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A violência, seca, fome, abandono político
tomavam conta do Nordeste no final do século
XIX. E assim, devido a todos esses problemas e
mais a pressão religiosa, iniciou-se um grande
problema social, tendo como consequência um
conflito civil.
Este conflito que começou em novembro de
1896, foi liderado por Antônio Conselheiro, que
se dizia ser um enviado de Deus. Com esse
argumento, dizia que fora enviado para acabar
com as diferenças sociais e os ditos pecados
republicanos(casamentos civis e cobrança de
impostos), além de que acreditava que a
República era uma forma do “Anti-Cristo” na
terra.
Canudos em 1897. Fotografia de
Flávio de Barros, fotógrafo do
Exército.
Antônio Conselheiro
Antônio Conselheiro já era uma figura bastante
conhecida nos sertões nordestinos desde a
década de 1870. Era caixeiro de loja e graças a
uma infelicidade pessoal - foi abandonado pela
mulher - partiu para uma vida de eremita,
cruzando o sertão de cima a baixo. Por onde
andava procurava consertar os e melhorar as
igrejas.
A única foto conhecida de Antônio Conselheiro,
místico rebelde e líder espiritual do arraial de
Canudos.
Vida em Canudos
Canudos era uma pequena aldeia que surgiu
durante o século XVIII nos arredores da Fazenda
Canudos, às margens do rio Vaza-Barris. Com a
chegada de Antônio Conselheiro em 1893
passou a crescer vertiginosamente, em poucos
anos chegando a contar por volta de 25 mil
habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o
local de Belo Monte, apesar de estar situado num
vale, entre colinas.
Pintura retratando Canudos antes da
guerra.
Reação contra
CanudosO crescimento de Canudos passou a ser visto,
por diversos grupos da sociedade brasileira,
como uma ameaça. Para alguns membros da
Igreja Católica, Antônio Conselheiro e seus
seguidores representavam um perigo, porque
desviavam os fiéis dessa instituição e da “fé
verdadeira “.
Assim, predominava a versão de que Antonio e
seus seguidores eram “fanáticos religiosos”,
“loucos” e monarquistas.
Mulheres e crianças, seguidoras de Antônio
Conselheiro, presas durante os últimos dias da
guerra.
Guerra de Canudos
A rebelião conhecida como Guerra de Canudos
deu-se em virtude da situação precária em que
vivia a população, sem terra e obrigada a se
submeter aos arroubos dos coronéis. As terras
pertenciam aos grandes proprietários rurais – os
conhecidos coronéis – que as transformaram em
territórios improdutivos.
Coronéis na Guerra de
Canudos
A Guerra do Contestado foi um conflito armado
que ocorreu na região Sul do Brasil, entre
outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito
envolveu cerca de 20 mil camponeses que
enfrentaram forças militares dos poderes federal
e estadual. Ganhou o nome de Guerra do
Contestado, pois os conflitos ocorrem numa
área de disputa territorial entre os estados do
Paraná e Santa Catarina.
Oligarquias, exigindo profundas reformas
republicanas. Derrotados pelas forças oficiais, parte
do grupo formou a Coluna Prestes, que percorreu o
país até 1927.
Antecedentes gerais
 Com o inicio da construção de uma ferrovia que
ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul, em 1890, com
isso muitos sertanejos foram desalojados dessas
terras, perdendo também seu meio de vida.
 Alguns conseguiram trabalho, sob duras
condições, com os fazendeiro locais e, a partir de
1908 em duas empresas estadunidenses que ali
passaram a atuar: a Brazil Railway e sua coligada
Southern Brazil Lamber and Colonization.
 Os problemas sociais e a disputa pela terceira
agravaram-se quando a Brazil Railway, para aumentar
sua receita, passou a contratar trabalhadores em
outros estados para a construção da estrada de ferro,
pagando salários muito baixos.
 Tudo isso fez crescer muito as tensões sociais e
políticas na região.
Cais da ferrovia São Paulo Railway, no bairro do
Valongo, em 1877,
com embarque direto dos vagões para os navios
a vela
A Brazil Railway Company foi uma empresa
ferroviária brasileira que foi criada no início do
século XX, mais precisamente no dia 9 de
novembro de 1906.
Fundação de
PovoadosSem terra e famintos , os sertanejos do
Contestado começaram a se organizar sob a
liderança de um " monge ", Miguel Lucena
Boaventura,conhecido como José Maria.
José Maria reuniu mais de 20 mil sertanejos e
fundou com eles alguns povoados que
compunham a chamada Monarquia
Celeste.Como em Canudos, a "monarquia" do
Contestado tinha um governo próprio e normas
igualitárias,não obedecendo às ordens das
autoridades da República.
Seguidores do monge José
Maria, esperando comida e água
Monge José Maria
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil
eram terreno fértil para o aparecimento de
lideranças religiosas de caráter messiânico. Na
área do Contestado não foi diferente, pois, diante
da crise e insatisfação popular, ganhou força a
figura do beato José Maria. Este pregava a
criação de um mundo novo, regido pelas leis de
Deus, onde todos viveriam em paz, com
prosperidade justiça e terras para trabalhar. José
Maria conseguiu reunir milhares de seguidores,
principalmente de camponeses sem terras.
O monge José Maria ainda hoje é venerado por
descendentes caboclos da região do sul do país
onde ocorreu a Guerra do Contestado.
Combate aos
sertanejosOs sertanejos do Contestado passaram a ser
perseguidos por pessoas a mando dos coronéis-
fazendeiros e dirigentes das empresas estrangeiras
estabelecidas na região,com o apoio de tropas do
governo. O objetivo era destruir a organização
comunitária e expulsar os sertanejos das terras que
ocupavam.
Em novembro de 1912,José Maria foi morto em
combate e "santificado" pelos moradores da região.
Seus seguidores,entretanto,criaram novos núcleos
da Monarquia Celeste ,que depois foram combatidos
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Revolta de canudos (1893 1897)

  • 1.
  • 2. A violência, seca, fome, abandono político tomavam conta do Nordeste no final do século XIX. E assim, devido a todos esses problemas e mais a pressão religiosa, iniciou-se um grande problema social, tendo como consequência um conflito civil. Este conflito que começou em novembro de 1896, foi liderado por Antônio Conselheiro, que se dizia ser um enviado de Deus. Com esse argumento, dizia que fora enviado para acabar com as diferenças sociais e os ditos pecados republicanos(casamentos civis e cobrança de impostos), além de que acreditava que a República era uma forma do “Anti-Cristo” na terra.
  • 3. Canudos em 1897. Fotografia de Flávio de Barros, fotógrafo do Exército.
  • 4. Antônio Conselheiro Antônio Conselheiro já era uma figura bastante conhecida nos sertões nordestinos desde a década de 1870. Era caixeiro de loja e graças a uma infelicidade pessoal - foi abandonado pela mulher - partiu para uma vida de eremita, cruzando o sertão de cima a baixo. Por onde andava procurava consertar os e melhorar as igrejas.
  • 5. A única foto conhecida de Antônio Conselheiro, místico rebelde e líder espiritual do arraial de Canudos.
  • 6. Vida em Canudos Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século XVIII nos arredores da Fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 mil habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.
  • 7. Pintura retratando Canudos antes da guerra.
  • 8. Reação contra CanudosO crescimento de Canudos passou a ser visto, por diversos grupos da sociedade brasileira, como uma ameaça. Para alguns membros da Igreja Católica, Antônio Conselheiro e seus seguidores representavam um perigo, porque desviavam os fiéis dessa instituição e da “fé verdadeira “. Assim, predominava a versão de que Antonio e seus seguidores eram “fanáticos religiosos”, “loucos” e monarquistas.
  • 9. Mulheres e crianças, seguidoras de Antônio Conselheiro, presas durante os últimos dias da guerra.
  • 10. Guerra de Canudos A rebelião conhecida como Guerra de Canudos deu-se em virtude da situação precária em que vivia a população, sem terra e obrigada a se submeter aos arroubos dos coronéis. As terras pertenciam aos grandes proprietários rurais – os conhecidos coronéis – que as transformaram em territórios improdutivos.
  • 11. Coronéis na Guerra de Canudos
  • 12.
  • 13. A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
  • 14. Oligarquias, exigindo profundas reformas republicanas. Derrotados pelas forças oficiais, parte do grupo formou a Coluna Prestes, que percorreu o país até 1927.
  • 15. Antecedentes gerais  Com o inicio da construção de uma ferrovia que ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul, em 1890, com isso muitos sertanejos foram desalojados dessas terras, perdendo também seu meio de vida.  Alguns conseguiram trabalho, sob duras condições, com os fazendeiro locais e, a partir de 1908 em duas empresas estadunidenses que ali passaram a atuar: a Brazil Railway e sua coligada Southern Brazil Lamber and Colonization.  Os problemas sociais e a disputa pela terceira agravaram-se quando a Brazil Railway, para aumentar sua receita, passou a contratar trabalhadores em outros estados para a construção da estrada de ferro, pagando salários muito baixos.  Tudo isso fez crescer muito as tensões sociais e políticas na região.
  • 16. Cais da ferrovia São Paulo Railway, no bairro do Valongo, em 1877, com embarque direto dos vagões para os navios a vela
  • 17. A Brazil Railway Company foi uma empresa ferroviária brasileira que foi criada no início do século XX, mais precisamente no dia 9 de novembro de 1906.
  • 18. Fundação de PovoadosSem terra e famintos , os sertanejos do Contestado começaram a se organizar sob a liderança de um " monge ", Miguel Lucena Boaventura,conhecido como José Maria. José Maria reuniu mais de 20 mil sertanejos e fundou com eles alguns povoados que compunham a chamada Monarquia Celeste.Como em Canudos, a "monarquia" do Contestado tinha um governo próprio e normas igualitárias,não obedecendo às ordens das autoridades da República.
  • 19. Seguidores do monge José Maria, esperando comida e água
  • 20. Monge José Maria Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
  • 21. O monge José Maria ainda hoje é venerado por descendentes caboclos da região do sul do país onde ocorreu a Guerra do Contestado.
  • 22. Combate aos sertanejosOs sertanejos do Contestado passaram a ser perseguidos por pessoas a mando dos coronéis- fazendeiros e dirigentes das empresas estrangeiras estabelecidas na região,com o apoio de tropas do governo. O objetivo era destruir a organização comunitária e expulsar os sertanejos das terras que ocupavam. Em novembro de 1912,José Maria foi morto em combate e "santificado" pelos moradores da região. Seus seguidores,entretanto,criaram novos núcleos da Monarquia Celeste ,que depois foram combatidos e destruídos por forças do Exército brasileiro.