2. BREVE HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
1970: A Gallery Serpentine foi inaugurada pelo
Conselho de Artes da Inglaterra, originalmente
concebida para a divulgação de artistas
emergentes, especialmente do Reino Unido e suas
regiões;
1988: A galeria recebe patrocínio da Princesa
Diana de Gales – período de grande renovação;
2000: Serpentine Summer Pavilion foi fundado
pela artista plástica Júlio Peyon-Jones, tendo como
proposta de exposição a própria arquitetura;
A Serpentine Pavilion apresenta exposições de
arte, arquitetura e design de renome mundial ao
longo do ano, convidando arquitetos de todo o
mundo para projetar no verão uma estrutura
temporária no Hyde Park de Londres, como por
exemplo os arquitetos Daniel Libeskind (2001),
Toyo Ito (2002), Oscar Niemeyer (2003), Rem
Koolhaas (2006) e Frank Gehry (2008), Zaha Hadid
(2013), já fizeram parte desse projeto.
3. LOCALIZAÇÃO
Os pavilhões efêmeros são projetados nos
Jardins Kensington, criados inicialmente como
um parque de diversões privado, abrindo ao
público cerca de um século atrás e considerado
atualmente um dos oito parques reais de
Londres que cobrem um total de 5.000 hectares
de parque histórico e espaços verdes na cidade.
O evento é composto por duas galerias situadas
em ambos os lados da Ponte Serpentina, no
Parque Real de Kensington Gardens no centro
de Londres: A Serpentine Gallery (1970) e a
Serpentine Pavilion (evento anual);
4. O ARQUITETO
• Conhecido por suas obras audaciosas e imponentes, Jean Nouvel é
um dos principais nomes da arquitetura contemporânea. Nascido
em 12 de agosto de 1945, é de origem francesa e desde jovem já se
interessava pela Arte.
• Estudou na Escola de Belas Artes (Ecole nationale supérieure des
beaux-arts) de Paris, enquanto trabalhava no período de 1967 a
1970, como assistente e depois como gerente de projetos para os
aclamados arquitetos Claude Parent e Paul Virilio. Fundou seu
próprio escritório no ano de 1994, o Ateliers Jean Nouvel, um dos
maiores escritórios na França, com filiais em diversos países,
possuindo mais de 200 projetos em todo o mundo com uma
linguagem estilística própria e inovadora;
• Bastante prestigiado por sua obra, Nouvel recebeu muitos
prêmios, como o prêmio mulçumano Aga Khan em 2005 para a
arquitetura, pela obra do Instituto do Mundo Árabe. Em 2008,
ganhou o Pritzker, pelo conjunto de sua obra. Na época, o júri
enfatizou a responsabilidade de Nouvel, segundo arquiteto
francês a receber a condecoração, que ajudou a expandir,
significativamente, o vocabulário da arquitetura contemporânea
pelo mundo.
5. “SUN RED”
FICHA TÉCNICA
Local: Kensington Gardens,
Londres, Inglaterra
Início do projeto: 2009
Conclusão da obra: 2010
Área do terreno: 502 m²
Área construída: 224 m²
(área interna); 253 m²
(entrada e jardim coberto); 86
m² (área gramada coberta)
Arquitetura: Ateliers Jean
Nouvel
Tipo de comissão: serviços
completos de design
Programa: Pavilhão de verão
temporário (café, concertos,
conferencias etc)
Paisagismo: Isabelle
Auricoste-Tonka
Iluminação: WE-EF
Películas nos vidros: Glace
Controle
Estrutura e fundações: Arup
Elétrica: NG Bailey
Cobertura retrátil e
toldos: Stobag
Vidros: Glazed
Construção: Stage One
Orçamento: 750.000,00 £
(equivalente a R$
2.505.000,00)
6. SERPENTINE GALLERY 2010
• ANÁLISE SENSORIAL E DESCRITIVA
“A ideia era criar um ambiente agradável para sentar, tomar um café, jogar xadrez, pingue-
pongue, fazer um piquenique, usufruir do espaço”(Nouvel, Jean. 2010)
"Nouvel tomou a ideia do jogo muito a sério", diz Peyton-Jones. "A leveza do que definiu o uso do
pavilhão e garantiu que as pessoas experimentaram de uma forma muito diferente [em comparação com
pavilhões anteriores]."
7. SERPENTINE GALLERY 2010
• ANÁLISE SENSORIAL E DESCRITIVA
• O grande destaque do projeto de Nouvel para 2010 é uma
parede inclinada de 12 m, que enfatiza a presença do
pavilhão no parque. O trabalho inclui também outras
formas geométricas simples com volumes bem definidos,
como um espaço cúbico oposto à parede. Para a cobertura,
o projeto prevê toldos retráteis. Além de vidro e
policarbonato, serão usadas estruturas têxteis na
construção.
• Adentrando o pavilhão, a luz penetra sobre as diversas
membranas vermelha, onde o transeunte sente-se como se
estivesse em uma máquina ultramoderna de vidro, onde o
exterior pode ser visto com certa desconformidade,
imagens destorcidas e irreais do parque.
• Essa brincadeira com a realidade, também é expressa nos
detalhes dos vidros no interior do pavilhão, na
extremidade oposta à parede inclinada, as palavras “green”
(verde) e “sky” (céu), recortadas na película vermelha do
vidro laminado, permitem a passagem da imagem real do
parque e do céu.
8. SERPENTINE GALLERY 2010
• PARTIDO ARQUITETÔNICO
“A inspiração veio daqueles momentos em que o sol de verão atinge o olho em cheio, você
pisca e o mundo se dissolve em vermelho”
9. SERPENTINE GALLERY 2010
• PROGRAMA DE NECESSIDADES
“É sempre um prazer trabalhar com um
programa despretensioso como este. Um
pavilhão de verão não tem maiores
consequências - o que ficam são as impressões,
ecos de emoção, nada mais. Dessa forma, o
arquiteto se vê livre para ser o artista”; e
complementa: “Este não é um exercício perfeito
de arquitetura: é um prédio que nasce de um
sonho, que nos permite algumas pequenas
sensações felizes. É arquitetura de férias! ”
Legenda: 1- Entresala, 2- área de descanso, 3- Redes, 4-
Área de estar externa, 5- Saguão Multiuso, 6- Área semi-
externa com pufes, 7- Xadrez, 8- Acesso, 9- Café/bar
12. • SETORIZAÇAO
O “Sun Red”, 10º Pavilhão da Serpentine
Galleries projetado por Jean Nouvel, teve todo o
seu térreo livre para a apropriação do espaço
pelos visitantes, tendo somente o interior da
bancada do café/bar e o auditório com acesso
restrito.
• CIRCULAÇÃO
Já a circulação de pessoas, ocorre de forma
livre sobre todo o espaço do pavilhão:
14. • ESTRUTURA E PROCESSO CONSTRUTIVO
• Os materiais utilizados para os pavilhões também podem ser
uma chave para o futuro de inovações e novas formas de
prática arquitetônica. A temporalidade pode ser examinada e
redefinida em termos de durabilidade, reutilização e
resistência. Os materiais da edição de 2010 podem servir como
um exemplo da interpretação da temporalidade. Jean Nouvel
pretendeu destacar a temporalidade da estrutura, e assim
escolheu usar materiais, como plásticos vermelhos e vastas
extensões de roupas em sua estrutura
• As estruturas externas e internas se penetram, criando uma
cobertura protegida por toldos retráteis e por um enorme
cortinado vermelho na área de multiuso, onde localizam-se o
café durante o dia e à noite se transforma em auditório para as
Park Nights, programação de verão que inclui uma série de
palestras, exibição de filmes, concertos etc.
• O processo construtivo utilizado – muito popular na Europa –
foi o Steel Frame, baseado na construção de estruturas
metalicas de aço galvanizado. No projeto para o “Sun Red”, o
arquiteto não realizou uso de paredes estruturais, somente o
vidros, lonas, cortinas de pano e outras membranas plasticas
para realizar a vedação da obra nos locais em que fossem
precisos. Nesse pavilhão, também utilizou-se toldos e outras
articulações retrateis, que agregaram volumetria e dinamismo
ao 10º Serpentine Galleries
15.
16. FIM !
Izis Ferreira Paixão 718682
Kaique Santos de Oliveira 720720
Laís Campos Maia 714113