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Missão contemporânea e
a pessoa do missionário
O que é missão?
• A missão, antes de tudo, é Deus –
Missio Dei
• Ela é tradicionalmente entendida como
sair de si para o outro, sair de uma
cultura para outra ou sair de um lugar
para outro.
• Missão é um termo que não se reduz, simplesmente, aos
ambientes da Igreja; circula também em contextos
profissionais e corporativos, políticos e governamentais. Na
atualidade, encontramos em placas ou peças de comunicação
das empresas os escritos “a nossa missão”, que mostra a
abrangência da palavra
• Com a Conferência de Aparecida, em 2007, a Igreja
resgatou a dimensão da missionariedade, chamando o cristão
como discípulo missionário, que está a caminho, com a
proposta de Jesus de “fazer o bem”.
• A sociedade atual está se tornando cada mais plural e
abrangente, apresentando variados contextos de vivência.
Os métodos tradicionais de fazer missão ficaram
ultrapassados; novos mecanismos parecem fora do alcance
Panoramas da missão
• Para entender bem a missão, precisamos conhecer as
situações pessoais e os contextos mundiais. As situações
pessoais do ser humano se tornaram complexas devido à
própria realidade atual. Compreende-se a vida como uma
caminhada, no interior da qual encontra-se a missão
Contextos mundiais
• Os fatos que evidenciamos nos primeiros anos do terceiro
milênio mostram que estamos caminhando, sem bússola, para
o futuro.
• O mundo contemporâneo presencia um esgotamento
simultâneo de todas as civilizações antigas – sobretudo dos
quatro universos culturais: o Ocidente, o Oriente, o mundo
árabe e o mundo africano
• Observamos vários sinais de desajustes no mundo atual – a
princípio, percebidos em diversos aspectos ao mesmo tempo:
intelectual, financeiro, climático, geopolítico, étnico, familiar
e religioso.
• Outro fenômeno que tem afetado a atividade missionária é a
“migração” motivada pela sobrevivência, pela instabilidade
política, ou por calamidades da natureza
Contextos socioculturais
• Trouxe turbulência tanto no âmbito dos valores éticos,
quanto dos econômicos e políticos;
• A convivência social de monocultural para pluricultural,
estabelecendo novas relações interculturais.
• A falta de compromisso com qualquer tradição religiosa
decorrente de geração de novos fenômenos religiosos com
dupla pertença ou múltipla pertença religiosa.
• No campo econômico instalou-se a ideologia do mercado, na
qual a economia domina tudo. Tudo se tornou mercadoria.
• “O consumismo é o novo estilo de vida, a nova religião. Os
supermercados, os grandiosos shoppings, são os novos
templos, sempre lotados. Com a pós-modernidade, parecia
estar iniciando a época da felicidade sem fim, sem limites,
com prazeres inesquecíveis”. (Mosconi, 2015, p. 49)
• No Campo político, surgem as manobras financeiras
escandalosas, os gastos absurdos, a corrupção e outros
situações graves;
• As decisões politicas em relação ao meio ambiente tem
provocado sérios problemas ecológicos, criando desequilibro
de diferentes ordens, Ex,: O Caso da Amazônia.
A participação da Igreja
• A Igreja brasileira, ao longo de 50 anos conscientizou a
sociedade com temas da Campanha da Fraternidade, sobre o
cuidado da natureza (A casa comum).
• Recentemente, o Documento da Igreja ‘Laudato Si’, do Papa
Francisco, apontam certa preocupação da Igreja em relação
à natureza.
Contextos digitais
• Até a década de 1970, estávamos vivendo no tempo da
modernidade, que foi iniciada no século XVI, a partir do
conceito de secularização. Ela despertou valores importantes
como razão critica, consciência pessoal, afirmação da
autonomia da razão perante a fé, pesquisa cientifica e busca
da objetividade
• A linha cronológica de evolução da sociedade passa pela
secularização, modernidade, pós-modernidade, globalização,
sociedade líquida, chegando ao tempo atual, a era digital
O termo secularização faz referência ao
processo de separação, ou gradual abandono
das formas tradicionais de estruturação
social baseada na religiosidade.
• Com o surgimento da tecnologia digital o tema missão tornou se
muito mais complexa, com o lançamento dos termos “nativos
digitais e migrantes digitais, Mark Prensky (2001).
• A nova geração de nativos digitais, se encontram no momento de
história em que a própria história parece andar não numa ordem
cronológica, mas sim do ‘presente contínuo’, com as atualizações
e invenções de novas tecnologia, não têm passado nem futuro.
Missão contemporânea e pessoa do missionário
• A missão antes do Concílio Vaticano II era cumprir o
mandato missionário de Jesus “Ide e batizai todos os povos”;
• O reconhecimento do bem nas outras tradições e o
rompimento do mandato de Jesus levaram a Igreja a uma
profunda crise;
•
• Após o Vaticano II, A missão precisou se adaptar aos novos tempos, e
descobriu novas compreensões da missão;
• A missão e o missionário passaram a receber igual importância no
desenvolvimento da atividade missionária.
Apontamentos para a missão no Concílio Vaticano II
• O Concílio viu como urgente e necessário um olhar pastoral
diferenciado com abertura e desprendimento, considerando
uma formação particular com mais foco na missão aos povos.
• Com o Decreto ‘Ad gentes’ (AG), a ideia do CVII ficou muito
mais clara e nítida. Em que há um apelo a todos os cristãos a
assumirem os compromissos não somente em suas
comunidades, mas numa forma mais ampla, abrangendo a
participação ativa na vida, cultura e sociedade.
As três imagens como aprendizado no processo de
saída do missionário
• A compreensão tradicional da missão é sair de si para o
outro, sair de uma cultura para outra ou sair de um lugar
para outro. Nesse movimento o missionário é visto como
hospede no terreno do outro, trás novas ideias, e ao mesmo
tempo, certas preocupações.
• No meio do caminho, muitos fenômenos acontecem no
interior do missionário e devem ser observados. Ele adquire
dois saberes: O saber chegar e o saber deixar, que estão
intimamente relacionados entre si.
Os missiólogos Steve Bevans e Roger Schroeder (2016) nos
fornecem
• Aprender a tirar os sapatos;
• Aprender a se tornar hóspede na casa do outro; e
• Aprender a entrar no jardim do outro.
Aprender tirar os sapatos
• O aprendizado de tirar os sapatos traz diversas imagens
inter-relacionais entre os dois mundos do missionário: O
deixado e o chegado.
“Ao nos aproximarmos de outro povo, outra cultura e outra
religião, nosso primeiro dever é tirar os sapatos, pois o lugar
do qual estamos aproximando é sagrado. Caso contrário,
podemos nos descobrir pisando no sonho de outra pessoa..
...Mais sério ainda: podemos esquecer que Deus lá estava antes
que chegássemos”. (Steve Bevans ,e Roger Schoeder, 2016)
• O significado no processo de tirar os sapatos enquanto o
missionário vai à cultura do outro, vem da leitura bíblica do
êxodo: “Tire as sandálias dos pés, porque o lugar onde você
está pisando é um lugar sagrado”. (Ex 3,5)
• As sandálias representam o processo da socialização que
uma pessoa faz no lugar em que nasce e cresce –
principalmente da infância até a adolescência.
• Os elementos culturais apreendidos, seja a partir da família,
da escola ou da Igreja, se tornam as sandálias com as quais
de modo geral a pessoa caminha.
• Quando falamos da missão, existe uma exigência de deixar a
cultura aprendida e ir para outra, adquirir as novas formas
culturais, e assim fazer os ajustes; tirar os sapatos culturais
anteriores e calçar novos conforme o novo ambiente. Isso é
inculturação.
• A importância do sapato é que sempre nos oferece conforto;
portanto, fica estabelecida uma relação íntima para que cada
passo seja dado de forma tranquila.
Aprender a se tornar hóspede na casa do outro.
Aprender a entrar no jardim do outro.
As cinco imagens bíblicas
(conselhos Missiólogo Andrade, 2015)
• Elas podem oferecer as pistas adequadas dos contextos da
missão, e preservar certa intimidade com a Palavra de Deus,
para manter o equilíbrio entre a mística e a missão, ou,
podemos dizer, entre o SER e o FAZER. Algumas dessas
imagens ajudam imensamente para se fazer o caminho da
missão. (Andrade, 2015)
“O missionário deve ir ao deserto, que é o lugar do silêncio e ir
ao encontro do Pai. Em outros momentos ele deve ir a Galileia,
lugar de grande pobreza, o lugar dos contextos
contemporâneo, e assim pisar com os pés no chão. Também
deve ir a Jerusalém, centro do poder econômico, religioso e
político, no contexto atual estar informado sobre os
acontecimentos mundiais, da Igreja atual (...). Por fim, deve
conhecer a Samaria, lugar de abertura, descobrir novos
areópagos, novos rumos da missão.”
• Além disso, uma última imagem bíblica, talvez a mais
importante na atualidade, é da Betânia, onde Jesus foi
descansar na casa de Marta, Maria e Lázaro. Certamente ela
ajudará o missionário a discernir melhor a sua missão a
partir do descanso.

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1618265348909 missão contemporânea

  • 1. Missão contemporânea e a pessoa do missionário
  • 2. O que é missão? • A missão, antes de tudo, é Deus – Missio Dei • Ela é tradicionalmente entendida como sair de si para o outro, sair de uma cultura para outra ou sair de um lugar para outro.
  • 3. • Missão é um termo que não se reduz, simplesmente, aos ambientes da Igreja; circula também em contextos profissionais e corporativos, políticos e governamentais. Na atualidade, encontramos em placas ou peças de comunicação das empresas os escritos “a nossa missão”, que mostra a abrangência da palavra
  • 4. • Com a Conferência de Aparecida, em 2007, a Igreja resgatou a dimensão da missionariedade, chamando o cristão como discípulo missionário, que está a caminho, com a proposta de Jesus de “fazer o bem”. • A sociedade atual está se tornando cada mais plural e abrangente, apresentando variados contextos de vivência. Os métodos tradicionais de fazer missão ficaram ultrapassados; novos mecanismos parecem fora do alcance
  • 5. Panoramas da missão • Para entender bem a missão, precisamos conhecer as situações pessoais e os contextos mundiais. As situações pessoais do ser humano se tornaram complexas devido à própria realidade atual. Compreende-se a vida como uma caminhada, no interior da qual encontra-se a missão
  • 6. Contextos mundiais • Os fatos que evidenciamos nos primeiros anos do terceiro milênio mostram que estamos caminhando, sem bússola, para o futuro. • O mundo contemporâneo presencia um esgotamento simultâneo de todas as civilizações antigas – sobretudo dos quatro universos culturais: o Ocidente, o Oriente, o mundo árabe e o mundo africano
  • 7. • Observamos vários sinais de desajustes no mundo atual – a princípio, percebidos em diversos aspectos ao mesmo tempo: intelectual, financeiro, climático, geopolítico, étnico, familiar e religioso. • Outro fenômeno que tem afetado a atividade missionária é a “migração” motivada pela sobrevivência, pela instabilidade política, ou por calamidades da natureza
  • 8. Contextos socioculturais • Trouxe turbulência tanto no âmbito dos valores éticos, quanto dos econômicos e políticos; • A convivência social de monocultural para pluricultural, estabelecendo novas relações interculturais. • A falta de compromisso com qualquer tradição religiosa decorrente de geração de novos fenômenos religiosos com dupla pertença ou múltipla pertença religiosa.
  • 9. • No campo econômico instalou-se a ideologia do mercado, na qual a economia domina tudo. Tudo se tornou mercadoria. • “O consumismo é o novo estilo de vida, a nova religião. Os supermercados, os grandiosos shoppings, são os novos templos, sempre lotados. Com a pós-modernidade, parecia estar iniciando a época da felicidade sem fim, sem limites, com prazeres inesquecíveis”. (Mosconi, 2015, p. 49)
  • 10. • No Campo político, surgem as manobras financeiras escandalosas, os gastos absurdos, a corrupção e outros situações graves; • As decisões politicas em relação ao meio ambiente tem provocado sérios problemas ecológicos, criando desequilibro de diferentes ordens, Ex,: O Caso da Amazônia.
  • 11. A participação da Igreja • A Igreja brasileira, ao longo de 50 anos conscientizou a sociedade com temas da Campanha da Fraternidade, sobre o cuidado da natureza (A casa comum). • Recentemente, o Documento da Igreja ‘Laudato Si’, do Papa Francisco, apontam certa preocupação da Igreja em relação à natureza.
  • 12. Contextos digitais • Até a década de 1970, estávamos vivendo no tempo da modernidade, que foi iniciada no século XVI, a partir do conceito de secularização. Ela despertou valores importantes como razão critica, consciência pessoal, afirmação da autonomia da razão perante a fé, pesquisa cientifica e busca da objetividade • A linha cronológica de evolução da sociedade passa pela secularização, modernidade, pós-modernidade, globalização, sociedade líquida, chegando ao tempo atual, a era digital
  • 13. O termo secularização faz referência ao processo de separação, ou gradual abandono das formas tradicionais de estruturação social baseada na religiosidade.
  • 14. • Com o surgimento da tecnologia digital o tema missão tornou se muito mais complexa, com o lançamento dos termos “nativos digitais e migrantes digitais, Mark Prensky (2001). • A nova geração de nativos digitais, se encontram no momento de história em que a própria história parece andar não numa ordem cronológica, mas sim do ‘presente contínuo’, com as atualizações e invenções de novas tecnologia, não têm passado nem futuro.
  • 15. Missão contemporânea e pessoa do missionário • A missão antes do Concílio Vaticano II era cumprir o mandato missionário de Jesus “Ide e batizai todos os povos”; • O reconhecimento do bem nas outras tradições e o rompimento do mandato de Jesus levaram a Igreja a uma profunda crise; •
  • 16. • Após o Vaticano II, A missão precisou se adaptar aos novos tempos, e descobriu novas compreensões da missão; • A missão e o missionário passaram a receber igual importância no desenvolvimento da atividade missionária.
  • 17. Apontamentos para a missão no Concílio Vaticano II • O Concílio viu como urgente e necessário um olhar pastoral diferenciado com abertura e desprendimento, considerando uma formação particular com mais foco na missão aos povos. • Com o Decreto ‘Ad gentes’ (AG), a ideia do CVII ficou muito mais clara e nítida. Em que há um apelo a todos os cristãos a assumirem os compromissos não somente em suas comunidades, mas numa forma mais ampla, abrangendo a participação ativa na vida, cultura e sociedade.
  • 18. As três imagens como aprendizado no processo de saída do missionário • A compreensão tradicional da missão é sair de si para o outro, sair de uma cultura para outra ou sair de um lugar para outro. Nesse movimento o missionário é visto como hospede no terreno do outro, trás novas ideias, e ao mesmo tempo, certas preocupações. • No meio do caminho, muitos fenômenos acontecem no interior do missionário e devem ser observados. Ele adquire dois saberes: O saber chegar e o saber deixar, que estão intimamente relacionados entre si.
  • 19. Os missiólogos Steve Bevans e Roger Schroeder (2016) nos fornecem • Aprender a tirar os sapatos; • Aprender a se tornar hóspede na casa do outro; e • Aprender a entrar no jardim do outro.
  • 20. Aprender tirar os sapatos • O aprendizado de tirar os sapatos traz diversas imagens inter-relacionais entre os dois mundos do missionário: O deixado e o chegado. “Ao nos aproximarmos de outro povo, outra cultura e outra religião, nosso primeiro dever é tirar os sapatos, pois o lugar do qual estamos aproximando é sagrado. Caso contrário, podemos nos descobrir pisando no sonho de outra pessoa..
  • 21. ...Mais sério ainda: podemos esquecer que Deus lá estava antes que chegássemos”. (Steve Bevans ,e Roger Schoeder, 2016) • O significado no processo de tirar os sapatos enquanto o missionário vai à cultura do outro, vem da leitura bíblica do êxodo: “Tire as sandálias dos pés, porque o lugar onde você está pisando é um lugar sagrado”. (Ex 3,5)
  • 22. • As sandálias representam o processo da socialização que uma pessoa faz no lugar em que nasce e cresce – principalmente da infância até a adolescência. • Os elementos culturais apreendidos, seja a partir da família, da escola ou da Igreja, se tornam as sandálias com as quais de modo geral a pessoa caminha.
  • 23. • Quando falamos da missão, existe uma exigência de deixar a cultura aprendida e ir para outra, adquirir as novas formas culturais, e assim fazer os ajustes; tirar os sapatos culturais anteriores e calçar novos conforme o novo ambiente. Isso é inculturação. • A importância do sapato é que sempre nos oferece conforto; portanto, fica estabelecida uma relação íntima para que cada passo seja dado de forma tranquila.
  • 24. Aprender a se tornar hóspede na casa do outro.
  • 25. Aprender a entrar no jardim do outro.
  • 26. As cinco imagens bíblicas (conselhos Missiólogo Andrade, 2015) • Elas podem oferecer as pistas adequadas dos contextos da missão, e preservar certa intimidade com a Palavra de Deus, para manter o equilíbrio entre a mística e a missão, ou, podemos dizer, entre o SER e o FAZER. Algumas dessas imagens ajudam imensamente para se fazer o caminho da missão. (Andrade, 2015)
  • 27. “O missionário deve ir ao deserto, que é o lugar do silêncio e ir ao encontro do Pai. Em outros momentos ele deve ir a Galileia, lugar de grande pobreza, o lugar dos contextos contemporâneo, e assim pisar com os pés no chão. Também deve ir a Jerusalém, centro do poder econômico, religioso e político, no contexto atual estar informado sobre os acontecimentos mundiais, da Igreja atual (...). Por fim, deve conhecer a Samaria, lugar de abertura, descobrir novos areópagos, novos rumos da missão.”
  • 28. • Além disso, uma última imagem bíblica, talvez a mais importante na atualidade, é da Betânia, onde Jesus foi descansar na casa de Marta, Maria e Lázaro. Certamente ela ajudará o missionário a discernir melhor a sua missão a partir do descanso.