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 PECILOTÉRMICOS- não regulam temperatura corporal.
 EXCRETAM AMÔNIA - NH3 como resíduo nitrogenado.
 OSMORREGULAÇÃO: equilíbrio de sais e água no corpo (10 a 30% da
energia dos alimentos).
Particularidades da nutrição dos
peixes (tilápia)
PB ração (%) CA Consumo PB/kg de GDP
Frango 20 2,0 400 g
Suínos 16 2,8 448 g
Peixes 32 1,3 416 g
 ENERGIA: respiração, osmorregulação, natação, reprodução, digestão,
metabolismo e outras demandas menores.
lipídios (ácidos graxos e fosfolipídios) = 8,1 a 8,5 kcal ED/g
aminoácidos (proteína) = 4,5 kcal ED /g
carboidratos (amido e dextrina) 2,5 a 3,2 kcal ED/g
fibras (celulose, hemicelolose, lignina) = ED zero
Rações para peixes = 8 a 11 kcal ED/g proteína
Energia digestível (ED)
31oC
20%
27oC
13%
23oC
23%
19oC
57%
35oC
50%
Temperatura da água e imunidade
Fibra bruta reduz desempenho
da tilápia
Rações com 45% de proteína e mesmos níveis de energia
(5.660 kcal ou 12,6 Kcal/g de proteína). Peso inicial 10 g.
Fibra (%) Ganho (g) Conv. Alim.
Retenção de
proteína %
2,2 35,3 1,18 35,0
4,8 36,4 1,13 36,5
8,5 35,9 1,16 35,2
11,2 29,2 1,43 27,3
14,1 28,5 1,49 26,6
Adaptado de ALI e AL-ASGAH, 2001.
Níveis de proteína para pós-larvas
e alevinos de tilápia do Nilo.
Peso inicial (g) PB (%) Referência
0,012 45 El-Sayed e Teshima 1992
PL a 0,3g 41 Hayashi et al 2002
0,4 30 Furuya et al 1996
0,5 40 Al Hafedh 1999
0,8 40 Siddiqui et al 1998
1,0 34-36 De Silva et al 1989
2,4 35 Abdelghany 2000
3,5 30 Wang et al 1985
8,0 38 Kaushik et al 1995
Níveis de proteína para máximo crescimento e
eficiência alimentar para tilápia GIFT.
Proteína vs. temperatura
 Faixa ótima de temperatura para crescimento - 28 a 30ºC.
 30ºC – PB 40% promoveu melhor crescimento e conversão alimentar.
Maiores níveis de IGF (“Insulin Growth Factor”) no sangue e no fígado
dos peixes (Qiang et al 2012).
 28ºC – PB 38% menor mortalidade após desafio por Streptococcus iniae
 29,4ºC – PB 42% maior contagem de hemáceas e de leucócitos e níveis
mais elevados de hemoglobina no sangue da tilápia. Melhora as defesas
não específicas da tilápia (Qiang et al 2013).
Aminoácidos
(% da Proteína)
NRC peixes
em geral
Santiago e
Lovell (1988)
Tabelas
Brasileiras Tilápia
(2010)
Lisina 5,0 a 5,7 5,1 5,8
Metionina 2,2 a 3,1 2,7 2,0
Metionina + Cistina 2,3 a 4,0 3,2 3,5
Treonina 2,0 a 3,9 3,8 4,5
Triptofano 0,5 a 1,0 1,0 1,1
Fenilalanina + Tirosina 5,0 a 6,5 5,5 6,3
Arginina 4,2 a 6,0 4,2 4,8
Histidina 1,5 a 2,1 1,7 2,0
Isoleucina 2,2 a 3,1 3,1 3,5
Leucina 3,3 a 4,1 3,4 3,8
Valina 2,8 a 3,6 2,8 3,2
Aminoácidos essenciais (tilápia)
 Tilápias exigem AG da família w-6 (1% na dieta). A
essencialidade de AG da família w-3 ainda não foi
demonstrada. Mas pequenas inclusões de w-3 podem
melhorar a qualidade e eclosão dos ovos.
 Óleos vegetais são fontes ricas em AG w-6 mono e poli-
insaturados (oleico, linoleico e linolênico).
 Gordura aves têm composição em AG similar aos óleos
vegetais (w-6).
 Sebo (gordura) bovino - contém AG saturados de cadeia
curta < 18 C. Pouco benefício aos peixes tropicais.
 Óleo de peixes marinhos são ricos em AG w-3 (EPA e
DHA).
 Farinhas de algas – algumas são ricas em AG w-3 (DHA).
Ácidos graxos essenciais (AGE )
Enriquecimento do filé com AG w-3
Rações AG w-3
(mg/100 g filé)
gramas de filé para suprir
exigência diária de w-3
Controle 130 190 a 370
5% Óleo Peixe 350 70 a 140
8,8% Algae Rich ® 390 65 a 130
Recomendação consumo AG w-3 adulto : 250 a 500 mg/dia
Benefícios dos AG W-3
Formação células cerebrais.
Saúde cardiovascular /redução arterioesclerose.
Deficiência Déficit Atenção e Hiperatividade.
 Formação do colágeno e esqueleto /escamas;
 Balanço ácido-base e osmorregulação;
 Cofatores de enzimas em processos metabólicos
 Geração de energia;
 Metabolismos de aminoácidos;
 Síntese e metabolismos dos ácidos graxos;
 Transmissão de impulsos nervosos;
 Componentes de proteínas funcionais (hemoglobina e outras);
 Coagulação sanguínea / cicatrização;
 Integridade do epitélio (pele, brânquias e mucosa intestinal);
 Síntese de células sanguíneas: células do sangue e de defesa /
anticorpos;
 Ação antioxidante e protetora das celulares;
 Modulação da imunidade; diversas outras funções;
Minerais e vitaminas (tilápia)
Exigências em minerais (peixes cultivados e tilápia)
Minerais NRC (%) Tilápia (%)
Cálcio Não determinado Não determinado
Fósforo disponível 0,45 a 0,8 0,46 a 0,75
Magnésio 0,04 a 0,06 0,06
Potássio 0,7 a 0,8 Não determinado
Sódio 0,6 0,2
Ferro (mg/kg) 30 a 150 60
Zinco (mg/kg) 20 a 30 80
Manganês (mg/kg) 2,4 a 13 Não determinado
Cobre (mg/kg) 3,0 a 5,0 4,0
Selênio (mg/kg) 0,25 a 3,0 0,25
Cobalto (mg/kg) ND ND
Minerais (tilápia)
Vitaminas NRC Tilápia
A (UI) 1.000 a 4.000 4.150 a 7.000 UI
D (UI) 500 a 2.400 375 UI
E (mg) 50 a 100 40 a 100 mg
K (mg) Requerido 5 mg
C Ác. ascórbico (mg) 25 a 50 40 a 80 mg
B1 Tiamina (mg) 0,5 a 1,0 2,5 mg
B2 Riboflavina (mg) 4 a 9 5 a 6 mg
B6 Piridoxina (mg) 3 a 6 2 a 17 mg
Pantotenato (mg) 10 a 30 10 mg
Niacina (mg) 10 a 30 25 a 120
Biotina (mg) 0,15 a 1,0 0,06 mg
Inositol (mg) 300 a 440 400 mg
Colina (mg) 400 a 1.000 800 a 1.000 mg
Ácido fólico (mg) 1 a 2 0,82 mg
B12 (Cianocobalamina) 0,01 Não necessário
Vitaminas (tilápia)
Enriquecimento do filé com Selênio
Rações Se na ração
(mg/kg)
Se no filé
(ug/100g)
g de filé para
70 ug Se
Controle ( sem suplem.) 0,32 15 470
1 ppm Se-inorg (Na-Selenite) 1,42 19 370
1 ppm Se–org (Se-yeast) 1,14 25 280
Recomendação de consumo de
Se para adultos: 70 ug/dia.
sistema imunológico
hormônios da tireoide
antioxidante / proteção membranas
reduz risco de câncer em humanos.
Aquaculture, 498 (2019) 297–304
Tamanho ideal de peletes
Peso peixe
(g)
Largura da boca
(mm)
Pelete ideal
(mm)
0,5 2,0 0,5
1 3,2 0,8
3 5,0 1,3
5 6,8 1,7
10 8,0 2,0
20 10,7 2,7
50 13,8 3,5
100 14,9 3,7
150 15,8 4,0
350 18,2 4,6
500 19,0 4,8
700 20,0 5,0
1.000 23,0 5,8
1.200 26,0 6,5
1.600 34,0 8,5
2.000 38,0 9,5
Aquaculture 309 (2010) 193–202
Taxa de alimentação
Conv
Alim.
GDP
relativo
Custo ração
R$/kg peixe
Tudo o que é capaz de comer 2,40 100,0% 4,32
90% do que poderia comer 2,10 98,2% 3,78
70% do que poderia comer 1,70 92,0% 3,06
50% do que poderia comer 1,60 61,3% 2,88
Manejo da alimentação
Alevinos e juvenis até 150 a 200 g alimentação à
vontade 4 a 5 refeições/dia.
Peixes > 200 g alimentação restrita (70 a 80%
máximo consumo), 2 a 3 refeições/dia.
Nutrição: desempenho e saúde
0
1 g
50 g
100 a 200 g
2.000 g
Cresce rápido
Sobrevivência
Intestino formação
Parasitos
Crescimento
Saúde intestinal
Bacterioses
Imunidade
Crescimento GDP
Saúde intestinal
Bacterioses
Imunidade
Injúrias físicas
GDP vs. CA
Saúde intestinal
Bacterioses
Imunidade
Injúrias físicas
Fígado (má função)
Qual. Carne / Rendi/o
Desafios na nutrição da tilápia
 Outros nutrientes e fatores de saúde – muitos ainda não
identificados e alguns recentemente sendo melhor avaliados.
Nutrição e saúde (imunidade)
Ingredientes /
nutrientes
Glob
Albu
Liso Leuco
Linfo
Fago Comp
ACH
ROS Anti-
OX
Resist.
Patog.
Flora
intest
Saúde
intest
Leveduras Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Met. leveduras Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Alginatos Sim Sim Sim
Nucleotídeos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Selênio Sim Sim Sim
MOS Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
B-Glucanos Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Probióticos Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Vitamina C Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Vitamina E Sim Sim Sim Sim
Ác. orgânicos Sim Sim
Alicina (alho) Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Salinidade do mar = 36 ppt
Rio São Francisco = 0,07 ppt
Sangue da tilápia e soro fisiológico = 8 ppt
Tilápia tem 100 x mais sais em seu sangue
se comparado à água do São Francisco.
Assim, a tilápia constantemente perde sais
e absorve excesso de água.
Peixes gastam 10 a 30% da energia dos
alimentos na manutenção do equilíbrio de
sais no sangue (ormorregulação).
Nutrição e osmorregulação
Sódio – Na+
Cloreto – Cl-
Potássio – K+
Cortisol
Água
H2O
O estresse do confinamento e
manuseio eleva o CORTISOL no
sangue. As brânquias ficam mais
permeáveis e os peixes perdem mais
sais e absorvem mais água. Uso de 10
a 30% da energia dos alimentos para
osmorregulação.
Cortisol
SANGUE BÂNQUIAS ÁGUA
Cl-
Cl-
Cl-
Na+ Na+
Na+
K+
K+
K+
K+
K+
K+
Na+
Na+
Na+
Na+
Cl-
Cl-
K+
Cl-
Cl-
Cl-
Na+
K+
Cl-
Na+
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
H2O
Água de
contato
Nutrição e osmorregulação
Efeito da inclusão de mistura de sais em rações para tilápia híbrida (O.
niloticus vs O. aureus). Adaptado de Shiau e Lu, 2004.
Inclusão de
mistura de sais
(kg/ton)
GDP
GDP relativo
(%)
Conv.
Alim.
Sobreviv.
(%)
Controle 281 0% 1,64 100
1,25 294 + 5% 1,52 93
2,50 312 + 11% 1,45 96
5,00 330 + 17% 1,41 96
7,50 284 + 1% 1,52 100
12,50 279 -1% 1,61 93
17,50 283 1% 1,61 97
Nutrição e osmorregulação
Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos
Mais de 400 micotoxinas já foram identificadas. Aflatoxina B1 (AFB1),
Ácido ciclopiazônico (CPA), Ocratoxina A (OA), Fumonisina B1 (FB1),
Zearalenona (ZEA), Deoxinivalenol (DON), Toxina T-2.
Norte do Paraná – um estudo em 2003 detectou aflatoxina (12) e
fumonisina (24) em 42 amostras de rações para peixes.
Pior crescimento e conversão , danos ao fígado; reduz resposta
imunológica; mortalidade crônica. Aumenta custo de produção.
Inimigo silencioso: doses pequenas 200 ppb de aflatoxina B1 (200
mg/ton) suprime resistência imunológica em tilápias.
Intoxicações leves < 50 ppb, crônicas (subletais) > 100 ppb e agudas
> 500 ppb.
O risco das micotoxinas
T1 = Controle
T2 = Aflatoxina B1 200 ppb
T3 = AFB1 200 ppb + Adsorvente
T4 = AFB1 200 ppb + Levedura
Aflatoxina B1 reduz a resposta imunológica e capacidade de
proteção da Tilápia-do-Nilo contra Aeromonas hydrophila.
B- glucano, aflatoxina e tolerância a
patógenos
B- glucano, aflatoxina e tolerância a
patógenos
19,0%
2,0%
48,0%
72,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Controle AFB1 200 AFB1+BG BG 1g/kg
Aflatoxina e B-glucano na dieta
Sobrevivência da Tilápia-do-Nilo 15 dias após desafio por
Streptococcus iniae (adaptado de El-Boshy et al 2008)
Desde 1999 a Acqua Imagem
desenvolve e transfere tecnologia e
conhecimento para a aquicultura
brasileira, contribuindo para o seu
desenvolvimento sustentável.
20ANOS
de serviços prestados à
aquicultura no Brasil
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Nutrição e osmorregulação em tilápia

  • 1. Fernando Kubitza Tel: + 55 11 4587-2496 fernando@acquaimagem.com.br
  • 2.
  • 3.  PECILOTÉRMICOS- não regulam temperatura corporal.  EXCRETAM AMÔNIA - NH3 como resíduo nitrogenado.  OSMORREGULAÇÃO: equilíbrio de sais e água no corpo (10 a 30% da energia dos alimentos). Particularidades da nutrição dos peixes (tilápia) PB ração (%) CA Consumo PB/kg de GDP Frango 20 2,0 400 g Suínos 16 2,8 448 g Peixes 32 1,3 416 g
  • 4.  ENERGIA: respiração, osmorregulação, natação, reprodução, digestão, metabolismo e outras demandas menores. lipídios (ácidos graxos e fosfolipídios) = 8,1 a 8,5 kcal ED/g aminoácidos (proteína) = 4,5 kcal ED /g carboidratos (amido e dextrina) 2,5 a 3,2 kcal ED/g fibras (celulose, hemicelolose, lignina) = ED zero Rações para peixes = 8 a 11 kcal ED/g proteína Energia digestível (ED)
  • 6. Fibra bruta reduz desempenho da tilápia Rações com 45% de proteína e mesmos níveis de energia (5.660 kcal ou 12,6 Kcal/g de proteína). Peso inicial 10 g. Fibra (%) Ganho (g) Conv. Alim. Retenção de proteína % 2,2 35,3 1,18 35,0 4,8 36,4 1,13 36,5 8,5 35,9 1,16 35,2 11,2 29,2 1,43 27,3 14,1 28,5 1,49 26,6 Adaptado de ALI e AL-ASGAH, 2001.
  • 7. Níveis de proteína para pós-larvas e alevinos de tilápia do Nilo. Peso inicial (g) PB (%) Referência 0,012 45 El-Sayed e Teshima 1992 PL a 0,3g 41 Hayashi et al 2002 0,4 30 Furuya et al 1996 0,5 40 Al Hafedh 1999 0,8 40 Siddiqui et al 1998 1,0 34-36 De Silva et al 1989 2,4 35 Abdelghany 2000 3,5 30 Wang et al 1985 8,0 38 Kaushik et al 1995
  • 8. Níveis de proteína para máximo crescimento e eficiência alimentar para tilápia GIFT. Proteína vs. temperatura  Faixa ótima de temperatura para crescimento - 28 a 30ºC.  30ºC – PB 40% promoveu melhor crescimento e conversão alimentar. Maiores níveis de IGF (“Insulin Growth Factor”) no sangue e no fígado dos peixes (Qiang et al 2012).  28ºC – PB 38% menor mortalidade após desafio por Streptococcus iniae  29,4ºC – PB 42% maior contagem de hemáceas e de leucócitos e níveis mais elevados de hemoglobina no sangue da tilápia. Melhora as defesas não específicas da tilápia (Qiang et al 2013).
  • 9. Aminoácidos (% da Proteína) NRC peixes em geral Santiago e Lovell (1988) Tabelas Brasileiras Tilápia (2010) Lisina 5,0 a 5,7 5,1 5,8 Metionina 2,2 a 3,1 2,7 2,0 Metionina + Cistina 2,3 a 4,0 3,2 3,5 Treonina 2,0 a 3,9 3,8 4,5 Triptofano 0,5 a 1,0 1,0 1,1 Fenilalanina + Tirosina 5,0 a 6,5 5,5 6,3 Arginina 4,2 a 6,0 4,2 4,8 Histidina 1,5 a 2,1 1,7 2,0 Isoleucina 2,2 a 3,1 3,1 3,5 Leucina 3,3 a 4,1 3,4 3,8 Valina 2,8 a 3,6 2,8 3,2 Aminoácidos essenciais (tilápia)
  • 10.  Tilápias exigem AG da família w-6 (1% na dieta). A essencialidade de AG da família w-3 ainda não foi demonstrada. Mas pequenas inclusões de w-3 podem melhorar a qualidade e eclosão dos ovos.  Óleos vegetais são fontes ricas em AG w-6 mono e poli- insaturados (oleico, linoleico e linolênico).  Gordura aves têm composição em AG similar aos óleos vegetais (w-6).  Sebo (gordura) bovino - contém AG saturados de cadeia curta < 18 C. Pouco benefício aos peixes tropicais.  Óleo de peixes marinhos são ricos em AG w-3 (EPA e DHA).  Farinhas de algas – algumas são ricas em AG w-3 (DHA). Ácidos graxos essenciais (AGE )
  • 11. Enriquecimento do filé com AG w-3 Rações AG w-3 (mg/100 g filé) gramas de filé para suprir exigência diária de w-3 Controle 130 190 a 370 5% Óleo Peixe 350 70 a 140 8,8% Algae Rich ® 390 65 a 130 Recomendação consumo AG w-3 adulto : 250 a 500 mg/dia Benefícios dos AG W-3 Formação células cerebrais. Saúde cardiovascular /redução arterioesclerose. Deficiência Déficit Atenção e Hiperatividade.
  • 12.  Formação do colágeno e esqueleto /escamas;  Balanço ácido-base e osmorregulação;  Cofatores de enzimas em processos metabólicos  Geração de energia;  Metabolismos de aminoácidos;  Síntese e metabolismos dos ácidos graxos;  Transmissão de impulsos nervosos;  Componentes de proteínas funcionais (hemoglobina e outras);  Coagulação sanguínea / cicatrização;  Integridade do epitélio (pele, brânquias e mucosa intestinal);  Síntese de células sanguíneas: células do sangue e de defesa / anticorpos;  Ação antioxidante e protetora das celulares;  Modulação da imunidade; diversas outras funções; Minerais e vitaminas (tilápia)
  • 13. Exigências em minerais (peixes cultivados e tilápia) Minerais NRC (%) Tilápia (%) Cálcio Não determinado Não determinado Fósforo disponível 0,45 a 0,8 0,46 a 0,75 Magnésio 0,04 a 0,06 0,06 Potássio 0,7 a 0,8 Não determinado Sódio 0,6 0,2 Ferro (mg/kg) 30 a 150 60 Zinco (mg/kg) 20 a 30 80 Manganês (mg/kg) 2,4 a 13 Não determinado Cobre (mg/kg) 3,0 a 5,0 4,0 Selênio (mg/kg) 0,25 a 3,0 0,25 Cobalto (mg/kg) ND ND Minerais (tilápia)
  • 14. Vitaminas NRC Tilápia A (UI) 1.000 a 4.000 4.150 a 7.000 UI D (UI) 500 a 2.400 375 UI E (mg) 50 a 100 40 a 100 mg K (mg) Requerido 5 mg C Ác. ascórbico (mg) 25 a 50 40 a 80 mg B1 Tiamina (mg) 0,5 a 1,0 2,5 mg B2 Riboflavina (mg) 4 a 9 5 a 6 mg B6 Piridoxina (mg) 3 a 6 2 a 17 mg Pantotenato (mg) 10 a 30 10 mg Niacina (mg) 10 a 30 25 a 120 Biotina (mg) 0,15 a 1,0 0,06 mg Inositol (mg) 300 a 440 400 mg Colina (mg) 400 a 1.000 800 a 1.000 mg Ácido fólico (mg) 1 a 2 0,82 mg B12 (Cianocobalamina) 0,01 Não necessário Vitaminas (tilápia)
  • 15. Enriquecimento do filé com Selênio Rações Se na ração (mg/kg) Se no filé (ug/100g) g de filé para 70 ug Se Controle ( sem suplem.) 0,32 15 470 1 ppm Se-inorg (Na-Selenite) 1,42 19 370 1 ppm Se–org (Se-yeast) 1,14 25 280 Recomendação de consumo de Se para adultos: 70 ug/dia. sistema imunológico hormônios da tireoide antioxidante / proteção membranas reduz risco de câncer em humanos. Aquaculture, 498 (2019) 297–304
  • 16. Tamanho ideal de peletes Peso peixe (g) Largura da boca (mm) Pelete ideal (mm) 0,5 2,0 0,5 1 3,2 0,8 3 5,0 1,3 5 6,8 1,7 10 8,0 2,0 20 10,7 2,7 50 13,8 3,5 100 14,9 3,7 150 15,8 4,0 350 18,2 4,6 500 19,0 4,8 700 20,0 5,0 1.000 23,0 5,8 1.200 26,0 6,5 1.600 34,0 8,5 2.000 38,0 9,5 Aquaculture 309 (2010) 193–202
  • 17. Taxa de alimentação Conv Alim. GDP relativo Custo ração R$/kg peixe Tudo o que é capaz de comer 2,40 100,0% 4,32 90% do que poderia comer 2,10 98,2% 3,78 70% do que poderia comer 1,70 92,0% 3,06 50% do que poderia comer 1,60 61,3% 2,88 Manejo da alimentação Alevinos e juvenis até 150 a 200 g alimentação à vontade 4 a 5 refeições/dia. Peixes > 200 g alimentação restrita (70 a 80% máximo consumo), 2 a 3 refeições/dia.
  • 19. 0 1 g 50 g 100 a 200 g 2.000 g Cresce rápido Sobrevivência Intestino formação Parasitos Crescimento Saúde intestinal Bacterioses Imunidade Crescimento GDP Saúde intestinal Bacterioses Imunidade Injúrias físicas GDP vs. CA Saúde intestinal Bacterioses Imunidade Injúrias físicas Fígado (má função) Qual. Carne / Rendi/o Desafios na nutrição da tilápia
  • 20.  Outros nutrientes e fatores de saúde – muitos ainda não identificados e alguns recentemente sendo melhor avaliados. Nutrição e saúde (imunidade) Ingredientes / nutrientes Glob Albu Liso Leuco Linfo Fago Comp ACH ROS Anti- OX Resist. Patog. Flora intest Saúde intest Leveduras Sim Sim Sim Sim Sim Sim Met. leveduras Sim Sim Sim Sim Sim Sim Alginatos Sim Sim Sim Nucleotídeos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Selênio Sim Sim Sim MOS Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim B-Glucanos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Probióticos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Vitamina C Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Vitamina E Sim Sim Sim Sim Ác. orgânicos Sim Sim Alicina (alho) Sim Sim Sim Sim Sim Sim
  • 21. Salinidade do mar = 36 ppt Rio São Francisco = 0,07 ppt Sangue da tilápia e soro fisiológico = 8 ppt Tilápia tem 100 x mais sais em seu sangue se comparado à água do São Francisco. Assim, a tilápia constantemente perde sais e absorve excesso de água. Peixes gastam 10 a 30% da energia dos alimentos na manutenção do equilíbrio de sais no sangue (ormorregulação). Nutrição e osmorregulação
  • 22. Sódio – Na+ Cloreto – Cl- Potássio – K+ Cortisol Água H2O O estresse do confinamento e manuseio eleva o CORTISOL no sangue. As brânquias ficam mais permeáveis e os peixes perdem mais sais e absorvem mais água. Uso de 10 a 30% da energia dos alimentos para osmorregulação. Cortisol SANGUE BÂNQUIAS ÁGUA Cl- Cl- Cl- Na+ Na+ Na+ K+ K+ K+ K+ K+ K+ Na+ Na+ Na+ Na+ Cl- Cl- K+ Cl- Cl- Cl- Na+ K+ Cl- Na+ H2O H2O H2O H2O H2O H2O Água de contato Nutrição e osmorregulação
  • 23. Efeito da inclusão de mistura de sais em rações para tilápia híbrida (O. niloticus vs O. aureus). Adaptado de Shiau e Lu, 2004. Inclusão de mistura de sais (kg/ton) GDP GDP relativo (%) Conv. Alim. Sobreviv. (%) Controle 281 0% 1,64 100 1,25 294 + 5% 1,52 93 2,50 312 + 11% 1,45 96 5,00 330 + 17% 1,41 96 7,50 284 + 1% 1,52 100 12,50 279 -1% 1,61 93 17,50 283 1% 1,61 97 Nutrição e osmorregulação
  • 24. Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por fungos Mais de 400 micotoxinas já foram identificadas. Aflatoxina B1 (AFB1), Ácido ciclopiazônico (CPA), Ocratoxina A (OA), Fumonisina B1 (FB1), Zearalenona (ZEA), Deoxinivalenol (DON), Toxina T-2. Norte do Paraná – um estudo em 2003 detectou aflatoxina (12) e fumonisina (24) em 42 amostras de rações para peixes. Pior crescimento e conversão , danos ao fígado; reduz resposta imunológica; mortalidade crônica. Aumenta custo de produção. Inimigo silencioso: doses pequenas 200 ppb de aflatoxina B1 (200 mg/ton) suprime resistência imunológica em tilápias. Intoxicações leves < 50 ppb, crônicas (subletais) > 100 ppb e agudas > 500 ppb. O risco das micotoxinas
  • 25. T1 = Controle T2 = Aflatoxina B1 200 ppb T3 = AFB1 200 ppb + Adsorvente T4 = AFB1 200 ppb + Levedura Aflatoxina B1 reduz a resposta imunológica e capacidade de proteção da Tilápia-do-Nilo contra Aeromonas hydrophila. B- glucano, aflatoxina e tolerância a patógenos
  • 26. B- glucano, aflatoxina e tolerância a patógenos 19,0% 2,0% 48,0% 72,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Controle AFB1 200 AFB1+BG BG 1g/kg Aflatoxina e B-glucano na dieta Sobrevivência da Tilápia-do-Nilo 15 dias após desafio por Streptococcus iniae (adaptado de El-Boshy et al 2008)
  • 27. Desde 1999 a Acqua Imagem desenvolve e transfere tecnologia e conhecimento para a aquicultura brasileira, contribuindo para o seu desenvolvimento sustentável. 20ANOS de serviços prestados à aquicultura no Brasil www.acquaimagem.com.br
  • 28. Fernando Kubitza ACQUA IMAGEM SERVIÇOS Tel: + 55 11 99952-7040 fernando@acquaimagem.com.br