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2013
Luiza Fuoco
Osteoporose:
redução da massa óssea
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Normal
Normal T score > -1 DP
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Osteopenia
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Osteoporose
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• No mundo:
o 200 milhões de mulheres no mundo
o 1/3 das mulheres entre 60 e 70 anos
o 2/3 das mulheres acima de 80 anos
• No Brasil:
o 22,2% - 33,2% das mulheres > 65 anos
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Postmenopausal Guidelines, 2006
Camargo MBR et al. Osteoporos Int 2005; 16: 1451-1460
Epidemiologia
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Cooper C, Am J Med, 1997;103(2A):12S-17S
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Epidemiologia
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Classificação
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Osteoporose Primária
• Tipo I (ou pós-menopausa)
o mulheres na pós-menopausa
o perda óssea acelerada
o acomete osso trabecular
Osteoporose Primária
• Tipo II (ou senil)
– homens e mulheres após 70 anos
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secundária
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Diagnóstico
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História
Clínica Fatores de risco
Exame físico
Densitometria óssea
Radiografia de coluna torácica e lombar
Diagnóstico
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Exame físico e história clínica
• Identificar fatores de risco:
o baixo peso
oidade
o tabagismo
o etilismo
o causas secundárias (uso de corticoides, histórico
menstrual, etc)
o história pessoal ou familiar de fraturas
• Avaliar cifose acentuada, perda de estatura, peso
Consenso de Reumatologia, 2002
Exame físico
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Diagnóstico
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• Hemograma
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Diagnóstico = Densitometria Óssea
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Raisz; N Engl J Med;353:164-71, 2005.
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Raisz; N Engl J Med;353:164-71, 2005.
Interpretação da Densidade Mineral Óssea
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-1.0
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Interpretação da Densidade Mineral Óssea
Z-score Classificação
Densidade mineral óssea normal para a
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Baixa densidade mineral óssea para a
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Mulheres na pré - menopausa ou homens < 50 anos ou crianças
• Todas as mulheres acima de 65 anos
• Todos os homens acima de 70 anos
• Mulheres na pós menopausa <65 anos ou homens entre 50-69 anos, se fatores
de risco
• Adultos com doenças ou medicações associadas a baixa massa óssea
• Adultos com fratura de fragilidade
• Mulheres na pós-menopausa que irão descontinuar a TRH
• Monitorização da terapêutica (a cada 2 anos)
• Para avaliações sequenciais, utilizar sempre o mesmo aparelho
Postmenopausal Guidelines, 2006
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Indicação de
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densitometria óssea
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Quem deve ser
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• Mulheres na pós-menopausa e homens > 50 anos:
o Fratura de quadril ou coluna
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Consenso Osteoporose, 2002
Tratamento Não
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Cálcio
• Pré-menopausa:
o 1.000 mg/dia
• Pós-menopausa:
o 1.200 – 1.500 mg/dia
• Cálcio Sandoz
o 500mg 2x/dia
o Ingerir nas refeiçoes
(meio ácido)
o Dispepsia, constipação
intestinal
NOF Guidelines 2010
Tratamento
Tratamento
Farmacológico
Farmacológico
Vitamina D
• Concentração Sérica de 25-hidroxivitamina D (25OHD):
– Ideal > 30 ng/ml
• Complementação
– Vitamina D3 (Colecalciferol) – 800-1200 UI/ dia
– 200UI/gota – 4 a 6 gotas/dia
• Suplementação
• Vitamina D2 50000 UI/sem
• 1000UI/gota – 50 gotas/sem por 3 meses
Tratamento Farmacológico
NOF Guidelines 2010
Consenso Osteoporose, 2002
Tratamento Farmacológico
Tratamento Farmacológico
• Bisfosfonatos
o Durante 5-10 anos
o Alendronato
• 10mg/dia ou 70mg/sem
• Não se alimentar ou deitar por 40 minutos
• Esofagite, úlcera péptica, osteonecrose de mandíbula
o Risedronato, Ibandronato, Ácido Zoledrônico
• Reposição Hormonal
• Raloxifeno
• Análogos do PTH
o Teriparatida
• Ranelato de Estrôncio
NOF Guidelines 2010
Consenso Osteoporose, 2002
Dados após 6 meses decorrentes da fratura
Erika M. Fortes, tese mestrado- resultados
• 13,9% receberam diagnóstico
• 11,6% iniciaram algum tratamento
– cálcio
– tratamento específico
Após fratura de quadril decorrente de osteoporose:
Considerações sobre o diagnóstico e tratamento
Considerações sobre o diagnóstico e tratamento
No momento da 2a. fratura decorrente de osteoporose:
• Apenas 26% dos pacientes tinham diagnóstico de osteoporose
• Apenas 19% recebiam tratamento específico
Löonroos E et al. Osteoporos Int 2007; 18: 1279-1285
Caso Clínico
Caso Clínico
Mulher, 73 anos, com história de lombalgia aguda.
Menopausa aos 44 anos, nunca recebeu TRH.
Relata fratura no rádio aos 70 anos. Mãe com
fratura fêmur aos 75 anos. Radiografia de coluna
lombar revela fratura vertebral em T10.
Densitometria óssea de fêmur mostra escore T=-
1,6.
Qual o manejo adequado para este caso?
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Qual o manejo adequado para este caso?
Avaliação Laboratorial
Avaliação Laboratorial
Exame Diagnóstico ou exclusão da patologia
Calcio elevado Hiperparatireoidismo, metastase óssea
Fosforo baixo Hiperparatireoidismo, osteomalácia
25- OH- vitamina D baixa Def. vit. D, osteomalácia
Fosfatase alcalina elevada Osteomalácia, Doença de Paget
Calciuria de 24h elevada Hipercalciúria
Calciuria de 24h baixa Deficiência de vitamina D
Eletroforese de proteína com pico monoclonal Mieloma Múltiplo
TSH elevado Hipertireoidismo
FSH elevado Menopausa
Testosterona livre diminuída Hipogonadismo masculino
Anti-gliadina, anti-endomísio + Doença Celíaca
PTH intacto elevado Hiperpartireoidismo
Creatinina sérica elevada Insuficiencia renal
Enzimas hepáticas alteradas Insuficiencia hepática
Cortisol livre urina 24h/ Teste de supressão com
dexametasona positivo
Síndrome de Cushing
Fatores de Risco para
Fatores de Risco para
Osteoporose e Fraturas
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• Maiores:
o História pessoal de fratura na vida adulta
o História de fratura em parentes de primeiro grau
o História atual de tabagismo
o Baixo peso (<57kg)
o Uso de glicocorticoide
o Idade avançada
Fatores de Risco para
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Osteoporose e Fraturas
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• Menores:
o Deficiência de estrógeno (menopausa <45a)
o Baixa ingestão de cálcio durante a vida
o Sedentarismo
o Alcoolismo
o Quedas frequentes
o Demência
o Déficit de visão
o Doenças crônicas associadas
Osteoporose induzida por
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corticoide
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• Aumento da reabsorção óssea
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  • 2. Osteoporose: redução da massa óssea deterioração da microarquitetura fragilidade óssea suscetibilidade a fraturas Pinto Neto et al, Rev Bras Reumatol 42:6 343-54 2002 Definição Definição
  • 3. Definição Definição Normal Normal T score > -1 DP T score > -1 DP Osteopenia Osteopenia -1 > T score > -2,5 DP -1 > T score > -2,5 DP Osteoporose Osteoporose T score ≤ -2,5 DP T score ≤ -2,5 DP Osteoporose Osteoporose Estabelecida Estabelecida T score ≤ -2,5 DP e pelo menos uma fratura T score ≤ -2,5 DP e pelo menos uma fratura por fragilidade óssea por fragilidade óssea
  • 4. • No mundo: o 200 milhões de mulheres no mundo o 1/3 das mulheres entre 60 e 70 anos o 2/3 das mulheres acima de 80 anos • No Brasil: o 22,2% - 33,2% das mulheres > 65 anos o 6,4% - 16,1% dos homens > 65 anos Postmenopausal Guidelines, 2006 Camargo MBR et al. Osteoporos Int 2005; 16: 1451-1460 Epidemiologia Epidemiologia
  • 5. Cooper C, Am J Med, 1997;103(2A):12S-17S 40% Incapazes de andar sozinhos 30% Incapacidade permanente 20% Óbito durante 1 ano Um ano após fratura de quadril Pacientes (%) 80% Incapaz de executar pelo menos uma atividade diária Epidemiologia Epidemiologia
  • 6. Classificação Classificação Osteoporose Primária • Tipo I (ou pós-menopausa) o mulheres na pós-menopausa o perda óssea acelerada o acomete osso trabecular Osteoporose Primária • Tipo II (ou senil) – homens e mulheres após 70 anos – perda óssea lenta e progressiva – osso trabecular e cortical
  • 11. Diagnóstico Diagnóstico História Clínica Fatores de risco Exame físico Densitometria óssea Radiografia de coluna torácica e lombar
  • 12. Diagnóstico Diagnóstico Exame físico e história clínica • Identificar fatores de risco: o baixo peso oidade o tabagismo o etilismo o causas secundárias (uso de corticoides, histórico menstrual, etc) o história pessoal ou familiar de fraturas • Avaliar cifose acentuada, perda de estatura, peso Consenso de Reumatologia, 2002
  • 14. Diagnóstico Diagnóstico Laboratório • Hemograma • VHS • Creatinina • Cálcio, Fósforo • Fosfatase alcalina • Calciúria de 24 horas • Urina I • TSH • 25(OH) vitamina D • Paratormônio Radiografia de coluna torácica e lombar (PA e perfil) Consenso de Reumatologia, 2002
  • 15. Radiografia Fratura: Diferença em 20% na altura (anterior, média, posterior) ou 2mm
  • 16. – coluna lombar : L1- L4 – fêmur proximal: • colo de fêmur • fêmur total – antebraço: 1/3 distal Diagnóstico = Densitometria Óssea Densitometria Óssea
  • 17. Densitometria Óssea Densitometria Óssea Raisz; N Engl J Med;353:164-71, 2005.
  • 18. Densitometria Óssea Densitometria Óssea Raisz; N Engl J Med;353:164-71, 2005.
  • 19. Interpretação da Densidade Mineral Óssea World Health Organisation (WHO) T-score Classificação Normal Osteopenia Osteoporose Osteoporose Grave (com fratura por fragilidade) -0.5 -1.0 -1.5 -2.0 -2.5 NOF guideline, 2008
  • 20. Interpretação da Densidade Mineral Óssea Z-score Classificação Densidade mineral óssea normal para a idade Baixa densidade mineral óssea para a idade -2.0 NOF guideline, 2010 Mulheres na pré - menopausa ou homens < 50 anos ou crianças
  • 21. • Todas as mulheres acima de 65 anos • Todos os homens acima de 70 anos • Mulheres na pós menopausa <65 anos ou homens entre 50-69 anos, se fatores de risco • Adultos com doenças ou medicações associadas a baixa massa óssea • Adultos com fratura de fragilidade • Mulheres na pós-menopausa que irão descontinuar a TRH • Monitorização da terapêutica (a cada 2 anos) • Para avaliações sequenciais, utilizar sempre o mesmo aparelho Postmenopausal Guidelines, 2006 ISCD Guidelines NOF Guidelines, 2010 Indicação de Indicação de densitometria óssea densitometria óssea
  • 22. Quem deve ser Quem deve ser tratado? tratado? • Mulheres na pós-menopausa e homens > 50 anos: o Fratura de quadril ou coluna o T <-2,5 o Osteopenia (T entre 1-2,4) • FRAX • Múltiplos fatores de risco NOF Guidelines 2010
  • 23. NOF Guidelines 2010 Consenso Osteoporose, 2002 Tratamento Não Tratamento Não Farmacológico Farmacológico
  • 24. NOF Guidelines 2010 Consenso Osteoporose, 2002 Tratamento Não Tratamento Não Farmacológico Farmacológico
  • 25. Cálcio • Pré-menopausa: o 1.000 mg/dia • Pós-menopausa: o 1.200 – 1.500 mg/dia • Cálcio Sandoz o 500mg 2x/dia o Ingerir nas refeiçoes (meio ácido) o Dispepsia, constipação intestinal NOF Guidelines 2010 Tratamento Tratamento Farmacológico Farmacológico
  • 26. Vitamina D • Concentração Sérica de 25-hidroxivitamina D (25OHD): – Ideal > 30 ng/ml • Complementação – Vitamina D3 (Colecalciferol) – 800-1200 UI/ dia – 200UI/gota – 4 a 6 gotas/dia • Suplementação • Vitamina D2 50000 UI/sem • 1000UI/gota – 50 gotas/sem por 3 meses Tratamento Farmacológico NOF Guidelines 2010 Consenso Osteoporose, 2002
  • 27. Tratamento Farmacológico Tratamento Farmacológico • Bisfosfonatos o Durante 5-10 anos o Alendronato • 10mg/dia ou 70mg/sem • Não se alimentar ou deitar por 40 minutos • Esofagite, úlcera péptica, osteonecrose de mandíbula o Risedronato, Ibandronato, Ácido Zoledrônico • Reposição Hormonal • Raloxifeno • Análogos do PTH o Teriparatida • Ranelato de Estrôncio NOF Guidelines 2010 Consenso Osteoporose, 2002
  • 28. Dados após 6 meses decorrentes da fratura Erika M. Fortes, tese mestrado- resultados • 13,9% receberam diagnóstico • 11,6% iniciaram algum tratamento – cálcio – tratamento específico Após fratura de quadril decorrente de osteoporose: Considerações sobre o diagnóstico e tratamento Considerações sobre o diagnóstico e tratamento No momento da 2a. fratura decorrente de osteoporose: • Apenas 26% dos pacientes tinham diagnóstico de osteoporose • Apenas 19% recebiam tratamento específico Löonroos E et al. Osteoporos Int 2007; 18: 1279-1285
  • 29. Caso Clínico Caso Clínico Mulher, 73 anos, com história de lombalgia aguda. Menopausa aos 44 anos, nunca recebeu TRH. Relata fratura no rádio aos 70 anos. Mãe com fratura fêmur aos 75 anos. Radiografia de coluna lombar revela fratura vertebral em T10. Densitometria óssea de fêmur mostra escore T=- 1,6. Qual o manejo adequado para este caso?
  • 30. Caso Clínico Caso Clínico Mulher, 73 anos, com história de lombalgia aguda. Menopausa aos 44 anos, nunca recebeu TRH. Relata fratura no rádio aos 70 anos. Mãe com fratura fêmur aos 75 anos. Radiografia de coluna lombar revela fratura vertebral em T10. Densitometria óssea de fêmur mostra escore T=- 1,6. Qual o manejo adequado para este caso?
  • 31. Avaliação Laboratorial Avaliação Laboratorial Exame Diagnóstico ou exclusão da patologia Calcio elevado Hiperparatireoidismo, metastase óssea Fosforo baixo Hiperparatireoidismo, osteomalácia 25- OH- vitamina D baixa Def. vit. D, osteomalácia Fosfatase alcalina elevada Osteomalácia, Doença de Paget Calciuria de 24h elevada Hipercalciúria Calciuria de 24h baixa Deficiência de vitamina D Eletroforese de proteína com pico monoclonal Mieloma Múltiplo TSH elevado Hipertireoidismo FSH elevado Menopausa Testosterona livre diminuída Hipogonadismo masculino Anti-gliadina, anti-endomísio + Doença Celíaca PTH intacto elevado Hiperpartireoidismo Creatinina sérica elevada Insuficiencia renal Enzimas hepáticas alteradas Insuficiencia hepática Cortisol livre urina 24h/ Teste de supressão com dexametasona positivo Síndrome de Cushing
  • 32. Fatores de Risco para Fatores de Risco para Osteoporose e Fraturas Osteoporose e Fraturas • Maiores: o História pessoal de fratura na vida adulta o História de fratura em parentes de primeiro grau o História atual de tabagismo o Baixo peso (<57kg) o Uso de glicocorticoide o Idade avançada
  • 33. Fatores de Risco para Fatores de Risco para Osteoporose e Fraturas Osteoporose e Fraturas • Menores: o Deficiência de estrógeno (menopausa <45a) o Baixa ingestão de cálcio durante a vida o Sedentarismo o Alcoolismo o Quedas frequentes o Demência o Déficit de visão o Doenças crônicas associadas
  • 34. Osteoporose induzida por Osteoporose induzida por corticoide corticoide • Aumento da reabsorção óssea • Diminuição da formação óssea