2. UNIDADE I:
Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
Evolução histórica da sistematização da assistência
de enfermagem;
Visita domiciliar, suas particularidades, finalidades
e benefícios
Cuidados paliativos
A morte e o enfermeiro diante do paciente terminal
e família.
Fatores que dificultam o uso da sistematização da
assistência de enfermagem
3. Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
A Atenção Domiciliar proporciona um cuidado ligado
diretamente à estrutura familiar, à infraestrutura do domicílio
e à estrutura oferecida pelos serviços para esse tipo de
assistência. Dessa forma, evita-se hospitalizações
desnecessárias ao paciente diminuindo risco de infecções.
A desospitalização é uma tendência mundial, já que o
atendimento domiciliar equivale ao prestado pelo hospital,
com a vantagem de ser feito no domicílio, além de ser uma
alternativa melhor para a recuperação do paciente do que
um período prolongado de internação hospitalar. A
assistência passa a ser feita por uma equipe de saúde
formada por Médicos, Enfermeiros, Nutricionistas,
Fisioterapeutas e outros profissionais.
4. Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
O atendimento domiciliar (AD) no contexto do
Brasil inicia se como uma opção para a internação
hospitalar devido a superlotação, assim, em meados
de 1990 surge um processo de municipalização onde
os serviços de AD adotam caráter municipal e
territorial, além do crescimento dos serviços de
Home Care nas redes particulares. Tendo em vista o
desenvolvimento e as necessidades desse tipo de
atenção, em 2002 é aprovada a Lei 10.424 que
regulamenta a atenção domiciliar no âmbito do
sistema único de saúde (SUS).
5. Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
Posteriormente em 2011 o Ministério da
Saúde reúne um grupo de trabalho com profissionais
de áreas técnicas e representantes de experiências
locais, que ao findar de seus trabalhos apresenta
como produto a criação do Programa Melhor em
Casa (PMC) que por sua vez visa a amplificação e
qualificação do AD no dentro do SUS. (BRASIL,
2014).
6. A enfermagem domiciliar é um atendimento especializado e
individualizado feito por enfermeiro(a), em que o paciente pode receber
tratamento diretamente em sua casa. Assim, em alguns casos, os procedimentos
podem ser realizados no conforto do lar, sem a necessidade de se deslocar.
Esse tipo de tratamento é recomendado para:
• Crianças;
• Idosos;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas com doenças crônicas;
• Cuidados paliativos;
• Entre outros
Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
7. Além de atender as necessidades mais básicas do paciente, o
enfermeiro pode realizar procedimentos, tais como:
• Aplicação de medicamentos;
• Passagem de sondas;
• Retirar pontos;
• Lavagem intestinal;
• Realizar curativos;
• Tratar lesões de pele;
• Realizar banhos;
• Demais cuidados de enfermagem
Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
8. Benefícios da enfermagem domiciliar:
• Menor risco de contaminação
• Recuperação mais rápida
• Maior conforto para o paciente e para sua família
Para prestar o cuidado domiciliar, não desconsiderar os princípios que
orientam a Atenção Domiciliar:
• abordagem integral à família;
• consentimento da família, participação do usuário e existência do
cuidador;
• trabalho em equipe e interdisciplinaridade;
• estímulos a redes de solidariedade.
Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
9. O perfil do paciente apto para receber a enfermagem domiciliar,
normalmente, tem as seguintes condições:
• acamados e impossibilitados de deslocamento aos hospitais,
• com indicação de tratamento de lesões e feridas,
• com indicação técnica para cuidados paliativos,
• com indicação de tratamento de antibióticos injetáveis,
• com problemas de saúde controlado e que possuam possibilidade de
continuidade do tratamento em domicílio,
• com necessidade de aparelhos para suporte de vida e
oxigenioterapia.
Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
10. §3º A atenção domiciliar de Enfermagem pode ser executada no
âmbito da Atenção Primaria e Secundária, por Enfermeiros que atuam
de forma autônoma ou em equipe multidisciplinar por instituições
públicas, privadas ou filantrópicas que ofereçam serviços
de atendimento domiciliar.
Atendimento e assistência domiciliar – seus
conceitos, caracterização e finalidades
11. Evolução histórica da sistematização da assistência
de enfermagem
• A primeira manifestação da sistematização da
assistência de enfermagem foi registrada no início do
século XX, com os primeiros manuais de técnicas
de enfermagem produzido nos Estados Unidos, neles
eram encontrados os procedimentos técnicos e
materiais a serem utilizados.
• o surgimento da enfermagem moderna, com Florence
Nightingale (1820–1919), seu alvorecer cientifico com
as teorias de enfermagem e, finalmente, a implantação
da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).
• É uma atividade privativa do Enfermeiro. No Brasil foi
desenvolvido no ano de 1970 pela Enfermeira Wanda
Horta.
12. • A assistência da Enfermagem baseia-se em
conhecimentos científicos e métodos que
definem sua implementação. Assim, a
sistematização da assistência de enfermagem
(SAE) é uma forma planejada de prestar
cuidados aos pacientes.
• Os componentes ou etapas dessa sistematização
variam de acordo com o método adotado, sendo
basicamente composta por levantamento de
dados ou histórico de enfermagem, diagnóstico
de enfermagem, plano assistencial e avaliação.
Evolução histórica da sistematização da assistência
de enfermagem
13. Sistematização da Assistência de Enfermagem e
Processo de Enfermagem
• A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é o que organiza
o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos,
tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem
(PE).
• Existem diversas formas de sistematizar (organizar/ ordenar) a
assistência, para torná-la segura, assim temos os protocolos, a escala
de funcionários diária, os fluxos, o processo de enfermagem são formas
de sistematizar/ organizar a assistência de enfermagem.
• O Processo de enfermagem é uma ferramenta metodológica utilizada
para tornar a assistência de enfermagem sistemática, organizada em
fases, com o objetivo de orientar o cuidado profissional de
enfermagem, de promover a qualidade no cuidado prestado.
14. Processo de Enfermagem
• O processo de enfermagem é uma atividade intelectual, que quando
realizada de maneira adequada, contribui para o fortalecimento da
profissão enquanto ciência, pois passamos do cuidado empírico
(realizado pelo “achismo” ou intuição), para o cuidado baseado em
evidências.
• Este trabalho intelectual é o que norteia o raciocínio clínico e a
tomada de decisão diagnóstica, de resultados e de intervenções.
• A utilização desta ferramenta possibilita a documentação dos dados
relacionada às etapas do processo, favorecendo a visibilidade das
ações de enfermagem e, consequentemente, da sua relevância na
sociedade.
15. As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
Segundo a Resolução COFEN 358/2009, o PE se organiza em 5
etapas:
• Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de
Enfermagem);
• Diagnóstico de Enfermagem;
• Planejamento de Enfermagem;
• Implementação e;
• Avaliação de Enfermagem.
16. 1. Histórico de enfermagem (HE) ou Coleta de Dados
É constituído por entrevista e exame físico. A entrevista
investigará a situação de saúde do cliente ou da comunidade,
identificando os problemas e necessidades de intervenções. Já
o exame físico consiste na inspeção, palpação, percussão e
ausculta, que necessita de conhecimento teórico e habilidades
técnicas apropriadas para sua realização.
As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
17. 2. Diagnóstico de Enfermagem
Nesta fase, o enfermeiro analisa os dados coletados e o
estado de saúde do individuo, através da identificação e
avaliação de problemas de saúde presentes ou em potencial.
Os diagnósticos serão elaborados de acordo com os
protocolos da instituição, os mais utilizados são:
NANDA e
CIPE.
As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
18.
19. 2. Diagnóstico de Enfermagem
As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
20. 3. Planejamento de Enfermagem
É determinado os resultados esperados, de maneira específica e
identificado as intervenções necessárias para alcançar os resultados.
As intervenções elaboradas devem ser direcionadas para
alcançar os resultados esperados e prevenir, resolver ou controlar as
alterações encontradas durante o histórico de enfermagem e
diagnóstico de enfermagem.
As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
22. 4. Implementação de Enfermagem
Trata-se da concretização do plano assistencial, realização das
ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de
Enfermagem.
De acordo com Neto e Ramos (2004), a implementação da SAE
nas unidades de saúde, e principalmente a nível hospitalar, valoriza o
trabalho do enfermeiro, proporciona melhoria no atendimento aos
clientes, consequentemente, salto de qualidade na assistência
prestada.
As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
23. 5. Avaliação de Enfermagem
Processo sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas
respostas da pessoa, família ou coletividade em um determinado momento
do processo saúde-doença, para determinar se as ações ou intervenções de
enfermagem alcançaram o resultado esperado; e verificação da necessidade
de mudanças ou adaptações em alguma das etapas do Processo de
Enfermagem.
São utilizados indicadores para qualificação de avaliação:
• Ausente ou Presente;
• Melhorado ou Piorado;
• Mantido ou Resolvido.
Nesta etapa está a evolução de enfermagem, que é a avaliação do paciente a
cada 24 horas.
As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
24.
25. O processo de enfermagem é
competência exclusiva do Enfermeiro a
realização da consulta de enfermagem,
segundo a Lei n. 7.498/86, que dispõe
sobre o exercício da enfermagem e o
“Guia de recomendações para registros
de enfermagem no prontuário do
paciente”, que foi aprovado pela
Resolução COFEN nº 514/2016, que
compreende as cinco fases descritas
anteriormente.
As Fases do Processo de Enfermagem (PE)
26.
27. Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE)
O Art. 1º da Resolução COFEN 358/2009,
discorre que o Processo de Enfermagem deve ser
realizado, de modo deliberado e sistemático, em
todos os ambientes, públicos ou privados, em que
ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
Segundo a mesma resolução, a Sistematização
da Assistência de Enfermagem também é obrigatória,
uma vez que sistematizar a assistência organiza o
trabalho profissional, por meio de protocolos,
instrumentos e pessoal, tornando possível a
operacionalização do processo de Enfermagem.
28. Fatores que dificultam o uso da sistematização da
assistência de enfermagem
As dificuldades em relação à
implantação da SAE estão relacionadas a
fatores que interferem tanto na aplicação
do PE (Processo de Enfermagem) quanto
na SAE.
Esses fatores são, em sua maioria,
tanto de origem organizacional (política,
normas e objetivos do serviço), como
profissionais (atitudes, crenças, valores e
habilidades técnicas e intelectuais).
29. Fatores que dificultam o uso da sistematização da
assistência de enfermagem
A implantação da SAE é
considerada um desafio, tanto para o
gerenciamento da assistência quanto
para o enfermeiro, pois exige empenho
e criatividade para a sua elaboração e
execução. Uma vez que os enfermeiros
não têm a SAE estruturada, eles têm
que criar um instrumento de forma
fragmentada visando sua a realidade, o
que dificulta a sua perfeita
implementação.