O documento descreve a criação da primeira faculdade de arquitetura brasileira, a Academia Imperial de Belas Artes, fundada no Rio de Janeiro em 1826. A academia foi projetada pelo arquiteto francês Grandjean de Montigny como parte da Missão Artística Francesa de 1816, que trouxe influências neoclássicas para a arquitetura brasileira. Montigny e outros arquitetos formados na academia projetaram importantes edifícios para a corte imperial no estilo neoclássico.
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
Resenha: Academia Imperial de Belas Artes
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ
ARQUITETURA E URBANISMO
IZIS FERREIRA PAIXÃO
RESENHA
ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES: SUA CRIAÇÃO E SEUS ARQUITETOS
HOIRISCH, Marisa Hoirisch e Rosina Trevisan M. Ribeiro
SANTO ANDRÉ – SP
2017
2. CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ
ARQUITETURA E URBANISMO
Disciplina: História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo
Prof.: Enrique Staschower
Aluna: Izis Ferreira Paixão RA: 718682
RESENHA
ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES: SUA CRIAÇÃO E SEUS ARQUITETOS
HOIRISCH, Marisa Hoirisch e Rosina Trevisan M. Ribeiro
SANTO ANDRÉ – SP
2017
3. RESENHA
HOIRISCH, Marisa; Arquiteta; RIBEIRO, Rosina Trevisan M.; Academia Imperial de
Belas Artes: sua criação e seus arquitetos (pg – 252 a 271)- Universidade
Federal do Rio de Janeiro; Rio de Janeiro; Brasil – 2010.
Por Izis Ferreira Paixão, estudante de Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário Fundação Santo André
Com o intuito da divulgação sobre o histórico da primeira faculdade de
arquitetura brasileira, cujo o principal percussor foi o renomado arquiteto francês
Grandjean de Montigny que com sua abordagem neoclássica reformulou a paisagem
carioca, reconfigurando o cenário imperial para o mundo civilizado, o artigo
contextualiza esse período de transformações com a vinda da família real e a corte
ao Brasil em 1808, ocupando edifícios e até mesmo residências de moradores.
Segundo as autoras, após a mudança de colônia para Império, o Rio de
Janeiro passou por diversas mudanças políticas, sociais e econômicas, uma vez que
passou a ser cenário de grandes celebrações reais e movimentação em seus portos,
no entanto, as cidades se desenvolviam de forma lenta e uma vez que não haviam
escolas grande parte da população era analfabeta.
Como solução, o príncipe regente decidiu criar um centro de aprendizagem
artística e técnico-profissional com o intuito de civilizar e transformar a nova capital,
uma revolução artística que ficou conhecida como a Missão Artística Francesa,
desembarcando no Brasil em 1816 trazendo diversos artistas e artífices,
desprotegidos após a restauração francesa (HOIRISCH, RIBEIRO, p. 256, 2010).
Entre os ilustres profissionais, se encontrava Auguste Henri Victor Grandjean
de Montigny, prestigiado arquiteto francês que iria comandar a arquitetura
acadêmica em solo brasileiro. Assim que se estabeleceu no novo pais, o arquiteto foi
encarregado de projetar a futura Academia Imperial de Belas Artes, concluída em
1826, mas que recebeu outros fins até que uma década mais tarde recebeu o curso
de Arquitetura, dada a demora das condições intelectuais locais e a não-aceitação
da cultura francesa por parte dos integrantes lusos da corte real. Segundo
HOIRISCH e RIBEIRO (2010 apud ROCHA-PEIXOTO, 2000b, p.61), após a vinda
da Missão Francesa, podia-se dividir a arquitetura brasileira em duas: as
construções de origem portuguesa e de influência francesa.
As opiniões são controvérsias em relação aos benefícios da introdução
artística francesa. Alguns autores, como Darcy Ribeiro (apud ROCHA-PEIXOTO,
2000b, p.45) a enxergam como uma interrupção na magnifica produção barroca que
poderiam ter perpetuado e produzido diversas outras obras se não fosse a vinda da
Missão Francesa. Já o autor citado SANTOS, alega que as construções civis em
Lisboa após o terremoto já esboçavam características neoclássicas, antes de chegar
ao Brasil e também antes da chegada da corte portuguesa, já com os arquitetos
portugueses Manuel da Costa e José da Costa e Silva, em 1808.
4. O neoclassicismo foi o estilo arquitetônico escolhido como propagando do
Império em solo brasileiro, que junto com suas fundamentações racionais e
funcionais demonstravam o poder e a modernidade no período oitocentista.
Grandjean de Montigny foi o grande percussor dessa arquitetura, realizando
diversos projetos arquitetônicos e efêmeros para a corte. Alguns que se pode citar
são o Templo Consagrado de Minerva, antiga Praça do Comércio do Rio de Janeiro
e a sua casa, hoje conhecida como Solar de Montigny, na Gávea, reunindo aspectos
nacionais (varandas) e colunas gregas (HOIRISCH, RIBEIRO, p. 263, 2010).
O emprego dessa arquitetura – uma mescla dos ensinamentos de Montigny
Beaux-Arts com o da Academia Francesa de Belas Artes em Roma – era uma
ferramenta de civilizar e criar costumes cortesãos e de proporcionar a alta corte
construções condizentes à sua posição.
Os arquitetos derivados desses ensinamentos acadêmicos, pode-se citar o
arquiteto Manuel de Araújo Porto-Alegre, realizaram projetos de reformas, projetos
de edifícios civis e de arquitetura efêmera no Rio de Janeiro, como a antiga sede do
Banco do Brasil e da Alfandega; o matemático e engenheiro José Maria Rebello,
responsável pela obra do Hospital-geral da Santa Casa da Misericórdia (1852) e o
Hospício de São Pedro II (1852) juntamente com engenheiro-militar Joaquim
Cândido Guillobel, autor do Palácio Imperial de Petrópolis.
Infelizmente, pouquíssimas são as obras neoclássicas brasileiras construídas
fora dos limites do Rio de Janeiro, por ser a capital do país e moradia da monarquia,
foco de todo o desenvolvimento e sofisticação.
Por ser um artigo que relata acontecimentos históricos, as autoras se mantem
concentradas em transmitir informações de caráter acadêmico, consultando diversos
autores, a maioria apoiados na tese que o neoclássico importado pela Missão
Francesa e principalmente por Grandjean de Montigny, foi um grande instrumento de
difusão de cultura, costumes e modernização das práticas arquitetônicas e urbanas.
Embora a arquitetura barroca tenha tido uma maior divulgação em todo o pais, as
intenções simétricas e organizacionais solucionadas de maneira racional de fato
foram de grande valia e adequadas para o desenvolvimento econômico e social da
época e com a inauguração da Academia Imperial de Belas Artes, também foi fonte
de conhecimento e disseminação de diversas técnicas para o pais em formação.