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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Discente: Letícia Rodrigues1
RESUMO
O presente trabalho aborda como o Relacionamento Interpessoal entre colaboradores e
gestores interferem na organização. Através de duas análises serão demonstrados fatores que
levam os indivíduos a motivação ou desmotivação em seu contexto organizacional. Assim
ficarão explícitas como as relações interpessoais afetam o ambiente de trabalho, influenciando
o comportamento humano e, conseqüentemente, alterando os resultados da empresa de forma
positiva ou negativa.
Palavras-Chave: Relacionamento Interpessoal. Motivação/desmotivação. Ambiente
organizacional.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Silva et al. (2008), um bom Relacionamento Interpessoal dentro do
contexto organizacional pode levar a motivação ou desmotivação de todo um grupo.
Numa empresa faz-se necessário que haja uma boa comunicação entre toda a equipe,
se não houver diálogo haverá baixa produtividade afetando os resultados da empresa.
As organizações devem estar atentas ao clima organizacional2
. Promover um bom
Relacionamento Interpessoal é investir no próprio desempenho, pois são as pessoas que
agregam valor a uma instituição.
Zamboni (2012), declara que a motivação aumenta a produtividade e a lucratividade
das organizações. Segundo ele colaboradores desmotivados executam tarefas com
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Letícia Rodrigues, discente do curso de graduação em Processos Gerenciais pela FAETERJ – Faculdades
de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro – lekasepulvida@yahoo.com.br
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Uma pesquisa de Clima Organizacional proporciona a análise da organização a respeito do seu ambiente,
assim como sobre o conjunto de condições que caracterizam o estado de (in) satisfação dos empregados na
empresa. MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. A Importância Da Análise Do Clima Organizacional.
Universidade Federal do Rio Grande – FURG – 2012. Disponível em: <http: administradores.com.br/4940/>
Acesso em: 11 de novembro de 2012.

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pensamento voltado para seus problemas pessoais, gerando assim uma baixa capacidade de
concentração e uma diminuição na produção.
Em suma, será apresentado neste artigo como o Relacionamento Interpessoal interfere
nas organizações levando-as ao sucesso. Serão analisados quais fatores motivam ou não os
indivíduos e como se dá o processo de Relacionamento Interpessoal entre o grupo onde estes
estão alocados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um dos grandes desafios das organizações é despertar o interesse pelos valores
humanos, iniciando pela capacidade de se relacionar bem uns com os outros.
O termo “relações humanas” tem se referido às relações interpessoais, podendo
ocorrer entre uma pessoa e outra, entre marido e mulher, vendedor e comprador, aluno e
professor, empregados e chefia de uma empresa.
O relacionamento interpessoal se refere, no contexto desta pesquisa, ao ambiente
organizacional e aos fatores que levam a motivação ou desmotivação dos indivíduos que
compõe essas organizações. No intuito de gerar e manter motivação é preciso desenvolver
atributos relacionados à interação entre os colaboradores.
Para Silva et al. (2008), a dinâmica organizacional é complexa, pois envolve pessoas
que têm opiniões próprias, personalidades, crenças, valores e sentimentos distintos. A soma
de tudo isso forma a cultura organizacional3
.
Segundo Zamboni (2012), nos tornamos seres humanos a partir do convívio com os
outros, ou seja, o indivíduo surge e se desenvolve a partir de relacionamentos ocorridos em
seu processo de socialização. Assim, dentro do sistema organizacional, busca saber como
essas relações afetam a produtividade desses indivíduos.
Ainda, Segundo Zamboni (2012), desgastes nas relações interpessoais resultam em
deterioração inter e intra-organizacionais.
O relato de Bergamini (2006 apud Zamboni, 2012), diz:
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A cultura organizacional molda atitudes e comportamentos dos colaboradores, ao mesmo tempo em que
influencia o modo como a organização interage com seu ambiente. Seguindo para uma estabilidade, mas admiti
mudanças de forma lenta, que vão incorporando novos elementos e experiências. MISSIUNAS, Rafael de
Carvalho. A Importância Da Análise Do Clima Organizacional. Universidade Federal do Rio Grande –
FURG – 2012. Disponível em: <http: administradores.com.br/4940/> Acesso em: 11 de novembro de 2012.

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“As pessoas precisam se relacionar da maneira mais produtiva possível para
alcançarem os objetivos comuns. Quando essa interação é alcançada,
percebe-se a existência daquilo que muitos autores chamam de sinergia,
onde o todo é mais que a simples soma das partes, ampliando assim, as
forças individuais e obtendo-se maior eficácia do todo.”
Logo, percebe-se que os relacionamentos interpessoais dependerão das realizações e
satisfações das necessidades individuais, mas também que muitas vezes o ser humano se
comporta de forma dualista, podendo cooperar diante de uma situação ou competir, sentindo
que seus objetivos estão ameaçados por outros do grupo.
Quando todos se relacionam num clima de união e laços de amizade, o trabalho é mais
rentável, havendo probabilidade de maior empatia entre os colaboradores e um maior
comprometimento aos resultados.
No artigo Silva et al. (2008), uma pesquisa revelou que 72,5 % dos colaboradores
estão satisfeitos com o nível de relacionamento na organização, mas 27,5 % demonstraram
não estarem satisfeitos.
Segundo os autores, os motivos que fazem com que as pessoas não se sintam bem dentro
de sua equipe de trabalho são:
falta de diálogo
inveja
gestor agressivo
De acordo com esse estudo, estes são fatores fundamentais para alcançar um bom
resultado em termos de motivação e produtividade.
A ausência de diálogo, agressividade, falta de atenção, preconceitos, ataques pessoais,
impaciência, desrespeito, assédio sexual, podem impulsionar a insatisfação e frustrações
principalmente quando se dá por parte da chefia imediata.
Zamboni (2012), diz que é necessário estabelecer a confiança dentro das relações que
envolvem superiores e colaboradores, isso contribui significativamente para o aumento da
eficiência organizacional. O autor afirma que a confiança interpessoal possui um papel de
mediação e está diretamente relacionada a vários elementos da gestão, tais como o
compartilhamento de informações, redução de conflitos, satisfação e motivação dos
empregados, eficiência e desempenho superior.
Silva et al. (2008), identificou em sua pesquisa que:
“A forma de ser, pensar e agir influencia diretamente os
relacionamentos em todas as organizações. Se for instaurado um clima
harmônico, positivo e de respeito, pode-se ter de volta um ambiente sadio e

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sem grandes turbulências. Se ao invés disso, criar um ambiente negativo,
competitivo e “pesado”, possa-se colher inimizades, antipatia e
desconfiança, impactando diretamente os resultados, desempenho,
crescimento profissional e organizacional. À medida que o colaborador
trabalha mal humorado, este pode perder o foco da cooperação e integração
grupal, dificultando ainda mais a comunicação e a motivação das pessoas. Se
ao invés disso usar de maturidade, autoconhecimento e bom senso nas ações
pode-se elevar a auto-estima e participação, colaborando para um ambiente
de troca e crescimento.”
O relacionamento interpessoal é, sem sombra de dúvida, um dos fatores que
influenciam positivamente no dia-a-dia e no desempenho de um grupo, cujo resultado
depende de parcerias internas para obter melhores ganhos e conquistas no mercado
empresarial.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho abordou a forma como as relações interpessoais, afetam a
dinâmica do grupo e o resultado das organizações.
Ao concluir esse artigo percebo que os temas analisados e os conteúdos estudados
durante essa pesquisa, mostram o quão importante é estabelecer um diálogo a fim de manter
relações interpessoais saudáveis. Dessa forma as organizações crescem e alcançam suas metas
através da valorização do indivíduo que é o verdadeiro valor produtivo dentro de uma
organização.
Entretanto, se este colaborador estiver desmotivado a empresa não aumenta seu lucro,
nem sua produtividade.
Entender como manter esta motivação é tarefa para o gestor, que deve estar
constantemente alinhado ao perfil de seu grupo e a cultura de sua empresa. O líder não deve
ignorar a dificuldade de seus liderados e muito menos agir com indiferença aos conflitos que
surgirem. Participar ativamente e solidariamente da rotina de seus colaboradores é primordial
para criar um vínculo de confiança entre chefes e empregados.
Considerando o momento histórico atual, no qual o cenário se mostra cada vez mais
competitivo, em um ambiente em transformações operacionais constantes, há que se pensar e
reavaliar a forma de se fazer uma gestão organizacional mais eficaz e eficiente.
Aceitar algo pronto não é satisfatório para nenhuma das partes, colaborador e organização,
é preciso reinventar novas técnicas para atender a demanda que a globalização nos impõe.

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada à administração de empresas:
Psicologia do comportamento organizacional. São Paulo: Atlas, 2006 apud ZAMBONI,
Cássia Regina. Análise do impacto do Relacionamento Interpessoal no desempenho das
pessoas nas organizações: Um estudo de caso. Revista de Administração de Roraima –
RARR, Universidade Federal de Roraima, Ed 2, Vol. 1, p 159-177, - Boa Vista 1º Sem 2012.
Disponível em: <http://revista.ufrr.br/index.php/adminrr/article/view/770> Acesso em:
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
MISSIUNAS, Rafael de Carvalho. A Importância Da Análise Do Clima Organizacional.
Universidade Federal do Rio Grande – FURG – 2012. Disponível em: <http:
administradores.com.br/4940/> Acesso em: 11 de novembro de 2012.
SILVA, Danielly Magalhães; NUNES, Leandro de Azevedo; ARAGÃO, Nelma Araujo;
JUCHEM, Dionise Magna. A importância do Relacionamento Interpessoal no Contexto
Organizacional. V CONVIBRA - Congresso Virtual Brasileiro de Administração, 2008.
Disponível em: <http://www.convibra.com.br/2008/artigos/289_0.pdf> Acesso em: segunda-
feira, 05 de novembro de 2012
ZAMBONI, Cássia Regina. Análise do impacto do Relacionamento Interpessoal no
desempenho das pessoas nas organizações: Um estudo de caso. Revista de Administração
de Roraima – RARR, Universidade Federal de Roraima, Ed 2, Vol. 1, p 159-177, - Boa Vista
1º Sem 2012. Disponível em: <http://revista.ufrr.br/index.php/adminrr/article/view/770>
Acesso em: segunda-feira, 12 de novembro de 2012

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COMPETÊNCIAS:
Proporcionar a boa convivência entre colaboradores e gestores;
Garantir comunicação entre os setores da empresa;
Promover estima e empatia entre funcionários e líderes;
Somar confiança entre as hierarquias da empresa;
Aumentar a lucratividade e produtividade nos resultados da empresa.
AÇÕES:
Promover dinâmicas de grupo que aproximem as equipes;
Monitorar os conflitos, quando estes surgirem, dentro do grupo;
Enfrentar as questões que desestimulam os funcionários;
Agir com empatia;
Elogiar sempre que possível.