1) O texto discute a lição bíblica sobre Mateus 7 a 14, que trata de Jesus como Senhor dos judeus e gentios.
2) A salvação é destinada a todas as almas, independentemente de raça ou status, pois Deus vê a todos com igual valor.
3) O texto alerta sobre a hipocrisia de apenas honrar a Deus externamente, sem ter o coração voltado para Ele.
1. Lição 7 O Evangelho de Mateus
Senhor de judeus e gentios 7 a 14 de maio
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: 1Cr 21–24
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te
farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Is 42:6).
As bênçãos da salvação destinam-se a toda alma. Coisa alguma, a não ser sua própria escolha, pode impedir
qualquer homem de tornar-se participante da promessa dada em Cristo, pelo evangelho.
Qualquer discriminação é aborrecível a Deus. É-Lhe desconhecida qualquer coisa dessa natureza. Aos Seus
olhos, a alma de todos os homens é de igual valor. "De um só fez toda a geração dos homens, para habitar
sobre toda a face da Terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites de Sua habitação; para
que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de
nós." Sem distinção de idade ou categoria, de nacionalidade ou de privilégio religioso, são todos convidados a
ir a Ele e viver. "Todo aquele que nEle crer não será confundido. Porquanto não há diferença." "Nisto não há
judeu nem grego; não há servo nem livre." "O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez o Senhor." "O
mesmo é o Senhor de todos os que O invocam." "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo." Atos 17:26 e 27; Gál. 3:28; Prov. 22:2; Rom. 10:11-13.
❉ Domingo - Alimentar os famintos
► Perg. 1. Leia Mateus 14:1-21. O que aconteceu pouco antes da alimentação miraculosa, e que papel esse
evento pode ter desempenhado no que ocorreu a seguir?
(Mt 14:1-21) 1 Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus 2 e disse aos que o serviam: Este é
João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. 3 Porque Herodes,
havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão; 4
pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la. 5 E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como
profeta. 6 Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou
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2. a Herodes. 7 Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse. 8 Então, ela, instigada por sua mãe,
disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista. 9 Entristeceu-se o rei, mas, por causa do
juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; 10 e deu ordens e decapitou a
João no cárcere. 11 Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe. 12 Então,
vieram os seus discípulos, levaram o corpo e o sepultaram; depois, foram e o anunciaram a Jesus. 13
Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as multidões,
vieram das cidades seguindo-o por terra. 14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-
se dela e curou os seus enfermos. 15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é
deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o
que comer. 16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer. 17 Mas eles
responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 Então, ele disse: Trazei-mos. 19 E, tendo
mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os
olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões. 20
Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios. 21 E os que
comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.
► Resp. 1. Uma aparente derrota com a morte de João Batista, o que trouxe tristeza para Jesus. Apesar desse
sofrimento, Jesus Se compadeceu do povo, curou os doentes, pregou o evangelho e multiplicou o alimento.
Ele supriu a necessidade do povo, provando que era o Messias e que João havia sido um vitorioso, pelo fato de
ter dedicado a vida a anunciar o Cristo.
Foi justamente depois de voltarem da primeira viagem missionária que Jesus disse aos discípulos: "Vinde... à
parte, ... e repousai um pouco." Os discípulos haviam voltado cheios de alegria por seu êxito como arautos do
evangelho, quando os alcançaram as novas da morte de João Batista às mãos de Herodes. Foi para eles amarga
tristeza e decepção. Jesus sabia que, deixando o Batista a morrer na prisão, provara severamente a fé dos
discípulos. Com piedosa ternura, contemplou-lhes o semblante entristecido, manchado de lágrimas. Lágrimas
umedeciam-Lhe também os olhos e a voz, ao dizer: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai
um pouco." Mar. 6:31. Ciência do Bom Viver, pp. 56.
Aquele que alimentou a multidão com cinco pães e dois peixinhos é capaz de nos dar hoje o fruto de nossos
labores. Aquele que disse aos pescadores da Galileia: "Lançai as vossas redes para pescar" (Luc. 5:4), e que,
ao obedecerem, encheu-lhes as redes até se romperem, deseja que Seu povo veja nisto uma prova do que fará
por eles hoje em dia. O Deus que no deserto deu aos filhos de Israel o maná do Céu vive e reina ainda. Ele
guiará Seu povo, e lhe dará habilidade e entendimento na obra que são chamados a realizar. Dará sabedoria
aos que se esforçam para cumprir conscienciosa e inteligentemente o seu dever. Aquele que possui o mundo é
rico em recursos, e há de abençoar a todo aquele que está buscando abençoar a outros. Ciência do Bom Viver,
p. 200.
É a graça de Deus sobre a pequena porção que a torna suficiente. A mão de Deus pode multiplicá-la cem vezes
mais. Com os Seus recursos, Ele pode estender uma mesa no deserto para mais de um milhão de pessoas. Com
o toque de Sua mão Deus pode aumentar Sua escassa provisão e torná-la suficiente para todos. Foi Seu poder
que aumentou os pães e o cereal nas mãos dos filhos dos profetas. (Exaltai-O [MM 1992], p. 62).
❉ Segunda - Senhor de toda a criação
Depois da alimentação miraculosa, Jesus ordenou que Seus discípulos entrassem no barco (Mt 14:22). Ele
desejava tirá-los da confusão e da pressão. Um bom mestre protege seus discípulos daquilo que eles ainda não
estão prontos para enfrentar.
“Chamando os discípulos, Jesus ordenou-lhes que tomassem o barco e voltassem imediatamente para
Cafarnaum, deixando-O a despedir a multidão. […] [Eles] protestaram contra essa medida, mas Jesus falou
com uma autoridade que não havia assumido antes para com eles. Sabiam que seria inútil qualquer oposição
de sua parte e, silenciosos, dirigiram-se para o mar”. (O Desejado de Todas as Nações, p. 378).
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3. ► Perg. 2. Leia Mateus 14:23-33. O que esses versos revelam sobre quem era Jesus e acerca da natureza da
salvação?
(Mt 14:23-33) 23 E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá
estava ele, só. 24 Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o
vento era contrário. 25 Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. 26 E os
discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados
de medo, gritaram. 27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! 28
Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. 29 E ele disse:
Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. 30 Reparando, porém, na
força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! 31 E, prontamente, Jesus,
estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? 32 Subindo ambos
para o barco, cessou o vento. 33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és
Filho de Deus!
► Resp. 2. Ele é o Deus Eu Sou, que anda sobre as águas e acalma os ventos, que chega no momento da nossa
maior necessidade e acalma nosso coração. Quando estamos afundando em meio às ondas, por causa da nossa
falta de fé, Ele nos estende a mão, nos salva e acaba com a dúvida.
No momento exato em que o desespero ocupava o lugar da esperança, quando sentiam ter sido totalmente
abandonados, o olhar do Redentor do mundo os vigiava com uma compaixão tão terna quanto a de uma mãe
que vela sobre o filho doente, e esse amor é infinito. Os discípulos a princípio se assustaram, mas acima do
rugir da furiosa tempestade se ouvem as palavras que eles mais ansiavam ouvir: "Tende bom ânimo! Sou Eu.
Não temais!" Restaura-se-lhes a confiança. "Jesus; é Jesus!" diziam, um para o outro. "Não tenham medo; é
Jesus, o Mestre."
Jesus disse aos ventos e às ondas, às águas turbulentas: "Acalma-te, emudece." Ah, quantas vezes, em nossa
experiência, temos estado numa posição semelhante à desses discípulos! Quantas vezes tem Cristo Se revelado
a nós e transformado nossa tristeza em alegria. Ah, poderoso Redentor, generoso e compassivo Salvador,
capaz de acalmar, com Teu poder infinito, todas as tempestades, capaz de reviver todos os corações. Ele é
nosso Redentor. Podemos confiar nEle tanto na tormenta quanto num dia ensolarado. Carta 5, 1876.
Contemos a Jesus nossas necessidades na sinceridade de nossa alma. Não é exigido de nós que entretenhamos
longo debate com Deus ou Lhe preguemos um sermão, mas com o coração aflito pelos nossos pecados,
digamos: “Salva-me, Senhor, senão pereço!” Há esperança para tais pessoas. Elas buscarão, pedirão, baterão, e
encontrarão. Quando Jesus houver tirado o fardo do pecado que está nos esmagando, experimentaremos a
bem-aventurança da paz com Deus. (Nossa Alta Vocação[MM 1962], p. 129).
❉ Terça - O coração do hipócrita
► Perg. 3. “O Senhor disse: […] este povo se aproxima de Mim e com a sua boca e com os seus lábios Me
honra, mas o seu coração está longe de Mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de
homens” (Is 29:13). Embora nesse texto Deus estivesse falando ao antigo Israel, que mensagem há para a
igreja de hoje? Quais são as duas principais questões a respeito das quais Deus o estava advertindo, e como
podemos ter certeza de que não estamos fazendo o mesmo?
► Resp. 3. Devemos ser sinceros para com o Senhor, reconhecer nossas faltas diante dEle e adorá-Lo de
modo verdadeiro, de acordo com Sua vontade e Sua lei, e não com base em nossas tradições.
Essa revisão diária de nossos atos, a ver onde a consciência aprova ou condena, é necessária a todos quantos
desejam atingir a perfeição no caráter cristão. Muitos atos que passam por boas obras, mesmo atos de
generosidade, quando intimamente examinados, verificar-se-á haverem sido suscitados por motivos errôneos.
Muitos recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Perscrutador dos corações pesa os motivos, e
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4. muitas vezes ações altamente louvadas por homens são por Ele registradas como partindo de egoísmo e baixa
hipocrisia. Cada ato de nossa vida, seja excelente e digno de louvor ou merecedor de censura, é julgado pelo
Perscrutador dos corações segundo os motivos que o determinaram. Obreiros Evangélicos, pág. 275.
A hipocrisia é como o fermento. Ele pode estar escondido na massa, e sua presença ser desconhecida até que
produza seus efeitos. Misturando-se, logo invade toda a massa. A hipocrisia opera secretamente, e se for
tolerada, encherá a mente com orgulho e vaidade. Há enganos praticados agora, semelhantes aos que foram
praticados pelos fariseus. Quando o Salvador deu essa admoestação, Ele advertiu a todo que crê nEle a ser
vigilante. É preciso vigiar contra o perigo de absorver esse espírito e nos tornarmos como aqueles que
tentaram apanhar numa armadilha o Salvador. (Manuscrito 43, 1896).
A pessoa sincera e contrita é preciosa diante de Deus. Ele coloca Seu sinete sobre os homens, não por posição,
não por fortuna, não por sua grandeza intelectual, mas pela sua unidade com Cristo. O Senhor da glória fica
satisfeito com aqueles que são mansos e humildes de coração. “Também me deste o escudo da Tua salvação:
… e a Tua mansidão” – como elemento no caráter humano – "me engrandeceu." Sal. 18:35. (O Desejado de
Todas as Nações, p. 437).
► Perg. 4. Leia Mateus 15:1-20. Qual é a questão específica ali, e como Jesus tratou dela?
(Mt 15:1-20) 1 Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram: 2 Por que
transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. 3 Ele, porém,
lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?
4 Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja
punido de morte. 5 Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que
poderias aproveitar de mim; 6 esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de
Deus, por causa da vossa tradição. 7 Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: 8 Este
povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 9 E em vão me adoram, ensinando
doutrinas que são preceitos de homens. 10 E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei:
11não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o
homem. 12 Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra,
se escandalizaram? 13 Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.
14 Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco. 15
Então, lhe disse Pedro: Explica-nos a parábola. 16 Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda? 17
Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso? 18
Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. 19 Porque do coração procedem
maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. 20 São estas as
coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.
► Resp. 4. O desrespeito à tradição de lavar as mãos antes de comer, o que acarretava impureza cerimonial.
Jesus mostrou que a maldade do coração é pior do que a transgressão das tradições humanas. Muitos que
seguiam tais tradições transgrediam o mandamento de Deus, deixando de honrar os pais.
Jesus não fez nenhuma tentativa para Se justificar a Si ou aos discípulos. Não Se referiu às acusações que Lhe
eram feitas, mas começou a mostrar o espírito que movia esses ardorosos defensores de ritos humanos. Deu-
lhes um exemplo do que estavam repetidamente fazendo, e tinham feito mesmo antes de ir procurá-Lo. "Bem
invalidais o mandamento de Deus", disse Ele, "para guardardes a vossa tradição. Porque Moisés disse: Honra a
teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, morrerá de morte. Porém, vós dizeis: Se um homem
disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor"; "esse não
precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe". Punham de parte o quinto mandamento como não sendo de
nenhuma importância, mas eram por demais exatos em executar a tradição dos anciãos. Ensinavam ao povo
que a dedicação de sua propriedade ao templo era um dever mais sagrado que o próprio sustento dos pais; e
que, por maior que fossem a necessidade, seria sacrilégio dar ao pai ou à mãe qualquer parte do que fora assim
consagrado. Um filho desobediente só tinha que proferir a palavra "Corbã" acerca de seus bens, dedicando-os
assim a Deus, e podê-los-ia conservar enquanto vivesse, e por sua morte ficariam pertencendo ao serviço do
templo. Estava assim, tanto em vida como na morte, na liberdade de desonrar e prejudicar os pais, sob a capa
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5. de pretendida devoção a Deus.
Nunca, por palavra ou ato, diminuiu Jesus a obrigação do homem de apresentar dádivas e ofertas a Deus. Fora
Cristo que dera todas as instruções da lei quanto a dízimos e ofertas. Quando na Terra, louvou a mulher pobre
que deu ao tesouro do templo tudo que tinha. Mas o aparente zelo dos sacerdotes e rabis, era um fingimento
para acobertar seu desejo de se engrandecerem a si mesmos. O povo era enganado por eles. Estava suportando
pesados encargos que Deus lhe não impusera. Os próprios discípulos de Cristo não estavam libertos,
inteiramente, do jugo sobre eles posto pelos preconceitos herdados e pela autoridade dos rabinos.
Manifestando agora o verdadeiro espírito desses rabis, buscava Cristo livrar da escravidão da tradição todos
quantos na verdade desejassem servir a Deus.
"Hipócritas", disse Ele dirigindo-Se aos espias, "bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo
honra-Me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Mas em vão Me adoram, ensinando
doutrinas que são preceitos dos homens." As palavras de Cristo eram uma acusação a todo o sistema de
farisaísmo. Declarou que, pondo suas próprias exigências acima dos preceitos divinos, os rabis se estavam
colocando a si mesmos acima de Deus. O Desejado de todas as Nações, pp. 386-387.
❉ Quarta - Migalhas da mesa
Depois de alimentar e curar Seu próprio povo, e de pregar para ele, Jesus tomou uma decisão dramática. Ele
saiu da área dos judeus e entrou na região dos excluídos, os gentios.
► Perg. 5. Leia Mateus 15:21-28. Como devemos entender essa história?
(Mt 15:21-28) 21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. 22 E eis que uma mulher
cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha
está horrivelmente endemoninhada. 23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos,
aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. 24 Mas Jesus respondeu: Não fui
enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor,
socorre-me! 26 Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos
seus donos. 28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde
aquele momento, sua filha ficou sã.
► Resp. 5. Jesus veio dar o pão primeiro aos filhos (israelitas) e depois aos cachorrinhos (gentios). Por falta
de fé, os filhos podem perder seus privilégios, e pela fé, os cachorrinhos podem ganhar um lugar à mesa de
Cristo. Jesus começou tratando a mulher como os judeus tratavam os gentios, e terminou curando sua filha, o
que Deus faz com todos os que reconhecem o Filho de Davi. Isso foi uma repreensão para os preconceituosos
discípulos.
Cristo conhecia a situação dessa mulher. Sabia que ela O anelava ver, e Se colocou no caminho dela.
Aliviando-lhe a dor, poderia dar a ela viva representação do que pretendia ensinar. Para esse fim tinha levado
os discípulos àquele lugar. Desejava que vissem a ignorância existente em aldeias e cidades vizinhas da terra
de Israel. O povo a quem foi concedido todo ensejo de compreender a verdade, desconhecia as necessidades
dos que o rodeavam. Esforço algum era feito para ajudar as pessoas em trevas. O muro de separação, criado
pelo orgulho judaico, impedia os próprios discípulos de se compadecerem do mundo pagão. Cumpria, porém,
quebrar essas barreiras.
Cristo não atendeu imediatamente à súplica da mulher. Recebeu essa representante de uma raça desprezada,
como o teriam feito os próprios judeus. Assim procedendo, era Seu intuito impressionar os discípulos quanto à
maneira fria e insensível com que os judeus tratariam um caso assim, ilustrando-o com o acolhimento
dispensado à mulher; e quanto ao modo compassivo por que desejava que tratassem com essas aflições,
segundo o exemplificou na atenção que posteriormente lhe deu ao pedido…
Jesus acabava de partir de Seu campo de labor, porque os escribas e fariseus estavam procurando tirar-Lhe a
vida. Eles murmuravam e se queixavam. Manifestavam incredulidade e azedume, e recusavam a salvação tão
generosamente a eles oferecida. Ali Cristo encontrou uma criatura de uma raça infeliz e desprezada, não
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6. favorecida com a luz da Palavra de Deus. Entretanto, ela se submeteu imediatamente à divina influência de
Cristo, e teve fé implícita em Seu poder de lhe garantir o favor que suplicava. Pediu as migalhas que caíam da
mesa do Senhor…
O Salvador ficou satisfeito. Provou-lhe a fé nEle. Por Seu trato com ela, mostrou que aquela que era tida como
rejeitada de Israel, não mais era estranha, mas uma filha na família de Deus. Como filha, tinha o privilégio de
compartilhar das dádivas do Pai. Cristo assegurou-lhe então o que ela pedia, e concluiu a lição dada aos
discípulos. Voltando-Se para ela com olhar de compaixão e amor, disse: “Ó mulher! grande é a tua fé: seja isso
feito para contigo como tu desejas.” E desde aquela hora sua filha ficou sã. Não mais o demônio a perturbou.
A mulher partiu reconhecendo o Salvador e contente com a certeza do deferimento de sua petição…
Jesus anelava desvendar os profundos mistérios da verdade ocultos por séculos, de que os gentios deviam ser
co-herdeiros com os judeus, e “participantes da promessa em Cristo pelo evangelho” (Ef 3:6). Esta verdade os
discípulos foram tardios em apreender, e o divino Mestre lhes deu lição após lição. (O Desejado de Todas as
Nações, p. 400, 401).
❉ Quinta - Senhor dos gentios
► Perg. 6. Leia Mateus 15:29-39 e compare com Mateus 14:13-21. Quais são as semelhanças e as diferenças
entre as duas histórias?
(Mt 15:29-39) 29 Partindo Jesus dali, foi para junto do mar da Galiléia; e, subindo ao monte, assentou-se
ali. 30 E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os
largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou. 31 De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos
falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de
Israel. 32 E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que
permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo
caminho. 33 Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande
multidão? 34 Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete e alguns peixinhos. 35
Então, tendo mandado o povo assentar-se no chão, 36 tomou os sete pães e os peixes, e, dando graças,
partiu, e deu aos discípulos, e estes, ao povo. 37 Todos comeram e se fartaram; e, do que sobejou,
recolheram sete cestos cheios. 38 Ora, os que comeram eram quatro mil homens, além de mulheres e
crianças. 39 E, tendo despedido as multidões, entrou Jesus no barco e foi para o território de Magadã.
(Mt 14:13-21) 13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as
multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra. 14 Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão,
compadeceu-se dela e curou os seus enfermos. 15 Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe
disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias,
comprem para si o que comer. 16 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de
comer. 17 Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 Então, ele disse:
Trazei-mos. 19 E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os
dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos,
e estes, às multidões. 20 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda
doze cestos cheios. 21 E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.
► Resp. 6. Jesus teve compaixão de judeus e gentios. Ele multiplicou pães e peixes para dois grupos, um de
judeus e outro de gentios.
Em sua primeira viagem missionária, os discípulos deviam ir apenas às "ovelhas perdidas da casa de Israel".
Houvessem pregado então o evangelho aos gentios ou aos samaritanos, e teriam perdido a influência para com
os judeus. Despertando os preconceitos dos fariseus, ter-se-iam envolvido em conflitos que os haveriam
desanimado no princípio de seus labores. Mesmo os apóstolos eram tardios em compreender que o evangelho
devia ser levado a todas as nações. Enquanto eles próprios não fossem capazes de apreender esta verdade, não
se achavam preparados para trabalhar pelos gentios. Se os judeus recebessem o evangelho, Deus intentava
fazê-los Seus mensageiros aos gentios. Eram, portanto, eles os que primeiro deviam ouvir a mensagem
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7. salvadora. O Desejado de Todas as Nações, p. 351.
Não foi porque essa mulher era samaritana que ela não conhecia a Cristo, pois Ele veio salvar os samaritanos
tanto quanto os judeus. Para Ele não existem castas ou pessoas favorecidas de modo especial. Veio para tirar
os pecados do mundo. Está disposto a fazer isto para todos, judeus ou gentios, e é o que precisa ser feito em
nosso favor antes que possamos entrar no Céu. Temos de deixar que Ele remova nossos pecados porque nEle
não houve pecado. É o portador de nossos pecados. Manuscrito 18, 1895.
► Perg. 7. Leia Romanos 4:1-12. De que forma o evangelho e sua universalidade estão retratados nesses
versos?
(Rm 4:1-12) 1 Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? 2 Porque, se Abraão foi
justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. 3 Pois que diz a Escritura? Abraão
creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 4 Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como
favor, e sim como dívida. 5 Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé
lhe é atribuída como justiça. 6 E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a
quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: 7 Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades
são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; 8 bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais
imputará pecado. 9 Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre
os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça. 10 Como, pois, lhe foi atribuída?
Estando ele já circuncidado ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e sim quando incircunciso.
11 E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a
ser o pai de todos os que crêem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça, 12 e pai
da circuncisão, isto é, daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve
Abraão, nosso pai, antes de ser circuncidado.
► Resp. 7. Pela fé, a justiça de Deus foi atribuída a Abraão, que foi perdoado de seus pecados e recebeu o
sinal da circuncisão. Pela fé, todos são justificados, perdoados e selados para a salvação.
A imputação da justiça de Cristo vem mediante a fé justificadora, e é a justificação pela qual Paulo se bate tão
fervorosamente: Diz ele: "Por isso nenhuma carne será justificada diante dEle pelas obras da lei, porque pela
lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho
da lei e dos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem;
porque não há diferença. Porque todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados
gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação
pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
paciência de Deus. ... Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Rom.
3:20-31.
Graça é favor imerecido, e o crente é justificado sem qualquer mérito seu próprio, sem nenhum direito a alegar
a Deus. É ele justificado pela redenção que há em Cristo Jesus, que está nas cortes do Céu como substituto e
penhor do pecador. Mas, conquanto seja justificado por virtude dos méritos de Cristo, não é ele livre para
praticar a injustiça. A fé opera por amor e purifica a alma. A fé desabrocha e floresce e traz uma colheita de
fruto precioso. Onde há fé, aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, cuidados os pobres, não se
negligenciam os órfãos e as viúvas, são vestidos os desnudos, alimentados os pobres. Cristo andou fazendo o
bem, e quando homens a Ele se unem, amam os filhos de Deus, e a mansidão e a verdade lhes guiam os
passos. A expressão do semblante revela sua experiência, e os homens os conhecem como os que estiveram
com Jesus e dEle aprenderam. Cristo e o crente tornam-se um, e Sua formosura de caráter se revela naqueles
que se acham vitalmente ligados com a Fonte de poder e amor. Cristo é o grande depositário da justificadora
justiça e da graça santificante. Mensagens Escolhidas, v. 1. pp. 397-398.
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