que somente a Sociopolítica explica, se é que há explicação pelo inverossímildofato,essahojematronanãoconsegue planejarocardápiodesuacasa e ainda muitos se espantam de não ter programa de governo. Como ter programa de governo se o objetivo é jus- tamentenãoterprograma,pa- ra levar o Brasil à bancarrota e entregar a sua soberania a países de doutrinas afins a dela,criminosalesa-pátria,cí- nica ré confessa? O grosseiro hábito do fuzil, o menosprezo às cores nacionais tornaram-lhe inca- paz de construir uma estrutu- ra infantil de frase em portu- guês ou de organizar um raci- ocínio na logicidade de uma criança do curso fundamen- tal. Pelas constantes notícias, não desmenti- das pelas instituições devidas e que se mantêm num silêncio cúmplice, sabemos que o futuro do país, se não reagirmos de imediato, é submeter- se ao tacão estrangeiro que, segundo consta, es- tá próximo às nossas portas, abertas, por acor- dos irresponsavelmente assinados pela criatu- ra maldita. Se é que, na surdina, já não esteja entre nós. Jango no Automóvel Clube a 30 de março - 1964 ALei nº 9.455, de 7/4/1997, que criminaliza a tortura no Brasil, foi aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma barreira policial. Os métodos de tortura incluem choque elétrico, espancamento, “pau-de-arara”, afogamento, asfixia, “telefone”, fuzilamentos simulados junto a pessoas executadas, empalação, dissolução de pés e mãos em ácido sulfúrico. Segundo Olavo de Carvalho, “o requinte soviético foi que os candi- datos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê- los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar o cristianismo da face da terra”. No Brasil, a tortura existiu durante os governos militares, como reconhecem alguns oficiais-generais. No entanto, o general Leônidas Pires Gonçalves garantiu que “ela nunca foi política, nem norma, nem ordem dos escalões superiores”. Os terroristas, processados pela Justiça Militar, eram instruídos por advogados para declarar em juízo que as confissões tinham sido obtidas sob tortura. Assim, custa acreditar que Dilma Rousseff foi de fato torturada, como afirmou várias vezes, por se tratar de uma mentirosa contumaz, como todo esquerdista. O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra afirma, em depoimento à História Oral do Exército/1964: “Depois, ele ia para o inquérito policial, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), e confirmava o que havia dito no DOI. Posteriormente, era levado para a Auditoria. Na Au- ditoria, negava tudo. Negava e, se lembrado do que declarara antes, no DOI, alegava que falava sob tortura. (...) Não conseguimos nunca tes- temunhas oculares. Assaltavam bancos, os bancários viam, sabiam quem eram, mas, quando chamados, não os reconheciam, não sabiam de nada, por quê? Porque os primeiros bancários que fizeram o reconhecimento foram assassinados; ameaçados, sabiam que todos aqueles que reconhe- cessem os assaltantes teriam o mesmo destino. Nunca mais ninguém neste País quis depor contra os terroristas”. “Torturador” é a palavra logomáquica mais utilizada pela esquerda brasileira, para satanizar os integrantes das Forças Armadas que comba- teram os terroristas. Não que a esquerda seja contra a tortura, pois nunca repudiou a tortura praticada em países comunistas, como Cuba, porque esse país lhe serve de modelo. A esquerda não teve remorsos em trucidar a golpes de coronhadas de fuzil o crânio do tenente Alberto Mendes Júnior, da PM de São Paulo. Nem em torturar psicologicamente seus reféns, como o embaixador americano Charles Elbrick. Quando a presidente Dilma criou a Comissão Nacional da Verdade, em vez de mandar apurar as violações contra os direitos humanos cometidos por ambos os lados – dos militares e dos terroristas, como preconizava a lei que ela mesma assinou – os “comissários do povo” se ativeram apenas à demonização dos militares. Classificaram 377 agentes de Estado como torturadores, incluindo todos os presidentes militares, mas nenhum terro- rista torturador de esquerda. Isso pro- va que além de querer alcançar a “hegemonia” em todos os se- toresdasocieda- de, pregada por Gramsci, o atu- al governo quer também exercer o monopólio da tortura. A ESQUERDA QUER TAMBÉM O MONOPÓLIO DA TORTURACapitão Félix Maier O PT nunca se posicionou contra as torturas praticadas em países comunistas, como Cuba, porque este país é governado por um sistema totalitário que lhe serve de modelo. Tortura: “Suplício ou tormento violento infligido a alguém”(Dicionário Aurélio). 5
  • 6. 8Nº 224 - Fevereiro/2016 6AIMPRENSANOTICIOU Eis o motivo de Marina Silva não fazer oposição a Dilma, pelo contrário, assi- na manifesto contra o impeachment dela. Também se calou diante do escânda- lo do rompimento da barragem, em Minas. Logo ela, que sempre se promoveu defen- dendo o meio ambiente. PARTIDO DE MARINA GANHA 23 CARGOS NA CÂMARA AO CUSTO DE R$ 3 MILHÕES POR ANO... ANTENA PERTO DE SÍTIO FOIUM'PRESENTE' DA OI PARA LULAFSP - 17/02 Após seu partido, que virou um abrigo de petistas e demais comunistas, ganharunscarguinhosnacâmara,Marina“Melancia”Silva,Ex-PT,Ex-PV,Ex-PSB, e agora Rede Sustentabilidade, faz de conta que não existem acusações pesadas e sérias contra Lula e Dilma, mirando Eduardo Cunha e Renan Calheiros, num verdadeiro circo cínico montado para enganar a trouxas. (www.epoca.globo) Câmara e senado abrigam 28.762 funcionários, superior ao número de habitantes de 79% das cidades do país CONGRESSO TEM O DOBRO DE FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA FEDERAL DIRCEU RECEBEU R$ 48 MILHÕES 12/02 Relatório da PF. Odebrecht teria repassado os recursos ao ex-ministro da Casa Civil entre 2009 e 2010 26/02 PARA70%, LULAÉ O CULPADO Corrupção. Pesquisa feita em 25 Estados mostra que, para 75% dos brasileiros, petista poderá ser investigado 25/02 TSE REPROVA CONTAS DE PIMENTEL Mais uma. Decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais foi confirmada pela Corte Superior 26/02 JURO DE CARTÃO DE CRÉDITO DISPARA E VAI A 439% AO ANO25/02 RENAN MOVIMENTOU R$ 5,7 MILHÕES Investigação da PGR No novo pedido de abertura de inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria Geral da República quer investigar uma movimentação financeira de R$ 5,7 milhões ligada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), supostamente incompatível com a renda do parlamentar. A PGR acusa Renan de suposto recebimento de dinheiro da Construtora Mendes Junior para pagar despesas referentes a pensão de sua filha tida com a amante, a jornalista Mônica Veloso. LAVA JATO João Santana não declarou firmas e contas no exterior Empresas em quatro países só fo- ram declaradas após início da operação. Em depoimento ontem, a mulher dele ad- mitiu conta ilegal. 25/02 Nova evidência prorroga prisão de João Santana Marqueteiro recebeu R$ 4 milhões da Empreiteira Odebrecht no período em que trabalhou na reeleição de Dilma Rousseff. 27/02 ESTADO ATRASA PAGAMENTO DE REAJUSTE DO PISO A PROFESSORES Acordo em xeque. Aumento de 11,36% era para ter sido depositado na folha de fevereiro, o que não ocorreu. NR: Fomos procurados por professoras que recebem o nosso jornal revoltadas com o acontecido e trazendo seus contracheques. Apesar de possuírem cursos superiores seus salários não ultrapassam R$ 2 mil e não recebem vale transporte e nem refeição. Sugerimos fazer greve e ir para a rua no dia 13 de março e lembramos que foram elas mesmas que votaram no PT do governador Pimentel. 12/02 POLÍCIA FEDERAL CONVOCARÁ PIMENTEL PARA EXPLICAR PAGAMENTOS INDEVIDOS FEITOS POR EMPRESAS À MULHER DELE Determinação foi feita pela Procuradoria-Geral da República, que também quer explicações do governador sobre irregularidades encontradas na prestação de contas da campanha de 2014E ele não usa telefone celular... 6
  • 7. Nº 224 - Fevereiro/2016 7 QUE PARTIDO É ESSE? P T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I SP T N U N C A M A I S PT - O PARTIDO MAIS CORRUPTO E MENTIROSO DA HISTÓRIA UNIVERSAL CURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULACURRÍCULO DO LULA · em cujo governo se institucionalizou o maior esquema de corrupção da história do mundo, conhecido como petrolão, além do esquema de compra de apoio parlamentar conhecido como mensalão, do qual ele era, politicamente, o maior beneficiário; · suspeito de tráfico nacional (no BNDES) e internacional de influência para favorecer a empreiteira Odebrecht, cujodonoacaboupreso,acusadodeorga- nizaçãocriminosa,lavagemdecapitaise corrupção, inclusive em contratos com a Petrobras; · suspeito de ter vendido a Medida Provisória 471 durante o seu mandato presidencial para favorecer montadoras de veículos com a prorrogação de incen- tivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano; · cujo filho Luiz Cláudio tem uma empresa, a LFT Marketing Esportivo, que recebeu R$ 2,4 milhões de Mauro Marcondes,umdoslobistasinvestigados por negociar a edição e a aprovação da MP 471; · cujo filho Luiz Cláudio, formado em educação física e ex- auxiliar de preparadores físicos, conseguiu ainda a proeza de atrair para um torneio de futebol americano o patrocínio milio- nário de empresas como Budweiser (grupo Inbev), Energético TNT(CervejariaPetrópolis),CaoaHyndai,Tigre,SustentaEner- gia(grupoJHSF),QualicorpeGol,algumasdasquaisdevemmuito ao governo do partido do pai; · cujo melhor amigo, José Carlos Bumlai, que tinha trânsito livre em seu gabinete, é investigado pela Polícia Federal após ser acusadoporumpagadordepropinasdeterrecebidoR$2milhões para intermediar negócios no setor de petróleo; · cujanorateriasidoabeneficiáriadessesR$2milhões,como possívelformadepagamentopelolobbyqueosogroteriafeitona empresaSeteBrasil–emreuniõesconfessadamentemarcadaspor Bumlai – a favor do estaleiro de Eike Batista; · que, segundo o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), “colocouumaquadrilhadoseupartidopararoubarcarteiroeviúva de carteiro” nos fundos de pensão, o que resultou em nova CPI, paraaqualoPTbarrouaconvocaçãodeBumlaievidentementecom medo das consequências; · cujo filho Fábio Luís era, nas palavras do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), “limpador de estrume de elefante no Zoológico de São Paulo” e, após a posse do pai como presidente, tornou-seummegaempresário,quefoienriquecendoconformesua produtora recebia milhões de reais da Telemar, empresa depois favorecidapelaalteraçãodeumaleimediantedecretoassinadopelo presidente papai; · cujo sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos, era um pequenoempresárioemSantos-SP, até que uma de suas empre- sasdeengenharia,aExergiaBrasil,foicontratadapelaOdebrecht para uma obra em Angola, no mesmo ano em que a empreiteira Reproduzido abaixo o currículo resumido de Lula, conforme publicado neste blog em outubro, embora ele precise ser atualizado constantemente, como feito agora. conseguiu no BNDES um financiamento para esse projeto; · cujosobrinhoTaiguaraganhoucontratosdeobrasjustamen- teapósotitioex-presidenteterviajado,comdinheirodaOdebrecht, para negociar transações para a empreiteira; e acabou recebendo dela,aolongodequatroanos,2milhõesde dólares, conforme o próprio Taiguara ad- mitiuàCPIdobanco,semconseguircom- provarascredenciaisquelheaproximaram dos contratos milionários; · dono de uma cobertura tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), uma das oito obras assumidas por uma empreiteira envolvida no petrolão, a OAS, depois da quebra em 2006 da Bancoop, então presi- didaporseuamigoJoãoVaccariNeto,ex- tesoureiro do PT atualmente preso pela Operação Lava Jato; · cujo tríplex e cujo sítio tiveram suas reformas pagas pela mesma OAS, cujo presidente,LéoPinheiro,queochamavade “chefe”, também está preso; · cujonomeestavajuntoaodeGilbertoCarvalhoeJoséDirceu nalistadepolíticosqueumempresárioameaçavaenvolvernateia criminosa que resultou no assassinato, em 2001, do petista Celso Daniel, então prefeito de Santo André; · cujo partido usou a Petrobras, segundo o operador do men- salão Marcos Valério, para levantar 6 milhões de reais e comprar o silêncio do chantagista citado no item anterior; · cujo emissário teria sido imbuído com a missão de ar- ranjar serviço e dinheiro para o marido de sua famigerada amante, Rosemary Noronha, que ameaçava contar tudo que sabia dos esquemas dele após ser abandonada; · que disse, em evento partidário, que o seu ex-ministro e antigo braço-direito José Dirceu, duplamente preso pelo mensalão e pelo petrolão, “tem o meu aval”, e depois mentiu em entrevista à TV sobre os condenados pelo mensalão, di- zendo que “não se trata de gente da minha confiança”; · que deu apoio eleitoral ao ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, cujo governo foi acusado por um promotor de Justiça foragido de tê-lo pressionado para forjar provas que justificassem a prisão e a condenação do opositor político Leo- poldo López, a quem senadores brasileiros foram proibidos de prestar uma visita na cadeia quando estiveram no país; · que se negou a extraditar o criminoso italiano Cesare Battisti, acusado de matar quatro pessoas, para um país demo- crático que o julgou e condenou democraticamente; · que foi informante (o “Barba”) do Dops durante a regime militar, segundo Romeu Tuma Júnior; · que legitimou moralmente os crimes fiscais da sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff, com a mentira de que as chamadas “pedaladas” foram destinadas a pagar programas sociais como o Bolsa Família, quando, na verdade, elas ban- caram grandes empresas e produtores rurais, segundo os próprios dados do BNDES e do Banco do Brasil enviados ao jornal Folha de S. Paulo; ·cujasucessoraeafilhadatevesuascontaspúblicasreprova- das pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mentiu para a po- pulação cometendo uma série de estelionatos eleitorais e ainda quebrou o país, após ter sido eleita e reeleita com dinheiro su- postamenteroubadodaPetrobrasnoesquemamontadonogover- no do padrinho e continuado durante o seu mandato; · que, apesar das prisões de seus amigos, companheiros e contratantes; das citações de seu nome e de seus parentes nas investigações dos escândalos de corrupção; do depoimento do doleiro Alberto Yousseff para quem ele sabia de tudo do pe- trolão; e de mais um monte de passagens nebulosas de sua biografia que não caberiam no presente questionário, sempre alega descaradamente que não sabia de nada, enquanto trama golpe atrás de golpe para salvar a própria pele. (Publicado no "O ANTAGONISTA" de 21/02) LULA É AQUELE…LULA É AQUELE…LULA É AQUELE…LULA É AQUELE…LULA É AQUELE… SUA SANTIDADE 7
  • 8. 8Nº 224 - Fevereiro/2016 8 CLUBE DE AERONÁUTICA * Luís Mauro Ferreira Gomes * Coronel-Aviador, Presidente da Academia Brasileira de Defesa, Vice-Presidente do Clube de Aeronáutica e do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos e Membro Efetivo do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. BRASIL EXPORTA PORNOGRAFIA PARA A FRANÇA As línguas não são imutáveis, mas o que lhes determina a evolução é o uso que delas fazem os grandes escritores. Seguramente, não é por decreto que as alterações devem ser impostas. Estes servem, somente, para oficializar aquilo que já foi consagrado pelo uso. O nosso idioma é assunto muito sério para ser tratado apenas por meia dúzia de acadêmicos desavisados e burocratas governamentais mal-intencionados. Ferreira Gomes, L. M. Reforma Pornográfica. Revista Aeronáutica, Rio de Janeiro, n. 268 p. 24, mar./jun. 2009 Ouvi, nesta segunda-feira, dia 8 de fevereiro de 2016, num programa de televisão, em um dos raros momentos em que não se falava de carnaval ou futebol, que a França estava implantando uma reforma ortográfica, até onde pudemos perceber, muito parecida com a que fora imposta aos brasileiros pelo Decreto Legislativo n.º 54, de 1995. Segundo o que foi noticiado, algumas palavras francesas perderão letras, como “oinion” (cebola), que passará a “onion”, outras terão suprimida a acentuação gráfica, co- mo “maître” (mestre, professor) que se escreverá “Maitre”, outras, ainda, se verão privadas do hífen, como “porte-monnaie” (porta-moedas, carteira, pequena bolsa), que se grafará “portemonnaie”. Talvez, o “i”, o acento circunflexo e o hífen dos exemplos sejam inúteis, como absolutamente inúteis são as suas supres- sões. Mais do que inúteis, elas são preju- diciais, pois empobrecem a língua, destro- em mais uma tradição e contribuem para a ruptura de mais uma ligação entre o pre- sente dos franceses e o passado dos que os antecederam. E não se veja na pretendida “simplifica- ção” alguma facilidade para quem escreve. Qualquer corretor ortográfico barato ou, mesmo, gratuito como esses que acompa- nham telefones celulares e editores de texto em geral, corrige, automaticamente, tais “er- ros” que se pretendem evitar. Além disso, aqueles que já escrevem bem, continuarão a fazê-lo com as noves regras, às quais, infelizmente, terminarão por sucumbir. Os que, hoje, escrevem “onion”, “maitre” ou “portemonnaie” talvez não co- metam mais esses “erros eliminados por de- creto”, mas continuarão a cometer uma infi- nidade de outros, e não haverá Reforma Or- tográfica que dê jeito. Vantagem somente levarão aqueles que aproveitarão a oportunidade para lucrar com a venda de novos dicionários e de novas edi- ções de livros adaptados à nova ortografia. Também se beneficiará o esquerdismo, essa praga que, com diferentes codinomes, infes- ta o mundo, nele, incluído o Brasil, e que pro- cura, por todos os meios, destruir os nossos valores, as nossas tradições, enfim a nossa cultura. Parece irônico, mas nós, que, em pas- sado não muito distante, importamos cultura e produtos manufaturados da Europa e, posteriormente, passamos a importar produtos industrializados e lixo cultural dos Estados Unidos (o Samba foi quase totalmente substituído, nos morros, pela vertente musical desse lixo), depois de desenvolvermos uma indústria poderosa, que nos tornou exportadores, agora, voltamos a importar, desta vez, da China, os produtos industrializados e manufatu- rados que deixamos de produzir. Ah! Mas não podemos esquecer! Ainda exportamos matérias primas baratas para compensar os produtos caros que importamos. E, aí, vem a maior das ironias! Pelo que vemos, em vez de devolvermos o benefício da cultura que importamos da Europa, exportando-lhe o melhor da cultura que desenvol- vemos aqui, exportamos o pior lixo cultural que produzimos até hoje, a reforma pornográfica, para (quem diria) a França, tão zelosa com o seu idioma, um dos mais belos do mundo. É o preço caríssimo que pagamos por permitirmos que tenha durado tanto a aventura petista no Brasil. Não bastasse tentarem, incansavelmente, destruir todos os nossos valores, todos os nossos princípios, todas as nossas tradições, para implantar a ditadura da ideologia (*) The creatures outside looked from pig to man, and from man to pig, and from pig to man again; but already it was impossible to say which was which (Frase final de Animal Farm – A Revolução dos Bichos – livro escrito do fim de 1943 para o começo de 1944, por Eric Arthur Blair, sob o pseudônimo de George Orwell, pelo qual se tornou mundialmente conhecido. França vai ter o seu acordo ortográfico e há quem não goste da ideia Por Pedro Filipe Pina http://e-ipol.org/imprensa-achou-que-o-acordo-ortografico/ O acento circunflexo é a principal ‘vítima’ das alterações que serão introduzi-das. A partir do próximo ano letivo, os livros adotados nas escolas primárias fran- cesasvãocontarcomalgumasmudançasem relação a outros anos. Tal como o Acordo Ortográfico de 1990, que tem sido motivo de polémi- ca em Portugal e noutros países dos PALOP’s nos anos mais recentes, tam- bém em França há normas acordadas em 1990 pela Academia Francesa que vão começar a ser cada vez mais visíveis. (...) O acento circunflexo, por exem- plo, é visto como uma das principais ra- zões para erros ortográficos no francês. Com estas mudanças, vai surgir cada vez menos. Maîtresse (amante), por exem- plo, ficará só maitresse. No Twitter, esta questão já levou mesmo à proliferação de uma curiosa hashtag,#JeSuisCirconflexe,expressãoque recupera o #JeSuisCharlie, que se popula- rizou após o ataque à redação do jornal satíricoCharlieHebdo,emjaneirode2015. Fonte: Notícias ao Minuto, Portugal Declaração da Academia Francesa Sobre a "reforma ortográfica" aprovada na sessão de quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 (*) Extrato Em três textos sucessivos, a Academia Francesa se expressou sobre este assunto. Na sua reunião de 16 de novembro de 1989, (...) a ela aprovou por unanimidade uma declaração que lembrou fortemente sua oposi- ção a qualquer mudança autoritária de ortogra- fia. A Academia reafirmou que não cabe nem ao poder político, nem a administração legislarou regularemmatériadelinguagem(...). Depois, (...) informada somente dos prin- cípios orientadores do trabalho (...), votou, na reunião de 3 de Maio de 1990, um segundo texto, expressandosuaconcordânciacomasdiretrizesdo projeto em preparação. (...) A Academia se pergunta sobre as razões para a exumação pelo Ministério da Educação de um projeto antigo de um quarto de século e, com algumas exceções, ainda não recebeu a sanção do uso. (...) Recentes pesquisas internacionais reali- zadas nos últimos anos (...) atestam o forte recuo da França em relação com outros países europeus nodomíniodalinguagem. Comoconclusão,paraaAcademia,éurgen- te orientar o ensinamento, na direção pretendida, para muitos dos nossos cidadãos, restabelecendo as condições para uma verdadeira transmissão de conhecimento.(...) (*) Fonte: http://www.academie-francaise.fr/actualites/declaration-de-lacademie- francaise-sur-la-reforme-de-lorthographe espúria que professam, muito provavelmente, de propósito, arruinaram a economia do País e nos rebaixaram da condição de potência industrializada à de meros exportadores de “commodities”. Também atentaram contra a nossa língua como parte do projeto orwelliano de dominação. Custa crer que a França venha a copiar de nós, justamente, o que não presta. Mas lá, eles também têm essa catástrofe que é o comunismo escondido pelo eufe- mismo de socialismo. Quem sabe, eles também tenham pro- pina, eufemismo para suborno, e pixuleco, e corrupção! Desejo intensamente que a França reencontre o seu caminho e salve a sua lín- gua. Quanto a nós, temos de salvar o que resta do nosso grande Brasil. A tarefa não é simples. O primeiro e mais fácil passo é livrar-nos desse gover- no deletério. Depois vem a parte mais difícil e demorada: resgatar os valores, recuperar a economia e sanear as institui- ções, corrompidas e infiltradas por mais de vinte anos de subversão governamen- tal socialista. Mas, entre os legados malditos dos governos petistas, existe um de muito di- fícil solução. Muitos brasileiros, que se dizem con- tra o petismo, talvez como uma forma de síndrome de Estocolmo, assumiram algu- mas características da administração petistas: tornaram-se arbitrários e donos da verdade; esqueceram seus compro- missos com a Nação e com as Institui- ções, para usá-las em função de seus in- teresses; não hesitam em distorcer os fa- tos para atingir seus objetivos; são exa- geradamente indulgentes com os alia- dos, mas veem como inimigo a ser des- truído quem quer discorde de suas “ver- dades”; omitem-se quando se trata de atacar o governo e tudo fazem para evitar que seus correligionários o façam; querem o poder pelo poder, mais interessados em empolgar a chave do cofre e a caneta, que lhes permitam ser donos de tudo. A semelhança é tanta que, aproveitando-nos da extraordinária comparação com a qual Eric Blair terminou o seu genial “A Revolução dos Bichos”, poderíamos dizer que, se olhássemos “de um petista para um deles, e de um deles para um petista, e de um petista para um deles novamente, seria impossível dizer qual era qual.” (*) Não queremos petista de esquerda, mas, igualmente, não queremos petistas de direita. Precisamos livrar-nos destes também, mas isso deixaremos para as próximas eleições. Esperamos que todos tenhamos aprendido a votar, depois dessas experiências desastrosas. 8
  • 9. Nº 224 - Fevereiro/2016 9 * É jornalista independente, estudiosa do Foro de São Paulo e do regime castro-comunista e de seus avanços na América Latina, especialmente em Cuba, Venezuela, Argentina e Brasil. É articulista, revisora e tradutora do Mídia Sem Máscara e proprietária do blog Notalatina. *Aristóteles Drummond *Graça Salgueiro * Jornalista - Vice- Presidente da ACM/RJ aristotelesdrummond@mls.com.br - www.aristotelesdrummond.com.br Os mais jovens desco- nhecem o que aconte- ceuem31demarçode1964. São informados de maneira distorcida de que foi um “golpe militar”. Temos de restabelecer a verdade, esclarecer e temos li- vros e depoimentos suficientes, além dos jornais da época. A Revolução foi iniciada em Minas, em manifesto conjunto do governador Magalhães Pinto e do comandante militar da área, na época 4ª Região Militar, com sede em Juiz de Fora, General Mourão Filho e a guarnição de BH, general Carlos Luiz Guedes. Logo, manifesta- ram-se os governadores da Guanabara, Carlos Lacerda,doParaná,NeiBraga,doRioGrandedo Sul, Ildo Meneguettui, e o principal apoiador da conspiraçãocívico-militar,AdhemardeBarros, deSãoPaulo.E,assim,veioaadesãodosgenerais Amaury Kruel, do II Exército, São Paulo e de Justino Alves Bastos do IV Exército, Nordeste, com sede em Recife. E as demais forças da Marinha e da Aeronáutica. Não houve a menor resistência,anãoserumfatoisoladonaAeronáu- MUTIRÃO PELAVERDADE Foram anos de competência e coragem. tica, em Porto Alegre, e tênue, no Rio. Nomais,todaaimprensasaudouomovi- mento. Antes, os senhores Nascimento Brito, Jornal do Brasil, Assis Chateaubriand, dos Di- áriosAssociados,eRobertoMarinho,deOGlo- bo,quetinhamprofundasdivergênciaspessoais, se uniram na Rede da Democracia. Lá, este re- pórterteveoprivilégiodefalarna aberturaaconvitedeRobertoMa- rinho. O Brasil se tornou moder- nocomCastelloBranco,na refor- ma do Estado com o Decreto Lei 200, criação do BNH e do Banco Central, sob o comando do gran- de Roberto Campos. Com Cos- ta e Silva, foi dada a arrancada para as grandes obras, sendo que Mário Andreazza, no Ministé- rio dos Transportes, tratou logo de duplicar a Via Dutra, asfaltar a Belém-Brasília, cons- truir a subida da serra das Araras. Com Médici e a genialidade de Delfim Netto, vivemos o milagre brasileiro, saudado em todo o mundo, quando crescemos mais de dez por cento ao ano. O maior projeto social do mundo foi o FUNRURAL com que se protegeu todos os trabalhadoresruraisaos70anos.E,porfim,com JoãoFigueiredo,enfrentamosevencemosacrise do petróleo, a inflação, sem parar as grandes obras, como Itaipú, Tucuruí, triplicada a produ- ção nacional do petróleo, sob o comando do dedicado ministro César Cals. Foram anos de competên- ciaecoragem.Umapequenapara- da nos anos Geisel, que não era bemumrevolucionário,relaxouno combate à subversão e criou um projeto de abertura sem abrir mão do AI-5, vigente até o final de seu governo. Cadabrasileiro,paioumãe, avô ou avó, tem o dever moral de explicar a filhos e netos que a Revolução mudou o Brasil, e que tivemos um período autoritário, mas não de ditadura. O Congresso funcionou a maior parte do tempo. Sofreu perdas, mas ficou aberto e com figuras exaltadas pelos pregadores da mentira, como os parlamentares Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Itamar Franco, Franco Montoro, Paulo Brossard e dezenas de membros da oposição democrática. O direito de ir e vir nunca foi cer- ceado, nem a propriedade privada. A censura, desnecessária, desfalcou o noticiário muito me- nos do que o patrulhamento atual, em que só se publica uma única versão, que, aliás, une fra- ternalmente o atual governo e boa parte da oposição, pelas origens comuns. E vale lem- brar que os aliados preferenciais dos tucanos são do PPS, partido que não esconde suceder o velho Partido Comunista Brasileiro, tendo, inclusive, o mesmo presidente. Enfim, neste momento em que todos sa- bem quem são e qual a postura ética e moral dos governantesdoPT.Restarestabeleceraverdade para as novas gerações, o que permitirá que a reconstrução nacional saiba valorizar os exem- plosdedignidade,patriotismo,honestidadedos militares e seus aliados na bela jornada para o progresso dos governos Castello Branco, Costa e Silva, Emílio Médici e João Figueiredo. Cada brasileiro, pai ou mãe, avô ou avó, tem o dever moral de explicar a filhos e netos que a Revolução mudou o Brasil A CHAPA ESTÁ ESQUENTANDO No artigo anterior eu havia comentado que o ano de 2015 havia fecha- do com reveses para o Foro de São Paulo e agora parece que o cerco está se fechando, embora isso não signifique, de maneira algu- ma, que o fim dessa organização criminosa esteja chegando. Aqui no Brasil as operações de incon- táveis nomes e etapas realizadas pela Polícia Federal, estão chegando perto do chefão mas ainda é cedo para contar vitória. Entretanto, embora tenha sido divulgado no Brasil mas semqualquer repercussão (oxalá,fizeramuma “operação abafa”), o delegado que assina o relatório da “Operação Acarajé” cita com firme convicção que a empresa Odebrecht pagou propina ao ex-secretário de Transpor- tes do governo Cristina Kirchner, Ricardo Jaime - que hoje (25.02) foi processado por “malversação de dinheiro público” em irregu- laridades no reparo de vagões de trem da empresa Belgrano Norte -, e Ollanta Humala, ninguém menos que o presidente do Peru, apadrinhado e eleito pelo Foro de São Paulo. Não há confirmação em nenhum dos dois casos ainda, porém o delegado afirma que através da análise de e-mails encontraram “provas robustas” do “pagamento de vanta- gemindevida”, ou seja: propina.Humalaman- dou seu embaixador no Brasil emitir uma nota de repúdio mas até o momento isso foi tudo o que fez para se defender da acusação. Não é segredo para ninguém que, quando o FSP apadrinhaumcandidato,malasdedinheiropas- seiam até chegar aos apadrinhados, como foi o casodaprimeiraeleiçãodeCristinaKirchnerque recebeupetrodólaresdeChavezeomesmoLula, que na primeira eleição em 2002 recebeu das Não é segredo para ninguém que, quando o FSP apadrinha um candidato, malas de dinheiro passeiam até chegar aos apadrinhados, como foi o caso da primeira eleição de Cristina Kirchner que recebeu petro-dólares de Chavez e o mesmo Lula, que na primeira eleição em 2002 recebeu das FARC alguns milhares de dólares para sua campanha. Antes o que era encoberto, agora está vindo à tona. Guerrilheiros das FARC chegam a El Conejo armados até os dentes FARCalgunsmilharesdedólaresparasuacam- panha. Antes o que era encoberto, agora está vindo à tona. NaBolíviaoíndiococaleroEvoMorales perdeu um referendo que pedia a autorização para sua reeleição indefinida. O povo está farto de tanto comunismo, corrupção e de ver seu suado dinheiro não ser revertido em seu favor, mas nas eleições passadas em que Morales saía vencedor,haviaportrásumChávezquecompra- va consciências e fraudes (embora lá a votação aindasejanopapel)comospetrodólaresquehoje nãoexistemmais.Nãofoiopovoque“acordou” mas o dinheiro que acabou: a Venezuela está falida e Chávez morto, mas Morales culpou as “redes sociais” e o “império” por sua derrota. A situação da Venezuela é desespera- dora, pois o desabastecimento já atinge os hospitais, onde não há sequer material des- cartável e medicamentos. A gasolina, que de- veria ser abundante no país do petróleo, há anos vem sendo importada da Rússia e agora está vindo também do “império”. As horas de Maduro estão começando a ser contadas, pois segundo presidente da Assembleia Nacional, Ramos Allup, o Parlamento tem autonomia para destituí-lo, mesmo com maioria simples de votos, por “abandono de cargo”, figura contemplada na Constituição quando o man- datário não cumpre suas funções, ou não exerce muitas das suas facul- dades por inação. E, nesse caso, não há ne- cessidade de interven- ção do Tribunal Supre- mo de Justiça, pois esse caso é o único onde ex- pressamente a Consti- tuição não assinala in- tervenção da Sala Cons- titucional. E há rumores de que Maduro conversou com Ernesto Samper, atual presidente da UNASUR, para reque- rer asilo político na Colômbia e assim escapar de um julgamento por seus incontáveis cri- mes, inclusive eleitorais. A situação da Colômbia é a mais crítica uma vez que Juan Manuel Santos, que só tem olhos para o Prêmio Nobel da Paz, tem dado asas demais às FARC com esse conto de “negociações de paz”. No dia 18 de fevereiro este bando narcoterrorista esteve no municí- pio El Conejo, com aval de Santos e levado pela Cruz Vermelha Internacional, fazendo, segundoeles,“pedagogia”.Armaramumenor- me palanque onde puseram música e fizeram discursos, enquanto 300 guerrilheiros arma- dos até os dentes distribuíam panfletos, in- clusive em escolas, falando das maravilhas que farão quando o acordo for assinado. Isto não é permitido e todos os promo- tores sabem, mas como as críticas choveram de todos os lados, inclusive da Promotoria Geral da Nação, os militares que esvaziaram a área para os que terroristas fizessem seu proselitismo afirmaram que “não sabiam” que o evento iria ser daquele porte nem com guerrilheiros armados assustando e pressio- nando a população. Santos tem dito que o “acordo” será assinado no dia 23 de março mas as FARC negam, porque ainda não conseguiram tudo o quedesejam.Elesjáconseguiramnãoentregar as armas, não indenizar suas vítimas, não devolver o patrimônio roubado de tantos agri- cultores, não prestar contas de sua situação financeira nem entregar suas vítimas seques- tradas. Mas as FARC só vão assinar o “acor- do” quando for para a rendição total do país aos seus pés. Quando eles possam se candi- datar aos mais altos cargos políticos e quando puderem aniquilar totalmente as Forças Mi- litares da Colômbia. Enquanto isso não chega, vão continuar assassinando militares e civis, se unindo com o ELN para praticar atos de terrorismo, sequestrando pessoas inocentes e traficando drogas e armas. E o Brasil, através do Foro de São Paulo, aplaudindo e apoiando incondicionalmente. 9
  • 10. 8Nº 224 - Fevereiro/2016 10 * Manoel Soriano Neto “Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la.” A AMAZÔNIA E A HIDRELETRICIDADE * Coronel, Historiador Militar e Advogado msorianoneto@hotmail.com (continua) General Rodrigo Octávio / 1º Comandante Militar da Amazônia (1968/1970) (XXV) Cel Osmar José de Barros Ribeiro Arecessão profunda (quase “depres- são econômica”) vem afetando to- dos os setores produtivos como o de for- necimento de energia elétrica. O nosso sistema energético se baseia na hidre- letricidade - uma matriz invejável, se a compararmos com a do resto do mundo, por ser limpa, renovável e barata -, mas que necessita ser complementada pela termeletricidade, assaz poluente e cara. E esse sistema de energia deve, outrossim, ser diversificado com fontes alternativas como a eólica, a solar, a da biomassa, a nuclear, etc., eis que por volta da década de 2020, os nossos recursos hídricos se esgotarão e é certo que a energia do petróleo está sendo aos poucos abando- nada,mundialmente,máxi- me pela poluição que pro- duz, apesar de o preço do barril ter sofrido acentua- da baixa. Desafortunada- mente, isso poderá com- prometer ou até mesmo inviabilizar o pré-sal. En- tretanto, só poderemos so- nhar com um cenário real- mente otimista, quando a economia se recuperar, pois foi impiedosamente destroçada pela deletéria governança lulodilmista, que nos assola há muito tempo (e já pade- cemos com dois anos consecutivos de terrível contração econômica, já estando previsto, por quem entende do riscado, um terceiro ano). Sim, eis que o PIB, em 2015, caiu cerca de 4%; o desemprego vem aumentando, já atingindo a elevada cifra de 11% nos principais centros urba- nos; a indústria acumulou uma perda, no ano transato, de 8,3% e até o setor de serviços encontra-se em queda – o que é umfatoraro.Ainflação,jáamargandoum índice de 12%, é outro fator muito preo- cupante; e como o Banco Central não aumentou a taxa de juros (“selic”), hou- ve, sem dúvida, um afrouxamento de seu controle em benefício do desenvolvimen- to, a fim de que o PIB cresça concomitan- temente com o aumento dos preços e de impostos escorchantes (e esse gover- nicho deseja nos enfiar, goela abaixo, a abominável CPMF) ... A par de tudo isso e muito mais, continua grassando, de- senfreada, a corrupção. Estupefacientes são os escândalos que envolvem Lula, O Brasil possui aquelas condições humanas e territoriais que, devida- mente trabalhadas poderão, um dia, levá- lo a posição de destaque no universo das nações. A tais condições dá-se o nome de potencial nacional, ou seja, o somatório daqueles meios humanos e materiais que, hoje em estado latente, amanhã poderão ser transformados em poder nacional. Dentre os poucos que se dedicam ao es- tudo do problema, sobressai o nome do Professor Oliveiros S. Ferreira* que, em seu artigo O árduo ca- minho rumo ao poder (O Estado de São Paulo, 08/01/2016), assinala que Um Estado sem po- der é um Estado sub- misso ao poder de ou- tros, acrescentando que o prestígio, além de auxiliar na caminhada em busca de poder, dá condições ao Estado de alcan- çar uma posição de destaque no concerto das nações. Infelizmente, falta aos nossos go- vernantes uma visão de grandeza que os leve a buscar tal posição, se não entre as potências mundiais, ao menos entre seus vizinhos sul-americanos. Embalados pe- los sonhos do socialismo fabiano ou dos inspirados pelo Foro de São Paulo, os su- cessivos dirigentes nacionais, esquecidos dos ensinamentos do Barão do Rio Bran- co, acreditam em utopias tipo Governo Mun- dial e Pátria Grande, com evidentes preju- ízos para a Nação. Muito acertadamente o Professor Oli- veiros assinalou que a assinatura do Tra- tado de Não Proliferação Nuclear soma- do ao do Acordo Internacional sobre Mís- seis (ao Brasil não é facultado construir mísseis com alcance superior a 300 km) demonstraram, aos eventualmente preo- cupados com a nossa transformação em BRASIL: POTENCIAL E PODER Há necessidade de um órgão semelhante ao extinto Conselho de Segurança Nacional – se a cega hostilidade às FFAA não o tivesse substituído por um inócuo Conselho da República e um ineficiente Ministério da Defesa potência, que não havia razão para isso, posto que os grupos políticos que as- sumiram o poder esmeraram-se em re- duzir o papel das Forças Armadas e em desvirtuar o da diplomacia, além de se des- preocuparem com o nosso desenvolvi- mento econômico sustentável, impres- cindível para que se possa iniciar a lon- ga e penosa caminhada do prestígio ao poder. Após os governos militares e sem qualquer reação digna de nota, assisti- mos além do desvirtu- amento da ação diplo- mática brasileira ao crescente enfraqueci- mento das Forças Ar- madas, cada vez mais empregadas em ativi- dades que pouca ou nenhuma relação guardam com a sua missão principal. É bem verdade que seus comandantes fa- zem, no mais das vezes, das tripas cora- ção, mas sem meios e recursos, terminam por assistir sua marcha para a total ino- perância quanto ao cumprimento da sua finalidade. Há, paralelamente, necessidade de um órgão semelhante ao extinto Conse- lho de Segurança Nacional – se a cega hostilidade às FFAA não o tivesse subs- tituído por um inócuo Conselho da Re- pública e um ineficiente Ministério da Defesa. O temor contra a presença os- tensiva das FFAA como defensoras do in- teresse nacional não é o de que se retro- ceda no campo das ditas conquistas de- mocráticas, mas sim que o País se afirme internacionalmente como um polo de poder e não apenas como uma grande fá- brica à maneira chinesa, um grande mer- cado consumidor ou uma chave para fa- zer negócios de empreiteiras na periferia do sistema. sua família e amigos íntimos, como os do triplex de Guarujá e do sito de Atibaia, para apenas citar os principais. E o ape- deuta ainda teve o topete de fazer uma patética declaração, ao afirmar que não há na PF, no Ministério Público, etc., “uma viva alma” mais honesta do que ele. Isso foi motivo de chacota na grande Imprensa e em redes sociais, tendo o mentiroso, “ipso facto”, sido tachado, jocosamente, de “Papa Luiz 51” e de “Madre Teresa de Guarujá” (rsssss). Mas apesar de todas as provas coligidas nas investigações acerca desse apedeuta, o presidentedoPT,RuiFalcão,afirmou,em defesa do “pixuleco”, em uma das dema- gógicas propagandas do PT, que “a Ver- dade vencerá a Mentira!”, perdendo, as- sim, uma ótima oportunidade de ficar ca- lado. E mais: a presidente declarou pela televisão, recentemente, que o seu “lí- der” - cujo conceito se derrete junto à população, diga-se -, sofre uma “grande injustiça”. Ora, ora, os romanos já afirma- vam: “est modus in rebus” (as coisas têm limites!). Não se deve zombar da inteli- gência do homem do povo, daí o bai- xíssimo índice de aprovação dessa infeliz governanta e do corruPTo partideco ao qual ela pertence. As novas fontes renováveis de ener- gia (provindas de usinas eólicas, solares, da biomassa, etc) vem crescendo em nos- so País, felizmente. A participação é ain- da bem diminuta, mas elas já concorrem para que o Brasil reduza as emissões de gases do efeito estufa, conforme aven- çado na Conferência do Clima, ocorrida em Paris, em dezembro do ano passado. Os grupos políticos que assumiram o poder esmeraram-se em reduzir o papel das Forças Armadas e em desvirtuar o da diplomacia. *A matéria em itálico foi retirada de artigo do Prof. Oliveiros S. Ferreira, conforme assinalado no parágrafo inicial. A indicação do general-de-Exército Marco Antônio de Fa- rias para o cargo de ministro do Superior Tribunal Militar foi aprovada pelo Plenário do Senado a 17 de fevereiro. A vaga foi aberta com a aposentadoria do general Fernando Sergio Galvão. Militar há 48 anos, o general comandou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e assumiu, entre outros cargos, a subchefia do Estado-Maior do Exército em Brasília. Na foto ao lado, o General Farias, Comandante da AMAN, acompanhado do Engº. Roberto Médici, presta ho- menagem ao Presidente Emílio Garrastazu Médici, por ocasião do centenário de seu nascimento, a 28 de novembro de 2005. STM - SUPERIOR TRIBUNALMILITAR
  • 11. Nº 224 - Fevereiro/2016 11 “Para mim, isso já é uma guerra. Não é mais um delito, é uma guerra” Levantamento dos problemas enfrentados pelo Exército Brasileiro para proteger as fronteiras nacionais, especialmente na região Norte do País, e a consequente necessidade de investimentos em tecnologia e pesquisas pra combater o crime, fizeram parte da palestra aplicada pelo cmt CMA, gen-ex Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. realiza- da na sede da unidade militar, na zona Oeste de Manaus-AM. O militar mostrou o painel “Guerra na Fronteira”. Sem poupar palavras nem minimizar impactos, o gen Theophilo mostrou que a Ama- zônia está aberta pra crimes como exploração e contrabando de minerais, entrada de armamento pela fronteira com a Venezuela que, segundo ele, “está inundada por fuzis Kalashinikov”, a imigração ilegal tanto vinda do Haiti como, recentemente, do Senegal (de Jan-Mai 15, 30.000 estran- geiros entraram no País de forma não autorizada). “A Colômbia está usando o desfolhante ‘agente laranja’ pra acabar com plantações de coca, mas está poluindo gravemente o rio Solimões”... ...revelou o general, acrescentando que a guerrilha Sen- dero Luminoso está voltando à ação com força total, desta x associado ao narcotráfico. “Pra mim, isso já é uma guerra. Não é mais um delito, é uma guerra”... ...disse o Comandante, que mostrou-se preocupado com o que chamou de “grande vazio”, ou seja, a falta de órgãos de se- gurança que, de forma efetiva possam monitorar as fronteiras, e, asse- gurar segurança ao País. “Temos um grande vazio de órgãos da segurança em compara- ção com o Sul-Sudeste, e, parte do Centroeste”... ...declarou. Além dos criminosos, as fronteiras brasileiras enfrentam a falta de recursos, e, tecnologia pra protegê-las, apontou o gen. “Não temos tecnologia. As naves pequenas, de voo baixo, não são captadas pelos radares do SIPAM/SIVAM, e, Cindacta. Precisa- mos de radares que alcancem essas aeronaves”... ...exemplificou. O próprio TCU confirmou que o Plano Nacional de Fronteiras, que permitira ao Planalto coordenar a proteção da soberania nacional, “simplesmente não existe”, apontou o gen Theophilo. “Nós (o Exército) já levantamos todos os dados. Sabemos onde estão, e, o que está acontecendo em cada ponto das fronteiras amazô- nicas. Mas, como vamos fiscalizar tudo isso? Precisamos de recursos pra investir em tecnologia-pesquisa. O EB não poderia sofrer nenhum corte de orçamento, sob risco de ficar até sem combustível pra voa- deiras, e, hoje já estamos sofrendo cortes”... ...disse o palestrante. “Estamos perdendo pouco a pouco a soberania do nosso País”... ...resumiu. !! ESTAMOS PERDENDO POUCO A POUCO A SOBERANIA DO NOSSO PAÍS !!*Guilherme Cals Theophilo * General de Exército - Comandante Militar da Amazônia Diário do Brasil - 19 Fev 16 * Paulo Henrique Chaves * Jornalista, Autor de "Agropecuária: Atividade de alto risco" e colaborador da Agência Boa Imprensa Em palestra em Manaus, o Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, voltou a tratar dos problemas enfrentados pelo Exército Brasileiro na sua ingente tarefa de proteger fronteiras, onde há falta de investimentos em pesquisas e téc- nicas para combater os crimes. Segundo o “Diário do Brasil” (19/02/16), o general mostrou que a “Amazônia está aberta para crimes, como exploração e contrabando de minerais, entrada de armamento pela fronteira venezuelana que ‘está inundada por fuzis Kalashinikov’, imigraçãoilegal,tantodoHaiticomo do Senegal”. De janeiro a maio de 2015, trinta mil estrangeiros entra- ram no País ilegalmente. O Comandante revelou que a Colômbia tem utilizado um des- folhante para pôr fim às plantações de coca, mas com resultado ruim para o Brasil, pois o produto utiliza- do vem poluindo o rio Solimões. Disse também que o grupo guerrilheiro peruano Sen- dero Luminoso está voltando com força total, desta vez associado ao narcotráfico, o que para o general “já representa uma guerra”. O Gen. Teophilo Gas- par mostrou-se preocupado com o que chamou de ‘gran- de vazio’, isto é, a falta de órgãos especializados que possam monitorar as fron- teiras e garantir a segurança. Para ele, além dos crimino- sos, as fronteiras enfrentam dificuldades como falta de tecnologia, pois naves pe- quenas, de voo baixo, não são captadas pelos radares. Ele acrescentou que o pró- prio TCU confirmou que o Plano Nacional de Frontei- ras “simplesmente não exis- te”. Informa o general que o Exército já levantou os dados: “Sabemos onde es- tão e o que está acontecen- do em cada ponto das fron- teiras amazônicas. Mas, co- mo vamos fiscalizar tudo is- so? Precisamos de recursos para investir em tecnologia e pesquisa. Estamos perden- do pouco a pouco a soberania do nosso País”, con- cluiu. Tal preocupação não se restringe aos militares. Não sem visão de estadistas, os portugueses e, mais tarde, o Imperador Dom Pedro II, muito zelaram pela região amazônica. Em nossos dias, vários pareceres de juristas como Ives Gandra e Celso Bastos advertem também nesse mesmo sentido. Quando da homologação da RI Raposa/Serra ACOBIÇAINTERNACIONAL DA AMAZÔNIA do Sol pelo STF (2009), o Ministro Marco Aurélio de Mello, único voto contrário à demarcação, ressaltou a previsão do autor do livro “Tribalismo Indígena”: “Vale registrar que, em 1987, o professor Plinio Corrêa de Oliveira, diante dos trabalhos de elaboração da Carta de 1988, advertiu: ‘O Pro- jeto de Constituição, a adotar-se em uma concepção tão hipertrofiada dos direitos dos índios, abre cami- nho a que se venha a reconhecer aos vários agrupamentos indígenas uma como que soberania diminutae rationis”. Para o historiador Riobranco Brasil, fato semelhante ao da Rapo- sa/Serra do Sol aconteceu há mais de 100 anos, quando o Brasil perdeu pa- ra a Inglaterra um naco de 19.630 km² na questão do Pirara, região localiza- da em Roraima. A Inglaterra começou enviando missionários para “traba- lhar” com os índios. Em 1835, alegan- do a exploração de riqueza, os ingle- ses enviaram para lá o explorador Robert Hermam Schonburk, que em 1842 delimitou a fronteira entre a Guiana e o Brasil sem a anuência de nosso governo. Diante do argumento britânico de que o territó- rio seria ocupado por tribos in- dependentes que reclamavam proteção inglesa, o Brasil reco- nheceu provisoriamente a neu- tralidade da área em litígio, reti- rando os seus funcionários e o destacamentomilitar,comacon- dição de que as tribos continu- assem independentes. A questão se prolongou até 1904, quando o Brasil acei- tou o laudo arbitral do rei italia- noVítorEmanuelIII,dandogan- ho de causa à Inglaterra. Perde- mos com essa penada 19.630 km², além dos afluentes da bacia do Esequibo, dando acesso à Inglaterra as águas do Rio Ama- zonas pelos rios Ireng e Tacutu. Tão velha como a desco- berta de Cabral é a cobiça es- trangeira pela Amazônia. Este imenso território, arduamente conquistado por nossos ante- passados, precisa ser povoado, guardado e defendido, sobretu- do nos dias atuais, quando tal cupidez se tornou indisfarçável. A Amazônia é a maior floresta tropical do globo, dispondo de 20% das reservas mundiais de água doce. Sua biodiversidade é quase sem medidas. Lá se encontram o maior banco genético e a mais vasta pro- víncia mineralógica planetária, os quais encerram jazidas de ouro, cassiterita e minérios de terceira ge- ração, como o urânio, o titânio e o nióbio. NR: O General Theophilo, já apresentou essa palestra na Câmara de Deputados, no Parlamento Amazônico, no Alto Co- mando do Exército, em faculdades da região e constantemente para o público interno. Semanalmente participa do programa "Café com a Imprensa", onde apresentou-a e o repórter da Rede Globo a divulgou. Recentemente, o General Theophilo foi transferido para o Comando Logístico em Brasília, devendo em breve passar o Co- mando para o General de Exército Geraldo Antonio Miotto. A Amazônia está aberta para crimes, como exploração e contrabando de minerais, entrada de armamento pela fronteira venezuelana que ‘está inundada por fuzis Kalashinikov’ Que providências serão tomadas pelo sinistro comunista da Defesa? A "questão do Pirara" - Precedente de 1904 Fato semelhante ao ocorrido na Raposa Serra do Sol aconteceu há 104 anos, quando o Brasil perdeu para a Inglaterra uma gleba de 19.630 km²
  • 12. 8Nº 224 - Fevereiro/2016 12 * Ernesto Caruso *Coronel QEMA, Administrador, Membro da AHMTB Publicado no Pampulha - BH - 13 a 19/02 Tsunami petista na política da terra arra- sada. Um país sem rumo na economia, na segurança, na educação. Pior de tudo, na assistência médica da população mais ca- rente que paga ao SUS como plano de saúde e quando precisa não tem. Junção da incom- petência na administração pública e da ele- vada eficiência na desconstrução da socie- dade. Corrupção como meio e fim. Ações di- retas, nítidas e mais fáceis de contestar e as sub-reptícias, dissimuladas, no arcabouço da família, nas alterações do senso comum e nos valores cristãos sedimentados na for- mação da nacionalidade. No campo econômico causa repulsa ao cidadão não só o preço do legume nas feiras, mas do combustível que influencia toda a cadeia produtiva e de transporte dos alimentos. A lembrar o “preço” do etanol — milagre brasileiro no emprego automotivo, advindo da cana de açúcar, ciclo marcante na História — que supera o da gasolina nesta fase do valor do barril de petróleo bem baixonocomerciointernacional.Valorquan- do elevado, “justifica” o aumento para o consumo interno. A pujante Petrobras la- deira abaixo. Oh pré-sal do ufanismo lulista onde estás que não respondes? Pré-sal que iria impulsionar a educação, quem sabe se apro- ximar do primeiro mundo. Pobre Pátria Edu- cadora! Patropi abençoado por Deus, que be- leza, dos recursos abundantes. Japão de terras e minerais e, rico em educação e pro- bidade. Na nossa BR, extrema corrupção e impunidade. Lá haraquiri de quem se enver- gonha; aqui ostentação, desdenha e vaida- de. Investimentos duvidosos no exterior em detrimento da já precária infra-estrutura lo- cal, rodovias, ferrovias, portos e aeropor- tos.ExemploPortodeMarielemCuba.Dese- quilíbrio orçamentário, juros elevadíssimos. Impostos que estremecem os ossos de Tiradentes. Ainda querem ressuscitar aCPMFparacobriraineficiênciaeoesbulho. Indústria e comércio encerrando as atividades. Em 2015, quase 100 mil lojas computadas. Grande rede de supermerca- do, em Campo Grande/MS, fechou três das suas lojas. No setor de alimentos é prog- Os treze anos desse modelo são uma fraude. O Brasil não está em boas mãos. Ainda querem ressuscitar a CPMF para cobrir a ineficiência e o esbulho. BRASIL SOB MÁ DIREÇÃO “LUTA DE CLASSES” Abro o jornal e leio a coluna do filósofo e teólogo Leonardo Boff. Referendando Engels na introdução do livro de Marx sobre a luta de classes, ele transcreve: “Se houver alguma possibilidade de as massas trabalhadoras chegarem ao poder, a burguesia não admitirá a democracia, sendo até capaz de golpeá-la”. Diz ainda que Lula sofre perseguição judicial movida pela vontade de desfigurar seu carisma e liquidar sua liderança. E ainda que os “donos do poder” acham inadmissível que o PT e seus aliados tenham chegado ao poder e que, por isso, tentam inviabilizar o governo de cunho popular. Por sua vez, o presidente petista, Rui Falcão, diz na TV que Lula sofre ataques e perseguições pelos preconceituosos de sempre, que também não aceitam que ele continue morando no coração do povo. COMOSE VÊ, a “luta de classes” continua sendo explorada por políticos interesseiros e usada como argumento por socialistas equivocados, ambos inú- teis ao bem-estar social. Marx pregava que a exploração do proletariado é peça fundamental para o sustento da burgue- sia capitalista. No entanto, o capitalismo foioprimeirosistemaeconômicoapermi- tir a melhora do poder aquisitivo do “pro- letariado”. Oeterno experimento socia- lista não engole o fato de que foi graças ao regime capitalista que os pobres se beneficiaram com o aumento do consu- mo e a queda da pobreza extrema, que caiu da metade para menos de 18%. A realidade é uma só, devemos ter muito cuidado com os que manipulam a luta de classes, foi assim que o comunismo con- seguiu prosperar. SÓEXISTEUMCAMINHOparame- lhorar as condições sociais dos menos fa- vorecidos,eelepassapeloexercíciodemo- crático atuandoemconjunto com a iniciati- vadolivremercadosem,éclaro,apresença intervencionista do Estado. Este sim, um- predador insaciável que nada produz. Te- mos de continuar batendo na tecla do des- pertarnacionalparaofatodeque,enquanto o governo continuar transferindo a renda dosqueproduzemparamanterseudomínio elitista, o conflito de classes irá persistir. Precisamosvalorizaraliberdadeindividual, e mostrar aos socialistas que Karl Marx não passava deumparasita mimado e ir- responsável, contrário às forças produti- vas. Quanto ao Lula, por que ele continua comsuademagogiadepalavrasdistorcidas, emvez de se defender com os legítimos meios de defesa a que tem direito A “luta de classes” continua sendo explorada por políticos interesseiros nóstico muito grave. O governo Dilma, nota baixa no desempenho geral, coloca o Brasil como mau pagador, ao lado de paí- ses como Bolívia, Paraguai e Guatemala, por conta da instabilidade econômica e po- lítica, como anunciado pela agência de classificação de risco Standard & Poors; o segundo rebaixamento e com perspectivas de piorar. Na política, o governo central, muito impregnado de ideologia totalitária, está desmoralizado diante de tantas denúncias a envolver o Partido dos Trabalhadores. Pro- cessos de impeachment na Câmara dos De- putados e no Tribunal Superior Eleitoral por denúncias de emprego de recursos escusos na eleição de 2014. Des- crédito nos políticos, na quantida- de de ministérios, no número exa- gerados de senadores, deputados e vereadores, estes por vezes com um dia de sessão (?!) e muita mor- domia. Em adendo vale lembrar. Os Estados Unidos mantêm dois se- nadores por estado, aqui são três. Lá são 435 deputados, aqui 513. Se extinguir o cargo de vice nos vários níveis, seria uma boa economia, em especial nos municípios (5.570). Quantos gabinetes seriam fecha- dos, carros, motoristas, secretárias, ar con- dicionado... E como se cria município; o povo vota; a população de um município ar- cava com as despesas de um conjunto po- lítico-administrativo e “sabiamente” passa a gastar com dois conjuntos. Os reflexos da má gestão pública re- crudescem nos fatores psicossociais a des- tacar de início na saúde, caótica no atendi- mento nos postos e hospitais públicos, on- de faltam até vacinas contra hepatite A infantil, raiva, difteria e tétano... No desem- prego função do baixo crescimento e re- cessão, com desdobramento na educação de qualidade encontrada na atividade pri- vada com a natural evasão e maior procura na pública que remunera mal os professo- res. Greve e mais greve. Ensino prejudi- cado. A previdência social está longe de proporcionar melhores condições de vida. Cada vez mais, ao aposentado se impõe con- tinuar trabalhando pelo resto da vida. E sem a correspondente assistência que devia usu- fruir. Desequilíbrios sociais, drogas, meno- res inimputáveis, aumento da criminalidade, descontrole. A par de uma legislação afinada com a ideologia que bloqueia no Senado o pro- jeto de lei que faz do menor que queima uma dentista no local de trabalho, um criminoso. Os treze anos desse modelo são uma fraude. O Brasil não está em boas mãos. Domingo -13 de março - 10 horas Praça da Liberdade Belo Horizonte/MG
  • 13. Nº 224 - Fevereiro/2016 13 * Maria Lucia Victor Barbosa * Socióloga e articulista. mlucia@sercomtel.com.br www.maluvibar.blogspot.com.br * Ipojuca Pontes * Cineasta, escritor, ex-Secretário de Cultura e Jornalista Esta é uma per- gunta extrema- mente complexa que diz respeito não só ao Brasil, mas ao con- texto mundial, sen- do impossível de ser respondida num bre- ve artigo. Darei apenas breves pinceladas so- bre o tema sem tratar da revolução dos meios de comunicação eletrônicos, da imi- nente era dos robôs dotados de inteligência emocional, da modificação genética de em- briões, dos avanços da ciência que nos pos- sibilitarão viver bem mais e morrer com cara de 30 anos. Isso e muito mais não é ficção e trará grandes mudan- ças ao planeta. Entretanto, se o futuro está acelerado e só será interrompido se algum maluco cismar de fazer uma demonstração atômica aca- bando de vez com o mundo, meu interesse é por outros tipos de mudança, aquelas que alteram va- lores, comportamentos e atitudes. O tema mudança social é amplo e existem variadas análises elaboradas por filósofos, sociólogos, historiadores, cada qual com seu enfoque. Aqui cito apenas o filósofoehistoriadoralemão,OswaldArnold GottfriedSpengler(29/05/1880–08/05/1936), que entre outras obras escreveu The Decli- ne of West, ou seja, O Declínio do Ocidente. Spengler, como tantos outros que se debruçaram sobre o estudo da mudança social pensava que sociedades são como organismos humanos que nascem, crescem e morrem. Não vou discutir se sociedades morrem ou apenas se transformam, mas penso ser interessante citar o pensamento do autor alemão que afirmou no início do século XX: “A civilização ocidental está agora em declínio e sua desintegração é ine- vitável, pois ela deve percorrer o caminho de todas as civilizações extintas”. Isso pode parecer drástico e, claro, não acontece de uma hora para outra, pois processos históricos são longos diante da brevidade de nossas vidas. Contudo, já se percebe o declínio ocidental, especialmente na Europa com a entrada dos mulçu-ma- nos, não só os que já tinham se radicado especialmente na França e na Bélgica, co- mo através dos milhões de refugiados que estão sendo acolhidos na Alemanha e nos demais países europeus. Explicando melhor, como as popula- ções europeias estão envelhecidas e a na- talidade daqueles países é baixa, em tem- po relativamente curto os mulçumanos se- rão maioria e, obviamente farão prevale- cer sua cultura político-religiosa como de certo modo já o fazem. Então, a sharia será amplamente implementada e não haverá mais infiéis Lembremos ainda, que sendo o Islã expansionista a ideia é a de se impor globalmente. AONDE ESTAMOS INDO? Já houve tempos e lugares em que ju- deus, cristãos e mulçumanos convive- ram de forma pacífica como na Espanha antes da Nova Inquisição dos reis católicos Fernando e Isabel. Hoje isso é difícil uma vez que está havendo um choque de visões de mundo opostas, sendo que o grande alvo do ódio terrorista são os judeus. Para ficar mais claro tomo o exemplo das mulheres: Entre mulçumanos a mulher é inferiorizada, coisificada. Há países em que não podem estudar ou sequer dirigir um carro. Vestem o xador ou a burca, roupas nas quais apenas os olhos aparecem. No ocidente as mulheres trabalham, estudam, ocupam empregos antes só desempenhados por homens. Contudo, muitas se coisificamaoficarpraticamen- te nuas nas praias e vestir roupas que mais mostram que escondem certas partes do corpo. Recentemente, em Co- lônia – Alemanha, jovens ale- mãs foram estupradas por refugiados. Elas portavam minúsculas minissaias e andavam sozinhas. Para a cultura mulçu- mana elas eram solteiras e estavam dis- poníveis e mulçumanos só obedecem a suas próprias leis e não as dos países que os acolhem. Para nós ocidentais foi um ato brutal e reprovável como são os ata- ques terroristas. Onde estavam os homens alemães para defender suas mulheres? Perguntou uma entrevistadora a uma jornalista dina- marquesa. Esta respondeu dizendo que os homens europeus foram efeminados, ensinados a ser corteses, a não protestar, a se adequar a tudo e isso produziu um de- sequilíbrio no qual os homens perderem seus valores. Acrescento que esse desequilíbrio se deve em grande parte ao nefando po- liticamente correto, que impõe a auto- censura por temor à opinião pública. A so- ciedade ocidental está sufocada por essa excrescência ideológica, de matriz esquer- dista e com viés de dominação, pois tudo que se diz pode ser interpretado com pre- conceito, racismo ou crime passível de se- vera punição. Muitos outros exemplos de choque de civilizações podem ser dados, quem sa- be em outros artigos, mas o fato é que valores ocidentais estão se perdendo e expressões da vida, incluindo a arte, vão se tornando vulgares e banalizadas. No Brasil acentua-se não o declínio, mas a degradação social e econômica co- mandada em larga medida por um governo que institucionalizou a corrupção como nunca antes nesse país. Aonde estamos indo? Regredirá o mundo a uma sombria Idade das Trevas? To- mara que não. No seu poema clássico “A Divina Comédia”, Dante Alighieri, o gigante da literatura uni- versal, sai à procura de Beatriz, sua musa, símbolo da perfeição, da pureza e da verda- de revelada. Tendo o poeta Virgílio como guia, o pai da língua italiana atravessa o In- ferno, o Purgatório e chega ao Paraíso, vi- venciando, na dramática trajetória, o que os estudiosos consideram a “árdua transição da servidão das paixões para a liberdade e a perfeição moral”. Na ambiciosa obra, de tessitura poética complexa, são múltiplos os planos de leitura, entre eles, o histórico, o moral, o alegórico e o místico. Nas três partes que for- mam o poema, a do Inferno, pelo rigor e minúcia da descrição, é tido co- mo o canto melhor acabado. Nele, o poeta empreendeu esforço colossal e deu asas ao seu enorme poder de imaginação. Em resu- mo, a travessia do Inferno, além de doloro- sa, intimida e assombra. De fato, toda a mi- tologia que hoje circunscreve o universo de- moníaco está contida neste canto de leitura obrigatória, difícil e cada vez mais atual. O Inferno de Dante, um tenebroso abismo em forma de cone, compreende nove círculos e o Anteinferno (ou Vestíbulo). Os cinco primeiros círculos formam o Alto In- ferno. Os quatro restantes compõem o Bai- xo Inferno, em cujas profundezas impera Lúcifer, glutão insaciável, barbudo, narinas frementes, rosto vermelho de ira e fonte inesgotável do Mal. Em todos os círculos agonizam legiões de almas penadas, na re- verberação de gritos, lamentos e impre- cações, padecendo sob as labaredas do fo- go eterno e de tempestades de gelo, mer- gulhados em tachos de lavas fumegantes, atormentados todos pelo odor do enxofre e pelo acicate de tridentes pontiagudos mane- jados sem descanso por mil demônios. No oitavo círculo - o que mais desper- ta atenção - dez fossos isolam em padeci- mentos os sedutores, os aduladores, os si- moníacos, os fraudulentos, os hipócritas, os ladrões, os maus conselheiros, os fundado- res de seitas e os falsários – em suma, a A degradação social e econômica é comandada por um governo que institucionalizou a corrupção como nunca antes nesse país. A sociedade ocidental está sufocada por essa excrescência ideológica, de matriz esquerdista. O INFERNO DE LULA Com efeito, há uma enorme semelhança entre o Inferno de Dante e o inferno atiçado no Brasil pelo Dr. Lula, o Anjo Decaído trombeteado pelos comunistas de todos os matizes. caterva que todos nós por essas bandas co- nhecemos bem. Com efeito, há uma enorme semelhan- ça entre o Inferno de Dante e o inferno ati- çado no Brasil pelo Dr. Lula, o Anjo Decaído trombeteado pelos comunistas de todos os matizes.Nãoseriaexageroafirmarqueopaís triturado pelo PT é um fac-símile do Inferno percorrido pelo poeta florentino e, em cer- tos aspectos, ainda mais doloroso. Duvida? Bem, basta olhar em derre- dor: em todo o espaço brasileiro (círculos) prevalecem a violência, o medo, o sofrimen- to e a aflição. Nas cidades poluídas, em cada esqui- na, calçada, ponto de ôni- bus, saída de banco, etc., o sujeito pode ser assal- tado, vilipendiado, esfaqueado e levar pe- los cornos um tiro definitivo. Correntes de lama contaminada levam de roldão vidas, municípios, rios e mares. Enchentes tem- pestuosas e secas inclementes massacram populações inteiras em meio ao desamparo da Providência. No ar, nuvens negras de mosquitos viróticos provocam o desespero de mães deserdadas e crianças indefesas, com muito choro e sem vela. Nas praças pú- blicas, açoitados pelo desemprego, pela miséria e pelo vicio da droga, multidões de mendigos errantes (“população de rua”) agonizam entre impropérios e mútuas agres- sões. E no vestíbulo do inferno tupiniquim, as almas penadas que padecem no limbo e procuram escapar e produzir, são castiga- das pelos impostos sufocantes para usu- fruto do vosso Lúcifer caboclo e sua estu- penda legião de demônios. Há, no entanto, que se fazer uma res- salva na simétrica relação entre o Inferno de Dante e o Inferno de Lula. Por aqui, ao con- trário dos que padecem no oitavo círculo dantesco, a caterva de ladrões, hipócritas, fraudulentos, corruptos em geral, minis- tros conselheiros e ideólogos fundadores de seitas etc. etc., não só não é penitenciada, mas elevada à condição de uma legião de querubins no eterno gozo de manjares rega- dos a amantes clandestinas e taças de “Romanée Conti”. PS - Muita boa gen- te acredita que logo che- gará o dia do Juízo Final e Lúcifer e seus demônios serão punidos e nos dei- xarão em paz. Pode ser. Mas, no nosso caso, co- nhecendo as figuras di- abólicas instaladas nas profundezas do Planal- to, acredito mais na le- genda que Satã mandou colocar no portal do seu Inferno, epígrafe do pre- sente artigo. “Perdei toda esperança, ó vós que entrais“. Dante Alighieri