O documento descreve a história e conceito de hospitais, classificando-os de acordo com porte, especialidades, modelo de gestão e outros fatores. Também discute a organização de hospitais, incluindo serviços, fluxos de pacientes e papel do gestor hospitalar.
2. Palavra de origem do latim “hopes” – hospede, que significa “ lugar em que há
pessoas hospedadas”. Foram diversas definições de hospital dadas ao longo dos
tempos na tentativa de conceituar mais amplamente possível este ambiente
fundamental no restabelecimento da saúde perdida.
3. Histórico no Brasil
1543 – Primeiro hospital do Brasil e da América do Sul – Santa Casa de
Misericórdia de Santos;
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6. “ Os hospitais estão entre os organismos mais complexos de serem administrados.”
Nos hospitais estão reunidos vários serviços e situações simultâneas:
Hospital é hotel
Lavanderia, zeladoria e limpeza
Serviços médicos e apoio médico
Restaurante
Vigilância
Engenharias (civil, elétrica, refrigeração, clínica, produção etc)
Recursos humanos altamente especializados VS pouco especializados
Relacionamento com consumidor.
11. Especialidades
Geral – Destinado a prestar assistência nas quatro especialidades médicas básicas, clínica médica,
clinica cirúrgica, clínica gineco-obstétrica e clínica pediátrica.
Especializado – Com assistência em especialidades como maternidade, neurocirurgia, ortopedia, etc.
Número de Leitos
De acordo com seu número de leitos, o hospital pode ser classificado em porte:
Pequeno – até 50 leitos;
Médio – de 51 a 150 leitos;
Grande – de 151 a 500 leitos;
Porte Especial para acima de 500 leitos.
12. De acordo com a permanecia da clientela
Hospital dia
Hospital de curta permanência
Hospital de longa permanência
Hospital de crônicas
13. Corpo Clínico
Aberto: os médicos não são necessariamente funcionários da instituição;
Fechado: apenas os médicos contratados podem atender aos leitos;
15. Leitos hospitalares
Mínimo – 2,5 leitos/1.000 habitantes
Máximo – 3 leitos/1.000 habitantes
Leitos de UTI
Mínimo – 4% dos leitos hospitalares
Máximo – 10% dos leitos hospitalares
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18. A Organização Hospitalar (assistência/ensino/pesquisa)
As Instituições de Saúde podem possuir em suas dependências:
I - Unidades Ambulatoriais e;
II - Unidades de Internação.
I – Unidade Ambulatorial: destina-se a atender a população na modalidade de consulta médica geral ou especializada,
podendo ser estruturado da seguinte forma:
- Consultórios,
- Sala de curativos / Sala de gesso / Sala de reanimação,
- Sala de aplicação de medicamentos / Sala de triagem,
- Sala de inalação / Sala de sutura / Sala de observação,
- Sala cirúrgica ambulatorial,
- Unidade de URGÊNCIA e EMERGÊNCIA.
*URGÊNCIA: Constatação médica de condições do paciente, imprevista, de agravo à saúde sem risco potencial de vida,
exigindo tratamento médico de imediato.
*EMERGÊNCIA: Constatação médica de condições do paciente que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento
intenso, exigindo tratamento médico de imediato.
19. II – Unidade de Internação: destina-se a promover a internação de pacientes adultos e infantis em ambientes
individuais em apartamentos ou enfermarias conforme faixa etária, patologia, sexo, e intensidade de cuidados,
podendo ser estruturado da seguinte forma:
- Enfermaria / Apartamento / Berçário;
- Isolamento / UTI / SADT
- Centro Cirúrgico / Centro Obstétrico;
- Recepção / Posto de enfermagem;
- Expurgo / Rouparia / Equipamentos;
- Necrotério / Abrigo de Resíduos Sólidos / Higienização,
- Monta Cargas / Elevadores / Farmácia / Banco de sangue,
- Área de circulação / Manutenção / Faturamento,
- Diretoria / Tesouraria / Telefonista / Guias.
- Contabilidade
20. Fluxos
INTERNAÇÃO:
A internação é a admissão do paciente para ocupar um leito hospitalar por 24 horas ou mais.
Para ele isso significa a interrupção do curso normal de vida e a convivência temporária com
pessoas estranhas e em ambiente não familiar. Muitas vezes este fato representa a perda da
privacidade, sensação de insegurança, medo e abandono.
O internamento é feito em três circunstâncias:
• Emergência
• Urgência
• Eletivo.
24. Qualidade hospitalar – Acreditação (ONA)
Nível 1: Acreditado (atende aos requisitos básicos)
Nível 2: Acreditado Pleno (requisitos básicos mais procedimentos
padronizados)
Nível 3: Acreditado com excelência (requisitos básicos, procedimentos
padronizados mais indicadores)
25. Vantagens da acreditação hospitalar
Critérios e objetivos concretos e consistentes
Adaptada à realidade brasileira
Ferramenta para motivar e disseminar a qualidade
Segurança para os pacientes e profissionais
Reduz os riscos
Acrescenta valor à imagem da Instituição
Estratégia que agrega um diferencial em relação à concorrência
26. Na área hospitalar, as cores são importantes na organização das
instalações, como no caso de gases, facilitando a orientação para sua
utilização e manutenção.
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29. Para identificar os diversos tipos de resíduos sólidos:
Azul - papel
Amarelo - metal
Verde - vidro
Vermelho - plástico
30. Efeitos subjetivos de algumas cores em ambiente hospitalar
Cor Efeito de distância Efeito de temperatura Disposição psíquica
Azul Distância Frio Tranquilizante
Verde Distância Frio a neutro Muito tranqüilizante
Vermelho Próximo Quente Muito irritante e
intranquilizante
Laranja Muito próximo Muito quente Estimulante
Amarelo Próximo Muito Quente Estimulante
Marrom Muito próximo Contenção Neutro Estimulante
Violeta Muito próximo Muito próximo Agressivo
intranquilizante,
desestimulante
31. Os critérios que conduzem a uma nova gestão hospitalar são:
a orientação ao usuário e o avanço contínuo da procura por excelência e autoridade
responsável no contexto de coordenação e integração em redes, acompanhados por
elementos estratégicos, tais como participação social, transparência e responsabilidade
no desenvolvimento das políticas públicas (SCARPI, 2014).
Sejam públicos ou privados, é necessário que os hospitais possuam um perfil com postura
empreendedora, baseada no entendimento das organizações como conjuntos de
elementos que interagem entre si para a realização de um objetivo comum, mantendo
interrelação com o ambiente (CATELLI et al, 2001).
32. O Gestor Hospitalar: capaz de gerenciar de forma eficiente a complexidade das
atividades das instituições de saúde, adquirindo autonomia no processo de
aquisição e disseminação do conhecimento para ser um agente multiplicador
apto a resolver questões internas e externas da organização e suas relações
humanas, sociais e tecnológicas.
As instituições de assistência à saúde são compostas pelos mais diversos
setores, com equipes multidisciplinares e demandas muito especificas o que
torna a Gestão Hospitalar complexa e única.
GESTOR HOSPITALAR
33. Características de um bom gestor hospitalar
1) Médico
2) Formação clínica/cirúrgica
3) Experiência profissional
4) Especialização em gestão de serviços de saúde
5) Conhecimento intermediário/avançado de técnicas administrativas
6) Conhecimento básico de economia
7) Conhecimento básico de contabilidade/apuração de custos
8) Noções de direito sanitário
9) Proatividade
10) Capacidade de trabalhar em equipe
11) Capacidade de atribuir funções e responsabilidades
12) Bom relacionamento pessoal e profissional]
13) Capacidade de ouvir, observar, planejar e executar
14) Liderança
15) Humildade